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terça-feira, 29 de setembro de 2020

Hábitos saudáveis e acompanhamento periódico da especialidade vascular podem prevenir a obstrução arterial

Sedentarismo, diabetes e colesterol alto são alguns fatores que podem provocar o surgimento e o avanço da doença



A doença arterial obstrutiva periférica (DAOP) é uma inflamação lenta e progressiva das artérias, ocasionada pela presença de placas de gorduras, sobretudo nas pernas, que levam à obstrução dos vasos sanguíneos. A doença compromete a circulação sanguínea e, consequentemente, dificulta a passagem do oxigênio para os órgãos e, principalmente, para as extremidades inferiores, como os pés. Essa condição pode causar feridas, gangrena e, na fase mais intensa da doença, a amputação de membros. Em alguns casos, pode ser fatal.

De acordo com o cirurgião vascular e corresponsável pelo Departamento de Doenças Arteriais Periféricas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), Dr. Valter Castelli Júnior, até os 50 anos de idade, homens são os maiores acometidos. A partir dessa idade, com a menopausa, aumenta a incidência em mulheres. A partir dos 60 anos, os índices se igualam entre os sexos, pois, a população idosa é a que mais sofre com a DAOP.

Além da idade avançada, alguns fatores como o tabagismo por um longo período, diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto, sedentarismo e questões genéticas, quando a família tem histórico de amputações, podem provocar o surgimento e o avanço da doença.

“A obesidade, por si só, não é um fator de risco. As pessoas relacionam sobrepeso com aumento do colesterol, o que não é verdade, pois muitos indivíduos magros têm níveis aumentados de colesterol e triglicérides (outro tipo de gordura), e muitos obesos têm níveis normais. A somatória dos fatores de risco é que determina a doença e sua evolução”, explica Dr. Castelli.

Durante uma caminhada, pacientes com DAOP podem sentir uma dor bastante intensa na panturrilha, que o impossibilita de continuar com o exercício. Com o descanso a dor passa, mas logo quando o indivíduo retorna os movimentos, a dor volta. “Muitas vezes, o paciente não dá importância e quando procura por médicos não especialistas, o diagnóstico não é realizado e se confunde com simples dores musculares ou problemas ortopédicos. Com o passar do tempo, estas dores pioram e podem ocasionar feridas e até gangrena nos pés e pernas”, alerta o especialista.

A DAOP pode coexistir com a doença coronariana e a carotídea, levando ao infarto do miocárdio e ao acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI), respectivamente. Por isso, um diagnóstico precoce é importante e necessário. Ao surgimento dos sintomas, é fundamental procurar um angiologista ou cirurgião vascular. Esses especialistas têm o conhecimento das melhores formas de anamnese e tratamento da doença. Assim, em conjunto com o paciente, pode definir a melhor forma de controlar o problema.

Médicos associados da SBACV têm acesso diferenciado a cursos de aperfeiçoamento profissional, informação técnica, atualização científica e educação continuada. Para mais informações sobre outras doenças vasculares e para encontrar um médico associado da entidade, acesse www.sbacvsp.com.br.


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