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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Endometriose - Muito além do útero



A comunidade médica que trabalha com endometriose vê com apreensão a notícia de que uma figura dentre as celebridades internacionais vem a público noticiar que decidiu por uma histerectomia como forma de conter o sofrimento causado por uma endometriose. A notícia em si impacta porque diz respeito a uma jovem de 31 anos e que está diante de um duro veredicto de esterilidade. Nas entrelinhas da notícia estanque, entretanto, há de se analisar alguns aspectos da doença.

A endometriose atinge mulheres jovens e as estatísticas apontam que a maioria delas sofre por até 10 anos até conquistar um diagnóstico definitivo. As queixas, em sua maioria, são de fortes dores, às vezes, incapacitantes, tirando essas mulheres de suas atividades rotineiras, como estudos, trabalho e família.

A população de risco é jovem porque na raiz da doença está a presença do hormônio estrogênio, encontrado em elevado nível entre a maioria das mulheres jovens. Esse hormônio vem dos ovários e tem funções como a de regular a menstruação, controlar a ovulação e preparar o útero para a gravidez.

“Mesmo sem o útero, a mulher continua a produzir estrogênio. Portanto, com base nos estudos científicos que permeiam esta doença, podemos garantir que ela está relacionada ao estímulo do hormônio estrogênio, que vem dos ovários. Para ser mais clara, a retirada do útero não seria a solução para vencer a endometriose”, observa a Profa. Dra. Helizabet Salomão, que faz parte da equipe de especialistas da Clínica Ayrosa Ribeiro, em São Paulo. 

Para a professora, que é chefe do setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo,  a retirada de órgãos do aparelho reprodutor feminino não é a primeira opção. “A histerectomia, retirada do útero, quando bem indicada, deve estar associada ao tratamento cirúrgico completo da endometriose com remoção dos focos da doença em outras localizações. A retirada dos ovários, por causa do estrogênio, em uma mulher jovem, na faixa dos 20 ou 30 anos, seria como antecipar a menopausa, o que causaria uma série de outras complicações em sua saúde “, conclui.

As notícias relacionadas à endometriose da jovem atriz e que suscitaram em novas abordagens da imprensa internacional, indicando que a retirada de útero seria a “cura” da doença estão sendo interpretadas erroneamente, tanto entre jornalistas quanto em relação às expressões das mulheres que têm buscado um caminho de cura para a doença. “Queremos realmente fazer um alerta às mulheres, para que não se deixem influenciar por episódios como o da atriz Lena Dunhan. A medicina não sabe precisar quais seriam as causas da endometriose, mas pode afirmar categoricamente que há muitas etapas de tratamento antes de um procedimento tão radical”, finaliza a professora.







Profa. Dra.  Helizabet Salomão - Coordena uma equipe multidisciplinar especializada na Clínica Ayroza Ribeiro, juntamente com Prof. Dr. Paulo Augusto Ayroza Galvão Ribeiro. É professora assistente da Faculdade de Ciências médicas da Santa Casa de São Paulo. Atualmente é chefe do setor de Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Santa Casa de São Paulo e professora da Pós graduação nesta mesma instituição. Dedica-se à Ginecologia Minimamente Invasiva com interesse especial à Videolaparoscopia e Videohisteroscopia. É coordenadora da Ginecologia do Núcleo Avançado de Endoscopia Ginecológica (NAVEG), que realiza cursos de treinamento em sutura laparoscópica, simpósio de Anatomia laparoscópica e Treinamento de Laparoscopia em cadáver. Participa de estudos que investigam a interferência de diversos fatores biomoleculares na gênese e na progressão da endometriose, os danos psicológicos e sexuais causados pela doença, bem como os efeitos do tratamento da endometriose na qualidade de vida das mulheres portadoras da doença.


Doença que pode levar a cegueira na vida adulta tem ligação direta com o diabetes – mas quase metade dos brasileiros não sabem disso




Quando os sinais são ignorados e o diagnóstico demora a ser feito os altos níveis de açúcar no sangue podem comprometer a visão de forma grave


Associe a correria do dia-a-dia à falta de tempo, some ao consumo excessivo de alimentos calóricos e à ausência de atividade física - essa é a combinação ideal para o aparecimento de doenças crônicas, como o diabetes. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de diabéticos no mundo subiu de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014, sendo que apenas no Brasil, cerca de 14 milhões de pessoas já sofrem com a doença, segundo o International Diabetes Foundation. 

Embora muitos diabéticos estejam cientes de complicações como o pé diabético e as alterações na visão que o excesso de açúcar pode causar, essas sequelas ainda não são levadas tão a sério. De acordo com a pesquisa da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV) em parceria com a Bayer, quase metade dos brasileiros não sabem que a doença pode causar cegueira e 57% dos entrevistados que têm diabetes ou que têm familiares com a doença nunca ouviram falar sobre retinopatia diabética ou edema macular diabético.

Também conhecido como EMD, o edema macular diabético é uma complicação da retinopatia diabética (RD) e, assim como ela, é causada pelo descontrole de açúcar no sangue como resultado direto do diabetes. A doença provoca alterações nos vasos sanguíneos da retina e causa danos à visão. “No caso da EMD, as alterações são tão graves a ponto de ocorrer vazamentos de fluídos e proteínas dentro da mácula, região central da retina que é responsável por dar foco e nitidez às imagens”, explica o oftalmologista Dr. Arnaldo Bordon, representante da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.

O fluído na região da mácula causa visão embaçada, distorção de imagens e alterações na visão de cores. Além disso, quando não detectado rapidamente, pode causar perda grave de visão ou levar à cegueira total. “A EMD é uma das razões mais frequentes de perda severa da visão na população diabética. São muito importantes o acompanhamento dos níveis de açúcar e a realização do exame de mapeamento de retina, contando com a avaliação tanto do endocrinologista como do oftalmologista. Esses são fatores essenciais para diagnosticar a doença precocemente” adverte Dr. Arnaldo.
Importante na detecção de problemas oculares no geral, o exame de mapeamento de retina – que estuda o fundo do olho – é essencial para diagnosticar a RD e a EMD. Infelizmente, quase 38% das pessoas que tem diabetes ou algum caso na família afirmaram na pesquisa da SBD que seus endocrinologistas nunca pediram o exame. Isso se torna especialmente preocupante, uma vez que metade dos entrevistados diagnosticados com problemas oftalmológicos em decorrência do diabetes receberam um diagnóstico tardio, quando os sintomas apresentados já eram graves.   

Com os avanços científicos, tornou-se possível o desenvolvimento de terapias que tem como papel principal impedir a formação de vasos sanguíneos frágeis e reduzir o vazamento de líquidos na região da mácula, promovendo recuperação parcial ou total da visão já perdida. As opções terapêuticas atuais variam desde o uso de laser a injeções intraoculares de medicamentos antiangiogênicos, implantes de corticosteroides ou procedimentos cirúrgicos em casos específicos. Eylia® é o antiangiogênico da Bayer criado especificamente para prolongar a duração da ação dentro do olho, o que possibilita o espaçamento entre as aplicações e extensão do tratamento de acordo com os resultados obtidos.

Para prevenir que o diabetes se desenvolva a ponto de afetar a qualidade da visão do paciente, seguir uma alimentação equilibrada e realizar exames regularmente são essenciais para manter os níveis de açúcar aceitáveis e controlados. Além disso, para ter uma vida saudável e evitar o surgimento do diabetes tipo 2 é necessário combater o sedentarismo e manter o corpo sempre ativo e o nível de gordura corporal mais baixo. O recomendando pela OMS são 150 minutos de exercícios durante a semana para os adultos, o que ajuda, também, a combater a obesidade.






Bayer: Science For A Better Life (Ciência para uma Vida Melhor)



Odontofobia: medo de ir ao dentista



 Especialista explica as possíveis causas da fobia por  tratamentos odontológicos


Ansiedade, tremedeira e suor são alguns dos sintomas de quem sofre de odontofobia, ou melhor, fobia de ir ao dentista. Certas pessoas só de ouvirem o “motorzinho” já ficam inquietas. Parece algo engraçado, mas é muito sério, pois impede que o paciente cuide da saúde bucal. E essa é uma condição que, de acordo com pesquisas, atinge de 15% a 20% dos brasileiros.

Segundo a dentista Ianara Pinho, esse medo está relacionado às técnicas que eram utilizadas antigamente  “Hoje, a odontologia mudou e está cada vez mais moderna. Os procedimentos são indolores e muito menos barulhentos, sendo o barulho e a dor um dos maiores culpados desse trauma”, explica

Mas Ianara conta que, durante a faculdade, os alunos são instruídos para lidar com esse tipo de situação. “Os professores dão dicas de como lidar com a fobia ao dentista. Até porque um paciente que está com a pressão alta, em decorrência do medo, pode sangrar ainda mais”, afirma.

Para evitar essa situação, a dentista aconselha que tudo que for realizado no paciente seja explicado, pois o medo do desconhecido, é um dos fatores da odontofobia.  No entanto, ela alerta que, em alguns casos de síndrome do pânico ou fobia aguda, é preciso que a pessoa concilie o tratamento odontológico com a ajuda de um psicólogo ou psiquiatra, porque até que o paciente supere esse medo, ele não conseguirá se submeter aos procedimentos bucais.

Para ajudar as crianças a terem cada vez menos medo, a Odontopediatria atual trabalha de maneira lúdica. Esse cuidado tem formado uma geração de adultos que não tem nenhum receio de ir ao dentista.

Além disso, a Odontologia hoje é uma área com enfoque preventivo, ou seja, á medida que o tempo passa, menos as pessoas terão necessidade de realizar procedimentos dolorosos e demorados.



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