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quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Dicas de segurança para o Halloween





O uso da tecnologia a serviço da aprendizagem




Como preparar a escola para o futuro? Qual a melhor forma de lidar com os desafios trazidos pela tecnologia, utilizando-a para potencializar o aprendizado? Debate cada vez mais presente no ambiente educacional, o uso de aparelhos conectados à internet já é uma realidade nas escolas e universidades e desafia o método tradicional de ensino.

A escola tende a caminhar cada vez mais com o foco no desenvolvimento humano, deixando de lado os conteúdos compartimentados. Em evidência estarão aspectos culturais, sociais, familiares e políticos, que ganharão reforço com o uso especializado da informação e dos mecanismos técnicos que as processam e disponibilizam. Em minhas aulas e palestras, procuro direcionar a temática da tecnologia para a área da educação, onde relaciono o estágio atual do desenvolvimento tecnológico com a tendência do desenvolvimento dos gadgets, redes, aplicativos (apps) e dispositivos sempre considerando como a imersão das pessoas nesta realidade, muitas vezes ampliada, torna-se natural, causando mudanças drásticas no comportamento e nas relações sociais e de consumo.

Educação, bens, informação, cultura, arte, lazer, notícias, televisão, cinema, teatro, literatura, música e as mais variadas formas de interação com o conhecimento ganham destaque, numa revolução em que as habilidades sociais ganham cada vez mais importância. O foco não mais está em decorar conceitos, mas em debatê-los em salas de aula, agora também virtuais, que transpassam fronteiras geográficas, em grupos de estudo envolvendo diferentes comunidades.

A prática educativa tende a ser pautada sob a perspectiva de um mundo de novas formas e maior velocidade de construir relações e no qual a tecnologia deve estar a serviço da pedagogia. Neste contexto, a escola no futuro será mais interpretativa, comunicacional e voltada a projetos colaborativos, transdisciplinares, menos focada em avaliação de conteúdo com trabalhos isolados, porém imersa numa compreensão dos contextos do aprendizado para a sociedade.

Um exemplo disso está no uso das redes sociais – hoje temido por muitos educadores. Essas redes propiciam uma forma ágil para troca de informações e a comunicação. Cabe a cada escola, dentro de suas possibilidades de infraestrutura e de pessoal docente, aproveitar esta oportunidade e orientar para a melhor forma de se utilizar os meios. Com eles é possível inclusive proporcionar desafios aos estudantes, como olimpíadas de conhecimentos e fóruns de discussão de problemas políticos contemporâneos locais, nacionais e internacionais.

Para se preparar para a escola do futuro, não se deve vetar o uso das novas tecnologias, mas sim entender o potencial delas e como utilizá-las para transformar o processo de aprendizagem.




Marcus Garcia - pedagogo e especialista em inteligência motivacional e gestão de pessoas, e atua como professor do Instituto Superior de Administração e Economia (ISAE), de Curitiba (PR).


Língua Portuguesa reprova quatro em cada dez brasileiros em processos seletivos



Pesquisa feita pelo Núcleo Brasileiro de Estágios apresenta dados preocupantes sobre o domínio da língua básica e alerta aqueles em busca de uma oportunidade


Ferramenta utilizada por gestores e organizações, o teste ortográfico representa um dos mecanismos mais recorrentes nas fases iniciais dos processos seletivos de pequenas, médias e grandes empresas no Brasil. O Núcleo Brasileiro de Estágios - Nube fez uma pesquisa durante todo o ano de 2015. Foram 8.208 candidatos e todos precisaram mostrar seu conhecimento quanto à língua portuguesa. O resultado chama atenção para um triste cenário dos futuros profissionais do mercado.

O teste foi aplicado na forma de ditado, com 30 palavras do cotidiano, como “exceção”, “textura”, “artificial”, “autorizar”, “licença”, “desperdício” e “sucesso”. Era considerado reprovado quem cometesse mais de sete erros. No total, 3.111 candidatos (37,9%) foram eliminados. O coordenador de seleção do Nube, Erick Sperduti, alerta para um detalhe importante: as facilidades tecnológicas nem sempre apresentam, na prática, os benefícios imaginados em teoria. “As pessoas escrevem e até se comunicam mais por meio dos aplicativos de mensagens. Entretanto, a cada palavra digitada, o celular vai corrigindo. Quando o jovem precisa mostrar seu conhecimento com uma caneta e um papel, ele mostra sua fragilidade e barreiras com a língua”, analisa o gestor.

Um recorte da pesquisa traz as mulheres com melhor desempenho, porém ainda longe do ideal: 34,52% não passaram. Já entre os homens, o número foi maior: 41,34%. Na sequência, um dado merece atenção: os mais novos, com idade entre 14 e 18 anos, apresentaram o pior resultado, com 60,16% de desclassificados. O índice também é alto nas outras faixas, entre 19 e 25 anos (37,27%),  de 26 a 30 anos (40,61%) e acima de 30 anos (39,53%).

Entre os cursos, também foram divididos aqueles com melhores e piores índices. Os alunos mais reprovados são de Design (73,50%), Sistemas de Informação e Computação (53%), Publicidade (46,60%), Administração (38,20%) e Jornalismo (34,30). Na outra ponta, com maior aprovação, estão Turismo (96,70%), Economia (82,93%), Direito (82,60%), Psicologia (76,70%) e Engenharia (73,50%). “Surpreende o fato de os jovens da graduação ainda registrarem erros graves na escrita. Nessa primeira etapa de seleção, muitos são excluídos por terem pouca intimidade com as palavras”, analisa Sperduti. Segundo o especialista, “é comum alunos apresentarem melhor desempenho no ‘badalado’ segundo idioma e pecarem ao escrever palavras do dia a dia”. 

Para fechar as estatísticas, agora no âmbito da aprovação, destacam-se os seguintes cursos na categoria “Superior Tecnólogo”: Eventos (89,47%), Gestão Comercial (84,38%), e Gestão Empresarial, com 75%. Já no segmento do nível “Médico Técnico”, 73,91% dos estudantes da área de Logística obtiveram êxito na fase dos ditados. “O desafio para os profissionais esperados pelo mercado não é apenas ganhar o diploma, mas também mostrar domínio da nossa língua”, esclarece Sperduti. Logo, “a prática de leitura e, principalmente, exercitar a escrita é um bom exercício para aprimorar a linguagem e não perder boas oportunidades na carreira”, finaliza o especialista.




Fonte: Erick Sperduti - coordenador de seleção do Nube.

Nube





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