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sábado, 7 de dezembro de 2024

O Natal do João Divulgação

Produção de vídeos incentiva alunos a criar e narrar histórias sobre o espírito natalino 

 

Enquanto vão crescendo, as crianças aprendem em casa – e na escola – que o Natal é muito mais do que uma data de presentes e festividades. Com uma metodologia educacional infantil inovadora, o projeto De Criança Para Criança (DCPC) possibilita aos pequenos expressarem, em vídeos animados, suas opiniões. “Sobre o Natal, a produção dos vídeos ressalta aprendizados sobre amor ao próximo, solidariedade e união”, explica Giba Barroso, sócio e cofundador do DCPC.

“Como tema pedagógico, o Natal é um tema rico para se trabalhar a colaboração e união entre os alunos em sala de aula. Em uma data que celebra o reencontro, o perdão e a renovação, é importante que os alunos, juntos, decidam que tema abordar”, completa Giba.

Na metodologia Criando Juntos, do DCPC, os alunos do ensino fundamental 1 (de 6 a 12 anos) das escolas parceiras aprendem conteúdos programáticos de forma ativa. Mediado por um professor, as crianças escolhem o tema e criam uma história com roteiro, desenhos e narração. Na plataforma do DCPC, o conteúdo se transforma em vídeo. As animações sobem para o canal do DCPC no YouTube, que conta com quase 56 mil inscritos. Ao todo, cerca de 2.500 animações já foram produzidas.


Vídeos de Natal

Na animação “O Natal de João (https://www.youtube.com/watch?v=iXfdPkdiEC8)”, o personagem João manifesta o desejo de passar um Natal diferente e compreende que a festa vai além de ganhar presentes. Já no episódio “Salvando o Natal (https://www.youtube.com/watch?v=3V4mRlPhg_U)”, Pedro e sua irmã Luíza pedem ajuda a seus pais para socorrer o Papai Noel, que estava com dificuldades de atender aos pedidos das crianças.

Em “Um Presente de Natal (https://www.youtube.com/watch?v=T6zTw9FzCI4)”, uma senhora solitária e mal-humorada ganha um presente inesperado que muda a sua vida. E o vídeo “Véspera de Natal (https://www.youtube.com/watch?v=kqG3sDMft7c)” conta a história de uma bruxa que sequestra o Papai Noel, mas repensa sua decisão depois de conversar com o bom velhinho.

Para Vitor Azambuja, também sócio e cofundador do DCPC, o envolvimento dos alunos é grande, porque as histórias são construídas a partir da criatividade e experiências próprias. “Cada aluno tem uma história real de vida, que viveu dentro de casa. Com a ajuda do professor, eles contam um pouco e discutem, como grupo, qual delas vai virar a animação. A partir de uma ideia, as crianças escrevem aquela história juntas. Estamos falando de celebrar uma vivência ou algo que foi importante para aquela criança”, assinala.


Data universal

Independente da origem cristã do Natal, a data já é universal e gera várias opções de aprendizado, comenta o professor e pesquisador José Francisco Aparecido, conhecido como Professor Chiquinho, professor colaborador do DCPC.

“Ao trabalhar a solidariedade, o olhar para o próximo, a generosidade e, principalmente o cuidado e a empatia, os alunos tendem a perceber o outro. A consequência desse exercício é desenvolverem um dos valores mais importantes do ser humano, que é a gratidão”.


Outras animações sobre Natal

Canal do DCPC no YouTube - https://www.youtube.com/@decriancaparacrianca

Cordel Natalino - https://www.youtube.com/watch?v=6e9pC7_EYdc

Christmas Dream (em inglês) - https://www.youtube.com/watch?v=Jnl4rfWOPe8 


Sobre o De Criança para Criança

O programa De Criança para Criança (DCPC) oferece um leque de metodologias de educação híbrida para escolas de todo o mundo. Do futuro para a escola, a proposta é oferecer às crianças a oportunidade de serem protagonistas, colocando-as no centro da aprendizagem. Através de uma plataforma simples, os professores são orientados a serem mediadores, fazendo com que os próprios alunos desenvolvam conhecimento sobre temáticas diversas. A partir de discussões, constroem coletivamente histórias, fazem desenhos e gravam locuções relativas às narrativas criadas, que posteriormente serão transformadas em animações feitas pelo DCPC, expandindo os horizontes educacionais. 

https://www.decriancaparacrianca.com.br/pt/

https://www.instagram.com/decriancaparacrianca/

https://www.youtube.com/user/decriancaparacrianca

https://www.facebook.com/DeCriancaParaCrianca/

 

 

José Francisco Aparecido - conhecido como “Professor Chiquinho”, é educador desde 1995 e pedagogo do DCPC. Nos últimos 12 anos foi diretor escolar e atualmente é Pesquisador junto a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) Portugal, doutorando em Ciências da Educação pela Universidade de Évora, investigador do CEIS 20 na área de Estudos Contemporâneos - Universidade de Coimbra. Membro do Centro de Investigação em Estudos da Criança – CIEC da Universidade do Minho. Mestre em Educação, Arte e História da Cultura e Especialista em Literatura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Graduado em Pedagogia pela Universidade Paulista, formado em Artes Cênicas e Mímica pela YWAM - EUA. Ator, diretor, cenógrafo, aderecista, escritor de literatura infanto-juvenil, professor de História da Arte e professor nos cursos de pós-graduação no IBFE- Campinas. Dedica-se na divulgação da Arte e suas linguagens e em projetos que visam a valorização da Língua Portuguesa nos países Lusófonos.


Atividades artísticas ajudam no controle da ansiedade infantil

Divulgação
Estímulo à criatividade contribui para a saúde mental das crianças

 

Em meio a um cenário cada vez mais desafiador para a saúde mental das crianças, as atividades artísticas se destacam como uma poderosa ferramenta de controle e prevenção da ansiedade infantil. Estudos demonstram que a arte, em suas mais diversas formas, como a colagem, a pintura, música, dança e teatro, não só despertam a criatividade como também promovem bem-estar emocional. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ansiedade é um dos transtornos mais comuns entre crianças e adolescentes. As pressões do cotidiano, o ambiente escolar e, muitas vezes, a falta de espaço para a expressão emocional são alguns dos fatores que contribuem para o aumento dos índices. O desenvolvimento de sintomas ansiosos na infância pode prejudicar o aprendizado, o comportamento social e o bem-estar geral.

Atividades artísticas dentro das salas de aula e no ambiente familiar permitem que as crianças se expressem de forma livre e não verbal, oferecendo um canal seguro para o alívio de emoções difíceis. As colagens e as pinturas, por exemplo, ajudam na externalização de sentimentos, enquanto a música e a dança promovem relaxamento e descontração, aliviando a tensão física e mental.

Diversos especialistas apontam que as atividades artísticas oferecem benefícios significativos para a saúde mental das crianças. Ao praticar arte, o cérebro libera endorfinas, os chamados “hormônios da felicidade”, que ajudam a diminuir os níveis de cortisol, o hormônio relacionado ao estresse. Além disso, a arte trabalha a autoestima, o foco e a concentração, fundamentais para crianças que enfrentam dificuldades emocionais.

“Atividades lúdicas são importantes para as crianças. Trabalhos manuais como pinturas e desenhos ativam estímulos no cérebro que são diferentes daqueles gerados pelo uso celular, por exemplo. Fomentar esse comportamento nas escolas é uma oportunidade para que a família replique isso em casa também”, comenta a neurocientista Carola Videira, que também é fundadora da Turma do Jiló, organização da sociedade civil sem fins lucrativos que atua nas escolas para implementar e garantir a educação inclusiva.


Exemplo prático: oficinas de arte em escolas

Instituições de ensino que adotam oficinas de arte no currículo escolar relatam melhorias significativas no comportamento das crianças. Escolher cores, texturas e formas estimula o foco, reduzindo pensamentos ansiosos. Além disso, a atividade fortalece habilidades motoras e cognitivas, promovendo momentos de calma e autoconfiança.

A simplicidade e facilidade de certas práticas artísticas tornam a proposta acessível para escolas e professores, com o uso de materiais como revistas, papéis coloridos, tesouras e colas de qualidade. “Atividades de colagens são mais do que simples brincadeiras, uma vez que oferecem uma oportunidade de externalizar sentimentos e organizar ideias. Nas salas de aula, são valiosas, pois ajudam a criar um ambiente acolhedor e permitem que as crianças se expressem de forma única, lúdica e construtiva”, explica Ana Flávia Bergamo, Gerente de Marketing da Pritt.



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Mais informações no site.



CRIANDO TRADIÇÕES: COMO APROVEITAR O NATAL COM SEU FILHO

O Natal é a data mais esperada pelas crianças, mas, seu significado vai além dos presentes. Veja dicas práticas para aproveitar o Natal com seu filho e fortalecer o vínculo familiar 

Férias escolares, família reunida, ruas enfeitadas, ceia de Natal e muitas memórias afetivas. Em meio à correria dessa época do ano, as tradições natalinas se transformam em momentos de afeto e conexão, especialmente quando compartilhadas com as crianças. Mas já parou para pensar em como essas tradições natalinas podem ser muito mais do que simples celebrações? 

Segundo o neurocirurgião e especialista em desenvolvimento infantil, Dr. André Ceballos, essas tradições têm um significado profundo na criação de vínculos familiares e no bem-estar das crianças. “São essas experiências que ajudam os pequenos a crescer de maneira mais equilibrada e conectada. Atividades como montar a árvore de Natal, preparar a comida ou escolher o presente perfeito juntos fazem as crianças se sentirem parte de algo especial. Elas entendem: 'Você é importante para nossa família'. Esses rituais não só fortalecem os laços afetivos, mas também ativam áreas do cérebro relacionadas à memória, promovendo a liberação de ocitocina, o 'hormônio do amor', que reforça a sensação de carinho e segurança emocional", explica. 

Outro aspecto importante destacado pelo Dr. André é a sensação de segurança que o Natal proporciona. “Quando as crianças sabem que, ano após ano, os mesmos rituais familiares se repetem, seja ao abrir os presentes à meia-noite ou ao saborear a sobremesa favorita da avó — elas se sentem mais seguras emocionalmente. Essa rotina é benéfica para o desenvolvimento emocional dos pequenos, criando uma base sólida de confiança e segurança”, afirma. 

E embora a empolgação com os presentes seja grande, o que realmente marca o Natal são os momentos compartilhados em família. “O Natal é uma excelente oportunidade para ensinar valores como generosidade, união e gratidão. As experiências vividas em conjunto têm um impacto muito mais duradouro do que qualquer presente material”, completa Dr. André. 

Para ajudar a criar um Natal ainda mais especial com as crianças, veja algumas dicas destacadas pelo especialista:
 

Cantar juntos: Reunir a família para cantar músicas natalinas pode ser muito divertido. As crianças adoram música, e essa é uma ótima oportunidade para ensinar canções tradicionais e até inventar novas canções de Natal.
 

Criar decorações em família: Outra sugestão é envolver as crianças na criação de enfeites para a árvore de Natal ou na decoração da casa. Essas atividades oferecem momentos de diversão, aprendizado e desenvolvimento. Ao participarem da confecção das decorações, as crianças exercitam sua criatividade, estimulam a coordenação motora e a imaginação.
 

Participar de atividades solidárias: O Natal é, sem dúvida, um momento ideal para ensinar valores importantes como generosidade e empatia. Participar de ações solidárias, como a doação de brinquedos ou visitas a asilos. Assim, elas aprendem desde cedo que pequenos gestos podem fazer uma grande diferença na vida dos outros, além de desenvolverem sua inteligência emocional e um forte senso de comunidade.
 

Brincadeiras: Brincadeiras também não podem ficar de fora. Aqueles tradicionais Jogos em família são sempre um sucesso. Além do clássico amigo oculto, a família pode aproveitar para se divertir com jogos de tabuleiro ou atividades ao ar livre. Essas brincadeiras promovem a interação, ensinam a trabalhar em equipe e, claro, criam memórias que serão lembradas com carinho.
 

Por fim, Dr. André sugere que, para criar um Natal inesquecível, o mais importante é priorizar o tempo de qualidade com a família. "Não se trata de ter a mesa mais farta ou a árvore mais decorada. O essencial é estar presente, compartilhar risadas, ouvir histórias e criar momentos que realmente conectem a família. Essas são as lembranças que as crianças levarão consigo", conclui. 



Dr. André Ceballos - Médico neurocirurgião, Ceballos atua como Diretor técnico do Hospital São Francisco, referência no diagnóstico e tratamento de crianças com transtornos do desenvolvimento. O médico tem como missão identificar precocemente condições que possam comprometer o pleno desenvolvimento das crianças, oferecendo intervenções terapêuticas baseadas nas melhores evidências científicas. A atuação do Dr. Ceballos vai além do atendimento clínico e da gestão hospitalar e reconhecendo a importância da informação e da educação para a saúde pública, se dedica a projetos de divulgação e conscientização sobre os marcos do desenvolvimento infantil, com o objetivo de influenciar políticas públicas que beneficiem especialmente as populações mais vulneráveis. Saiba mais em:Link


5 MOTIVOS PARA CULTIVAR TRADIÇÕES DE NATAL

Psicóloga explica por que crianças e adultos devem criar memórias afetivas e preservar costumes natalinos

 

Montar a árvore, decorar a casa, trocar presentes, escolher a playlist e reunir parentes e amigos para a ceia. Todo Natal, essas e outras tradições se repetem na casa de muitos brasileiros. Cada família, a seu modo, cria, perpetua e renova costumes, transmitindo essa magia para novas gerações e eternizando lembranças.

 

No Natal de Joinville não é diferente e a prova está no tema escolhido para esse ano: “Histórias para contar, emoções para viver.” Ozei Luiz da Silva, presidente do Instituto Natal Joinville, diz que o propósito é incentivar as tradições e aproximar as gerações. “Queremos promover experiências inesquecíveis, dignas das memórias de Natal.”

 

A psicóloga Carolina Beckert Polli, professora do curso de Psicologia da UniSociesc, explica que o desenvolvimento humano está baseado nos aprendizados, vivências e memórias, por isso, manter tradições é fundamental. “O que a gente sabe da vida é aquilo que a gente viveu no passado. Então, quanto mais lembranças ricas, cheias de detalhes e vínculos afetivos nós tivermos, melhor vai ser a maneira com a qual vamos lidar com o outro e com o mundo”.

 

Segundo a psicoterapeuta, cultivar boas memórias é ainda mais importante para as crianças, que precisam se perceber como indivíduos e compreender o lugar que ocupam na sociedade. “Se as tradições são vividas com afeto na infância, esses sentimentos ressurgem na fase adulta sempre que essas datas se aproximam. As memórias constroem a nossa personalidade.”

 

Para quem ainda tem dúvidas sobre a importância de cultivar tradições e ajudar as crianças na construção de memórias, a psicóloga Carolina Beckert Polli lista cinco bons motivos.

 

1.      Senso de segurança

As crianças são seres humanos em formação e as tradições revividas ano após ano trazem um sentimento de segurança. A previsibilidade e a repetição de rituais geram conforto e bem-estar, o que contribui para o desenvolvimento do senso de segurança.

 

2.      Senso de pertencimento

O “jeito” personalizado de cada família celebrar as festividades, lidar com as tradições e repassar seus costumes fazem com que o indivíduo se sinta parte daquele grupo e reforça o senso de pertencimento.

 

3.      Tempo de qualidade em família

As tradições e costumes familiares proporcionam momentos especiais que podem ser compartilhados e vividos juntos, aproximando diferentes gerações. No Natal, por exemplo, desde a decoração da árvore até o preparo da ceia, tudo pode ser feito em conjunto entre os filhos, pais e avós. Além de ser divertido, isso gera conexão.

 

4.      Construção de memórias

As memórias moldam quem somos, influenciam escolhas, contribuem para a tomada de decisões e conectam as pessoas com o passado. Cultivar as tradições é uma forma de reviver momentos guardados na memória e criar boas lembranças.

 

5.      Habilidades para lidar com emoções

As memórias afetivas desempenham papel fundamental no desenvolvimento cognitivo das crianças. Por meio de experiências sensoriais e interações sociais, elas constroem conexões neuronais que fortalecem as habilidades de entendimento, processamento e controle das emoções.

 

Um Natal para criar memórias

Com o mote “Histórias para contar, emoções para viver”, o Natal de Joinville 2024 será realizado na cidade catarinense de 24 de novembro de 2024 a 5 de janeiro de 2025. A programação é gratuita e variada.

 

Um Circuito de Natal é montado no centro da cidade, com roda gigante, carrossel, pista de patinação no gelo, teatro de bonecos, mercado de Natal, desfiles, Casa do Papai Noel, Bosque da Neve, Túnel de Luzes, oficinas criativas e outras atrações. As atividades são acessíveis para pessoas com deficiência.

 

Serviço:


O quê: Natal de Joinville 2024

Quando: 24/11/2024 a 5/01/2025, das 17h às 23h (exceto às segundas-feiras e nos dias 24/12, 31/12 e 01/01)

Onde: Circuito de Natal - Praças Dario Salles, da Bandeira e Nereu Ramos, Travessa Bachmann, Rua das Palmeiras e Prefeitura

Quanto: Gratuito

Mais informações: https://www.nataldejoinville.com.br/


10 dicas para ter energia e terminar o ano mais disposto

Pequenas mudanças nos hábitos podem fazer uma grande diferença no seu bem-estar e na sua produtividade diária

 

Você está sempre cansado? Acorda sem ânimo para as tarefas do dia? Sente sono no meio da tarde? Se a sua resposta para essas perguntas for sim, calma! É certo que até o final do ano ainda há muita coisa para fazer, com uma rotina extensa para cumprir – e muitas confraternizações -, mas com alguns ajustes, é possível ter mais disposição para cumprir toda a agenda do dia. 

Disposição e energia são frutos de uma combinação entre alimentação saudável, descanso adequado e atividade física. Por isso, pequenas mudanças nos hábitos podem fazer uma grande diferença no seu bem-estar e na sua produtividade diária. A médica Amanda Araújo, endocrinologista da São Bernardo Samp, explica que ajustar sono, alimentação e exercício físico é fundamental. 

“A falta de disposição já um sinal do nosso corpo de que algo na nossa rotina pode não estar muito adequado. Rotinas cansativas, extenuantes, associadas a hábitos de vida pouco saudáveis, como falta de prática de atividade física ou mesmo alimentações pouco saudáveis, com muitos lanches, fritas, açúcares e sem rotina podem ser demonstradas pelo nosso corpo através de cansaço excessivo, insônia durante a noite, com sono maior ao longo do dia, fadiga, aumento de fome ou redução do apetite, queda de cabelo, piora de dores, dificuldade de concentração e piora de ansiedade”, explica. 

Não sabe por onde começar? Para ajudar você, a endocrinologista da São Bernardo Samp e a nutricionista Tathielly Polezes, do Vitória Apart Hospital, reuniram algumas dicas importantes: 

  1. Procure dormir e acordar no mesmo horário todos os dias. Essa regularidade ajuda o corpo a entrar em um ritmo natural e a equilibrar a produção hormonal, essencial para manter a disposição
     
  2. Alimente-se bem. Uma dieta equilibrada, rica em nutrientes, é essencial para fornecer ao organismo a energia que ele precisa ao longo do dia.
     
  3. Carboidratos são a principal fonte de energia do nosso corpo: arroz, pães, macarrões. Também há a opção dos integrais, considerados os carboidratos complexos: aveia, arroz integral, macarrão integral, esses carboidratos são fontes de energia de liberação lenta, evitando os picos e quedas de glicose que causam cansaço
     
  4. O consumo de proteínas de qualidade, como frango, ovos e leguminosas, ajuda na síntese de neurotransmissores essenciais para o humor e a energia, como a serotonina
     
  5. Gorduras boas como abacate, castanhas e azeite de oliva, ricos em ômega-3 e ácidos graxos, ajudam a manter o bom funcionamento do sistema nervoso e a resposta inflamatória regular, contribuindo para mais disposição
     
  6. Magnésio, vitaminas do complexo B e vitamina C são nutrientes que ajudam a combater a fadiga e melhoram a função mental. Espinafre, banana, laranja, sementes e oleaginosas são ótimas fontes
     
  7. A hidratação adequada é fundamental. Mesmo uma desidratação pode causar cansaço e reduzir a concentração.
     
  8. Evite consumir alimentos muito tarde. Alguns estudos orientam a evitar alimentos após as 20 horas ou muito próximo da hora de dormir
     
  9. Tenha um boa noite de sono, se programando para ter pelo menos 7hs de sono por noite
     
  10. A prática de atividade física, especialmente pela manhã, pode aumentar sua disposição e melhorar o humor, contribuindo para um dia mais produtivo. Praticar atividade física regularmente condiciona o corpo a buscar mais atividade física e, consequentemente auxilia na disposição

As pequenas ovelhas

N’O Tempo e o Vento: toda Santa Fé viu a face do capitão Rodrigo Cambará suportar o bofetão. A causa era Bibiana Terra, que escolheu o capitão. Antes e depois, afrontas mútuas entre o capitão e Bento Amaral, filho do coronel local. Honra ferida, honra a ser resgatada. Ou o sujeito virava um molambo social. Os dois saíram sozinhos, combinados que limpariam a lama que se lançaram com o fio da adaga. Sem outras armas.

O filho do coronel foi levado ao solo, e o capitão lhe marcava a cara com suas iniciais. O derrotado, que já perdera a prenda, abominável, sacou da garrucha e o balaço varou o peito do vencedor¬. Mas não o matou. Morre, não morre, começou a sarar. O padre à cabeceira, com o dever de extrema-unção, abordou-o na primeira réstia de consciência: “O capitão arrependia-se de seus pecados?”. A resposta foi que não.

O capitão era ateu. O padre se persignou. O capitão deu-se a melhora lenta, que prosperava firme. O povo explicou: o capitão decerto ia morrer, mais pelo peso dos pecados, pois que era devasso, porém, confessado e arrependido, deus o salvou. Foi a versão estabelecida. É difícil. Lembro que Albert Einstein manuscreveu sua descrença. Irrelevante. No Brasil, sobre Einstein e Cambará, deu-se outra opinião: são crentes.

O\as brasileiro\as reclamamos de maus costumes: corrupção, desmandos, desleixo, fraca educação etc. O Brasil é um risco na terra, uma fronteira, um mapa. O que vale somos nós, os viventes do lugar. Se somos um amontoado mal organizado, uma elite que logra, um povo que é logrado, não vamos bem. Entre os males, o desvalor emprestado às instituições, que deveriam ser sólidas e nortear nossas relações sociais.

Nós sabemos disso, e até fundamos uma república. Parece, no entanto, que jamais entendemos a coisa muito bem. A Constituição apartou Estado e religião, mas esses entes se perpetuaram em uma mancebia despudorada, contrariando os fundamentos mais avançados do processo civilizatório cidadão. Quer dizer, embora a orientação laicista da Carta, o\as mandatário\as da Pátria legislam e governam com outra disposição.

Pois não é que se fez aprovar legislação determinando lecionar religião nas escolas públicas da cidade do Rio de Janeiro? Passou a lei, apesar da contrariedade do Conselho Municipal de Educação. Todo o empenho histórico para afastar o elemento religioso ou eclesiástico das escolas públicas e conservá-lo lá no seu lugar, que são os templos, veio abaixo em rearranjo reacionário, remanejo ideológico.

Esse obscurantismo medieval “estabelece que os professores precisarão ter formação em licenciatura e ser credenciados por uma ‘autoridade religiosa competente’” (FSP, 14out11). Ora, autoridade religiosa é padre ou pastor\a. A carga ideológica dessas “autoridades” é havida como revelada por divindades, logo, estaria acima do saber humano. Isso esvazia o caráter secular e a intenção científica da escola pública.

Retrocedemos ao tempo intelectual anterior à ideia de república. A disputa entre igrejas se estabeleceu. Cada qual quer pastorar mais crianças, reclamando direitos sobre “suas” pequenas ovelhas. Se essa contenda visasse atrair gente aos templos, estaria normal. Mas o objetivo é fazer a cabeça da criançada dentro das escolas laicas. Isso acabou no Supremo Tribunal Federal, que autorizou religião. Medievo, o Brasil.

Contudo, surpresa, apostasia geral: no Rio de Janeiro, que inaugurou esse tipo de lei, hoje, “dos mais de 588 mil alunos matriculados na rede estadual, menos de 2% opta pelo ensino religioso; projeto na Alerj (Carlos Minc. PSB) propõe fim do caráter confessional; enquanto alguns deputados são contra, estudantes e o Sindicato dos Profissionais da Educação apoiam a mudança” (Diário do Rio, Victor Serra, 14out24).


Para TEDx Speaker, está no medo da morte do ego o motivo para os principais problemas de comunicação

Em meio a diversos exemplos de influência do ego nos momentos de fala e convivência corporativa, especialista levanta o alerta e faz convite à reflexão

 

Você já se perguntou o que faz alguém querer estar perto apenas de quem o elogia? Já se perguntou o que leva um líder a interromper a equipe o tempo inteiro em uma reunião, a desvalorizar as ideias dos seus liderados e a insistir em um caminho que beneficie mais a sua própria imagem do que a da empresa? Para a TEDx Speaker e especialista em comunicação, Giovana Pedroso, está no medo da morte do ego, o motivo para essas e diversas outras situações tornarem-se os famosos “problemas de comunicação” no meio corporativo. 

O entendimento da especialista é baseado na abordagem do psicólogo e consultor Karl Albrecht, que afirma que todo e qualquer medo real ou imaginário de uma pessoa deriva de cinco grandes medos da humanidade. E no topo dessa pirâmide está justamente o medo da morte do ego, cuja influência pode ser percebida diariamente na rotina das corporações. 

“Se o profissional tem medo de ser comparado com os demais e, por isso, decide não se expor, ou pelo contrário, se precisa se afirmar o tempo inteiro falando sobre o quanto é bom ou sobre como as suas ideias são incríveis, sinto informar, mas em todos esses momentos, a voz do medo da morte do ego está lá, conduzindo as falas de forma sorrateira. Você não percebe e, quando se dá conta, está agindo agressivamente, autoritariamente ou se calando”, reflete.  

Neste cenário, a TEDx Speaker ressalta a importância de os profissionais, principalmente das figuras de liderança nas organizações, questionarem o real impacto da voz do ego em suas ações. “O melhor a fazer é baixar o volume e deixá-la fora da sala, porque ela tem o poder de minar a sua capacidade de se comunicar para construir relações mais produtivas e saudáveis. O ego destrói, pouco a pouco, a vontade das pessoas de se exporem com autenticidade e de aprenderem com seus erros. Não é uma tarefa fácil, essa de questionar e silenciar o ego, e com toda certeza não vai ter fim”, alerta.

 

Três razões para deixar o ego “fora da sala”

Dentre as ideias que compartilha, Giovana elenca três grandes razões para que as pessoas deixem o ego “fora da sala”:

  1. As pessoas não estão tão aí para você quanto você imagina: adotamos um comportamento retraído ou exibicionista por achar que estão todos olhando para cada movimento nosso, quando a verdade é que elas não estão;
  2. Na vida, só existe uma certeza: você vai errar. E se a sua reputação não for capaz de absorver alguns golpes, como diz o escritor Ryan Holiday, ela simplesmente nunca valeu de nada.
  3. O ego é o principal responsável pelo efeito “ouro de tolo”. Você sonha e trabalha por algo, até que consegue, mas não desfruta. E não desfruta, porque está em uma corrida sem fim para uma linha de chegada inalcançável.
  4.  

Mas como deixar o ego “fora da sala”?

Para aqueles que, após a reflexão, querem passar a deixar o ego “fora da sala”, a TEDx Speaker indica dois simples exercícios. “Quando falar em uma próxima reunião com a equipe, quando for pensar na mensagem de um vídeo ou falar para um grupo sobre o seu trabalho, e mesmo quando estiver em silêncio produzindo, responda-se em voz alta: como posso tornar as coisas melhores, não somente para mim? Estou mais preocupado com isso ou mais empenhado em parecer o melhor? Talvez esteja nessa reflexão, o começo de uma comunicação mais orientada para as pessoas, para uma vida sem tanto medo de ver o ego morrer em cada exposição ou apenas em sua própria cabeça”, explica.  

E caso não consiga fazer esse exercício antes, é possível também fazê-lo depois de uma fala importante. “Pegue um papel e uma caneta, risque a folha no meio e de um lado escreva o que você disse. Do outro, escreva o que você pensou. Fazendo esse exercício mais de uma vez, tenho certeza de que as pessoas irão se surpreender com alguns pensamentos que governam as suas próprias comunicações”, finaliza.

O talk completo da especialista em comunicação Giovana Pedroso no TEDx Talks, com o convite “Deixe o Ego Fora da Sala”, pode ser conferido aqui.

 

Está frustrado por ter mil objetivos e querer finalizá-los até o fim do ano?

Ao  invés de se sobrecarregar com metas inalcançáveis,
opte por um planejamento mais realista, consciente e adaptável.
 IUnsplash
 

5 dicas de ouro para você saber o que ainda é possível realizar esse ano e também te ajudar a realizar as metas de 2025

 

O fim do ano chega, e muitas pessoas se sentem eufóricas, deprimidas ou frustradas. Essa frustração pode surgir de expectativas não cumpridas, de coisas que planejamos ao longo do ano, mas que não aconteceram como imaginávamos. O fim de ano é um momento de reflexão sobre nossas realizações e o encerramento de ciclos. Afinal, é, de fato, o fim de um ciclo: mais um ano se passou. 

Com o Brasil ocupando o posto de 4º país mais estressado do mundo, com 42% da população relatando sentir esse estado (segundo o relatório global World Mental Health Day 2024), a “Dezembrite” se apresenta como uma síndrome marcada pela frustração típica do fim de ano, exacerbada pelas confraternizações e cobranças características desse período. De acordo com o ISMA (Instituto de stress e saúde mental, - International Stress Management Association), 80% das pessoas economicamente ativas apresentam níveis maiores de estresse, ansiedade e até depressão no final do ano.

 

Mas por que isso acontece?

A psicóloga Jacqueline Sampaio, da Clínica Jacqueline Sampaio Mental Health, que atua a partir da Gestalt Terapia, com especialidade em burnout, diz: “Essas crises de fim de ano surgem quando o indivíduo se perde entre expectativas irreais e sua capacidade real de ação. Reconhecer os próprios limites e valorizar os passos já dados são formas de resgatar a harmonia entre o ser e o fazer. Tentar abraçar o mundo com mil objetivos geralmente resulta em não realizar nenhum deles”. 

Ainda de acordo com o relatório global World Mental Health Day 2024, apenas 18% citavam a saúde mental como o principal problema, em 2018. O salto aconteceu durante a pandemia, quando o tema foi o mais citado por 40% dos entrevistados em 2021, 49% em 2022 e 52% no ano passado, atingindo um novo pico agora em 2024, com 54%. 

Pensando nisso, Jacqueline Sampaio listou 5 dicas de ouro para você saber o que ainda é possível realizar esse ano e também te ajudar a realizar as metas de 2025:
 

1.Se tudo é prioridade, nada é prioridade

Priorize o que é realmente importante. Faça uma lista das suas metas, em ordem de importância. Considere o impacto dessa meta na sua felicidade, na sua saúde e crescimento. Ao identificar as mais relevantes, você poderá decidir por onde começar, avaliar se dispõe do tempo necessário para alcançar essa meta dentro do que você definiu e também pode reduzir a lista e aumentar suas chances de sucesso.
 

2. O que pode ser feito hoje?

Estabeleça metas de curto e longo prazo. De hoje em hoje, um dia de cada vez você conseguirá dar conta das metas de curto prazo e percorrer o caminho necessário para alcançar as metas mais longas.

3. Deixe espaço para imprevistos

A vida é imprevisível. Não fique planejando cada minuto, isso pode gerar ainda mais estresse quando algo foge do controle. Considere que algumas coisas podem não ocorrer como planejado, reserve tempo para lidar com isso. Deixe espaço para ajustes e seja flexível.
 

4. Celebre pequenas vitórias

Cada passo dado em direção ao seu objetivo merece reconhecimento. Pequenas conquistas mantêm a motivação e lembram você de que está no caminho certo.
 

5. Revisite suas metas regularmente

Reserve um tempo para revisar sua lista de objetivos ao longo do ano. Isso ajuda a ajustar metas que não fazem mais sentido ou a reforçar seu compromisso com aquelas que ainda são relevantes. 

Quer dar um novo passo na sua vida? Conheça mais sobre as estratégias e atendimento de Jacqueline Sampaio aqui!


Jacqueline Sampaio - psicóloga e empreendedora, fundadora da Clínica Jacqueline Sampaio Mental Health, onde adota a abordagem Gestalt, focada no autoconhecimento e na superação de barreiras internas. Atualmente, atende pacientes em 15 países, oferecendo planos de terapia que variam de individuais a anuais. Especializada em Saúde Mental pela USP, em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com aprofundamento em Motivação para o Sucesso na Harvard University, ela transformou desafios pessoais e profissionais em uma trajetória de sucesso. Saiba mais, aqui!


Cerca de 1,8 milhão de homens sofrem violência sexual

 

Embora pouco debatido, os homens também são vítimas de violência sexual. Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), de 2022, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil, 9,4 milhões de pessoas já sofreram esse tipo de violência ao longo da vida. Desse total, 1,8 milhão do sexo masculino.

Na prática, dos casos registrados, 19,15% envolvem este público. No entanto, de acordo com o Ministério da Saúde, enquanto 46% das meninas vítimas dessas agressões na adolescência denunciam os casos, essa taxa é de apenas 9% entre os meninos. Esse baixo índice de notificação reflete os estereótipos associados à masculinidade e a escassa abordagem desse tema na sociedade.

Vivemos em uma sociedade que oprime tanto mulheres quanto homens. No caso deles, isso começa desde a infância, quando são ensinados a reprimir suas emoções. Sentimentos como tristeza, melancolia ou até mesmo o ato de chorar são frequentemente negligenciados, afinal, "isso não é coisa de homem". Sob essa ótica machista, muitos homens optam pelo silêncio, temendo a repressão social, o que contribui para a subnotificação dos casos.

Quando falamos sobre violência sexual, é comum associá-la a um tipo específico de agressão, com viés mais físico. Entretanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), este tipo de violência inclui atos sexuais ou tentativas de obtê-los, comentários e investidas indesejadas, ou outras ações contra a sexualidade de uma pessoa. Nessa categoria, também estão incluídos intimidação, abuso psicológico, chantagens e ameaças.

A falta de conscientização sobre o tema faz com que muitos homens não reconheçam que estão sendo expostos a situações de violência, ou até mesmo normalizem atos de assédio. Considerando que a maioria dos casos ocorre ainda na infância, as vítimas frequentemente carregam complexos que podem desencadear problemas na vida adulta, especialmente na esfera sexual.

Como resultado, muitos homens desenvolvem sintomas de ansiedade, sentimentos de incapacidade de proporcionar ou sentir prazer, além de dificuldade em estabelecer relações de intimidade com seus parceiros (as). Esse ciclo de dor e sofrimento é agravado pela repressão emocional a que são submetidos.

Infelizmente, a sexualidade ainda é tratada como um tabu. Culturalmente, perpetuou-se a ideia de que ela se restringe ao ato sexual, muitas vezes, visto como algo imoral ou desonroso. Para os homens, a sexualidade é associada à virilidade e à posse. Por isso, qualquer sentimento que contradiga esse ideal é motivo de vergonha, levando muitos a não buscarem ajuda profissional por receio de julgamentos.

Nesse cenário, é essencial conscientizar a sociedade de que, assim como podem ser agressores, os homens também podem ser vítimas de violência sexual. E, como as mulheres, eles também sofrem traumas que, quando não tratados, podem ter consequências graves para a saúde física, mental e sexual.

Abordar esse tema não é apenas necessário para gerar conhecimento, mas também para incluir os homens em um debate que ainda se restringe a uma parcela da população. O objetivo não é sobrepor traumas ou violências sofridas, mas garantir que todos recebam a mesma atenção e cuidado.

Para os homens, compartilhar e sentir emoções ainda é um desafio. No entanto, por trás de qualquer armadura, há um ser humano feito de forças e fraquezas. Quanto mais os incluirmos nessas discussões, mais desmistificaremos os mitos que cercam o que significa "ser homem". Afinal, violência gera violência, mas o melhor caminho para combatê-la é através do conhecimento. 



Márla Camilo - terapeuta integrativa, colunista, escritora e mentora especializada em desenvolver homens que desejam se tornar conscientes e atingir seu máximo potencial.


AGNI ÉROS
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Estresse leva a compulsão alimentar, psicóloga explica


Final de ano é marcado por prazos apertados, multitarefas e pressões para encerrar o ciclo. Todo esse estresse tem relação disfuncional com a comida e um dos resultados mais comuns desse cenário é a compulsão alimentar, caracterizada por episódios de consumo exagerado e impulsivo de alimentos. Segundo a psicóloga especialista em transtornos alimentares Valeska Bassan, o estresse é um dos principais gatilhos para esse comportamento, criando um ciclo difícil de romper. 

De acordo com Valeska, a comida pode servir como uma forma de escape para lidar com as emoções negativas, que são acionadas no estresse. A pessoa acaba usando a comida como uma forma de se "automedicar" e buscar conforto, o que pode levar a um ciclo vicioso de estresse e compulsão alimentar. Associação emocional entre comer e redução do estresse. 

Além disso, em momentos de alta pressão, muitas pessoas utilizam a comida como uma forma de conforto emocional, um mecanismo de enfrentamento que, se repetido, pode se tornar um padrão prejudicial. 

A especialista alerta que esse comportamento, se mantido a longo prazo, pode levar a consequências graves para a saúde física e mental, como o aumento do peso e desenvolvimento de obesidade, alterações metabólicas, como resistência à insulina e o agravamento de sentimentos como culpa e vergonha, que intensificam o ciclo de estresse e compulsão. 

"É importante lembrar que a compulsão alimentar não está ligada apenas à falta de autocontrole, mas sim a fatores emocionais e fisiológicos que precisam ser compreendidos e tratados", destaca Valeska.

Valeska ainda afirma que algumas técnicas práticas podem ajudar a lidar com o estresse e evitar que ele se transforme em episódios de compulsão alimentar. “O primeiro passo é identificar situações ou emoções que levam ao consumo exagerado de alimentos, como ansiedade, tristeza ou cansaço. Por isso que focar na experiência de comer, prestando atenção ao sabor, textura e saciedade, ajuda a reduzir o comportamento automático de compulsão”, diz. 

Ela conta que é justamente esse o papel da terapia, que age como uma ferramenta essencial para entender a relação emocional com a comida e desenvolver estratégias para lidar com o estresse de forma saudável. “No mais, as dietas restritivas feitas ao longo do ano todo podem aumentar o desejo por alimentos proibidos e levar a episódios de compulsão nesta época de comemorações de final de ano, por isso é tão fundamental adotar uma alimentação equilibrada, sem culpa e sem ligação com a época do ano ou com o sentimento do momento", reforça a psicóloga.

Valeska Bassan - @psicologavaleskabassan - Psicóloga aprimorada em Transtornos Alimentares pelo Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas de São Paulo (Ambulim/IPQ/ USP) e pós graduanda em Medicina e Estilo de Vida e coaching de saúde no Hospital Israelita Albert Einstein. Coordenou o Curso de Aprimoramento em Transtornos Alimentares Programa de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas de São Paulo (Ambulim/IPQ/ USP) e a equipe de psicólogos do Grupo de Estudos do Comer compulsivo em mulheres portadoras de obesidade (GRECCO) também do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clinicas de São Paulo (Ambulim/IPQ/ USP). Professora de pós graduação das disciplinas de Transtornos Alimentares Pós Cirurgia Bariátrica e dos Aspectos Psicológicos dos Transtornos Alimentares na Faculdade iGPs.


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