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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Os vários lados da dor



A dor tem muitos fatores e envolve aspectos biológicos, psicológicos e sociais. De acordo com a Medicina, é uma sensação desagradável, uma espécie de sentimento e uma forma de reagir, portanto, um comportamento. É a maneira de o corpo dizer que algo está errado. Tem como função avisar que problemas estão ocorrendo e, sob súbita perda de consciência, pode ser um poderoso estimulo para a recuperação da mesma.

“Quando alguém fala que tem dor, pode estar falando de várias coisas, referindo-se a conceitos diferentes que foram estabelecidos por John Loeser (1994), que são: nocicepção, mecanismo ou outro estímulo que age nos receptores da dor para dar atividade às fibras nervosas; percepção da sensação; sofrimento ou emoção sem prazer gerada nos centros nervosos superiores; comportamento de dor, todas as ações que temos para entender e comunicar a dor; e contexto social, onde o comportamento de dor ocorre”, explica a psicóloga Dirce Maria Navas Perissinotti, diretora administrativa da Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor (SBED).

“Todos esses conceitos ocorrem simultaneamente”, continua a especialista. “As vias nociceptivas, o sistema biológico, precisam estar íntegras para que a percepção da dor esteja a contento. O sofrimento também deve ser considerado, já que interfere na maneira como o sistema biológico irá funcionar. E o mesmo ocorre com respeito ao contexto social. Alguém que sofre intenso estresse social não tem as mesmas condições de responder aos apelos biológicos da mesma maneira se não estivesse nessas condições.”

A cronificação da dor depende, portanto, de inúmeros fatores, e existem tratamentos para ela que dependem do maior problema apresentado, se relacionado ao sistema biológico, ou se à percepção da dor ou ao contexto psicológico. No entanto, todos os elementos andam juntos, não há como separá-los.

“Na dor crônica, salientam-se os fatores relacionados à frustração e ao sentimento de impotência, o que acaba por induzir mais facilmente a tendência à depressão e à ansiedade, muito comuns em pacientes com dor crônica e pouco tratados”, esclarece Dirce Perissinotti. “Sim, a dor crônica pode ser psicológica e isso não quer dizer que ela não exista. Não é coisa da cabeça! Não é simulação! Não é crise histérica! Não é vagabundice!”, ressalta.

A dor psicológica existe porque, uma vez o sistema biológico ativado, ele se habitua em responder do mesmo jeito porque foi condicionado. “A medicação, na maior parte das vezes, auxilia para que ocorra um certo apaziguamento do sistema de resposta da dor. Na maioria dos casos, sendo para dor aguda ou crônica, o sofrimento, a percepção da dor e o contexto social, se não alterados, irão retroalimentar o condicionamento e fixar cada vez mais a mesma resposta.

Os tratamentos psicológicos ajudarão a modificar tais condicionamentos para que, com o auxílio da medicação, haja possibilidades de se aprender a modificar as respostas, criando outras mais eficazes”, ensina a psicóloga. “Assim, não se trata a dor, particularmente a crônica, de uma única maneira. Seu tratamento é multidisciplinar porque a dor é multifatorial.”


 

COMO ESCOLHER UM HOTEL PARA O PET NAS FÉRIAS



É importante avaliar bem o local e os profissionais para evitar problemas como fuga, extravio e maus tratos


As férias chegaram e, com ela, a dúvida de quem optou em não levar o bichinho de estimação: o que fazer com o pet enquanto estiver fora? “Existem diferentes opções para os animais que não vão acompanhar a família durante uma viagem, mas é importante avaliar corretamente tanto o local, quando a personalidade do animal, sua capacidade de adaptação e socialização ao ambiente e a outros bichos”, explica Jorge Morais, veterinário e diretor da rede Animal Place.

Há diferentes tipos de hospedagem para os pets e entre eles está o serviço dos Pet sitters, profissionais que cuidam, passeiam e até mesmo hospedam os animais em suas próprias casas, mas que, muitas vezes, não possuem experiência ou formação em veterinária. “Acredito que seja o tipo de hospedagem mais humanizada, já que os animais ficam na residência do profissional”, comenta Morais. No entanto, o dono do animal deve observar muito bem a estrutura onde o mesmo será deixado, avaliando questões primordiais como a segurança e na triagem dos hóspedes. “A fuga e o extravio são comuns neste modelo de negócio pois são locais que não foram pensados para essa finalidade”, completa.

Já sobre os hotéis para cães e gatos, o especialista aconselha ao dono, sempre ter referências anteriores, além de visitar o local antes de deixar o animal. “A procura por hotéis tem aumentando muito, seja pela falta de tempo dos donos ou por conta de férias da família. Para encontrar um local idôneo a sugestão é buscar indicação de amigos e conhecidos, ver se o local oferece condições de higiene, espaço adequado e segurança”, explica Morais.

O profissional complementa que o local deve exigir que o animal tenha todas as vacinas e vermifugação em dia, além de aplicar remédio para pulgas e carrapatos, tudo para que não contamine os outros e sob a supervisão de um veterinário. “Outro ponto a ser ressaltado é se o responsável por cuidar do animal tem afinidade, treinamento e se conhece as particularidades da raça e espécie, seja de cães, gatos e até mesmo pássaros”, finaliza.





 Animal Place
www.animalplace.com.br




Cooperativismo: oportunidade e ameaça



Comemoramos dia 2 de julho o Dia Internacional do Cooperativismo, um sistema de produção econômica não apenas justo e eficaz, mas também distributivista.

Uma pujança demonstrada em eventos como a Feira de Negócios Coopercana, que realizou, em Sertãozinho sua 13ª edição. Importante iniciativa da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo com um grande movimento e intensa participação dos cerca de 100 expositores, apresentando aos produtores associados perspectivas de negócios nas áreas de insumos, sementes, máquinas e equipamentos agrícolas.

Uma dinâmica que certamente se repetirá com a Feacoop, de 31 de julho a 3 de agosto, na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro. Terei o prazer de participar de mais uma edição deste importante evento promovido pela Coopercitrus, que neste ano elegeu como tema “Tecnologia e Sustentabilidade”.

A força desse setor, que se manifesta em eventos estes é comprovada por números da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). Os empreendimentos paulistas são responsáveis por 22% do total exportado pelas cooperativas agrícolas brasileiras. A tendência é de alta nas vendas ao exterior: no comparativo entre o primeiro bimestre de 2017 com o mesmo período do ano passado, as cooperativas paulistas já aumentaram as exportações em 49,6%.

Essa força cooperativista paulista se encaixa no quadro nacional, que registra 1.157 cooperativas atuando no ramo agro, 145 no Estado de São Paulo. Em 2016, as paulistas registraram um crescimento na casa de dois dígitos no faturamento, encerraram o ano com um aumento de 13% no valor referente às exportações, totalizando a marca de US$ 1,14 bilhão, contra US$ 1,01 bi em 2015. Ao todo, as cooperativas representam cerca de 50% da produção agrícola de todo o País.

É por isso que o governador Geraldo Alckmin sempre nos orienta, na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, a valorizar esta união, o associativismo. O Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável - Microbacias II – Acesso ao Mercado, envolve 263 organizações.

Por estas razões todas é que nós comemoramos o vigor das cooperativas. Mas em um momento em que tantas coisas boas acontecem, nós temos uma séria preocupação imediata. A recente resolução do Banco Central que, se não modificada, poderá comprometer o papel extraordinário que as cooperativas de crédito e agrícolas têm: fortalecer o nosso produtor rural para o aumento de produtividade e produção agropecuária de São Paulo e do Brasil.

O Banco Central alterou os procedimentos do Plano Safra 2017/2018 para crédito de comercialização – adiantamento a cooperados, crédito de custeio – aquisição de insumos e crédito de industrialização – beneficiamento para agregação de valor.

No caso do crédito de comercialização, a restrição se deu pela eliminação do uso dos recursos obrigatórios (taxa - 8,5% a.a.), deixando como única fonte de recursos as Letras de Crédito do Agronegócio – LCAs (taxa - 12,75% a.a.), com clara ampliação do custo financeiro para as cooperativas.

Quanto ao crédito de industrialização, a contenção foi feita pela eliminação do uso dos recursos obrigatórios (taxa - 8,5% a.a.), deixando como única fonte de recursos as LCAs (taxa - 12,75% a.a.), num evidente acréscimo do custo financeiro para as cooperativas.

No tocante ao crédito de custeio, a limitação veio com a estipulação de teto de financiamento por CNPJ da cooperativa e, principalmente, pela nova sistemática operacional que obriga as cooperativas a informar previamente a relação de cooperados com os respectivos valores de financiamento.

Ainda na rubrica do crédito de custeio, mas na modalidade custeio de avicultura e suinocultura integrada, a restrição também ocorreu pela definição de teto de financiamento por CNPJ da cooperativa e não mais pelos orçamentos financeiros das explorações. Houve ainda inclusão de limite único por produtor integrado.

Isso na prática inviabilizará o processo de financiamento via cooperativas ao nosso produtor rural, causando um dano irreparável à nossa produção. Por isso exigimos uma imediata revisão destas normas, feitas certamente sem o conhecimento da realidade virtuosa que é o papel das cooperativas agrícolas no fornecimento de crédito, na produção agropecuária de São Paulo e do Brasil.






Arnaldo Jardim - deputado federal licenciado (PPS-SP) e secretario de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
E-mail: arnaldojardim@arnaldojardim.com.br
Site oficial: www.arnaldojardim.com.br
Twitter: @ArnaldoJardim







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