Movimento ocorre em mais de 500 cidades de todo o mundo
com o objetivo de destacar a importância de atividade e da pesquisa
científica para a vida das pessoas
No próximo dia 22 de Abril, Dia da Terra,
cientistas de todo o mundo marcharão em mais de 500 cidades ao redor do planeta para chamar atenção para o
importante serviço que a comunidade científica presta à sociedade e pedir que
os políticos parem de propor projetos que não sejam baseados em evidências.
Lançada nos Estados Unidos em reação à tentativa de Donald Trump de desmontar
organizações científicas do governo e passar decretos que vão contra evidências
científicas, a Marcha pela Ciência logo ganhou adeptos por todo o mundo.
No Brasil, onde a ciência está em risco por conta
dos cortes indiscriminados nos orçamentos do governo, estão confirmadas
manifestações em mais de 10 cidades. Já têm site e/ou convocação nas redes
sociais os eventos em Belém, Belo Horizonte, Diamantina, Natal, Pato Branco,
Petrópolis, Petrolina, Porto Alegre, Manaus, Rio de Janeiro e São Paulo.
“Temos carência de políticas públicas e investimentos
que favoreçam a pesquisa científica. Os estudos da comunidade científica trazem
inúmeros benefícios à sociedade, da saúde pública à economia, passando pelo
meio ambiente e novas tecnologias sustentáveis, destaca Felipe Simões, aluno de
graduação em Biologia pela Universidade de São Paulo e um dos organizadores do
evento na capital paulista.
A mobilização visa chamar a atenção para o
valioso papel de serviço público que a ciência desempenha na sociedade,
destacar a necessidade de uma educação científica contínua, lutar contra a
discriminação dentro das próprias instituições e comunidades e reforçar que os
políticos devem sempre propor e promulgar leis e politicas públicas baseadas em
evidências científicas.
A questão dos cortes orçamentários será o
principal mote da marcha no Rio de Janeiro, onde os organizadores utilizarão tesouras de papelão para fazer um
“tesouraço” denunciando e criticando os enormes cortes que ocorreram nos
recursos para Ciência & Tecnologia no país e no Rio de Janeiro, bem como em
outras áreas como educação, meio ambiente, cultura etc.
Em São Paulo, um dos objetivos é também lutar pela democratização dos estudos científicos,
tornando-os mais acessíveis e abertos à comunidade. “Precisamos aproximar a sociedade da ciência, pois ela é
utilizada para o bem comum”, sintetiza Flávia Virginio Fonseca, aluna de
doutorado do Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas
da USP. “As pessoas não se interessam
pela ciência e parte disso se deve à falta de preparo dos próprios cientistas
para lidar com a divulgação dos estudos de maneira fácil e objetiva. Por isso queremos também conscientizar a comunidade
científica sobre a importância dessa parceria com a comunidade. A ciência deve
ser inclusiva”, comenta.
As marchas estão sendo organizadas localmente por
cientistas e entusiastas da ciência e envolvem instituições de ponta em ciência
e educação. No Brasil, por exemplo, a SBPC já manifestou seu apoio, assim como
Universidades como a USP.
Saiba mais acessando o site e as páginas em redes sociais
dos eventos:
Sites:
* Global - https://www.marchforscience.com/
* São Paulo - http://marchapelacienciasp.com/
* Belo Horizonte - https://www.icb.ufmg.br/novas/todasnoticias/1162-marcha-pela-ciencia-i-participe-da-reuniao-de-organizacao-no-dia-18
* Petrolina - Petrolina - marchapelacienciavsf.blogspot.com.br
Redes sociais:
Belo Horizonte - https://www.facebook.com/events/1858793897719055/
Diamantina - https://www.facebook.com/events/1315925495167384/
Pato Branco - https://www.facebook.com/MarchapelaCienciaPB/
Manaus - https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1304913302878311&set=gm.760239430805948&type=3&theater
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