#SomosTodosSegurançadoPaciente
A iniciativa "Abril pela Segurança do
Paciente" tem como objetivo conscientizar a população em geral e engajar
usuários, cuidadores, profissionais e serviços de saúde em prol da segurança do
paciente.
Confira a seguir alguns aspectos importantes, relacionados a esse contexto, que devem ser conhecidos.
Confira a seguir alguns aspectos importantes, relacionados a esse contexto, que devem ser conhecidos.
O que é "Segurança do Paciente"?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua segurança do paciente como a ausência, no paciente, de danos desnecessários ou potenciais associados a assistência à saúde, ou ainda, a redução ao mínimo aceitável do risco de danos prescindíveis.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) conceitua segurança do paciente como a ausência, no paciente, de danos desnecessários ou potenciais associados a assistência à saúde, ou ainda, a redução ao mínimo aceitável do risco de danos prescindíveis.
O que é evento adverso?
Um incidente que afeta o paciente, no decurso do tratamento, e que não está associado com a evolução das suas condições clínicas iniciais, e tem como resultado lesões ou danos prejudiciais temporários, permanentes ou que resultam em óbito. Os tipos de riscos e eventos adversos possuem diversas fontes e podem ser classificados conforme o seu acontecimento e evolução.
Um incidente que afeta o paciente, no decurso do tratamento, e que não está associado com a evolução das suas condições clínicas iniciais, e tem como resultado lesões ou danos prejudiciais temporários, permanentes ou que resultam em óbito. Os tipos de riscos e eventos adversos possuem diversas fontes e podem ser classificados conforme o seu acontecimento e evolução.
Exemplos de episódios que podem culminar em danos
nos serviços de saúde:
Erros de identificação de pacientes;
Falhas de comunicação entre profissionais;
Erros de medicação;
Erros em procedimentos cirúrgicos;
Infecções associadas ao cuidado;
Queda dos pacientes.
Erros de identificação de pacientes;
Falhas de comunicação entre profissionais;
Erros de medicação;
Erros em procedimentos cirúrgicos;
Infecções associadas ao cuidado;
Queda dos pacientes.
Como surgiu esse movimento voltado para a segurança
do paciente?
No ano de 2004 a Assembleia Mundial da Saúde amparou a concepção da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, uma iniciativa com o intuito de implementar desafios para melhorar a segurança dos cuidados de saúde. A atuação do Brasil neste contexto foi impulsionada com a publicação da portaria nº 529, de 1º de abril de 2013 que instaurou o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). O PNSP tem o propósito de contribuir, em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional, para a qualificação da assistência à saúde.
No ano de 2004 a Assembleia Mundial da Saúde amparou a concepção da Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, uma iniciativa com o intuito de implementar desafios para melhorar a segurança dos cuidados de saúde. A atuação do Brasil neste contexto foi impulsionada com a publicação da portaria nº 529, de 1º de abril de 2013 que instaurou o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). O PNSP tem o propósito de contribuir, em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional, para a qualificação da assistência à saúde.
Com que frequência ocorrem eventos adversos?
Estimativas apontam que, aproximadamente, uma em cada 10 internações resulta em eventos adversos1.
Estimativas apontam que, aproximadamente, uma em cada 10 internações resulta em eventos adversos1.
A publicação de um estudo realizado no Brasil em
hospitais públicos de ensino mostra que, a incidência de pacientes que sofreram
eventos adversos foi de 7,6%, e destes, 66,7% poderiam ter sido evitados2.
Apesar da escassez de dados e de uma abordagem
ainda insuficiente sobre a temática no Brasil, há uma hipótese de que os óbitos
correlacionados a episódios de eventos adversos, referente a assistência à
saúde hospitalar, abrangem em torno de 104.187 a 434.112 óbitos por ano3.
Nos Estados Unidos, relaciona-se que a terceira
causa geral de morte no país seja devido a eventos adversos, por falhas na
prestação do cuidado4.
O que está sendo feito para melhorias neste
cenário?
Como já mencionado anteriormente, a OMS e o Ministério da Saúde, por exemplo, já trabalham nesse sentido com a implementação e disseminação de ações, protocolos e práticas que visam contribuir para a qualidade e segurança nos estabelecimentos de saúde. Existem páginas na internet que trazem maiores informações e materiais informativos:
www.who.int/patientsafety/en/
www.saude.gov.br/segurancadopaciente
O portal online da ANVISA fornece suporte para que possam ser registradas as notificações de eventos adversos e até mesmo o próprio paciente e/ou familiar são primordiais para colaboração com esse mecanismo de gestão de risco.
Diante a qualquer suspeita ou certificação de um evento adverso, é muito importante comunicar os profissionais da saúde ou os Núcleos de Segurança do Paciente existentes nas instituições ou até mesmo, realizar contato direto com a ANVISA, a fim de cooperar para as condutas de melhorias (www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm).
Como já mencionado anteriormente, a OMS e o Ministério da Saúde, por exemplo, já trabalham nesse sentido com a implementação e disseminação de ações, protocolos e práticas que visam contribuir para a qualidade e segurança nos estabelecimentos de saúde. Existem páginas na internet que trazem maiores informações e materiais informativos:
www.who.int/patientsafety/en/
www.saude.gov.br/segurancadopaciente
O portal online da ANVISA fornece suporte para que possam ser registradas as notificações de eventos adversos e até mesmo o próprio paciente e/ou familiar são primordiais para colaboração com esse mecanismo de gestão de risco.
Diante a qualquer suspeita ou certificação de um evento adverso, é muito importante comunicar os profissionais da saúde ou os Núcleos de Segurança do Paciente existentes nas instituições ou até mesmo, realizar contato direto com a ANVISA, a fim de cooperar para as condutas de melhorias (www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm).
Seguindo esta linha de pesquisa, um projeto com a
finalidade de avaliar a percepção da cultura de segurança do paciente entre
profissionais de um hospital de ensino e os fatores (pessoais, psicológicos,
sociais e culturais) que possam interferir com sua promoção e implantação, está
sendo realizado pelo pesquisador Alan Maicon de Oliveira (mestrando na
Faculdade de Ciências Farmacêuticas, UNESP, Câmpus de Araraquara), sob a
orientação da Prof.ª Dra. Luciane Cruz Lopes e coorientação do Prof. Dr. Marcus
Tolentino Silva.
O estudo almeja ampliar os conhecimentos das vertentes que constituem esse panorama, bem como os aspectos que possam intervir de maneira positiva ou negativa e assim, colaborar com evidências que possam gerar avanços expressivos.
Todavia, fica a perspectiva que, todos podem fazer a sua parte para modificar/melhorar este cenário e edificar um sistema de saúde embasado na segurança.
O estudo almeja ampliar os conhecimentos das vertentes que constituem esse panorama, bem como os aspectos que possam intervir de maneira positiva ou negativa e assim, colaborar com evidências que possam gerar avanços expressivos.
Todavia, fica a perspectiva que, todos podem fazer a sua parte para modificar/melhorar este cenário e edificar um sistema de saúde embasado na segurança.
Alan Maicon de Oliveira - Possui graduação em
Farmácia e especialização em Farmácia Clínica e Atenção Farmacêutica.
Atualmente é mestrando em Ciências Farmacêuticas na Universidade Paulista Júlio
de Mesquita Filho - UNESP, em Araraquara/SP. Área de concentração e linhas de
Pesquisa: Gerenciamento de Risco em Saúde; Cultura de Segurança do Paciente.
alanmaicondeoliveira@gmail.com
alanmaicondeoliveira@gmail.com
Referências:
1. Brennan TA, Leape LL, Laird NM, Hebert L, Localio AR, Lawthers AG, et al. Incidence of Adverse Events and Negligence in Hospitalized Patients. New England Journal of Medicine. 1991;324(6):370-6.
2. Mendes W, Martins M, Rozenfeld S, Travassos C. The assessment of adverse events in hospitals in Brazil. International Journal for Quality in Health Care. 2009;21(4):279-84.
3. Couto RC, Pedrosa TMG, Rosa MB. Erros acontecem: A força da transparência no enfrentamento dos eventos adversos assistenciais em pacientes hospitalizados. Belo Horizonte: UFMG/IESS; 2016.
4. Makary MA, Daniel M. Medical error—the third leading cause of death in the US. BMJ. 2016;353
1. Brennan TA, Leape LL, Laird NM, Hebert L, Localio AR, Lawthers AG, et al. Incidence of Adverse Events and Negligence in Hospitalized Patients. New England Journal of Medicine. 1991;324(6):370-6.
2. Mendes W, Martins M, Rozenfeld S, Travassos C. The assessment of adverse events in hospitals in Brazil. International Journal for Quality in Health Care. 2009;21(4):279-84.
3. Couto RC, Pedrosa TMG, Rosa MB. Erros acontecem: A força da transparência no enfrentamento dos eventos adversos assistenciais em pacientes hospitalizados. Belo Horizonte: UFMG/IESS; 2016.
4. Makary MA, Daniel M. Medical error—the third leading cause of death in the US. BMJ. 2016;353
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