Além de
melhorar a qualidade de vida, eles facilitam o acesso dos deficientes
visuais ao mercado de trabalho.
A adoção do cão guia começou a ser feita, de forma mais representativa, na época da Primeira Grande Guerra, momento este em que muitos soldados acabaram cegos. O médico alemão, Dr. Stalling, foi o precursor dessa ideia. Tempos depois, em 1916, a primeira escola de cães-guias do mundo foi fundada na Alemanha. Tal iniciativa foi logo seguida pela Grã-Bretanha e Estados Unidos. No Brasil, o cão-guia surgiu algumas décadas depois.
"Os cães-guias fornecem mais segurança e agilidade aos deficientes visuais. Além de melhorar a qualidade de vida, eles facilitam o acesso destas pessoas ao mercado de trabalho, proporcionando mais independência e promovendo a autoestima", enfatiza a ambientalista Vininha F. Carvalho, editora do Portal Animalivre( http://www.animalivre.com.br)
O dia 27 de abril é considerado o Dia internacional do Cão Guia , porém no Brasil é difícil encontrar com pessoas com deficiência visual utilizando um cão-guia. São poucos os privilegiados que podem desfrutar desse recurso de mobilidade. O deficiente visual que pensa em trocar a bengala por um cão-guia tem duas alternativas: aguardar pacientemente na fila de espera de uma ONG brasileira ou cadastrar-se em entidades treinadoras no exterior.
As raças mais utilizadas para cão-guia são os golden retrievers, labradores e pastores alemães, sendo que as duas primeiras são reconhecidas como excelentes cães-guias, devido a sua inteligência, ética, rápido amadurecimento e capacidade de se adaptar a diferentes situações. "Para que trabalhe perfeitamente, o animal precisa seguir a rotina rígida, receber alimentos nos horários corretos, além de fazer visitas frequentes ao veterinário, orienta Vininha F. Carvalho .
O direito de ir e vir é garantido pela Constituição brasileira, inclusive para aquelas pessoas com algum tipo de limitação. Esses animais, que são especiais, também têm o direito de ir e vir. E garantido por uma lei federal, a de nº 11.126, assinada em 2005. Tanto os cães que já estão trabalhando, quanto os que estão sendo socializados precisam apresentar alguns documentos, caso seja requisitado, para ter o acesso liberado
Apesar da lei, o deficiente visual e seu companheiro ainda enfrentam obstáculos. No caso de taxistas que se recusem a prestar serviço, deve-se acionar o DTP (Departamento de Transporte Público) e registrar a denúncia. Se for um estabelecimento, a pena pode ser o fechamento
Pessoas cegas enfrentam outra situação muito difícil , o envelhecimento do animal e necessidade de aposentá-lo. Normalmente, um cão-guia trabalha entre oito e dez anos. O dia 26 de agosto foi especial para o brasiliense Leonardo Moreno, 32, e o pernambucano Arthur Calazans, 46. Os dois são deficientes visuais e estiveram na Associação dos Delegados da Polícia Federal, em Brasília, para uma cerimônia onde receberam seus novos cães-guia. Desta vez, tratam-se de dois jovens cães-guia que irão substituir os Labradores Cirus e Jasmin, que cumpriram com dedicação cerca de 9 anos junto a Leonardo e Arthur.
Os dois cães entregues também são da raça Labrador, e passaram por todo o preparo de praxe de cães-guia do Projeto Cão-Guia de Cegos do Distrito Federal. Eles viveram com famílias hospedeiras voluntárias por cerca de um ano, até atingirem a idade para o treinamento técnico. Essa etapa acontece por meio de uma parceria com profissionais do Corpo de Bombeiros.
Segundo Maria Lúcia de Campos, o Projeto Cão-Guia de Cegos do Distrito Federal já entregou 47 cães-guia para deficientes visuais no DF e outros Estados desde 2002. Em média, ocorrem três entregas por ano e a ação de preparo envolve o esforço de muita gente. Atualmente, existem 8 cães em fase inicial de treinamento, 3 cães prontos e uma lista de espera de 300 pessoas aguardando um cão-guia.
Na cidade de
Sapporo, no Japão, foi criado em 1978 por uma associação que cuida dos
cães-guias, um asilo para cuidar dos cães que se aposentam, mais de 200 animais
viveram seus últimos anos de vida no local.
No Brasil a primeira dificuldade é encontrar outro cão treinado para entregar a um deficiente visual. "Saber qual é o destino deles, depois de aposentados é um grande desafio. Eles merecem ser tratados sempre com muito respeito e carinho, jamais poderão se sentirem abandonados depois de ter dedicado toda sua vida a esta nobre missão", conclui a idealizadora do Dia Nacional de Adotarum Animal(http://www.adotarebomdemais.com.br).
No Brasil a primeira dificuldade é encontrar outro cão treinado para entregar a um deficiente visual. "Saber qual é o destino deles, depois de aposentados é um grande desafio. Eles merecem ser tratados sempre com muito respeito e carinho, jamais poderão se sentirem abandonados depois de ter dedicado toda sua vida a esta nobre missão", conclui a idealizadora do Dia Nacional de Adotarum Animal(http://www.adotarebomdemais.com.br).
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