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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Paixão nacional, o futebol também é prática de exercícios


Para muitos brasileiros, basta um lugar plano, uma bola e metas (gol), mesmo que improvisadas, para acontecer uma partidinha de futebol – o esporte número um no Brasil. Grande parte do nosso povo já viu, debateu, treinou ou jogou uma partida de futebol pelo menos uma vez na vida.

Segundo o Diagnóstico Nacional do Esporte (DIESPORTE-2016), no ano de 2013, 51,6% dos praticantes de atividades físicas do país praticaram futebol e 4,1%, futsal. Ou seja, 55,7% de toda a prática de atividade física no país em 2013 envolveu o futebol.

Essa modalidade esportiva é uma peça muito importante da cultura brasileira. O escritor Gilberto Freyre (1938) defendia que o talento do brasileiro para o futebol se devia à grande miscigenação de povos, que deu um estilo dançante e dionisíaco ao nosso futebol. Também há algumas explicações para a paixão nacional por esse esporte, como, por exemplo, o seu uso político. Governos apoiaram a modalidade para caírem nas graças dos torcedores. Algo parecido à política do pão e circo dos romanos. Como foi um dos esportes mais apoiados, foi também o que teve mais visibilidade e, portanto, mais reconhecimento e adesão.

Há muito que se discutir sobre o futebol, ainda mais quando se aproxima o Mundial. Vejamos, por ora, seus benefícios como prática de atividade física: além de ser uma forma divertida de se movimentar, se a atividade for planejada e realizada regularmente pode trazer diversos benefícios à saúde, como a redução do estresse e da ansiedade, o aumento da massa e da resistência muscular, aumento da densidade óssea, melhora da postura e da resistência cardiovascular, estimulação da circulação sanguínea, fortalecimento do sistema imunológico, diminuição dos triglicerídeos, do colesterol ruim e auxílio no controle do peso. Aliado a hábitos saudáveis, como dormir bem e consumir alimentos saudáveis e muita água, poderá ajudar na prevenção do aparecimento de doenças infectocontagiosas, cardíacas, circulatórias, ortopédicas e, inclusive, psicológicas.

Esteticamente, o futebol ajuda na definição dos músculos abdominais, das costas, glúteos, coxas e panturrilhas. Com relação à diminuição da gordura corporal e controle de peso, em uma hora de treino é possível eliminar, aproximadamente, entre 450 e 600 calorias. Tecnicamente, a associação de trabalhos de força, estabilidade e alongamento podem complementar e melhorar o desempenho no futebol.

Lembre-se que para obter estes benefícios não basta jogar uma partida vez ou outra. A atividade deve ser regular e realizada com assiduidade. Não devemos nos esquecer de que antes de começar um programa de atividade física devemos nos submeter a uma avaliação médica, principalmente depois dos 35 anos.




Katiuscia Mello Figuerôa - professora nos cursos de Educação Física (Bacharelado e Licenciatura), Pedagogia e Pós-graduação do Centro Universitário Internacional Uninter.

Nutricionista explica a importância do consumo do carboidrato para os atletas


Em tempos de Copa do Mundo, é comum os torcedores assistirem aos jogos tendo ao lado petiscos excessivamente salgados ou gordurosos, além das bebidas alcoólicas. Alimentação longe de ser saudável, diga-se de passagem. Mas, e quanto aos atletas, como se alimentam para garantir boa performance, alto desempenho e bem-estar? 

De acordo com Marcela Tardioli consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (ABIMAPI) o gasto energético dos jogadores, que treinam em dois períodos, por exemplo, é muito elevado. "A recomendação de consumo médio de caloria por dia para um adulto normal é de 2000 a 2500, já um atleta que pesa 75 kg, gasta em torno de 1200 a 1400 kcal só durante a atividade física com o consumo médio de calorias diárias que varia de 3000 a 4000 kcal. Quantidade que varia de acordo com inúmeros fatores, como atividade física e necessidades nutricionais diz. 

A nutricionista explica que a dieta de um atleta deve ser rica em carboidratos, além de conter proteínas e fibras em quantidades adequadas. "O carboidrato é o principal combustível para o cérebro e sistema nervoso central. É necessário consumi-lo seja no pré ou no pós-treino e também durante o dia", explica Marcela. Quando combinados com as proteínas, fortificam e armazenam de glicose no músculo, o que disponibilizará mais energia durante a competição. "Pães, cereais, arroz, massas, tubérculos e raízes como batata, inhame, batata doce, frutas secas, mel, sucos de frutas, bolo simples, entre outros são ótimas opções", completa.

Para você que é atleta profissional ou pratica atividade física e gostaria de inserir o carboidrato dentro da alimentação, combinado com os horários de treinos, a especialista separou algumas dicas.


• Antes do treino:

No pré-treino pode-se consumir carboidratos para ter energia suficiente durante o exercício. Como as reservas desse nutriente não são tão grandes no corpo, dependendo da modalidade a quantidade necessária a ser ofertada pode ser maior. Isso acontece, por exemplo, em exercícios de maior intensidade. Aposte em sanduíches leves, macarrão integral, banana, salada de frutas, entre outros.


• Durante o treino:

Durante o exercício, dependendo da prática esportiva, é necessário consumir carboidrato de rápida absorção, como pão branco, melancia, batata doce ou biscoito, que fornecem uma energia a mais para ajudar no término de toda atividade. Isso geralmente ocorre em esportes de longa duração.


• Pós-treino:

Estudos vêm mostrando que a combinação de proteína e carboidrato é uma eficiente ferramenta para o pós-treino, devido ao carboidrato servir para ajudar na recuperação de energia e a proteína no ganho de tecido muscular.

Mas lembre-se que para garantir melhor desenvolvimento no esporte, é preciso procurar um profissional da saúde capacitado que possa determinar a quantidade ideal para cada tipo de exercício e corpo. Além dos nutrientes e de uma dieta balanceada, é fundamenta manter uma hidratação constante durante o dia.


Saúde em Campo


 Saiba como se prevenir e quais são as principais lesões de um jogador de futebol


O futebol é um dos esportes mais praticados no país. Mas a paixão nacional, vai além do divertimento e benefícios de quem o pratica. O esporte também é considerado o responsável pelo maior número de lesões desportivas no mundo - tanto em quem pratica por lazer, ou em atletas profissionais.

“O que vemos é que as lesões tem relação direta com o preparo físico dos atletas. Seja no âmbito do esporte profissional ou no amador, as fraquezas e desbalanços musculares são as principais causas de lesão neste e em outros esportes”, destaca o médico ortopedista e traumatologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Christiano Saliba Uliana.

O ortopedista explica, que as lesões mais frequentes do futebol acometem principalmente os membros inferiores - como cintura, coxas, pernas e pés. “As distensões e as entorses são os principais problemas osteomusculares na prática do esporte”, afirma.
 
A distensão muscular ocorre quando um músculo ou o tendão que se prende ao osso é submetido a um esforço que rompe algumas ou muitas fibras musculares e os vasos sanguíneos que as irrigam, dando origem a um hematoma acompanhado de inflamação local. “As lesões musculares ocorrem geralmente na panturrilha e na região da coxa, sendo mais comum na região posterior, que funciona como “desacelerador” do membro na hora do chute”, explica o médico.

Já as entorses – conhecidas como torções do joelho e tornozelo, também são frequentes motivos de atendimento médico. No tornozelo, os traumas durante a disputa de bola ou mesmo quando o atleta muda de direção na corrida, podem causar lesões ligamentares. No joelho, graves consequências, como a ruptura do ligamento cruzado anterior, lesão meniscal ou mesmo da cartilagem intra-articular. “Na prática amadora, vemos muitos casos de ruptura do tendão de Aquiles. O atleta sente que “levou uma pedrada” no tornozelo, e às vezes ocorre um estalo audível”, explica Dr. Christiano.


Cabeceada de bola e lesões de face


A cabeceada de bola também é muito frequente nos jogos. Sobre as possíveis lesões causada por ela, o médico explica: “A cabeçada contra a bola não costuma ocasionar nenhum tipo de lesão”, afirma. Segundo o médico, o trauma crânio encefálico pode ocorrer na disputa de bolas alta entre dois jogadores. “Quando ocorre este tipo de lesão, é fundamental realizarmos um exame das funções neurológicas, investigando sintomas como tontura, desmaio, náuseas ou embasamento da visão”, orienta. 

O ortopedista diz, que existem existem órteses para a proteção dos ossos da face, incluindo o nariz. “Na prática como médico de futebol, vemos com frequência a ocorrência de fraturas do nariz”, diz. Porém, ele explica que esses acessórios são mais usados como proteção para os atletas que estão se recuperando de uma lesão. “Muitos jogadores relatam que a visão periférica fica prejudicada, e então o uso não é habitual”, complementa.



Recomendações

O ortopedista, dá algumas dicas para prevenção de lesões, de quem pratica o esporte:

Preparação física: Costumamos aconselhar os praticantes a manterem-se preparados fisicamente, tanto no âmbito cardiovascular como na questão osteomuscular.

Alongamento: O alongamento e fortalecimento dos membros inferiores são fundamentais num processo de prevenção de lesões. Mantendo os tendões alongados, as chances de o atleta sofrer uma lesão é menor.

Campo: O jogo deve ser realizado em gramados de boa qualidade.

Acessórios: O uso de caneleira e meias longas deve ser rotineiro. A caneleira pode proteger de várias situações de traumas diretos. Não podemos esquecer que o uso de chuteiras apropriadas para cada piso também diminui a incidência de lesões.



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