Certa vez, um professor de anatomia disse
que se conseguíssemos compreender a perfeição do corpo feminino facilmente
entenderíamos, também, toda a beleza da criação. A mulher é feita de amor, é
fonte de vida. É ao mesmo tempo criatura e criadora, obra-prima do Criador.
É a executiva que comanda o destino de grandes e pequenas empresas, é a
faxineira, a trabalhadora do campo e das cidades, é a medica e a enfermeira, a
advogada e a religiosa, a professora e a jornalista, a militante política e a
presidente, a babá e a cuidadora de idosos. Ela é esposa e mãe, o apoio de cada
um de nós.
Não se veriam tantas cenas de violência e
desrespeito se cada homem – marido ou filho, namorado ou chefe – fosse capaz de
entender todos os sentimentos presentes no coração de uma mulher. E não se
veriam tantas jovens e mulheres desamparadas e sofrendo se esses seus
sentimentos fossem respeitados desde a infância. A mulher ganhou de Deus o dom
de entender e viver a essência do verdadeiro amor.
Na definição do mestre Ryuho Okawa,
fundador do movimento religioso Happy Science (Ciência da Felicidade),
“o verdadeiro amor é desprendido, não espera nada em troca, deixa as pessoas
livres. Ele ajuda os outros a crescer e se desenvolver plenamente, porque
confia na bondade do ser humano. O verdadeiro amor também é incondicional:
aqueles que amam de verdade continuam dando e compartilhando mesmo que não seja
possível desfrutar da recompensa de ver seus amados florescerem e se
desenvolverem. O verdadeiro amor é como o Sol, que nunca descansa e nunca para
de dar sua luz e seu calor” (do livro Convite à Felicidade, 2015/IRH
Press do Brasil).
Assim é a mulher. E é assim que devemos
meditar neste mês de março a ela dedicado. Que nossas iniciativas não fiquem
restritas às tradicionais homenagens de uma só data. Os sentimentos precisam se
traduzir em obras. Que se intensifiquem as campanhas contra a violência
doméstica, contra os abusos e contra a exploração econômica do corpo feminino –
todas expressões de um machismo injustificável. É inquietante, acima de tudo,
constatar que, em geral, a violência e os abusos predominam entre as populações
mais pobres, com menos educação e qualidade de vida.
Recente estudo do Banco Mundial aponta uma
triste realidade: um em cada cinco latino-americanos entre 15 e 24 anos acorda
todas as manhãs sem ter uma escola para frequentar ou um trabalho remunerado
para realizar (Jorge Familiar, vice-presidente do Banco
Mundial para a América Latina e o Caribe, na Folha de S.Paulo,
08/02/2016, seção Tendências e Debates”). Eles são conhecidos como
“nem-nem” (nem estudam, nem trabalham). O mais estarrecedor é que dois terços
desses mais de 20 milhões de jovens são mulheres, a maioria proveniente de
famílias pobres ou vulneráveis, reforçando a necessidade de
programas escolares para evitar a gravidez precoce e de iniciativas para ajudar
essas gestantes a permanecer na escola.
Uma forma de comemorar o próximo Dia
Internacional da Mulher é olhar para essa dura realidade. Não bastam
sentimentos e homenagens. São necessárias ações e campanhas, além de
investimentos em educação e saúde, para dar à mulher condições de ocupar na sociedade
seu papel de psicóloga de todos nós. Quanto mais conscientização, menos casos
de assédio, abusos e violência. Que se respeitem, e se cultivem, os sentimentos
de amor presentes no coração de cada mulher. No jardim humano, elas são as
flores que embelezam, alegram e perfumam.
Kie
Kume - gerente geral da IRH Press do Brasil, editora dedicada à publicação em
português dos livros do mestre Ryuho Okawa. www.irhpress.com.br
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