A vida útil de um tênis é de dois a três meses
para quem treina todos os dias
As
lesões mais comuns dos esportistas amadores são as musculares de membros
inferiores, de tendões e ósseas. Estiramentos, rupturas, tendinites e até
fraturas por over use
(repetição de movimento) também acontecem bastante. Mas, existe uma forma de
evitar esses problemas?
O
aspecto da prevenção é muito importante, segundo o ortopedista e especialista
em cirurgia da coluna vertebral, Maurício Marteleto. “É essencial fazer um bom
preparo físico, tanto do ponto de vista cardiovascular quanto do músculo
esquelético, além de sempre alongar antes e depois do treino”, orienta o
especialista.
Um
programa de treinamento compatível com o perfil físico de cada pessoa também é
essencial, além do fortalecimento de alguns grupos musculares. “Para o
esportista amador o ideal é se juntar a um grupo que tenha um preparador físico
profissional. Existem várias empresas que prestam esse tipo de orientação e
preparam as pessoas para provas de corrida de rua, por exemplo”, indica
Marteleto.
Segundo
o ortopedista, o calçado também deve ser a preocupação daqueles que querem
prevenir lesões. O ideal é investir parte do orçamento para comprar um bom
tênis que reduza o impacto. Além disso, devemos lembrar que todos os calçados
têm vida útil. “No caso de esportistas que treinam todos os dias esse período é
de dois a três meses. Não mais do que isso, pois o tênis perde a capacidade de
absorver o impacto e pode causar lesões”, explica.
Se
durante a prática esportiva você sente algum desconforto nos membros inferiores
é importante procurar ajuda médica. Nos casos em que o paciente relata dor
durante a caminhada, além de exames específicos de imagem, o ortopedista
analisa a marcha do paciente e observa o desgaste na sola do calçado para
identificar possíveis alterações no caminhar.
“A
pisada correta gasta mais a porção lateral do calçado. Desgastes na porção
interna da sola, por exemplo, é indicativo de pés planos e o médico poderá
avaliar a necessidade de tratamento. Outras vezes, alterações na pisada podem
sinalizar problemas na coluna. Se não tratar a causa, a lesão pode se tornar
mais séria”, esclarece o especialista.
Dr.
Maurício Marteleto Filho - médico ortopedista formado pela Faculdade de
Medicina da Universidade de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira
de Ortopedia e Traumatologia - SBOT. Há mais de 10 anos atua na área de
cirurgia da coluna vertebral, sendo membro efetivo da Sociedade Brasileira de
Coluna (SBC), Sociedade Brasileira de Patologia da Coluna Vertebral (SBPCV) e
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna Vertebral.
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