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segunda-feira, 28 de junho de 2021

Linfoma não Hodgkin: novas drogas têm revolucionado o tratamento do câncer que afeta o sistema imunológico

 Avanços no uso da terapia celular trazem opções terapêuticas cada vez mais efetivas; Incidência da doença duplicou nos últimos 25 anos no Brasil, com estimativa de mais de 12 mil novos casos em 2021



Linfoma não Hodgkin (LNH). O inusitado nome voltou a circular nesta semana diante da notícia de falecimento do jornalista Artur Xexéu, mas há algum tempo já vinha ganhado espaços nas manchetes depois que personalidades famosas, como os atores Reynaldo Gianecchini, Edson Celulari, a ex-presidente Dilma Rousseff, foram diagnosticados com esse tipo de câncer. E não é à toa que ouvir essas palavras está mais comum: no Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano sejam diagnosticados 12.030 novos casos de Linfoma não Hodgkin. E, segundo a entidade, por motivos ainda desconhecidos, o número duplicou nos últimos 25 anos, principalmente entre pessoas com mais de 60 anos.

Mas, do que se trata esse tipo de tumor? Os Linfomas não Hodgkin são um conjunto de tipos de tumores, que têm origem nas células do sistema linfático, essencial para a proteção de doenças. Existem mais de 60 tipos diferentes, que são tratados de maneiras diversas. O hematologista Evandro Fagundes, do Grupo Oncoclínicas em Minas Gerais, explica que, dependendo das condições dos pacientes, a taxa de cura pode chegar a 60% dos casos.

"Como se trata de um conjunto de doenças, cada um com a sua particularidade, não há como fechar um número exato para taxa de cura e isso dependerá das características da doença e também do estado de saúde de quem está passando pelo tratamento", comenta.

Mas se o avanço da doença ainda é um mistério para a medicina, do outro lado, o acesso à informação pela população em geral se mostra ferramenta importante para a melhora no prognóstico dos pacientes.

"O grupo de tumores classificados como linfoma está entre os 10 tipos de câncer mais comuns entre homens e mulheres na região Sudeste. O diagnóstico precoce é fundamental para alcançar o êxito no processo terapêutico, por isso o esclarecimento à população é essencial", aponta Mariana Oliveira, hematologista do Grupo Oncoclínicas em São Paulo.

"Ao perceber ínguas - aumento dos gânglios linfáticos ou linfonodos - no pescoço, axilas ou virilha, concomitantemente a sintomas como febre e suores noturnos, fadiga, perda de peso e coceira na pele, busque ajuda médica", orienta médica.



Novas opções de tratamento

No lado da ciência, o crescimento no número de casos também tem estimulado o desenvolvimento de tratamentos, cada vez mais efetivos. Evandro conta que, inicialmente, as terapêuticas para combater os linfomas mais comuns, que são aqueles que atacam as células do tipo B, são quimioterapia e, ocasionalmente, radioterapia.

"Em geral, o que vemos é que esse tipo de tratamento tem uma efetividade em cerca de metade dos casos", comenta o especialista. Mas as boas novas vem exatamente para os que não respondem a essas opções. "É onde a medicina tem mais avançado nos últimos anos nos tratamentos e remédios, principalmente através da terapia celular", afirma o médico.

O autotransplante, que substitui as células cancerígenas por saudáveis, tratadas em laboratório, é uma delas. A terapia com células CAR T é outra, e a principal novidade da área. Altamente especializadas, foram desenvolvidas, a partir de uma modificação genética das células, para atacar especificamente o tipo do câncer do paciente e recentemente aprovadas pela FDA (Food and Drug Administration), órgão regularizador do setor nos Estados Unidos. As drogas Yescarta e Kymriah obtiveram sucesso em cerca de 80% e 50% dos casos, respectivamente.

"Aliado ao diagnóstico precoce, o tratamento individualizado e humanizado para melhorar a integralidade do atendimento ao paciente e a adoção de avançadas técnicas da medicina de precisão são a chave para aumentar os índices de respostas positivas contra a doença", frisa Mariana.

E, ainda que seja prematuro julgar os resultados dessas novas alternativas como definitivos, como reforçam os especialistas, as pesquisas apontam para um futuro promissor no combate aos Linfomas não Hodgkin. "A ciência têm caminhado e investido na qualidade de vida e bem-estar dos pacientes. Principalmente nos linfomas, a opção de uso de células de defesa do próprio paciente reprogramadas em laboratório para combater a doença está trazendo resultados animadores para aqueles que não apresentaram resposta a outras alternativas de tratamento", finaliza Evandro Fagundes.

Pseudomiopia, estrabismo e cansaço visual aumentam em crianças e adolescentes

O uso excessivo de telas durante a pandemia é o principal responsável pelo agravamento de algumas condições oculares em crianças e adolescentes



Os casos de crianças e adolescentes com miopia, estrabismo, cansaço visual e espasmo de acomodação (pseudomiopia) aumentaram no último ano. O motivo é quase óbvio: tempo demais em frente a telas e dispositivos eletrônicos.
 
De acordo com uma pesquisa norte-americana, realizada pela SuperAwesome, as crianças de 6 a 12 anos têm gastado mais de 50% do tempo nos dispositivos eletrônicos. Embora a pesquisa tenha sido local, a realidade no Brasil não é muito diferente.
 
Segundo a oftalmopediatra Dra. Marcela Barreira, especialista em estrabismo, o uso de celulares, tablets e computadores exige muito da visão de perto.

“Além de usar mais a visão de perto que a de longe, vivemos um momento em que é necessário ficar mais tempo dentro de casa. Com isso, as atividades ao ar livre ficaram ainda mais restritas, a escola se tornou remota e o lazer virtual. Todos esses fatores prejudicam a visão de longe”.
 
O aumento de casos de miopia não é algo novo. Segundo um estudo, em 2050 mais da metade da população mundial será míope. Os fatores de risco mais importantes, apontados por diversos estudos ao redor do mundo, são exatamente o uso prolongado de dispositivos eletrônicos e a redução de atividades ao ar livre.
 

Estrabismo repentino

Outra condição ocular que se tornou muito frequente é o estrabismo convergente adquirido.

“Esse desvio costuma aparecer em crianças mais velhas e adolescentes, além de surgir de forma súbita. Tenho recebido muitos casos desse tipo de estrabismo”, explica Dra. Marcela.
 

Falsa miopia

Outra condição cada vez mais prevalente é o espasmo de acomodação. Trata-se de um tipo de contração excessiva dos músculos oculares responsáveis pela acomodação visual, necessária para dar o foco nas imagens captadas.
 
“A criança força demais o olho para enxergar de perto. Por tempo prolongado e frequente, isso sobrecarrega os músculos, causando uma espécie de “cãibra”. Quando esse esforço é feito por muito tempo, pode levar a dificuldades para enxergar de longe e dor de cabeça”, comenta Dra. Marcela.
 
Cansaço visual precoce
Em adultos, o cansaço visual é algo corriqueiro, principalmente naqueles que trabalham o dia todo no computador.
 
 “Mas, antes da pandemia, isso não era algo que afetasse as crianças e adolescentes. Agora, é muito frequente queixas de cansaço visual, cefaleia, visão embaçada e olho seco”, cita Dra. Marcela.  
 

Condições podem ser definitivas

O estrabismo adquirido pode ser revertido. Mas, em alguns casos, apenas a cirurgia de correção resolve o desvio.
 
A pseudomiopia, inicialmente, é tratada com colírios. Mas, pode se tornar uma miopia de fato, cujo tratamento é feito com o uso de óculos ou lentes de contato.
 

Mudança de hábitos

As principais recomendações da oftalmopediatra são reduzir ao máximo a exposição de crianças e adolescentes aos dispositivos e promover atividades ao ar livre, se possível todos os dias.
 
“A exposição aos raios solares estimula a produção da dopamina, um neurotransmissor que previne que o olho cresça alongado. O alongamento do olho leva à distorção do foco de luz que entra no globo ocular. Essa alteração anatômica é uma das causas da miopia”.  
 
Portanto, quanto mais tempo gasto em ambientes ao ar livre, menor o risco de desenvolver miopia. Para quem já tem o diagnóstico, a exposição aos raios solares pode evitar a progressão do grau.
 
Além desse aspecto, ambientes amplos e externos exigem o uso da visão de longe, que precisa ser estimulada tanto quanto a visão de perto. Isso também vai ajudar na prevenção do estrabismo e do espasmo de acomodação, bem como tende a melhorar o cansaço visual.
 

Uso de telas deve ser restrito

Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS):
 

  • Crianças de até 2 anos de idade não devem ser expostas a telas, de nenhuma maneira
  • Entre 2 e 5 anos, o uso de telas não deve ultrapassar 1 hora por dia
  • Crianças de 6 a 10 anos podem usar os dispositivos eletrônicos até 2 horas por dia
  • Para a faixa etária 11 a 18 anos, o uso deve ser limitado a 3 horas por dia

 
“Cada família tem a sua realidade e deve refletir sobre o que é possível. Além disso, como muitos alunos ainda se encontram no ensino remoto, o uso dos dispositivos pode superar o tempo recomendado”, diz Dra. Marcela.
 
Nesses casos, o ideal é propor atividades fora das telas para as crianças e adolescentes, desde que respeite os protocolos de segurança, como evitar aglomerações e usar máscara facial.
 
“Vale lembrar que a televisão pode ser um recurso importante para substituir as telas. Mas, é preciso uma boa distância para usar a visão de longe. Ou seja, não adianta a criança ficar muito próxima do aparelho”, ressalta a especialista.  
 
“Por último, precisamos levar em conta que há outros prejuízos para a saúde relacionados ao uso excessivo de eletrônicos, bem como do tempo prolongado dentro de casa. Portanto, é preciso que os pais busquem criar uma rotina mais saudável que possa prevenir essas condições oculares, bem como promover a saúde de forma global”, conclui Dra. Marcela.

 

Câncer de pele: Usar protetor solar e cuidar de manchas e pintas do rosto são hábitos essenciais mesmo no inverno, diz especialista

Com os mitos e verdades, saiba mais sobre fatores de risco, detecção e tratamento do tumor, que contou com cerca de 185 mil casos no Brasil em 2020

 

Com a chegada do inverno, é comum que as pessoas relaxem no uso do protetor solar. Mas a temporada de frio não significa que os raios solares nocivos à pele entraram de férias. Pelo contrário, mesmo em dias de céu nublado eles seguem presentes e podem representar riscos à saúde, entre eles impactos importantes na incidência de câncer.

Os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontaram que dos 625 mil novos casos de tumores malignos diagnosticados em 2020 na população, mais de 185 mil foram de pele. O número diz respeito a dois tipos: o de pele não melanoma e o de pele melanoma, somados. O mais comum deles, o não melanoma, possui altos índices de cura quando é detectado e tratado precocemente e sua prevenção está diretamente ligada aos cuidados com a exposição excessiva aos raios solares sem a devida proteção.

Para Sheila Ferreira, oncologista do CPO Oncoclínicas, neste momento de pandemia, o alerta sobre a condição se torna ainda mais essencial. "A população não deve descuidar da atenção global à saúde. A pandemia pelo Coronavírus e o fato de as pessoas permanecerem por mais tempo dentro de casa, fez com que o hábito de passar protetor solar fosse deixado um pouco de lado, mas os cuidados devem permanecer, principalmente quando se está em ambiente interno próximo de janelas que permitem a entrada da luz solar, não sendo capaz de filtrar os raios ultravioletas. Por isso, a recomendação vale para dentro e fora de casa. Além disso, é imprescindível que, caso identificada qualquer alteração na pele, como feridas que não cicatrizam ou manchas suspeitas, a pessoa busque atendimento médico especializado", diz.

Segundo a especialista, independentemente da classificação do câncer de pele, os fatores que aumentam o risco são os mesmos: a exposição prolongada e repetida ao Sol, sem uso de proteção adequada. Ter a pele e olhos claros, cabelos ruivos ou loiros, ser albino (ou possuir histórico familiar) também contribuem para o aumento de risco de desenvolver a doença. "A irradiação ultravioleta do sol - conhecida como raio UV - é a principal vilã no câncer de pele e é motivo de preocupação mesmo em tempos frios. A exposição continuada aos raios UV, ou mesmo intermitente, tem efeito cumulativo e, quando ocorre sem proteção, pode ser considerada um fator de risco relevante", explica Sheila.

Ela ressalta ainda que, apesar de histórico familiar (fatores hereditários) ou fatores externos (pessoas em profissões que exigem exposição solar diária) representarem maior risco à doença, a atenção e o cuidado devem ser realizados por todas as pessoas. "Além desses fatores, portadores de alguma imunossupressão também podem ter seu risco aumentado. Porém, tais grupos de risco não invalidam a necessidade de cuidado em todo o tipo de pele. Inclusive, pessoas com a pele negra têm a tendência de desenvolver um tipo de melanoma particular, que se manifesta nas palmas das mãos e planta dos pés, com corportamento mais agressivo", completa a médica.

Sheila ainda reforça que o protetor solar é um aliado importantíssimo para a prevenção do câncer. "Ele deve ser aplicado diariamente, repassado a cada duas horas e após o contato da pele com a água. Proteger bebês e crianças é especialmente importante. Antes dos 6 meses de idade, eles devem ser mantidos fora do sol usando roupas, chapéus, cobertores e persianas. Após os 6 meses a criança já pode utilizar o filtro solar", alerta.

O filtro solar deve ser utilizado também durante o inverno e em dias nublados. "Os raios UV são capazes de atravessar as nuvens, penetrar em janelas e, ainda, são refletidos pela água, areia e concreto. Ou seja: nem a sombra é completamente protetora", enfatiza.



Como detectar e tratar o câncer de pele

Os principais sinais e sintomas de câncer não-melanoma são a presença de lesões cutâneas com crescimento rápido, ulcerações que não cicatrizam e que podem estar associadas a sangramento, coceira e algumas vezes dor e geralmente surgem em áreas muito expostas ao Sol como rosto, pescoço e braços.

É importante a avaliação frequente de um especialista para acompanhamento dessas lesões. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce, pois quando identificado em fase inicial, o câncer de pele tem excelentes respostas aos tratamentos e elevado potencial de cura. Além disso, o dermatologista tem o papel de orientar sobre a proteção adequada para evitar os possíveis riscos que os raios solares podem causar na pele.

"O câncer de pele do tipo não-melanoma é o mais comum, com destaque para o carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular. O primeiro, é o tipo mais frequente, com crescimento mais lento. A suspeita se dá, usualmente, pelo aparecimento de uma lesão nodular rósea, com aspecto peroláceo em regiões expostas ao Sol, como rosto, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Já no caso do carcinoma espinocelular, mais comum em homens, ocorre a formação de um nódulo que cresce rapidamente, com ulceração (ferida) de difícil cicatrização", explica Dra. Sheila.

Os casos de câncer de pele do tipo melanoma são, por sua vez, geralmente os que se iniciam com o aparecimento de pintas escuras na pele, que apresentam modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o "ABCDE"- Assimetria, Bordas irregulares, Cor, Diâmetro, Evolução. Através de uma avaliação prévia das pintas, a doença é diagnosticada facilmente.

Apesar de corresponder somente a 3% dos tumores malignos de pele registrados no país, o melanoma é considerado o tipo mais grave devido à alta possibilidade de provocar metástase. No Brasil, são esperados para 2021 8.450 casos e em torno de 1.800 mortes pela doença. "Esse tipo de tumor pode aparecer na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. É necessário ficar alerta quanto às possíveis mudanças nas pintas, como aumento de tamanho, variação de cor, perda da definição ou irregularidades das bordas e sangramento. Ao primeiro sinal de mudança, é recomendável buscar o aconselhamento médico", frisa a oncologista clínica do CPO Oncoclínicas.

Quando diagnosticado o melanoma, é indicada a ressecção cirúrgica destas lesões por especialista habilitado para adequada abordagem das margens ao redor do tumor. Posteriormente, dependendo do estágio da doença, pode ser necessária a realização de tratamento complementar. Todavia, vale lembrar, em situações de detecção precoce, quimioterapia, imunoterapia ou radioterapia são raramente necessárias e a cirurgia é capaz de resolver a maioria dos casos. "O tratamento para o câncer de pele pode ser feito apenas através de cirurgia quando detectado no início. Já em casos mais avançados da doença pode ser preciso a realização de terapias complementares", completa Sheila.



Novas alternativas terapêuticas

A oncologista destaca ainda que diversos avanços têm melhorado a qualidade de vida e sobrevida dos pacientes, com principal atenção às boas respostas às medicações imunoterápicas, que estimulam o próprio sistema imunológico do paciente a identificar e combater as células malignas.

"Há algum tempo atrás, os melanomas avançados não tinham uma resposta boa aos tratamentos mais tradicionais, infelizmente. A chegada da Imunoterapia não só no câncer de pele, mas também para o tratamento de outros tumores, trouxe resultados promissores. Hoje em dia, mesmo em casos de melanoma metastático, as pessoas têm vivido anos. Além disso, temos a opção de terapia alvo em casos selecionados, também com ótimos resultados. Foi uma revolução para o tratamento do melanoma", afirma.

No entanto, a melhor abordagem continua sendo a prevenção e o acompanhamento contínuo de possíveis alterações que possam indicar o surgimento da doença, promovendo assim o seu diagnóstico em fase inicial. Os cuidados devem ser intensificados no verão: evitar exposição ao Sol das 10h às 16h, usar protetor solar, viseiras, chapéus e/ou bonés, bem como roupas e óculos de sol com proteção UV, mas que devem seguir o ano inteiro - inclusive no inverno e em dias de tempo nublado. E não deixar de se consultar com dermatologistas regularmente.

Para saber ainda mais sobre o câncer de pele, confira cinco mitos e verdades esclarecidos pela Dra. Sheila Ferreira:

1 - É preciso usar protetor em dias nublados.
Verdade. As nuvens não são capazes de bloquear os raios ultravioleta, os quais estão presentes também em dias nublados, portanto, o uso de protetor solar é imprescindível sempre.



2 - O risco é maior no verão.
Verdade. O que determina maior risco de incidência de câncer de pele é o índice ultravioleta (UV), que mede o nível de radiação solar na superfície da Terra. Quanto mais alto, maior o risco de danos à pele. Esse índice é mais alto no verão, porém pode ser alto em outras épocas do ano.



3 - Existe exposição ao sol 100% segura.
Mito. É preciso evitar excessos e sempre tomar sol com moderação. E os cuidados devem ser seguidos o ano inteiro e vale intensificá-los no verão. Isso inclui evitar ao máximo se expor diretamente ao sol, em especial das 10 às 16 horas, sempre usar protetor solar e não abrir mão de viseiras, chapéus e/ou bonés, bem como roupas e óculos de sol com proteção UV, em momentos de exposição mais intensa aos raios, como durante a prática de esportes ao ar livre ou descanso em locais como parques, clubes e praias, além de muito protetor solar com diversas aplicações ao longo do dia.



4 - Somente regiões expostas diretamente ao sol podem ser afetadas.
Mito. A maioria dos tipos de câncer de pele (não- melanoma e melanoma) de fato tem uma relação de risco de surgimento aumentada devido aos impactos do sol. Vale lembrar que os raios ultravioleta que causam danos à pele são capazes de atravessar janelas. Um alerta: alguns subtipos de melanoma podem surgir em áreas do corpo que muitas vezes não observamos com a devida cautela, como genitais, glúteos, couro cabeludo, palmas das mãos, solas do pé, debaixo das unhas e entre os dedos.



5 - Na sombra não é preciso usar filtro solar.
Mito. Mesmo na sombra é preciso passar o protetor solar, pois não estamos livres dos raios ultravioleta.


Especialista dá dicas para evitar alergias na pele dos bebês

Entre os agentes causadores de alergias e infecções estão os produtos de limpeza e lava roupas cheio de agentes químicos nocivos

 

Até os dois anos de idade, a pele infantil é cerca de 30% mais fina que as pele dos adultos. Por isso, a pediatra Gabriela Marques explica que a pele dos bebês está mais sujeita a penetração de substâncias irritantes, que podem ocasionar alergias e infecções. "Os ingredientes naturais têm menor risco de conter substâncias irritativas sendo mais indicados para a pele sensível do bebê. É recomendado dar preferência para esses produtos tanto na lavagem das roupinhas, como na limpeza geral da casa e até na higiene das crianças pequenas", explica.

Na hora da lavagem das roupas, especialmente dos recém-nascidos, a médica indica que o ideal é que os produtos sejam livres de corantes, fragrâncias artificiais e substâncias irritativas como álcool, compostos fenólicos e LSS (lauril sulfato de sódio). Gabriela também aconselha que seja feito um duplo enxágue durante a lavagem para evitar qualquer resíduo químico nas peças.

Já sobre a limpeza do chão e superfícies, principalmente quando os bebês começam a engatinhar e explorar os ambientes, é preciso se atentar à limpeza. "Como os bebês colocam as mãozinhas em contato direto com as superfícies e depois levam à boca é preciso cuidado redobrado. A melhor opção é evitar os produtos com fenóis, comum em desinfetantes, já que esses podem ser tóxicos".

Marcella Zambardino, co-CEO da Positiv.a, empresa B que cria soluções para cuidar da casa, do corpo e da natureza, destaca que, além de evitar alergias nas crianças e nos adultos, os produtos de limpeza com bases de ingredientes vegetais não poluem o meio ambiente. "A nossa natureza está cheia de poderosos ativos que limpam a casa e deixam a família em segurança. A casca da laranja, por exemplo, contém potentes ativos para limpeza - os terpenos, que também têm um cheirinho delicioso e natural, ainda neutralizam odores - perfeito para quem tem criança em casa. Procurar por produtos com essa base é uma boa alternativa", explica Marcella, que também é especialista no desenvolvimento de produtos sustentáveis.


Limpeza e hidratação do bebê

Quando o assunto é a limpeza da pele do bebê ou hidratação do corpo, a pediatra Gabriela Marques indica que os cuidados também devem seguir os mesmo princípios da limpeza da casa, ou seja, os produtos naturais são a melhor opção.

"Os hidratantes para a pele do bebê devem, idealmente, ser sem corante, sem cheiro e com bons conservantes. Devem ser evitados produtos que contenham LSS (Lauril sulfato de sódio), álcool, parabenos e ureia", orienta.

Outra boa opção são os produtos naturais à base de coco. "Eu gosto de pensar que devemos priorizar sempre produtos para passar na pele do bebê que também podemos comer, afinal o que aplicamos diretamente na nossa pele também será recebido pelo nosso corpo. Eles merecem todo o nosso cuidado com amor e natureza", complementa Marcella.

Para facilitar as massagens e até o momento de troca de fraldas, a pediatra incentiva o uso de óleos essenciais. "Eu gosto bastante de uma solução de limpeza natural que além de retirar os resíduos, ajuda na cicatrização da pele e controle de infecção local, prevenindo assaduras.


Solução natural para ajudar na limpeza na hora da troca de fralda

Para essa receita você vai precisar de:

• 1 xícara e meia de água filtrada e aquecida;

• 1 gotas de óleo essencial de lavanda;

• 1 gotas de óleo essencial de melaleuca;

• 2 colheres de sopa de óleo de coco.

Modo de preparo:

Misture todos os ingredientes e coloque em um frasco. Na hora da troca da fralda, você pode umedecer o algodão com essa solução e realizar a limpeza. Uma outra dica é destacar toalhas de papel de alta absorção e molhar com essa mistura. Depois você deve retirar o excesso e guardar em um potinho para usar como lenço umedecido natural

 

A pediatra reforça que cada caso é único e que sempre é importante consultar o seu pediatra ou aromaterapeuta.


Circulação pode piorar com a alta queda de temperatura prevista para essa semana

O sangue tem um papel essencial na manutenção da temperatura corporal e no frio essa função se torna ainda mais importante. Isso porque se os vasos por onde passa o sangue são mais exigidos no inverno e, em pacientes com a saúde vascular já comprometida, podem surgir as complicações. Quem explica é o Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular da capital paulista.

"O frio contrai as artérias (vasoconstricção) e dificulta ainda mais a chegada de sangue arterial principalmente nas extremidades e podem causar insuficiência arterial, ou seja, dificulta e estreita o acesso do sangue para os outros membros, em especial em pessoas que já sofrem problemas com a circulação", fala o médico.

De acordo com o especialista, o acúmulo de gordura nas artérias, causados pelo excesso de peso, diabetes, tabagismo e hipertensão as deixa ainda mais estreitas, então o processo de circulação se torna mais lento. "Quando há predisposição genética ou quadros de obesidade, alimentação desequilibrada e sedentarismo, a preocupação se torna ainda maior nessa época do ano", alerta o médico.

No entanto, alguns sinais podem ajudar a prevenir o problema. "Quando a circulação não anda bem é comum sentir dormência ou inchaço nos membros e formigamento nas mãos e nos pés, dor ao caminhar, paralisia ou fadiga muscular", fala.

Daí é hora de buscar ajuda médica já que o tratamento para as doenças circulatórias pode ser feito por meio de medicamentos e cirurgia quando for necessário. Mas, a prevenção é o melhor caminho, especialmente para pacientes que já tenham alguma doença que contribui para a obstrução das artérias.

Dr. Caio deixa algumas dicas:

• Usar roupas confortáveis e quentes, não deixe o corpo exposto ao frio;

• Evitar as peças justas (elas podem comprimir os músculos das pernas e cintura);

• Consumir alimentos ricos em fibras, já que auxiliam na boa digestão e controle do colesterol;

• Fazer exercícios físicos pelo menos 3 vezes na semana mesmo em casa;

• Evitar consumo de gorduras;

• Manter o controle adequado da pressão e diabetes não evitar de ir ao médico mesmo durante a pandemia;

• Beber muita água;

• Ter cuidado ao usar meias elásticas sem orientação médica - nesses casos ela pode piorar a situação.



FONTE: Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten - Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.

https://www.drcaio.com.br

Instagram: @drcaiofocassiovascular


Como o tratamento contra o câncer pode afetar a saúde bucal?

Acompanhamento odontológico é fundamental para a manutenção bucal de pacientes oncológicos


O cuidado com a saúde bucal é parte fundamental na manutenção da qualidade de vida e bem-estar de uma pessoa. Essa atenção deve ser reforçada, principalmente, para pacientes oncológicos, ou seja, aqueles que estão em tratamento contra algum tipo de câncer.

De acordo com o presidente da Câmara Técnica de Estomatologia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Fábio de Abreu Alves, durante o tratamento radioterápico, o paciente pode adquirir complicações em sua saúde bucal. “É comum os pacientes apresentarem ulcerações (mucosite) decorrentes da ação direta da irradiação na mucosa bucal. Outro problema que acontece regularmente é a destruição das glândulas salivares que se encontram no campo irradiado, levando a diminuição do fluxo salivar e alterações na composição da saliva. E, por fim, alterações no reparo ósseo tanto da mandíbula quanto da maxila, efeito que pode causar necrose óssea, conhecida como osteorradionecrose”, diz o cirurgião-dentista.

O especialista recomenda que o paciente oncológico consulte regularmente um cirurgião-dentista para ser avaliado e fazer a adequação da boca e prevenção de doenças que possam surgir em decorrência da radioterapia, quimioterapia ou outros métodos de combate às células cancerígenas.

Terapias para o câncer de boca ou na região da cabeça e pescoço também podem afetar a saúde bucal e causar sérios prejuízos ao paciente, caso não haja acompanhamento de um cirurgião-dentista especializado. “Pacientes irradiados com tumores na região de cabeça e pescoço merecem atenção especial. A diminuição do fluxo salivar os deixam mais suscetíveis a doença periodontal e cárie. Essa cárie, quando associada à radioterapia, evolui rapidamente destruindo as coroas dentárias em poucos meses. Mas, as exodontias (processo de extração de dentes) devem ser evitadas devido ao risco de osteorradionecrose. Dessa forma, esses pacientes precisam de acompanhamento odontológico regular”, explica Alves.

Por ano, o Brasil tem mais de 400 mil pessoas diagnosticadas com câncer, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Na boca, a doença é mais comum entre os homens, com mais de 11 mil novos casos apenas em 2020. Apesar dos potenciais riscos à saúde bucal, tanto a radioterapia quanto a quimioterapia ou imunoterapia são métodos essenciais para o tratamento e cura para diversas formas de câncer, sobretudo o de boca.

Caso o paciente oncológico apresente inflamações na gengiva e sangramento, além de manchas esbranquiçadas em volta dos dentes, o cirurgião-dentista deve ser consultado para identificar potenciais cáries dentárias ou doença periodontal e realizar o tratamento necessário de forma rápida.

“O cirurgião-dentista tem participação fundamental em todas etapas do tratamento oncológico. Somos parte de uma equipe e o sucesso do tratamento depende de todos profissionais que cuidam do paciente oncológico”, completa o cirurgião-dentista.

 


Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP

www.crosp.org.br

 

Confinamento faz crescer casos de miopia em crianças

Considerada uma epidemia pela OMS, a miopia infantil atinge aproximadamente 6,8 milhões de crianças, no Brasil


O número de casos de miopia nas crianças entre 6 e 8 anos cresceu, em 2020, até três vezes em comparação com os cinco anos anteriores, segundo um artigo publicado em janeiro deste ano na revista científica Jama Ophthalmology, da China.

Os resultados vêm de um estudo realizado em mais de 120 mil crianças, utilizando a técnica photoscreening para triagem de fatores ambliogênicos, como estrabismo e erros de refração significativos, em um ou ambos os olhos de crianças. Os pesquisadores concluíram que o confinamento domiciliar, devido à pandemia de Covid-19, parece estar associado a uma mudança substancial da miopia em crianças. O estado refrativo de crianças mais jovens pode estar mais sensível às mudanças ambientais do que as crianças mais velhas, visto que se encontram em um período importante para o desenvolvimento da miopia.

No Brasil, a situação é semelhante. Segundo dados do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia), aproximadamente 6,8 milhões de crianças já sofrem com a miopia. "A OMS estima que a miopia atinja metade da população mundial até 2050, por isso as atenções devem estar voltadas às nossas crianças, principalmente porque elas estão se tornando míopes em idades cada vez mais baixas", afirma Gerson Cespi, diretor geral da CooperVision no Brasil.

Especialistas recomendam estimular brincadeiras e atividades ao ar livre, quando forem seguras; uma hora por dia é o mínimo recomendado para minimizar o risco de progressão da miopia; limitar o uso de aparelhos como smartphones, tablets e televisores; ensinar as crianças a não usarem os aparelhos eletrônicos antes de dormir; diminuir a luminosidade da tela do celular, tablet ou computador, principalmente à noite; e nunca utilizar em ambientes totalmente escuros.

A boa notícia é que foi lançado recentemente no Brasil o Programa Brilliant Futures™, um tratamento de controle da miopia, desenvolvido especificamente para ser iniciado em crianças com 8 a 12 anos de idade. O tratamento foi criado com base no uso das lentes de contato MiSight® 1 day, as primeiras e únicas lentes de contato gelatinosas aprovadas pelo FDA americano (Food and Drug Administration), que podem desacelerar a progressão da miopia ao mesmo tempo que corrigem a visão no início do tratamento. Como parte de um estudo realizado com crianças, ao usarem as lentes de contato MiSight® 1 day, a progressão da miopia reduziu em média 59%, o que resulta em uma miopia mais baixa no futuro.

 

Como uma das causas da miopia é a hereditariedade, os pais também devem prestar atenção aos sinais que as crianças apresentam como estrabismo, necessidade de se sentar nas primeiras fileiras da sala de aula, ficar mais próximo das telas da televisão ou cinema, manter livros muito próximos ao rosto durante a leitura, não enxergar objetos distantes, piscar excessivamente e esfregar os olhos com frequência.

Ao perceberem os sinais, os pais devem procurar um oftalmologista e já podem solicitar uma avaliação sobre o tratamento com as lentes MiSight® 1 day.

 

CooperVision


Com a chegada do inverno, cuidados com a covid-19 devem ser reforçados

A chegada do inverno é um alerta para que sejam intensificados os cuidados para evitar doenças respiratórias, entre elas a COVID-19. As baixas temperaturas comuns nesta época do ano estimulam hábitos que, apesar de amenizar o desconforto térmico, facilitam a ocorrência destes problemas. 

O responsável pelo Centro de Medicina Torácica e da Unidade de Enfisema Pulmonar Grave do Hospital Edmundo Vasconcelos, Luis Carlos Losso, explica que, no inverno, há um aumento da incidência de infecções respiratórias pela tendência à aglomeração das pessoas em lugares com janelas e portas fechadas para a proteção contra o frio. Nesses ambientes mal ventilados, segundo o especialista, a proximidade facilita a transmissão de vírus e bactérias. 

“A circulação do ar é fundamental quando pensamos na diminuição da transmissão de doenças respiratórias como a COVID-19. Por isso, é necessário deixar os ambientes arejados. Essa recomendação deve ser seguida nas casas, nos ambientes de trabalho, no comércio e em outros locais, principalmente quando as medidas de relaxamento começam a ser implantadas pelas autoridades sanitárias. Outro hábito que merece atenção é o distanciamento social. No inverno, as pessoas tendem a se aglomerar mais para evitar o frio, mas o ideal é que isso não ocorra”, reforça o médico. 

O uso de aparelhos de condicionamento de ar, aquecedores e lareiras também merece atenção. O motivo, de acordo com o responsável Centro de Medicina Torácica e da Unidade de Enfisema Pulmonar Grave, é que o ar aquecido provoca desidratação do ar ambiente, o que resseca o muco protetor das vias aéreas. “O ressecamento da superfície do epitélio respiratório destrói anticorpos e enzimas que atacam germes invasores, predispondo a infecções”, complementa. 

Para passar pela estação mais fria do ano com menos riscos, é preciso seguir os cuidados de prevenção contra o novo Coronavírus: usar máscara, manter distanciamento social, lavar as mãos sistematicamente e de modo correto e, para quem já está incluso no plano nacional de vacinação, imunizar-se com as duas doses. Losso incluí ainda entre os cuidados tomar a vacina contra a gripe e contra pneumonia a fim de reduzir os riscos dessas doenças.

 

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Seconci-SP alerta: milhares de pessoas contraíram hepatite e não sabem

 Nove em cada dez pessoas que têm a doença ignoram este fato, segundo a OMS

 

O Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais (28 de julho) é o ponto central da campanha do Julho Amarelo, que visa alertar a população sobre essa doença frequentemente assintomática. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as hepatites B e C afetam 325 milhões de pessoas no mundo e, dessas, 290 milhões desconhecem que têm a doença, ou seja 9 em cada 10. “Esses números são alarmantes, considerando que a hepatite é evitável, tratável e tem cura”, afirma o dr. Moacir Augusto Dias, gastroenterologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção). 

Antes da pandemia da Covid-19, a hepatite era a segunda causa de morte entre as doenças infecciosas, com a tuberculose em primeiro lugar. “O termo hepatite refere-se a uma inflamação do fígado, que pode ser provocada por vírus, consumo abusivo de álcool, drogas e medicamentos; além de causas genéticas, metabólicas e por doenças autoimunes”, explica o médico. 

A transmissão da hepatite A e E está muito relacionada a condições inadequadas de saneamento básico, pois é decorrente da ingestão de alimentos e água contaminada por fezes de pessoa com hepatite. “Os tipos B, C e D ocorrem pela troca de fluidos corporais, como no contato sexual e de sangue, pelo compartilhamento de alicates de unha, lâminas de barbear e agulhas, caso das tatuagens, piercings e drogas injetáveis. Além da transmissão materno-fetal. As hepatites A e B são as únicas para as quais existem vacinas. Como a hepatite D necessita do vírus da B para se desenvolver, a vacina contra a hepatite B acaba por também proteger contra o tipo D”.  

Os sintomas das hepatites são cansaço, febre, mal-estar, tonturas, enjoo, vômito, dor na parte superior do abdômen, na região do fígado; urina escura e fezes claras, como massa de vidro.  

O sinal mais característico é a icterícia, que corresponde à coloração amarelada dos olhos e da pele. “A questão é que algumas pessoas não apresentam esse quadro e são designadas como anictéricas, ou seja, não desenvolvem esse ‘amarelão’. Daí convivem com a hepatite sem saber”, destaca dr. Moacir. Segundo o Ministério da Saúde, este é o caso de mais de 500 mil pessoas no Brasil contaminadas pela hepatite C e que desconhecem essa condição.  

Em alguns casos, como nas hepatites A e E, a cura pode ser espontânea, sem necessidade de medicação. O Seconci-SP realiza os testes para detectar a doença. Uma vez confirmada, a notificação é compulsória e o paciente é encaminhado para um dos Centros Estaduais de Referência para Tratamento de Hepatite, onde serão feitos outros exames, como o da carga viral e distribuídos os medicamentos gratuitamente.  

“A complicação mais temida da hepatite é se tornar crônica ou se apresentar na forma fulminante. Os tipos B e C podem ainda evoluir para cirrose e câncer no fígado. Nos exames de rotina, como os periódicos, por exemplo, pode-se incluir o exame de sangue para detectar se a pessoa teve ou tem hepatite. Diante do resultado, o médico pode tomar a conduta adequada para tentar evitar que a doença traga consequências indesejadas”, destaca o dr. Moacir.

 

Covid-19 provoca aumento em quase seis vezes nos casos de gravidez ectópica

O desenvolvimento de um embrião fora da cavidade uterina traz riscos para a gestante e deve ser diagnosticado o mais breve possível



Uma revisão de estudos conduzida pela George’s University of London, no Reino Unido, mostrou um panorama dos efeitos da pandemia de Covid-19 durante a gestação e possíveis repercussões que a contaminação da gestante pode trazer ao feto.

 

Segundo o estudo, mais mulheres grávidas morreram, tiveram complicações ou deram à luz bebês natimortos durante a pandemia do que em anos anteriores.

 

Dentre os resultados maternos e fetais globais que pioraram durante a pandemia, um ponto que chamou a atenção de especialistas foi o crescimento em quase seis vezes do diagnóstico de gravidez ectópica no último ano.

 

“O aumento dos casos de gravidez ectópica possivelmente está relacionado ao processo inflamatório provocado pelo coronavírus, dificultando a passagem do óvulo fecundado, que acaba por se desenvolver fora do útero”, aponta o Dr. Thomaz Gollop, Professor Colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina de Jundiaí.

 

Este aumento é especialmente preocupante pelo risco que a gestante corre caso o problema não seja identificado.

 

“Se não diagnosticada, com a evolução da gestação ectópica, pode ocorrer o rompimento da trompa e uma grave hemorragia”, alerta o Dr. Thomaz.

 

Gravidez ectópica

A gravidez ectópica é considerada a principal causa de morte materna no primeiro trimestre da gestação, responsável por 9% dos óbitos maternos durante o ciclo gravídico-puerperal.

 

Segundo um trabalho apresentado recentemente na Faculdade de Medicina de Jundiaí, a incidência é de 1% a 2% nos países industrializados.

 

“Após a primeira ocorrência, a recorrência é de cerca de 15%. Se houver dois ou mais episódios, essa taxa pode chegar a pelo menos 25%”, explica Rafaela Pescarini Fabricio, aluna do 6º ano da Faculdade de Medicina de Jundiaí, uma das autoras do trabalho.

 

As chances de uma gravidez ectópica são, portanto, maiores entre mulheres que já tiveram um caso anterior, mas a maior incidência também está associada a cirurgia tubária prévia, endometriose, doença inflamatória pélvica, uso de contraceptivo de emergência e tabagismo.  

 

Diagnóstico e tratamento 

 

O diagnóstico pode ser feito através de um exame clínico detalhado, exames laboratoriais e muitas vezes já nas primeiras consultas do pré-natal, por meio da ultrassonografia.  

Conforme a localização do embrião e o tempo gestacional, algumas opções poderão ser indicadas, incluindo o tratamento medicamentoso, com metotrexato, ou cirúrgico, com videolaparoscopia.


Como escovar os dentes da forma correta?

Mais do que a quantidade certa de pasta de dente, confira dicas da Presidente ABHA para uma melhor escovação


Desde pequenos somos ensinados em casa ou nas escolas que a escovação dental é muito importante e, por isso, deve ser executada no mínimo três vezes ao dia. No entanto, depois de adultos, pouco se é falado sobre esse tema tão importante da saúde. Desse modo, a Presidente da Associação Brasileira de Halitose, Dra. Cláudia Gobor, dentista especialista em halitose, ensina um passo a passo de como escovar os dentes da forma ideal e ainda dá dicas de como manter uma boa saúde bucal.

Divida a sua boca em quatro regiões.

A dentista explica que, em uma escovação correta, o ideal é “dividir a boca em superior direito e esquerdo e inferior direito e esquerdo”;

Escove cada uma das partes.

Após a separação mental, escove cada uma das partes, sempre “sem pressa”, comenta a Dra. Isso porque, uma escovação bucal ideal demora cerca de 2 minutos;

Os movimentos da escovação.

Para conseguir atingir todos os dentes sem machucar a boca, o correto é fazer “movimentos de cima pra baixo na arcada superior e debaixo pra cima na arcada inferior, simulando assim um movimento circular na parta externa, e também movimentos de vai e vem na parte de cima e na parte interna dos dentes, todos eles sem colocar muita força”, explica Cláudia; preste atenção nesta questão... devemos segurar a escova com dois a três dedos, como se estivesse com uma caneta na mão... desta forma a força transmitida pros dentes na hora de escovar vai ser mais branda.

A língua também faz parte da boca.

Muita gente esquece, na hora da escovação, de dar atenção à língua. No entanto, pouca coisa adianta escovar somente os dentes e manter ali parado a saburra ou biofilme lingual. A dentista alerta que “a saburra lingual, que é aquele aspecto branco que fica na superfície da língua, é uma enorme causadora de mau hálito, já que, naquela região ficam acomodadas bactérias, restos alimentares e células que descamam da boca e que geram a halitose”, alerta a especialista.

Sobre o fio dental.

É bastante discutido na comunidade da saúde bucal sobre o melhor momento de se passar o fio dental. Todavia, o ideal mesmo é que, “independente da ordem - antes ou depois da escovação - o fio dental deve ser passado uma vez ao dia, rigorosamente e muito bem passado, para evitar o armazenamento de resíduos no meio dos dentes, local onde a escova de dentes não consegue alcançar”, comenta.

Ademais à escovação, é importante também tomar outros cuidados para manter uma boa saúde bucal. Manter uma hidratação diária ideal, ingerindo 2 litros de líquidos por dia ajuda na “salivação e na limpeza da boca,  e de certo modo ajuda a evitar o aparecimento do mau hálito”, alerta a Dra. Além disso, ter uma alimentação saudável é essencial, já que em determinados alimentos existem nutrientes que estimulam o fortalecimento dos dentes e a prevenção de infecções e outras doenças bucais.

 


Cláudia Christianne Gobor - Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose, Presidente da Associação Brasileira de Halitose

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