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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Como cobrar por um publipost? Referência no empresariamento artístico no Brasil, Priscila Jaffé dá dicas para a nova geração de influencers

Glauber Britto (Foto: Divulgação)
CEO da Jaffé Produções e ponte entre influenciadores digitais como Marina Ferrari e Nathalia Lucena e grandes marcas, empresária afirma que para precificar o trabalho de um influenciador é necessário experiência, know-how e principalmente intuição


  • Importância de conhecer a sua área de atuação. Saber quem são os nomes em evidência e quanto eles cobram por um publipost é essencial para não fugir à realidade. “Verificamos seguidores, engajamento e valor de imagem da pessoa. Às vezes o influenciador nem tem um super engajamento, mas possui uma imagem muito forte. Tudo isso precisa ser analisado para entender a forma que um trabalho foi precificado”, afirma. 
  • Seguidores x engajamento: A conta mais complexa mas a mais necessária para formar uma base de preço. A empresária destaca: “hoje já existem marcas que olham mais para o engajamento, mas eu prefiro continuar medindo um pouco de cada coisa, pois no fim das contas é o que vale. Quem tem muitos seguidores comprados, deixa nítida a falta de engajamento e acaba deixando o cliente insatisfeito. Mas quem apresenta muito engajamento sem um número de seguidores coerente, acaba passando insegurança”. E aí se encontra a importância em balancear a ascendência do influencer no ramo. “É necessário fazer uma balança para depois pensar em subir o preço”, conclui. 
  • Influencer de negócios: O seu preço nunca deve ser o final. “Eu sempre oriento a começar com o valor um pouco acima para haver uma margem de negociação”, diz Priscila. A negociação também depende do quanto o influenciador quer aquela marca. “Tem que balancear se a marca te traz um embasamento como influenciador para saber até quando vale ser flexível. E claro, se você quer muito aquela marca e precisa cobrar menos por isso, cobre menos. Mas sempre mostre o seu valor. Aqui tem que ter feeling para negociar”. 
  • Uma vez “grátis”…: Sempre grátis. “É o que eu sempre digo: não gosto de permuta porque as marcas conversam entre si. Se você trabalhou por permuta com uma marca, vai ter dificuldade em negociar valores com outra. Algumas valem a pena por questões de engajamento para quem está no início, mas tem que ser feito com muito cuidado” alerta Priscila.

 

O mesmo vale para stories, pois também são parte do trabalho. “Um story gratuito agradecendo a recebidos pode ser feito, desde que não seja diariamente. Mas se por exemplo, alguém fechar uma sequência de três stories e você fizer cinco, vai estar agradando o seu cliente e fazendo o seu trabalho da melhor forma possível. É algo bem diferente de fazer algo de graça. Novamente, o “grátis” deve ser muito bem pensado para não virar uma bola de neve e todo mundo querer o seu trabalho de graça sempre.”

 

  • Demais plataformas: De acordo com pesquisas, hoje o Instagram é a rede social com maior tempo de engajamento. De acordo com Priscila, a não ser que o influencer seja muito grande em outras plataformas ou atinja a um público totalmente diferente, a divulgação no Instagram vem em primeiro lugar e o restante é fechado em combos junto ao valor da rede de fotos e vídeos.
  •  Valor pessoal: Acima de tudo, de acordo com a empresária, o influenciador precisa estar ciente do seu valor e que este é um trabalho como qualquer outro. “Ninguém vai ao mercado e pega um sabão em pó de graça porque quer. O mercado não vai te dar de presente para você talvez comprar da próxima vez. Se o cliente quiser, ele compra, se gostar, compra novamente, se não gostar, não compra mais. Valorizar o seu trabalho é essencial! E você só vai valorizá-lo ante ao mercado quando precificá-lo”, finaliza.   

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