O professor da ESPM explica
que executivos e gestores podem aprender muito com a adoção de um esporte
radical
O Skydiving, assim como qualquer esporte de risco,
requer muito treinamento, seriedade e ensinamento sério. Há técnicas, planos e
procedimentos desenvolvidos por especialistas que, se seguidos à risca, irão
auxiliar em caso de adversidade. O mesmo acontece no mundo dos negócios. Se o
empresário ou gestor mantém em sua equipe profissionais dedicados, vai
conseguir vencer qualquer desafio.
Gabriel Rossi, além de paraquedista, é professor da
ESPM e fundador do escritório que leva o seu nome e que este ano, completa dez
anos de atividade. “ A primeira pane em meu paraquedas me fez pensar friamente
e agir rapidamente para que não ocorresse um acidente. Esse tipo de esporte
ensina a agir em situações urgentes, muito mais críticas que qualquer situação
de mercado”, destaca.
O professor da ESPM explica que empreendedores e
executivos podem aprender muito com a adoção de um esporte radical. “ O
panorama do cotidiano muda completamente Para aprender a lidar com esse meio de
verdade, é necessário estar preparado para errar e perseverar. Empreendedorismo
é, antes de tudo, sentir dor! Mas é importante receber fundamentos e insights
de gente qualificada que realmente vive o ecossistema mercadológico”, aponta
Rossi.
Gabriel separou algumas dicas que aprendeu no
esporte, e que os gestores devem aplicar no dia a dia das empresas:
Escolha bem os seus mestres –
Busquei formação em paraquedista com professores experientes e que sabem muito
bem o que estão fazendo. O mesmo se aplica ao empreendedor. Leia conteúdo de
qualidade diariamente e vorazmente (seja um animal disciplinado nesse campo).
Expectativa x Realidade -
Esqueça 90% do que você lê pela web sobre empreendedorismo. Esqueça 99% do que
você ouve em palestras de empreendedores de palco. Boa parte deles nem ao menos
chegou a ser síndico de prédio.
Seja racional - A pane me
fez pensar friamente e agir rapidamente para que não ocorresse um acidente
sério. Consegui contornar a situação e tive apenas pequenas lesões. Nada que me
fizesse parar. Situações urgentes, apesar de muito menos críticas, são
enfrentados por empresários e empreendedores – principalmente no Brasil. Há a
necessidade de concentração e agir friamente considerando as possibilidades.
Principalmente em empresas menores ou iniciantes, o dono/fundador tende a levar
para o pessoal os feedbacks e obstáculos que o negócio enfrenta, porque o
projeto se confunde com a história de vida dele. Não faça isso. O mercado não
perdoa e os mais racionais tendem a ser também os mais perenes.
Se prepare para a crise -- Há dois
tipos de paraquedistas: aqueles que já passaram por uma pane e aqueles que
passarão. Faz parte do esporte e do crescimento e você acaba se tornando um
atleta muito melhor. O mesmo se aplica as empresas, principalmente em um mundo
que o acesso a informação é abundante e quem controla o relacionamento é o
consumidor. Se prepare! Crie procedimentos de emergência, saiba suas fraquezas,
conheça seu equipamento e colaboradores assim como aprenda com a crise e
evolua.
A importância do depois –Após todo
salto com problemas, tudo é analisado e discutido para que os atletas estejam
sempre preparados para situações inesperadas e naturalmente continuem no
esporte -- como clientes continuarão depositando seus dividendos nas escolas e
no esporte. Em outras palavras: muita gente acredita que o marketing termina na
venda, sendo muito pelo contrário. Sua empresa precisa, principalmente com a
ajuda das redes sociais, dar continuidade ao relacionamento com o cliente,
receber feedback ou obter testemunhos. Criar, por exemplo, uma comunidade de
pós-venda pode ajudar muito.
O barato sai caro – Só me
salvei porque, acima de tudo, o equipamento e treinamento eram de primeira
linha. Com a vida não se brinca. A analogia cai perfeitamente no universo do
empreendedorismo: ao contratar, por exemplo, uma consultoria, busque quem é
profissional e veja o que é o investimento justo. Não busque o barato que não
entrega. Já viu o preço de um amador no final das contas? Já viu o preço de
quem acha que é profissional?
Gabriel
Rossi - professor da ESPM, palestrante
profissional em marketing, estrategista especializado na construção e no
gerenciamento de marcas e reputação e diretor-fundador da Gabriel Rossi
Consultoria, com passagens por instituições como Syracuse/Aberje, Madia
Marketing School, University of London e Bell School. Especialista convidado
para lecionar no curso de extensão da Fundação Escola de Sociologia e Política
(FESP) e na pós-graduação de Marketing da USP. Referência de mercado, Gabriel
é, atualmente, o profissional no País mais requisitado pela grande mídia
(mainstream) para falar sobre marketing. É citado extensivamente, sendo
colunista de portais de destaque, como Mundo de Marketing. Possui diversos
artigos e estudos publicados no Estadão, em o Globo, Brasil Econômico, Correio
Braziliense, JT, UOL, HSM e colabora com veículos como Band News TV, Folha de
S. Paulo, Revista Nova, Veja, Portal G1, entre inúmeros outros. Rossi e sua
equipe atuam tanto no campo político como no empresarial, trabalham com
empresas internacionais, como Petrobras, The Marketing Store e Tetra Pak, além
de serem candidatos ao Senado Federal. Rossi participou de momentos históricos
importantes, como o comentarista especial da TV Estadão no primeiro e no
segundo turno das eleições 2010 e comentarista oficial para a rádio Eldorado.
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