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segunda-feira, 7 de março de 2016

Pesquisa aponta que apenas 5% das empresas contam com mulheres na presidência




Professora dos cursos de MBA da FGV,  coach Daniela do Lago avalia os números do estudo e orienta como as profissionais podem atingir altos cargos
No atual cenário de discussões feministas em redes sociais e nos veículos de comunicação,  nos deparamos cada vez mais com informações sobre a redução da diferença entre os gêneros no mercado de trabalho. Mesmo diante dessa melhoria, porém, muitas pesquisas  confirmam que essa desigualdade  ainda existe.
Um estudo divulgado na semana passada pelo Peterson Institute for International Economics, dos Estados Unidos,  revela que 60% das empresas não contam com  mulheres  em seus conselhos e que apenas 5%  contam com presidentes-executivas mulheres. A pesquisa ouviu 22 mil companhias em 91 países.
Para a coach Daniela do Lago, professora dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas, mesmo quando atingem cargos mais altos, as mulheres nem sempre são bem recebidas. “Quando conseguem avançar na hierarquia, são julgadas de acordo com os padrões masculinos e não de acordo com suas próprias características. E muitas vezes são desvalorizadas por outras mulheres também”, diz.

Daniela ainda afirma que, para ter um bom desempenho dentro das empresas, é importante que as mulheres avaliem como são as regras comportamentais do ambiente. “Essa é a única maneira de continuarem vencendo no trabalho e avançando na hierarquia. É fundamental sempre observar, esforçar e fazer o seu melhor, mostrando que trará resultados positivos para a companhia”.

Falando especificamente sobre a situação aqui no Brasil, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do IBGE, revela que as mulheres trabalham cinco horas a mais por dia que os homens.   Para chegar a esse número, o estudo consultou 150 mil famílias e concluiu que essas horas a mais são fruto da dupla jornada entre o trabalho e as atividades dentro de casa.

“É importante avaliar que tanto a menor ocupação de altos cargos gerenciais e quanto a maior quantidade de horas de trabalho são questões comportamentais e culturais. Mas, é claro, essa situação precisa continuar mudando. Minha dica para as mulheres é que não tentem ficar parecidas com os homens, mas tentem utilizar as características que só nós temos para entender o mecanismo das empresas e, então, conseguir melhores espaços no mundo corporativo”, finaliza Daniela.



Daniela do Lago - é coach, palestrante, professora dos cursos de MBA da Fundação Getúlio Vargas nas disciplinas de Gestão de Pessoas, Comportamento Organizacional, Comunicação e Relacionamento Interpessoal e escritora. Em 2014 lançou o livro “Despertar Profissional”, pela Editora Integrare, que contém dicas práticas de comportamento no trabalho

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