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terça-feira, 26 de janeiro de 2021

ABE apoia campanha "50 milhões de passos pela epilepsia"

Campanha internacional, realizada pelo International Bureau for Epilepsy, tem o objetivo de conscientizar sobre a epilepsia, ajudar no combate ao preconceito e arrecadar fundos para associações em todo o mundo


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas no mundo têm epilepsia, porém, a doença é rodeada de mitos e preconceitos. A Associação Brasileira de Epilepsia, em parceira com associações em todo mundo, soma esforços para divulgar a campanha internacional “50 million steps for epilepsy”, que incentiva pessoas a realizarem doações e a compartilharem em redes sociais, informações sobre a doença.  

Criada pelo International Bureau for Epilepsy (IBE), organização que objetiva melhorar a condição social e a qualidade de vida das pessoas com epilepsia, a campanha deseja juntar 50 milhões de passos pela doença até o Dia Internacional da Epilepsia, 8 de fevereiro. Os passos também podem ser acompanhados por doações para associações que apoiam a causa.

“Qualquer um pode contribuir com o apoio de um smartphone para rastrear os próprios passos e enviar os dados pelo site. Para inspirar mais pessoas é importante compartilhar o progresso individual nas redes sociais, usando a hashtag #50MillionSteps. Ainda é possível fazer doações em dinheiro, que ajudam a fazer a diferença”, explica a Presidente da ABE, Maria Alice Susemihl.

A campanha que teve início no dia 4 de janeiro, já conseguiu mais de 45 milhões de passos e para incentivar mais as pessoas a participarem, conta com uma competição.  Os melhores vídeos compartilhados nas redes sociais com a hashtag “#50MillionSteps” ganharão uma quantia em dinheiro, de acordo com cada categoria.

“A repercussão da campanha nas redes sociais contribui para que as pessoas comecem a entender o que é a epilepsia. Com mais visibilidade, há mais compreensão social. É importante destacar que haverá um grande esforço nas redes sociais, por parte dos apoiadores da causa, principalmente, no Dia Internacional da Epilepsia. Quanto mais pessoas usarem a hashtag #EpilepsyDay, melhor”, finaliza a Presidente da ABE.

Para saber mais sobre a campanha e participar, acesse: https://50millionsteps.org/

 

Sobre Associação Brasileira de Epilepsia

A ABE é uma Associação sem fins lucrativos que se estabeleceu como organização para divulgar conhecimentos acerca dos tipos de epilepsia, disposta a promover a melhora da qualidade de vida das pessoas que convivem com a doença. Integra o International Bureau for Epilepsy e é composta por pessoas que têm epilepsia, familiares, neurologistas, nutricionistas, advogados, assistentes sociais, pesquisadores e outros profissionais. Atua formando grupos de autoajuda, facilitando a reabilitação profissional, lutando pelo fornecimento regular de medicamentos nos postos de saúde e hospitais públicos, além de batalhar, incansavelmente, pelo bem-estar das pessoas que convivem com a doença e pelo fim dos estigmas e preconceitos sociais. 

 

Final do Janeiro Branco; Não descuide de sua saúde mental

Saúde da mente influencia diretamente na qualidade de vida, assim como em aspectos fisiológicos como sono e disposição


 

Apatia, desesperança, solidão. A depressão é uma das doenças que mais cresce a cada ano. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 5% da população mundial, cerca de 330 milhões de indivíduos, convivam com o problema — destes, 12 milhões são brasileiros. Ao observar essa temática, em especial devido ao novo coronavírus, o Janeiro Branco tem o objetivo de conscientizar a população quanto à importância dos cuidados com a saúde mental.  

 

Especialista em fisiologia e meditação, Débora Garcia explica que ao contrário do que muitas pessoas acreditam, cuidar da mente demanda mais do que intenção ou desejo de acalmar emoções. “É importante entender ser natural sentir todas as emoções, que são iniciadas inconscientemente, mas que não necessariamente precisam controlar nossas atitudes”, aponta.  

 

É fato que a qualidade do padrão de pensamentos e emoções impactam em diversos aspectos da vida, que vão desde relacionamentos — sejam eles pessoais ou profissionais — à produtividade, paciência e disposição. “Puxando para a fisiologia, as emoções são capazes de alterar nosso ciclo de sono e aprendizagem, por exemplo", avisa.

 

A negligência em relação à saúde emocional tem um preço alto, visto que nenhum indivíduo está 100% imune a um transtorno mental. “O que podemos e devemos fazer é ter um cuidado diário, mesmo porque os transtornos são resultados de não darmos a atenção necessária para a nossa inteligência emocional e ao fluxo de pensamentos, que em alguns casos mais perturbam que ajudam”, alerta.  

 

Segundo a fisiologista, ações pontuais e espaçadas não terão resultados expressivos, dado que os maiores benefícios são consequência da constância. “Imagina uma pessoa que trabalha apenas um mês e pensa que com isso pode gastar para o resto da vida, não faz muito sentido. Com as emoções e a mente é a mesma coisa, afinal, nós precisamos delas todos os dias e os hábitos de alto cuidado devem fazer parte da nossa rotina como o banho”, elucida Débora. 

 

Não há mágica quando o assunto é autocuidado emocional, é necessário cuidar hoje para poder tem mais qualidade de vida e bem-estar a curto, médio e longo prazo, visto que a melhora é cumulativa.  


 

1) É hora de procurar ajuda 

 

Débora Garcia aponta que a depressão esbarra em pré-conceitos, levando quem sofre com o problema a ter dificuldades em fazer acompanhamento com um profissional da saúde mental. “Lembre que o profissional que vai te ajudar a fazer uma coisa que você não foi treinado para fazer, afinal não é da nossa cultura cuidar das nossas emoções desde criança e se autoconhecer”, diz. 

 

Mesmo porque existem alterações neurofisiológicas “negativas” quando as emoções estão fora de controle, um profissional pode ajudar a usar as ferramentas corretas para reorganizar a parte fisiológica também. “Um ponto que pode ajudar é perceber se as suas tentativas até agora estão sendo eficientes. Existem diversos profissionais que podem auxiliar para uma melhor saúde mental, sejam psicólogos, terapeutas ou até mesmo especialistas em terapias alternativas” aponta. 


 

2) O corpo afeta a mente 

 

Melhorar hábitos alimentares e fazer exercícios físicos afeta diretamente a saúde da mente. “Com uma ligação direta chamada cérebro-intestino, nossa alimentação pode influenciar de variadas formas nossa melhor saúde tanto física como mental. Já os exercícios, por exemplo, ajudam a reduzir o hormônio cortisol, relacionado ao estresse. Ou seja, para equilibrar a mente, um estilo de vida saudável conta bastante”, comenta. 


 

3) Escolha a calma 

 

Percepção e clareza de ideias são habilidades que podem ser treinadas. Não há obrigatoriedade em responder a toda categoria de ideia ou pensamento que surge. Filtrando e trazendo qualidade de pensamentos. “Aderir a uma técnica de relaxamento e de respiração consciente é muito eficiente e ajuda a aumentar o nosso pavio emocional. Essas práticas causam mudanças positivas no funcionamento do nosso cérebro, que promove a mudança positiva de dentro para fora”, garante Débora Garcia.


Ministério da Saúde orienta estados e Distrito Federal sobre vacinação contra a Covid-19

Em documentos enviados às secretarias estaduais de saúde, a pasta disponibiliza recomendações para a realização da campanha, que podem ser adaptadas de acordo com a realidade local

 

No Brasil, desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, o Ministério da Saúde vem orientando os gestores e os profissionais de saúde dos estados e do Distrito Federal sobre os procedimentos adotados nas campanhas nacionais de vacinação. Foram enviados documentos técnicos com informações sobre os grupos prioritários, contraindicações da vacina, registro da aplicação, entre outras orientações técnicas relevantes.

A estratégia de vacinação é realizada de forma tripartite, com a pactuação da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. O Ministério da Saúde se reúne periodicamente com representantes de secretarias estaduais e municipais de Saúde para discutir as diretrizes técnicas e operacionais da campanha de vacinação.

A primeira etapa da mobilização contra a Covid-19 conta com as doses aprovadas para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e disponibilizadas pelos laboratórios. Cerca de 6 milhões de doses produzidas pela farmacêutica Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, foram enviadas a todos os estados brasileiros e ao Distrito Federal para início da campanha, no dia 18 de janeiro. Posteriormente, no dia 23 de janeiro, o Ministério da Saúde distribuiu 2 milhões de doses da vacina AstraZeneca/Fiocruz, seguidas de novos lotes da Sinovac/Butantan (910 mil doses).

O Ministério da Saúde vem empreendendo todos os esforços para a vacinação da população e continuará com a distribuição das doses assim que forem disponibilizadas pelos laboratórios produtores e aprovadas pela Anvisa. O Brasil tem 354 milhões de doses de vacinas garantidas, para 2021, por meio dos acordos com a Fiocruz (254 milhões de doses), Butantan (100 milhões de doses) e Covax Facility (42,5 milhões de doses).


PÚBLICO PRIORITÁRIO

Para essa primeira etapa, o público-alvo da campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 foi priorizado segundo os critérios de exposição à infecção e de maiores riscos para agravamento e óbito pela doença, considerando o quantitativo de vacinas disponível. Assim, até a disponibilidade de mais doses, o Ministério da Saúde recomenda a vacinação no Brasil para os seguintes grupos:

- Trabalhadores da saúde (equipes de vacinação que estiverem inicialmente envolvidas na vacinação dos grupos elencados para as 6 milhões de doses, trabalhadores dos serviços de saúde públicos e privados, tanto da urgência quanto da atenção básica, envolvidos diretamente na atenção/referência para os casos suspeitos e confirmados de Covid-19, trabalhadores das Instituições de Longa Permanência de Idosos e de Residências Inclusivas (Serviço de Acolhimento Institucional em Residência Inclusiva para jovens e adultos com deficiência) e demais trabalhadores de saúde;

- Pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência (institucionalizadas);

- Pessoas a partir de 18 anos de idade com deficiência, residentes em Residências Inclusivas (institucionalizadas);

- População indígena vivendo em terras indígenas.

Todos os trabalhadores da saúde serão vacinados e a ampliação da cobertura desse público será gradativa, assim como para os demais públicos prioritários elencados no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, a partir da disponibilidade de vacinas.


REGISTRO DA VACINAÇÃO

O registro das doses aplicadas da vacina será feito por meio do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (Novo SI-PNI - online) ou em um sistema próprio que interopere por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Os dados de doses aplicadas e coberturas vacinais serão disponibilizados aos gestores, profissionais de saúde e para a sociedade por meio de um painel on-line, no LocalizaSUS.

A modalidade de registro individualizado, garante o reconhecimento da pessoa vacinada pelo número do CPF ou do Cartão Nacional de Saúde (CNS), a fim de possibilitar o acompanhamento de quem já foi vacinado, evitar duplicidade de vacinação, e identificar/monitorar a investigação de possíveis eventos adversos.

No caso das salas de vacina pertencentes à Atenção Primária à Saúde (APS), sem conectividade com a internet, os registros das doses aplicadas poderão ser feitos no e-SUS AB. Essas salas farão registros offline e depois submeterão seus registros para o servidor assim que a conexão com a internet estiver disponível, no prazo máximo de 48 horas. Para salas de vacina não pertencentes à APS, recomenda-se o registro em formulário padrão, a ser encaminhada para digitação, em unidade que possua conectividade, segundo o fluxo local. 

Além disso, o Ministério da Saúde disponibilizou o aplicativo Conecte SUS em que cada dose aplicada e registrada no sistema de informação, constará na carteira digital de vacinação do usuário, identificado por meio do CPF ou do CNS. Também serão registrados o tipo de vacina, seu lote de fabricação e a data em que foi tomada a dose. Com esta ferramenta, em virtude da possibilidade de uso de mais de uma vacina na imunização da população brasileira, será possível o monitoramento da sua situação vacinal pelo indivíduo, contando, inclusive com lembretes do prazo para realização da segunda dose, e a equipe envolvida na vacinação poderá visualizar os dados referentes às doses da vacina.


APLICAÇÃO

As vacinas dos laboratórios Sinovac/Butantan e AstraZeneca/Fiocruz são administradas exclusivamente por via intramuscular em duas doses, com intervalo de duas a quatro semanas para a vacina Sinovac/Butantan e de doze semanas para a vacina AstraZeneca/Fiocruz.

Devido à falta de estudo sobre a coadministração, o Ministério da Saúde não recomenda a administração simultânea das vacinas contra a Covid-19 com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.


CONSERVAÇÃO

Os documentos técnicos disponibilizados pelo Ministério da Saúde ratificam a importância e cuidados com a conservação das vacinas, para promover a garantia da qualidade e melhor eficácia destes produtos. Em conformidade com as normas dos fabricantes e aprovação pela Anvisa, essas vacinas devem ser armazenadas a temperaturas entre +2ºC e +8ºC, nas câmaras frias/refrigeradas.

A exposição acumulada da vacina a temperaturas fora da faixa preconizada (+2°C à +8°C), ou diretamente à luz, em qualquer etapa da cadeia, pode gerar uma perda de potência que não poderá ser restaurada.


EPI

Com o objetivo de proteger trabalhadores da saúde e garantir a segurança dos indivíduos que serão atendidos pela vacinação, o Ministério da Saúde orienta o uso de máscara cirúrgica, proteção ocular, avental descartável para uso diário ou avental de tecido higienizado diariamente para todos os vacinadores. O uso de luvas é recomendado apenas para profissionais de saúde com lesões abertas nas mãos.


SERINGAS E AGULHAS

O Ministério da Saúde está adquirindo seringas e agulhas para apoiar os estados, o Distrito Federal e os municípios na realização das ações de imunização durante o enfrentamento da pandemia. A prioridade na distribuição será daqueles entes que apresentam baixo nível de estoque desses insumos, uma vez que o fornecimento ao Ministério será realizado de forma gradual.


PRECAUÇÕES

Em geral, como ocorre com todas as vacinas, diante de doenças agudas febris moderadas ou graves, recomenda-se o adiamento da vacinação até a resolução do quadro. Até o momento, não há evidências, de qualquer preocupação de segurança na vacinação de indivíduos com história anterior de infecção ou com anticorpo detectável pelo SARS-COV-2. Entretanto, recomenda-se o adiamento da vacinação nas pessoas com quadro sugestivo de infecção em atividade para se evitar confusão com outros diagnósticos diferenciais.

Como a piora clínica pode ocorrer até duas semanas após a infecção, idealmente a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total e pelo menos quatro semanas após o início dos sintomas ou quatro semanas a partir da primeira amostra de PCR positiva em pessoas assintomáticas.


EVENTOS ADVERSOS

O Ministério da Saúde utiliza um sistema de vigilância sensível para avaliar a segurança das vacinas e dar resposta rápida a todas as preocupações da população relacionadas aos imunizantes. Essas atividades requerem notificação e investigação rápida e adequada de qualquer evento ocorrido.

O sistema de vigilância se dá em três passos: detecção, notificação e busca ativa de novos eventos, que possibilitam a investigação e classificação final de causalidade. Devido à necessidade de se estabelecer o perfil de segurança das vacinas aplicadas, o Ministério orienta que todos os eventos, graves ou não graves, bem como os erros de imunização, sejam notificados no e-SUS Notifica. As queixas técnicas relacionadas à vacina deverão ser registradas no sistema Notivisa/Anvisa.


GESTANTES, PUÉRPERAS E LACTANTES

A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas nos grupos de gestantes, puérperas e lactantes. Para as mulheres, pertencentes a um dos grupos prioritários, que se apresentem nestas condições, a vacinação poderá ser realizada após avaliação cautelosa dos riscos e benefícios e com decisão compartilhada, entre a mulher e o médico prescritor.

 


Henrique Jasper

Ministério da Saúde


Telex comemora 73 anos com campanha de doação de baterias para aparelhos auditivos

Deficientes auditivos também podem receber, gratuitamente, extensores de máscara reguláveis


A Telex Soluções Auditivas estreia uma nova campanha de doação de baterias para aparelhos auditivos e extensores de máscara reguláveis a fim de celebrar seus 73 anos de atuação em todo o país.

"Com o agravamento da pandemia, a preocupação é com os usuários de aparelhos auditivos, que precisam manter seus aparelhos funcionando, sem sair de casa. Por isso, e para marcar nosso aniversário, em 30 de janeiro, a Telex está lançando mais uma campanha de doação de cartelas de pilhas", explica Taísa Pessoa, Gerente de Marketing da Telex Soluções Auditivas.

Para receber, gratuitamente, uma cartela com seis baterias ou o extensor de máscara, basta preencher um formulário no site da empresa: https://www.telex.com.br. Qualquer pessoa pode se beneficiar. Não é preciso ser cliente. As pilhas e os extensores de máscaras são enviados pelos Correios para qualquer lugar do Brasil, com frete também grátis.

A primeira campanha, promovida em 2020, durou três meses e beneficiou quase três mil pessoas em todo o país.

A Telex Soluções Auditivas pertence ao grupo dinamarquês Demant e tem 56 lojas espalhadas pelo país.


Você sabia que a mastite tem outras causas além da lactação?

Pega correta e frequência do aleitamento ajudam a evitar casos de mastite lactacional 
@jverdin20 via Twenty20

Doenças autoimunes e outras infecções também podem afetar as glândulas mamárias


A mastite é uma inflamação das glândulas mamárias muito comum durante o aleitamento materno, mas o que muita gente não sabe é que existem outras causas e que o problema pode ocorrer inclusive em homens e crianças. “A mais comum é a lactacional, mas temos tipos causados por bactérias, como a tuberculose e a hanseníase, por fungos, vírus e parasitas, e por doenças sistêmicas, como Lupus e Diabetes Mellitus”, indica a mastologista credenciada da Paraná Clínicas, Dra. Pâmela Bioni (CRM-PR 30.512, RQE 25.982). 

Os sintomas são bem parecidos: dor, vermelhidão e calor nas mamas, com nódulos ou áreas endurecidas, febre e, em casos mais graves, abertura de feridas com pus. O diagnóstico depende da análise física e do histórico da paciente. “Pode ser necessário realizar alguns exames complementares, como ecografia mamária, cultura de secreção e até biópsia em casos selecionados, para entender a origem e escolher a abordagem mais adequada para tratar e evitar novos episódios. O tratamento pode variar, mas geralmente é feito com antibiótico, anti-inflamatório e analgésico, para aliviar a dor”, completa a médica.

 

Prevenção

As mastites lactacionais são comuns nos primeiros três meses de amamentação e têm relação direta com a pega do mamilo pelo bebê e a quantidade de leite produzido pela mãe. Quando o posicionamento não é feito de forma adequada, por exemplo, podem ocorrer fissuras nos mamilos, criando assim uma porta extra para entrada de bactérias.

“Ficar muito tempo sem amamentar é uma das principais causas de ingurgitamento. Além disso, o esvaziamento incompleto da mama, o uso de bicos de silicone e de sutiãs muito apertados também estão entre os erros mais comuns”, aponta a enfermeira do Programa Priori, da Paraná Clínicas, Paula Cristina Zanardo (Coren-PR 97.347). Especialista em amamentação, Paula atende muitos casos de mastite. “E quando recebemos as mulheres na fase inicial, conseguimos evitar o desenvolvimento de complicações e o desmame precoce”, conta.

Em consultório, a enfermeira orienta a massagem da área afetada, com movimentos circulares, para aliviar a dor e a pressão sobre as mamas. “É importante não aplicar calor, porque o calor estimula ainda mais a produção de leite. O ideal é fazer compressa fria”, indica. “Essas medidas são importantes porque ajudam a evitar a infecção”, completa Dra. Pâmela. Segundo as especialistas, mesmo quando a mãe apresenta febre e recebe o diagnóstico de mastite infecciosa, é importante manter o aleitamento. “O leite não precisa ser descartado, pois não está contaminado e não vai fazer mal ao bebê. A mulher pode e deve continuar amamentando normalmente”, enfatiza a enfermeira.

 


Paraná Clínicas

www.paranaclinicas.com.br


Problemas na visão atrapalham aprendizado

Levantamento mostra que usar óculos melhora o aprendizado de 50% das crianças. A pandemia piorou a visão na infância. Entenda.

 

 A volta às aulas presenciais ou online pedem mais atenção com a visão das crianças. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas, o hospital foi o primeiro no País a mensurar o efeito dos óculos no aprendizado. O levantamento levou em conta a avaliação dos pais e professores de 36 mil alunos da rede pública de ensino, um ano depois de entrega às crianças o primeiro par de óculos, durante programa social realizado em parceria com a prefeitura municipal.

 

Para os professores 50% dos estudantes tiveram melhora no rendimento escolar, a concentração de 57% aumentou e 38,2% ficaram menos agitados.

Para os pais, 88% das crianças passaram a ter mais concentração e interesse pelo estudo, todos os que sentiam dor de cabeça pararam de se queixar e 91% começaram realizar tarefas que antes não conseguiam. 

Queiroz Neto destaca que a pandemia de coronavírus aumentou em até 400% a miopia em crianças de 6 anos segundo um estudo chinês. Para ele isso está acontecendo pela falta de exposição ao sol mais  o excesso de horas usando celular ou computador que faz os músculos do olho responsáveis pela mudança de foco para perto e longe ficarem acomodados a focalizar só as imagens próximas.

 

Triagem online pode reduzir repetência

O problema é que na triagem feita pelo Penido Burnier, 8 em cada 10 crianças nunca tinham ido ao oftalmologista. “Esta é uma realidade nacional nas classes sociais menos favorecidas”, afirma. A estimativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) é de que  na infância 30%  da população têm alguma dificuldade de enxergar relacionada aos erros de refração que são corrigidos com óculos de grau. A falta de exames oftalmológicos na infânci, explica por que a OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta a falta de óculos como a maior causa da deficiência visual no Brasil. O oftalmologista esclarece que não quer dizer que o grau aumenta quando a criança deixa de usar os óculos. Significa que a dificuldade moderada de enxergar à distância (miopia), próximo (hipermetropia) ou desfocado para longe e perto (astigmatismo) é limitante o  suficiente para dificultar o aprendizado.

Por isso, no site do hospital, www.penidoburnier.com.br os pais encontram um aplicativo autoexplicativo para checar como os filhos estão enxergando. O médico diz que a ferramenta  não substitui a consulta, mas indica quando é necessário passar por exame com um especialista para garantir o aprendizado.

 

Prevenção da cegueira monocular

Nossos olhos se desenvolvem até a idade de 8 anos. Neste período, qualquer bloqueio visual, como o estrabismo ou olho torto, faz com que a criança utilize mais o olho de melhor visão, podendo comprometer o desenvolvimento do outro. Para resolver este problema que é conhecido com ambliopia ou “olho preguiçoso” é necessário fazer a oclusão do olho de melhor visão para estimular o  outro antes do desenvolvimento completo do sistema ocular, salienta.  É por isso, comenta, que o primeiro exame de vista deve ser feito aos 3 anos de idade.

Para evitar a miopia precoce recomenda estimular as brincadeiras ao ar livre põem contato com o sol que estimula a produção do hormônio do bem-estar. a dopamina que controla o crescimento do eixo do olho que é mais longo em míopes. Outra dica é intercalar o uso das telas com estas brincadeiras a cada duas horas. 

 

Sinais de problemas

Queiroz Neto afirma que  a criança não sabe se enxerga bem. Por isso, lista dicas para os pais identificarem problemas de visão.


 Até os dois anos, afirma que os sinais de alerta são olhos lacrimejantes, pupila muito grande, acinzentada, com reflexo ou opaca, desinteresse pelo espaço e pessoas.

 

A partir dos 3 anos, tombar a cabeça para o lado, olhos desviados para dentro ou para fora, esfregar os olhos com frequência.

 

No início da fase escolar, o hábito de coçar os olhos após ver muito tempo de TV ou videogame, dor de cabeça e nos olhos frequentes, aproximar ou afastar muito o rosto do caderno, reclamar de dificuldade para enxergar a lousa, baixo rendimento escolar e desinteresse pelos estudos. 


93% dos homens não consomem as vitaminas necessárias para fertilidade, aponta estudo

Metade dos problemas de infertilidade são masculinos, muitos deles passam despercebidos também porque os homens não querem reconhecer.


A preparação do casal para a gravidez, é tão importante quanto a própria gestação. Ter uma alimentação adequada, hábitos saudáveis e consumir suplementos vitamínicos diariamente é essencial. Vitaminas como zinco, o selênio, o magnésio, e o ácido fólico, são substâncias que atuam no organismo do homem, produzindo espermatozoides de melhor qualidade.

Porém, conforme apontou um estudo recente feito pela Famivita, 57% dos homens que estão tentando engravidar suas parceiras, não sabem que vitaminas e minerais influenciam a qualidade dos espermatozoides. O Distrito Federal é o estado em que os homens têm  mais conhecimento desse fato, com 52% dos participantes. Já no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, o percentual cai para 38%. Enquanto o Alagoas é o estado com o menor conhecimento sobre o assunto, com 26% da população.

Além disso, metade dos problemas de infertilidade são masculinos, muitos deles passam despercebidos também porque os homens não querem reconhecer. Uma das diferenças entre esperma fértil e infértil é o nível de radicais livres. Quando ele for alto, as chances de conseguir o positivo são menores. As vitaminas C e E são conhecidas como antioxidantes que reduzem o nível dos radicais livres, e estão presentes no ViriFerti, que contém essas e muitas outras vitaminas e minerais que influenciam a fertilidade masculina. 

Ademais, o estudo também constatou que somente 40% dos homens possuem uma alimentação saudável e 93% não tomam suplementos vitamínicos nas tentativas. E conforme foi comprovado pelos pesquisadores da Harvard T.H. A Chan School of Public Health em um estudo sobre fertilidade, ter uma dieta saudável é importante para o casal, e para o homem, ajuda na qualidade do sêmen. Para os homens que não conseguem seguir com uma dieta ou uma vida mais saudável, as vitaminas para fertilidade masculina podem ajudar ainda mais.

 

Excesso de gases intestinais: Quais alimentos podem intensificar o problema?

Sabe aquele estufamento, indisposição e incômodo intestinal depois da ingestão de alguns alimentos? Esse desconforto é muito comum e, geralmente, está relacionado a chamada flatulência ou eliminação de gases intestinais. Eles resultam do acúmulo de ar no sistema digestivo –aspirado durante as refeições – e também derivam do processo biológico intitulado de “fermentação”, que ocorre dentro do nosso corpo durante a digestão dos alimentos. Estes gases podem ser liberados por via oral ou anal e são respostas orgânicas naturais e muito recorrentes. No entanto, o seu excesso pode provocar inchaços na barriga – distensão abdominal – e comprimir órgãos, causando dores no peito, falta de ar e mal-estar. Além disso, a liberação descontrolada dos mesmos pode colocar algumas pessoas em situações de muito constrangimento.

De acordo com o clínico geral e CEO da Clínica Penchel, Lucas Penchel, grande parte dos gases é produzida no intestino por carboidratos que não são fragmentados ao longo do trajeto pelo estômago. “O intestino não dispõe das enzimas necessárias para digerir estas biomoléculas, com isso, elas acabam sendo fermentadas por bactérias que habitam a área. Esse dinâmica é responsável pela maior produção e eliminação de gases. Alguns problemas como a síndrome do intestino irritável, a hipocloridria, refluxo e as intolerâncias alimentares são umas das principais causas da flatulência excessiva. No entanto, certos hábitos e a ingestão de determinados alimentos também podem contribuir para o aumento dos flatos, por isso é muito importante que as pessoas observem os seus atos diários, fiquem atentas ao momento das refeições e adotem uma dinâmica de vida mais saudável”, ressalta.

Segundo Lucas, as pessoas que possuem maior propensão a produção de gases devem diminuir ou mesmo evitar o consumo de alguns grupos de alimentos. “Leguminosas como as ervilhas, feijão e grão de bico apresentam substâncias conhecidas como galactanos. Elas são osmóticas, ou seja, estimulam a entrada de água no interior do trato gastrointestinal, o que dificulta a sua digestão e absorção adequada dentro do organismo. Ao serem ingeridas em excesso podem entrar em processo de fermentação e assim contribuir para a formação de gases. Os vegetais crucíferos como o brócolis, couve-flor, repolho e couve de bruxelas são outros importantes exemplos de alimentos que impulsionam a elevação da flatulência. Eles são compostos por frutanos e polióis, carboidratos que também são de difícil absorção”, destaca.

Conforme Penchel, a lactose (açúcar do leite), o amido (batata, cereais e trigo), as fibras (aveia), o sorbitol e a frutose são elementos que não só fermentam com facilidade, como demandam um maior esforço do organismo para serem digeridos. “Eles causam estufamento, indisposição e muitos gases. A intensificação da flatulência ainda pode ser incentivada pela aerofagia ou ingestão de ar em quantidade anormal. É relevante que as pessoas mais propensas ao problema, abandonem o hábito de fumar, diminuam o uso de canudos e não masquem chicletes, pois todas estas atitudes irão impedir a entrada excessiva de ar dentro da boca. O consumo exagerado de bebidas gaseificadas e refrigerantes também deve ser controlado, pois o gás carbônico que as compõem, pode aumentar o surgimento de gases e o inchaço na região abdominal. Outra dica é evitar frituras, pois elas sobrecarregam o intestino e elevam a fermentação”, explica.

Para controlar a flatulência, o médico ainda recomenda que os pacientes incluam a prática de exercícios físicos em seus cotidianos. “Ela auxilia bastante na eliminação de gases, evitando a retenção dos mesmos. Comer devagar, mastigar muito bem os alimentos antes de engolir e não ingerir líquidos durante as refeições também são atos essenciais para uma boa digestão e absorção correta de nutrientes. Em situações mais extremas, talvez seja necessário o uso de remédios. Então, acho imprescindível que as pessoas procurem pelas orientações e avaliações de médicos e nutricionistas antes de fazer mudanças na alimentação. Hoje não só existe uma série de exames para o diagnóstico das causas do problema, como também podemos contar com novos tratamentos, como por exemplo, o uso de enzimas digestivas, a ingestão de cápsulas de carvão vegetal ativado, a dieta Fodmaps e dentre outros”, conclui.


Transtornos alimentares afetam saúde bucal e requerem equipe multidisciplinar para tratamento

O cirurgião-dentista, muitas vezes, é o primeiro profissional a notar o problema devido às consequências da disfunção alimentar à saúde da boca


Transtornos alimentares afetam 4,7% da população brasileira, é o que mostra a Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os jovens, o número é ainda maior, alcançando os 10%. A condição é de saúde mental, por isso abordar o assunto no mês da campanha de conscientização Janeiro Branco é tão necessário, mas, mesmo que se tratem de patologias psicossomáticas, os impactos não afligem somente à saúde emocional e psiquiátrica, afetando, inclusive, a saúde bucal. 

O alerta à sociedade é dado por especialistas das câmaras técnicas do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). “Atualmente, são 12 transtornos alimentares classificados, sendo a bulimia e a anorexia as mais conhecidas. Por serem doenças consideradas ‘secretas’, os pacientes não costumam relatar na consulta odontológica que apresentam algum tipo de transtorno alimentar. Mas, o cirurgião-dentista pode ser o primeiro profissional a fazer o diagnóstico e encaminhar o paciente para o tratamento psiquiátrico”, explica Juliana Bertoldi Franco, membro das câmaras técnicas de Odontologia para Pacientes Especiais e de Odontologia Hospitalar e cirurgiã-dentista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

E por que os cirurgiões-dentistas podem ser os primeiros a notar o problema? A grande maioria dos transtornos implicam em restrições alimentares e indução ao vômito, como é o caso da anorexia, bulimia e compulsão alimentar. Com isso, os sinais aparecem logo na boca: mucosa oral mais pálida ou avermelhada, indicando desnutrição ou deficiência de vitaminas; erosão do esmalte dos dentes, principalmente na parte interna; abrasão mecânica pela escovação excessiva; bruxismo; gengivite; candidíase oral; lesões ulceradas; dores na articulação temporomandibular, responsável pela ligação da mandíbula com o crânio; entre outros. “O vômito provocado corresponde a cerca de 80% a 90% dos casos. É um dos processos mais destrutivos. A regurgitação crônica de conteúdo do ácido estomacal leva com frequência a uma distribuição típica de erosão dental dentro das arcadas dentárias”, explica o presidente da Câmara Técnica de Endodontia do CROSP, Professor doutor Miguel Haddad. "Além dos problemas endodônticos, como hipersensibilidade, alterações cálcicas e degenerativas, pulpite e necrose pulpar", completa o cirurgião-dentista.

E esses não são os únicos sinais. "Geralmente, o paciente busca ajuda motivado pela dor, além do fato de que a indução frequente de episódios de vômitos pode ocasionar um aumento de volume das glândulas salivares e das glândulas parótidas, denominadas sialoadenose e sialose, levando a nítida deformidade facial com característica de rosto inchado e mandíbula quadrada que podem ser observados em 37% dos anoréxicos e em 53% dos bulímicos", explica Ciro Garone, que também é membro da Câmara Técnica de Endodontia do CROSP.

O tratamento de qualquer paciente portador de doença psiquiátrica deve ser realizado de forma humanizada e de acolhimento para gerar vínculo e observar as principais demandas odontológicas. “A atuação deve acontecer em caráter multiprofissional, com médico psiquiatra, cirurgião-dentista, psicólogo, nutricionista, assistente social, terapeuta ocupacional e fisioterapeuta. Hoje, sabemos que o sucesso do tratamento de várias patologias só ocorre quando temos um grupo de profissionais especializado atuando conjuntamente”, defende Juliana. 

Para Haddad, o acompanhamento ainda deve ser mantido sob certa constância. "O tratamento restaurador definitivo só deve ser efetuado quando o paciente encontra-se psicologicamente estabilizado", afirma.


Números na pandemia


Ainda não é possível apontar com certeza quais serão as sequelas odontológicas deixadas pela pandemia, nem mesmo os resultados a longo prazo do desgaste mental e do sofrimento emocional nas disfunções alimentares devido ao isolamento e ao estresse. Mas, os efeitos já começam a ser estudados, como é o caso de uma análise da Universidade de Oxford que acompanhou pessoas infectadas pela Covid-19 e identificou maior risco de ansiedade, depressão, insônia e demência de 14 a 90 dias após a doença, condições que, muitas vezes, acompanham o transtorno alimentar.

“Acredito que devemos ter um impacto grande na saúde bucal nesse grupo de pacientes devido ao aumento da ansiedade e do uso das redes sociais por conta do isolamento social, o que reflete diretamente no aumento da ansiedade e na questão da autoimagem, ponto tão sensível do paciente com disfunção alimentar”, conta também Juliana.




Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

 www.crosp.org.br


Pais devem estar atentos às doenças infecciosas de verão

O acompanhamento pode ser realizado por meio da Telemedicina

 

Mesmo em isolamento social, com a chegada do verão, nem sempre é possível escapar de algumas doenças típicas da estação que na maior parte são transmitidas por vírus e ou bactérias.

Entre as mais comuns estão:

  • infecções gastrointestinais:  costumam provocar diarreia e vômito e ocorrem pela ingestão de água e alimentos contaminados, manipulados em locais sem boa higiene ou conservados fora da temperatura recomendada.
  • hepatite A:  deixa a pele e os olhos amarelados, além de provocar náuseas e vômitos. Para se proteger do vírus da hepatite A, além dos cuidados com a ingestão de água tratada e alimentos de origem confiável, há a vacina, que deve ser aplicada nas crianças a partir dos 12 meses.
  • conjuntivites: os sintomas são vermelhidão, inchaço, coceira e sensação de ardência nos olhos e o contágio ocorre de pessoa para pessoa pelo contato com secreções oculares transmitidas pelas mãos, toalhas, lenços ou água da piscina.

No verão também é importante ficar atento à Dengue. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, ele se prolifera a partir de água da chuva parada, em recipientes abertos (garrafas, vasos de planta, pneus velhos, piscinas).  Os principais sintomas da doença são febre e dor no corpo.

“Não existe uma receita única para a prevenção de todas essas doenças. Para algumas existe vacina, para outras manter uma boa higiene das mãos e fazer boas escolhas na hora de alimentar as crianças são fundamentais para protegê-las”, destaca o destaca o Dr. Francisco Ivanildo oliveira - infectologista e gerente médico do Sabará Hospital Infantil.

“Com o avanço da tecnologia, independentemente do local em que a criança esteja, é possível agendar uma consulta por Telemedicina para avaliação dos sintomas e condução do tratamento, à distância, mas com toda a estrutura e qualidade necessárias para um bom resultado de cuidados”, ressalta o Dr. Thales Oliveira, supervisor do Pronto-Socorro do Sabará Hospital Infantil.

 


Sabará Hospital Infantil


Por que crianças ainda não receberão vacina contra COVID-19?

Testes em crianças adolescentes são necessários para garantir a dosagem correta, além da segurança e eficácia nos diferentes grupos

 

O programa de vacinação licenciadas emergencialmente no Brasil para COVID-19 não incluirá crianças porque as vacinas, independentemente do laboratório, são destinadas a pessoas a partir de 18 anos. Há estudos acontecendo para crianças e adolescentes mas não há resultados ainda consolidados que mostrem segurança e eficácia neste grupo.

"Uma das razões de não haver vacina para crianças é que esse grupo em geral evoluiu de forma mais benigna com a COVID-19. Podem acontecer casos graves, sim, mas como o número é muito menor de casos, a prioridade foi o desenvolvimento de estudos para os públicos de maior risco", afirma o membro do Comitê de Infectologia da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Juarez Cunha.

Um esclarecimento importante é que tanto crianças quanto adolescentes, abaixo de 18 anos, mesmo tendo comorbidades, não entrarão nos grupos prioritários, uma vez que não houve estudos e dados suficientes que assegurassem a eficácia da vacina.

"Por isso o uso de máscara, lavagem de mãos, evitar aglomerações e manter o distanciamento são regras que precisarão ser seguidas ainda por um tempo", finalizou Juarez.

De acordo com nota divulgada recentemente pela Pfizer à agência de notícias CNBC a empresa deu início aos cadastros e inscrições nos testes da vacina contra a COVID-19 em crianças de 12 a 15 anos. O estudo é uma extensão daquele que deu suporte à Autorização de Uso Emergencial da vacina em pessoas com 16 anos ou mais e que já conta com 2.259 crianças entre 12 e 15 anos.

 


Marcelo Matusiak


Pandemia da Covid-19 levou à subnotificação dos casos de hanseníase no Brasil

Mesmo com a redução da notificação de casos novos, em 2020, o Brasil continua ocupando o segundo lugar no mundo em números absolutos

 

Assim como ocorreu com várias outras doenças, a pandemia do novo coronavírus levou a uma redução da notificação de casos novos de hanseníase no Brasil, em 2020. Muitas pessoas, com medo da contaminação da Covid-19, deixaram de procurar os estabelecimentos de saúde. Mas esta é uma doença que continua exigindo atenção e cuidado, tanto que temos a campanha do Janeiro Roxo, com destaque ao Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase (31 de janeiro).

A dermatologista do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), dra. Marli Izabel Penteado Manini, afirma que os dados finais de 2020 ainda não foram consolidados, porém segundo boletim da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, até 30 de novembro de 2020, foram registrados no Brasil, 13.807 novos casos. Em 2019, o total foi de 27.864, compreendendo os 12 meses.

“No entanto, não podemos nos iludir com esses números e concluir que houve, de fato, uma redução de 50% no número de casos novos. A pandemia do novo coronavírus levou, infelizmente, à subnotificação. E, em números absolutos, o Brasil continua ocupando o segundo lugar no mundo, ficando atrás apenas da Índia”, destaca a médica.

“Um dado preocupante é o aumento dos casos entre pessoas até 15 anos, o que demonstra a prevalência da doença entre a população”, acrescenta dra. Marli. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen, a doença é transmitida principalmente pelas vias respiratórias superiores, além do contato com a pele do paciente. Sua evolução depende de características do sistema imunológico da pessoa infectada e apresenta múltiplas manifestações clínicas, desde áreas anestésicas, manchas claras, avermelhadas ou amarronzadas, caroços na pele e lesões dos nervos periféricos.

A doença ainda é vítima de estigma. Conhecida no passado como lepra, até a década de 1960, a hanseníase era tratada por meio da internação compulsória no Brasil e os pacientes eram discriminados e isolados do convívio social. Além desse dado histórico, o preconceito permanece porque a doença acomete principalmente pessoas com situação econômica, social e ambiental desfavorável.

Há maior incidência no Norte, Nordeste e Centro-Oeste do País. Para se ter ideia, em 2019, o Estado de São Paulo representou apenas 4,25% do total de casos novos registrados. A boa notícia é que a doença tem cura e, se a pessoa estiver em tratamento, não oferece risco de contágio. “A hanseníase é uma doença de notificação compulsória e todo o tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde”, informa a especialista.

O período de incubação é prolongado e, em geral, varia de cinco a sete anos. “O bacilo afeta principalmente a pele e nervos superficiais. Normalmente, os doentes não diagnosticados precocemente desenvolvem complicações nos pés, mãos e olhos. Por isso, é importante ficar atento aos sinais e procurar o dermatologista o quanto antes, pois ele prescreverá o tratamento adequado, evitando sequelas”.

Dra. Marli ressalta que a maior parte da população nasce naturalmente resistente à doença. “Costuma haver um aumento de diagnósticos no verão, o que se explica, porque a pele fica mais exposta, com o uso de regatas e bermudas, por exemplo. Mas seja qual for a estação do ano, é fundamental o autoexame e verificar se há manchas claras ou avermelhadas na pele, além de checar com atenção pontos de sensibilidade. As lesões da hanseníase não coçam e não doem, porém caso note alguma anormalidade na pele, procure ajuda médica o quanto antes”.

 

“O Seconci-SP dispõe de equipe de dermatologistas para oferecer um diagnóstico correto e passar todas as orientações para que seus usuários sejam encaminhados para tratamento na rede pública”, completa dra. Marli.

 

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