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quarta-feira, 27 de junho de 2018

Nutricionista explica a importância do consumo do carboidrato para os atletas


Em tempos de Copa do Mundo, é comum os torcedores assistirem aos jogos tendo ao lado petiscos excessivamente salgados ou gordurosos, além das bebidas alcoólicas. Alimentação longe de ser saudável, diga-se de passagem. Mas, e quanto aos atletas, como se alimentam para garantir boa performance, alto desempenho e bem-estar? 

De acordo com Marcela Tardioli consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães e Bolos Industrializados (ABIMAPI) o gasto energético dos jogadores, que treinam em dois períodos, por exemplo, é muito elevado. "A recomendação de consumo médio de caloria por dia para um adulto normal é de 2000 a 2500, já um atleta que pesa 75 kg, gasta em torno de 1200 a 1400 kcal só durante a atividade física com o consumo médio de calorias diárias que varia de 3000 a 4000 kcal. Quantidade que varia de acordo com inúmeros fatores, como atividade física e necessidades nutricionais diz. 

A nutricionista explica que a dieta de um atleta deve ser rica em carboidratos, além de conter proteínas e fibras em quantidades adequadas. "O carboidrato é o principal combustível para o cérebro e sistema nervoso central. É necessário consumi-lo seja no pré ou no pós-treino e também durante o dia", explica Marcela. Quando combinados com as proteínas, fortificam e armazenam de glicose no músculo, o que disponibilizará mais energia durante a competição. "Pães, cereais, arroz, massas, tubérculos e raízes como batata, inhame, batata doce, frutas secas, mel, sucos de frutas, bolo simples, entre outros são ótimas opções", completa.

Para você que é atleta profissional ou pratica atividade física e gostaria de inserir o carboidrato dentro da alimentação, combinado com os horários de treinos, a especialista separou algumas dicas.


• Antes do treino:

No pré-treino pode-se consumir carboidratos para ter energia suficiente durante o exercício. Como as reservas desse nutriente não são tão grandes no corpo, dependendo da modalidade a quantidade necessária a ser ofertada pode ser maior. Isso acontece, por exemplo, em exercícios de maior intensidade. Aposte em sanduíches leves, macarrão integral, banana, salada de frutas, entre outros.


• Durante o treino:

Durante o exercício, dependendo da prática esportiva, é necessário consumir carboidrato de rápida absorção, como pão branco, melancia, batata doce ou biscoito, que fornecem uma energia a mais para ajudar no término de toda atividade. Isso geralmente ocorre em esportes de longa duração.


• Pós-treino:

Estudos vêm mostrando que a combinação de proteína e carboidrato é uma eficiente ferramenta para o pós-treino, devido ao carboidrato servir para ajudar na recuperação de energia e a proteína no ganho de tecido muscular.

Mas lembre-se que para garantir melhor desenvolvimento no esporte, é preciso procurar um profissional da saúde capacitado que possa determinar a quantidade ideal para cada tipo de exercício e corpo. Além dos nutrientes e de uma dieta balanceada, é fundamenta manter uma hidratação constante durante o dia.


Saúde em Campo


 Saiba como se prevenir e quais são as principais lesões de um jogador de futebol


O futebol é um dos esportes mais praticados no país. Mas a paixão nacional, vai além do divertimento e benefícios de quem o pratica. O esporte também é considerado o responsável pelo maior número de lesões desportivas no mundo - tanto em quem pratica por lazer, ou em atletas profissionais.

“O que vemos é que as lesões tem relação direta com o preparo físico dos atletas. Seja no âmbito do esporte profissional ou no amador, as fraquezas e desbalanços musculares são as principais causas de lesão neste e em outros esportes”, destaca o médico ortopedista e traumatologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Christiano Saliba Uliana.

O ortopedista explica, que as lesões mais frequentes do futebol acometem principalmente os membros inferiores - como cintura, coxas, pernas e pés. “As distensões e as entorses são os principais problemas osteomusculares na prática do esporte”, afirma.
 
A distensão muscular ocorre quando um músculo ou o tendão que se prende ao osso é submetido a um esforço que rompe algumas ou muitas fibras musculares e os vasos sanguíneos que as irrigam, dando origem a um hematoma acompanhado de inflamação local. “As lesões musculares ocorrem geralmente na panturrilha e na região da coxa, sendo mais comum na região posterior, que funciona como “desacelerador” do membro na hora do chute”, explica o médico.

Já as entorses – conhecidas como torções do joelho e tornozelo, também são frequentes motivos de atendimento médico. No tornozelo, os traumas durante a disputa de bola ou mesmo quando o atleta muda de direção na corrida, podem causar lesões ligamentares. No joelho, graves consequências, como a ruptura do ligamento cruzado anterior, lesão meniscal ou mesmo da cartilagem intra-articular. “Na prática amadora, vemos muitos casos de ruptura do tendão de Aquiles. O atleta sente que “levou uma pedrada” no tornozelo, e às vezes ocorre um estalo audível”, explica Dr. Christiano.


Cabeceada de bola e lesões de face


A cabeceada de bola também é muito frequente nos jogos. Sobre as possíveis lesões causada por ela, o médico explica: “A cabeçada contra a bola não costuma ocasionar nenhum tipo de lesão”, afirma. Segundo o médico, o trauma crânio encefálico pode ocorrer na disputa de bolas alta entre dois jogadores. “Quando ocorre este tipo de lesão, é fundamental realizarmos um exame das funções neurológicas, investigando sintomas como tontura, desmaio, náuseas ou embasamento da visão”, orienta. 

O ortopedista diz, que existem existem órteses para a proteção dos ossos da face, incluindo o nariz. “Na prática como médico de futebol, vemos com frequência a ocorrência de fraturas do nariz”, diz. Porém, ele explica que esses acessórios são mais usados como proteção para os atletas que estão se recuperando de uma lesão. “Muitos jogadores relatam que a visão periférica fica prejudicada, e então o uso não é habitual”, complementa.



Recomendações

O ortopedista, dá algumas dicas para prevenção de lesões, de quem pratica o esporte:

Preparação física: Costumamos aconselhar os praticantes a manterem-se preparados fisicamente, tanto no âmbito cardiovascular como na questão osteomuscular.

Alongamento: O alongamento e fortalecimento dos membros inferiores são fundamentais num processo de prevenção de lesões. Mantendo os tendões alongados, as chances de o atleta sofrer uma lesão é menor.

Campo: O jogo deve ser realizado em gramados de boa qualidade.

Acessórios: O uso de caneleira e meias longas deve ser rotineiro. A caneleira pode proteger de várias situações de traumas diretos. Não podemos esquecer que o uso de chuteiras apropriadas para cada piso também diminui a incidência de lesões.



Alimentação pode interferir na performance de atletas


Nutricionista do Centro de Cardiologia do Exercício e do Esporte do Einstein fala sobre o tema


Horas de treinamentos táticos e físicos, talento, foco, sorte ... O que define uma vitória ou uma derrota no esporte de alto rendimento?  O quanto a alimentação pode determinar o fracasso ou a glória de um atleta? “A alimentação é importante para manter a saúde e maximizar os resultados”, afirma Serena Del Favero, nutricionista do Centro de Cardiologia do Exercício e do Esporte do Einstein.

Segunda ela, a baixa disponibilidade de energia, ou seja, uma alimentação que não forneça tudo o que o atleta precisa, pode resultar em perda indesejada de massa muscular, disfunção menstrual e distúrbios hormonais, além de aumentar o risco de fadiga, lesão e doença. A recuperação também é afetada. 

“A alimentação correta do jogador de futebol, por exemplo, é importante para evitar diversos fatores durante o jogo, entre eles: desidratação, desequilíbrio eletrolítico, depleção de glicogênio, hipoglicemia e desconforto gastrointestinal. Alimentos ou suplementos consumidos antes, durante e/ou após os jogos podem reduzir ou retardar o aparecimento desses fatores.”


Cardápio de alta perfomance

Independente de amador ou profissional, um atleta precisa seguir uma regra básica na dieta: uma alimentação saudável e equilibrada. “A quantidade e os horários, porém, devem ser calculados de maneira personalizada de acordo com o treinamento (do atleta)”, explica Serena. É necessário, para isso, considerar preferências alimentares e avaliar a necessidade de suplementação. 

“O planejamento nutricional de um atleta precisa ser personalizado levando em conta o tipo de esporte praticado, a especificidade do evento esportivo, as metas de desempenho e composição corporal, as preferências alimentares do atleta e as respostas individuais às várias estratégias.”

A especialista ressalta ainda que o planejamento nutricional deve ser periodizado (de acordo com o programa de treinamento) levando em conta as necessidades das sessões diárias de treinos (que pode ser de alta ou baixa intensidade). 


Nutrientes e resultados 

Quais os grupos de nutrientes essenciais para quem pratica esporte?

Carboidratos: devem ser feitas recomendações individualizadas considerando o programa de treinamento e a importância de realizá-lo com alto ou baixo carboidrato de acordo com a prioridade de promover o desempenho no exercício versus melhorar o estímulo de treinamento /adaptação;

Proteínas: levar em consideração a quantidade diária total consumida, horários (“timing”) e fontes proteicas;

Gorduras boas: fontes de ômega 3 e vitaminas lipossolúveis;

Vitaminas e minerais, especialmente ferro, cálcio, vitamina D e antioxidantes (advindos dos alimentos e não de suplementos): os atletas devem ser educados de que a ingestão de suplementos vitamínicos e minerais não melhora o desempenho, a menos que se reverta uma deficiência pré-existente.



E o que evitar consumir antes da atividade física?

Alimentos ricos em gorduras e fibras que podem causar desconfortos gastrointestinais.



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