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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Atenção é fundamental para uma viagem tranquila



Detran.SP dá dicas para que os passeios destas férias sejam divertidos e seguros

Direção e distração rimam, mas não combinam. Quando você estiver com as mãos no volante é importante que sua atenção esteja totalmente voltada para a estrada. Só assim você pode garantir uma viagem segura e tranquila nestas férias escolares.

Quer uma dica? Peça para seu copiloto ficar atento ao que acontece dentro do carro, como mudar a estação de rádio, pegar objetos no banco de trás ou que tenham caído no chão. O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) também frisa que o motorista não pode comer e beber dirigindo nem fazer qualquer outra ação que desvie sua atenção. Algumas dessas atitudes podem resultar em infrações ou, pior, podem ser o suficiente para provocar acidentes.


Deixe o celular de lado – Segundo a legislação federal de trânsito, válida em todo o país, o uso do telefone celular não é permitido enquanto o veículo está em deslocamento. O aparelho só pode ser usado quando o veículo estiver estacionado. Enquanto o veículo estiver em deslocamento, o celular pode ser utilizado somente na função GPS e deve ser fixado no para-brisa ou no painel dianteiro.

Mesmo durante paradas temporárias em semáforos ou pedágios –o que o CTB define como "interrupção de marcha"– a utilização do celular, seja para ligações, para enviar e ler mensagens ou para acesso a sites e redes sociais é proibida e o condutor poderá ser multado.

Dirigir com apenas uma das mãos por estar segurando ou manuseando o aparelho celular passou a ser considerada, desde novembro de 2016, infração gravíssima, com multa de R$ 293,47 e inserção de sete pontos na habilitação.

Portanto, programe o endereço de destino no GPS antes de sair, com o veículo ainda estacionado, e depois siga viagem tranquilo, sem mexer no celular. 


Fones de ouvido e DVD – Cabe ressaltar que também é proibido conduzir o veículo utilizando fones de ouvidos conectados a aparelhagem sonora. O condutor que desrespeitar a regra está sujeito a multa de R$ 130,16 e recebe quatro pontos na habilitação.

Além disso, é válido esclarecer que dispositivos de entretenimento, como telas e aparelhos de DVD só são permitidos para os passageiros do banco de trás. Para o motorista só é permitido caso haja mecanismo de bloqueio automático quando o veículo estiver em movimento. Quem infringir a norma pode ser multado em R$ 195,23, receber cinco pontos na habilitação e ter o veículo retido para regularização.







DETRAN.SP:
O Detran.SP é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Planejamento e Gestão. Para obter mais informações sobre o papel do Detran.SP, clique neste link: http://scup.it/aanx

INFORMAÇÕES AO CIDADÃO:
Disque Detran.SP – Capital e municípios com DDD 11: 3322–3333. Demais localidades: 0300–101–3333. Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, e aos sábados, das 7h às 13h.
Fale com o Detran.SP e Ouvidoria (críticas, elogios e sugestões) – Acesso pelo portal, na área de "Atendimento".





Vacina HPV: mitos e preconceitos provocam sua subutilização



O apoio parental para crianças de 11 e 12 anos de idade vacinadas contra o HPV tem sido muito pequeno


Quando os pais são informados de uma vacina que pode prevenir futuros cânceres em seus filhos, eles aproveitam a chance de protegê-los? Certo? Infelizmente, esse não é o caso de uma vacina que previne infecções com o vírus do papiloma humano, causador de câncer ou HPV. A vacina, que tem sua melhor indicação aos 11-12 anos, é atualmente a imunização mais subutilizada disponível para crianças e adolescentes.

O HPV é, de longe, a infecção sexual de transmissão mais comum, nos Estados Unidos, e quase todas as pessoas sexualmente ativas são infectadas em algum momento da vida. O vírus em uma ou outra das suas variantes causa mais de 90% dos cânceres cervicais, bem como a maioria dos cânceres da vulva, da vagina, do ânus, do pênis e da orofaringe, que inclui a parte de trás da garganta, a base da língua e as amígdalas. Também causa verrugas genitais.

Todos os anos, segundo os relatórios do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, cerca de 14 milhões de americanos são infectados com o HPV, a maioria de adolescentes ou de adultos jovens. O câncer causado pelo HPV é diagnosticado em cerca de 17.600 mulheres e 9.300 homens.

Mas no EUA, desde 2014, apenas 40% das meninas e 21% dos meninos de 13-17 anos receberam as três doses da vacina contra o HPV, enquanto 88% dos meninos e meninas haviam sido vacinados contra o tétano-difteria-coqueluche e 79% tinham recebido a vacina meningocócica.


No Brasil

Segundo o INCA, a infecção genital, causada pelo HPV, é muito frequente e não causa doença na maioria das vezes. Entretanto, em alguns casos, podem ocorrer alterações celulares que poderão evoluir para o câncer. Estas alterações das células são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou) e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso é importante a  realização periódica deste exame.

É o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. Prova de que o país avançou na sua capacidade de realizar diagnóstico precoce é que na década de 1990, 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva, ou seja, o estágio mais agressivo da doença. Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora do câncer, chamada in situ. Esse tipo de lesão é localizada.  

O Ministério da Saúde anunciou alterações no esquema de vacinação contra HPV. A partir de agora, essa imunização será oferecida a meninos de 11 a 15 anos incompletos. Desde janeiro, a vacina em questão passou ser disponibilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) para meninos de 12 a 13 anos. Até então, era aplicada somente em meninas com menos de 15 anos.

Também têm direito à imunização, os portadores do vírus HIV de 9 a 26 anos ou pessoas com câncer em uso de quimioterapia e radioterapia (ambos os sexos), além de quem já foi submetido a algum transplante de órgão. No primeiro caso (HIV/Aids), são necessárias três doses — com intervalo de dois e seis meses. Para os demais, permanece o esquema atual: duas injeções com um espaço de seis meses entre uma e outra.

A adesão a essa vacina também é pequena no Brasil. 9,6% dos meninos de 12 e 13 anos tomaram a primeira dose da vacina de janeiro a março de 2017 (346,7 mil). A imunização de meninos começou neste ano; a segunda dose ocorrerá a partir de julho.


Baixas taxas de vacinação

“Existem várias explicações para a baixa taxa de vacinação contra HPV entre adolescentes. Uma delas é que a vacina é relativamente nova - foi aprovada pela primeira vez em 2006. A mudança no público-alvo da vacina também precisa ser disseminada por mais tempo e com mais clareza. O efeito da idade no momento da imunização, encontrando uma diminuição da eficácia com a idade ressalta a importância da vacinação precoce”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Se a vacina for administrada às pessoas aos 22 ou 26 anos, os médicos devem informar aos pacientes que a eficácia é menor. Ainda assim, não é tarde demais para imunizar estudantes universitários que não receberam a vacina quando eram mais jovens.

Para o médico, que é membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo, “outro obstáculo para a imunização mais ampla do HPV é a crença errônea de que a vacinação promova a promiscuidade adolescente, um argumento mais comumente usado para rebater os conselhos de controle de natalidade para adolescentes. Não há conexão direta entre a vacina e a atividade sexual e nenhuma razão para sugerir uma. Se questionado, o responsável ou o médico pode simplesmente dizer que a vacina previne a infecção por um vírus muito comum que pode causar câncer”, destaca.

Embora alguma publicidade precoce da vacina tenha sido focada na prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, é preciso esclarecer que em primeiro lugar, trata-se de uma vacina contra o câncer. Estudos múltiplos não mostraram impacto negativo em qualquer medida na atividade sexual entre garotas que receberam a vacina contra o HPV.

“O apoio parental para crianças de 11 e 12 anos de idade vacinadas contra o HPV tem sido muito pequeno. O argumento mais pernicioso em relação à vacinação contra o HPV envolve postagens na web de histórias de terrorismo indocumentadas que alguns pais atribuem à vacina, não muito diferentes das que são atribuídas às vacinas que ‘causam autismo’. Nenhum dos relatos dos efeitos adversos graves relacionados à vacina contra o HPV foi confirmado por pesquisas sólidas”, destaca Chencinski.

Os efeitos colaterais mais comuns são dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção intramuscular. Tal como acontece com outras vacinas administradas aos adolescentes, ocorrem desmaios, e os pacientes devem ser aconselhados a sentar ou deitar-se durante 15 minutos após a vacina.

A vacina pode ser administrada com segurança, ao mesmo tempo em que outras, como a vacina dTpa, meningocócica ou influenza. Embora a vacina contra o HPV não seja administrada durante a gravidez, nenhum dano fetal ainda foi demonstrado quando a gravidez foi descoberta depois de uma ou mais doses da vacina serem administradas.

Até agora também não há indícios de que a proteção da vacina diminua com o tempo. Os indivíduos acompanhados por até 10 anos pós-imunização não apresentaram nenhum sinal de proteção diminuída e não são necessárias doses de reforço.





Moises Chencinski




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