O nível de preocupação dos
brasileiros no que diz respeito à violação de dados pessoais fica atrás apenas
dos holandeses e alemães, que ocupam, respectivamente, a primeira e a segunda
colocações entre os 12 países pesquisados
O estudo Unisys Security Insights
revelou que mais da metade (53%) dos brasileiros entrevistados se preocupa com
uma violação em seus dados pessoais que são armazenados por empresas e agências
do governo. Este resultado coloca o País atrás apenas da Holanda (59%) e
Alemanha (58%) com os níveis mais altos de declarações sobre esta preocupação
entre as 12 nações pesquisadas.
A pesquisa Unisys Security Insights
ouviu consumidores em todo o mundo sobre a probabilidade de que seus dados
pessoais, mantidos por sete tipos de organizações (companhias aéreas,
bancos/finanças, governo, saúde, varejo, telecom e utilities) pudessem ser
acessados por uma pessoa não autorizada no próximo ano, seja de forma acidental
ou deliberada.
Entrevistados nos
Estados Unidos são os menos preocupados, apenas 31% expressaram preocupação de
que este tipo de violação ocorra, considerando todos os setores econômicos
pesquisados.
Globalmente, os
dados pessoais mantidos por provedores de telecomunicações são vistos como mais
vulneráveis, 59% dos entrevistados em 12 países acreditam que seja provável uma
violação. Os colombianos e brasileiros se mostraram ainda mais preocupados, com
71% e 67%, respectivamente. Os participantes nesses dois países indicaram que é
provável que ocorra uma violação de dados com as empresas de telecomunicações
dentro do próximo ano.
O governo é visto
como o segundo setor mais vulnerável, 49% dos entrevistados em todas as nações
participantes apontaram que é provável que ocorra uma violação dos dados
armazenados por órgãos governamentais. No Brasil, este índice é de 60%, o que
deixa o país atrás novamente apenas da Holanda (69%) e da Alemanha (61%).
O terceiro
segmento econômico mais vulnerável na percepção das pessoas é o setor bancário,
uma média global de 48% dos participantes do estudo apontou preocupação sobre
seus dados. Alemanha e Holanda empatam em primeiro lugar na percepção do
segmento com 63%, seguidos pela Colômbia, com 57%, e pelo Brasil, com 53%.
Já os dados
compartilhados com as companhias aéreas geram menor preocupação em âmbito
mundial, apenas 34% dos entrevistados - e 39% dos brasileiros ouvidos -
afirmaram que uma violação de seus dados possa ocorrer.
Além disso, as
empresas de utilities, que fornecem serviços vitais (água, energia, gás) com
45%, o setor de saúde (42%); e o varejo (42%) não são percebidos como sendo tão
vulneráveis em todos os países participantes da pesquisa.
Para os
norte-americanos, o varejo é o setor mais propenso a sofrer alguma violação de
dados nos próximos 12 meses. Esta preocupação está intimamente ligada aos
recentes casos de violações de dados de clientes envolvendo grandes redes de
lojas daquele País. No Brasil, o varejo foi mencionado como a terceira
indústria mais vulnerável a ataques cibernéticos (55%).
Na América Latina,
a percepção da vulnerabilidade das empresas de telecomunicações também se
destaca. Mais de dois terços (71%) dos colombianos disseram ser provável que
ocorra uma violação de dados no mercado de telecomunicações no próximo ano, 4%
a mais que no Brasil. Já os mexicanos (52%) têm a percepção de que os dados
retidos pelo setor financeiro são os mais suscetíveis a uma violação nos
próximos 12 meses, seguido de perto pela preocupação com as empresas de
telecomunicações (51%).
"As empresas
precisam, em caráter emergencial, repensar a maneira como lidam com dados de
clientes e cidadãos. Os resultados da pesquisa mostram claramente essa
apreensão por parte das pessoas. As ameaças vêm de todos os lados (interna e
externamente) e os criminosos cibernéticos vêm aumentando o nível de
sofisticação de seus ataques. Por isso é fundamental investir em medidas
preventivas, como a adoção de tecnologias que permitem segregar redes para que
o acesso às áreas que armazenam dados confidenciais seja restrito a usuários
autorizados", afirma Italo Cocentino, diretor de programas estratégicos da
Unisys para América Latina.
"O
crescimento do roubo, perda ou outra violação de dados tem impacto direto nas
receitas, na imagem e na reputação das empresas. Por isso, é importante
mensurar o quanto os brasileiros têm sido afetados, qual a percepção deles e
quais os segmentos considerados mais vulneráveis para que possamos construir
estratégias de segurança melhores e específicas para a necessidade de cada
negócio", conclui Cocentino.
Unisys Security Insights - www.unisys.com/securityinsights
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