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terça-feira, 20 de agosto de 2024

8 doenças vasculares comuns: trombose, lipedema e mais


As doenças vasculares atingem artérias, veias e todo o sistema vascular. São vários os tipos que podem se manifestar em qualquer parte do organismo e de formas diferentes. Por isso, são classificadas nas categorias doenças arteriais e venosas. 

“As arteriais atingem os vasos sanguíneos que transportam o sangue do coração para o resto do corpo. Já as venosas afetam as veias, que são os vasos que trazem o sangue de volta ao coração”, explica o cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha.
 

Conheça as oito doenças vasculares mais comuns
 

Varizes

Um dos quadros vasculares mais comuns é o de varizes. Trata-se de uma condição em que as veias ficam dilatadas e deformadas, geralmente na cor púrpura-azulada. Normalmente, elas aparecem nas pernas, mas podem se manifestar em outras partes do corpo. O problema é mais comum entre as mulheres. 

“As varizes são ocasionadas pelo seguinte motivo: nas veias das pernas que conduzem o sangue ao coração, existem válvulas para impedir o retorno dele aos pés. Quando elas não funcionam bem, o sangue se acumula nas veias, provocando varizes”, explica o cirurgião vascular. 

Os pacientes com veias varicosas podem apresentar sintomas, como: dores, sensação de cansaço e fadiga nas pernas e queimação na pele. 

Hereditariedade, obesidade, idade e gênero estão entre os fatores que deixam as pessoas mais propensas a apresentar esse problema vascular. 

“Quando não são tratadas, elas podem gerar complicações, como: eczema, dermatite, trombose, flebite, hemorragias, escurecimento das pele e úlceras”, alerta o médico. 

Alguns hábitos na vida do paciente servem como prevenção ao surgimento de varizes. “É importante não ficar na mesma posição por muito tempo e praticar atividades físicas. Exercitar-se também é uma forma de preservar a saúde vascular”, diz Fábio Rocha.
 

Trombose Venosa

A trombose venosa é uma doença vascular que se caracteriza pela formação de coágulos, chamados de trombos. 

Esses coágulos obstruem ou prejudicam o fluxo sanguíneo venoso e podem atingir as veias que estão abaixo da pele ou, no caso da trombose venosa profunda, as veias mais profundas. 

O trombo pode se desprender e seguir em direção aos pulmões, causando uma embolia pulmonar. 

Entre os sintomas que a trombose venosa apresenta estão:

  • Inchaço nas pernas;
  • Dor repentina em um dos membros inferiores;
  • Vermelhidão no membro afetado;
  • Pele mais dura que o normal;
  • Dilatação nas veias.

“Pessoas com histórico familiar, que passam por cirurgias prolongadas, traumatismos, infecções graves, quimioterapia, sedentarismo, fumantes e/ou quem está acima do peso têm maior probabilidade de desenvolver uma trombose”, comenta o cirurgião vascular. 

Evitar ficar longos períodos sentado e o uso de roupas apertadas, manter-se hidratado, controlar o peso, elevar as pernas, ter uma rotina de exercícios físicos e não fumar são alguns dos hábitos que os pacientes devem adquirir para se prevenir de uma trombose venosa.
 

Aneurisma da aorta

Uma doença silenciosa, que na maioria das vezes não apresenta sintomas, o aneurisma da aorta é a dilatação permanente da artéria aorta (a principal do corpo humano), caracterizado quando o volume está 50% acima do normal. 

“Quando os sintomas aparecem, significa que o quadro já está em um patamar mais grave. Sentir dor nas costas ou abdominal é um sinal de alerta para procurar um especialista”, explica Fábio Rocha. 

Pacientes com casos de aneurisma na família devem fazer acompanhamento médico, especialmente após os 55 anos de idade. Muitas ocorrências estão ligadas à pressão arterial e a níveis de colesterol elevados, além do tabagismo, por isso, é importante estar atento a essas questões. 

“Assim, como a maioria das doenças vasculares, a prevenção dos aneurismas está ligada ao estilo de vida. Alimentação saudável, controle de pressão arterial, rotina de exercícios, gerenciamento de estresse, entre outros bons hábitos devem ser adotados para evitar a doença”, orienta o médico.
 

Pé Diabético

Decorrente de complicações da diabetes, o Pé Diabético é uma doença em que os pés sofrem alterações devido aos altos níveis de glicose. 

O problema acontece devido à taxa de glicose mal controlada ao longo dos anos, e se manifesta por conta de três fatores: neuropatia diabética (perda de sensibilidade), doença arterial periférica (obstrução na circulação) e, mais gravemente quando as 2 questões mencionadas estão associadas. 

Quem sofre de Pé Diabético apresenta sintomas, como:

  • Perda de sensibilidade no pé;
  • Dormência ou sensação de formigamento;
  • Feridas ou rachaduras sem dor;
  • Úlceras nos pés ou feridas que não cicatrizam;
  • Deformidade no pé;
  • Vermelhidão ou saída de secreção purulenta da ferida;
  • Gangrena (quando a infecção causa a morte do tecido);
  • Calafrios;
  • Glicemia de difícil controle.

“O quadro é sério e pode levar até a uma amputação nos casos mais graves. Por ser causado pela diabetes, a prevenção está ligada ao controle da doença, por isso, é importante seguir o tratamento adequado para o seu quadro diabético e fazer check-ups frequentes”, conta o angiologista.
 

Insuficiência Venosa Crônica

Na Insuficiência Venosa Crônica, o sangue tem dificuldade de retornar dos membros inferiores para o coração. Isso acontece quando as válvulas das veias que direcionam o fluxo sanguíneo para o coração falham, ou as veias estão dilatadas, ou seja, varicosa. 

Por ser causada por fatores, como: obesidade, tabagismo, idade avançada, sedentarismo e ficar longos períodos na mesma posição, desencadeia os seguintes sintomas nas pernas:

  • Inquietação;
  • Cansaço;
  • Fadiga;
  • Dores;
  • Latejamento;
  • Queimação;
  • Descamação da pele;
  • Coceira;
  • Cãibra muscular.

“A prevenção da Insuficiência Venosa Crônica inclui basicamente os mesmos hábitos de estilo de vida que previnem outras doenças vasculares, como: boa alimentação, prática de atividade físicas, além de repousar com pernas elevadas e evitar o uso de roupas apertadas e salto alto”, diz Fábio Rocha.
 

Acidente Vascular Cerebral (AVC)

Quando um vaso sanguíneo entope ou se rompe causando uma infiltração no cérebro e paralisando a área, o que acontece é chamado de Acidente Vascular Cerebral, o AVC. Existem dois tipos de AVC: o hemorrágico e o isquêmico. 

No caso do hemorrágico, há rompimento do vaso cerebral, provocando uma hemorragia, que acontece dentro do tecido cerebral, ou na superfície entre o cérebro e a meninge. 

Já no isquêmico, há obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para as células cerebrais. 

O AVC isquêmico é mais comum. Seus sintomas são dor de cabeça inesperada (sem causa aparente), alteração na visão e no equilíbrio, confusão mental, fraqueza ou formigamento no rosto. 

“Quem sofre com hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol alto, sobrepeso, obesidade, tabagismo, ou tem idade avançada, faz uso excessivo de álcool e/ou drogas ilícitas, possui histórico familiar de aneurisma, tem mais chances de desenvolver o problema”, diz. 

Para se prevenir, alguns cuidados podem ser tomados, entre eles:

  • Controle da hipertensão arterial;
  • Tratamento de diabetes;
  • Redução dos níveis de colesterol;
  • Rotina de exercícios físicos;
  • Manter seu check-up (consulta e exames de rotina) em dia.


Lipedema

Doença multifatorial crônica, o lipedema é um acúmulo excessivo de gordura, que acontece geralmente nas pernas e quadris e, em alguns casos, nos braços. Gera uma distribuição desigual de gordura: enquanto o tronco fica mais fino, acontece um aumento de volume no quadril e nas pernas. 

Quando está em estágios mais avançados, a doença pode causar desconforto na rotina diária. 

“O lipedema é mais comum em mulheres e o acúmulo de gordura afeta igualmente os dois lados dos membros. Apesar de não existir uma causa definida para a doença, acredita-se que fatores genéticos tenham um papel importante no desenvolvimento do lipedema. Alterações hormonais, uso de contraceptivos orais, gravidez e menopausa estão entre as possíveis causas”, explica o cirurgião. 

Quem sofre com a doença precisa tomar certos cuidados: ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos, usar meias de compressão e manter a pele bem hidratada.
 

Linfedema

Também conhecido como edema linfático, o linfedema acontece quando há um acúmulo do líquido (linfa) nos vasos do sistema linfático do organismo, formando edemas, que são inchaços. 

A doença provoca dores e inchaços no local, causando incômodo ao paciente. O linfedema se divide em dois tipos: 

Linfedema primário: tem causas genéticas e acontece quando o sistema linfático do paciente não se desenvolveu adequadamente. 

Linfedema secundário: esse tipo surge ao longo da vida do paciente e é provocado por alguma obstrução ou destruição dos vasos linfáticos.
 

 

Doutor Fábio Rocha - cirurgião vascular Fábio Rocha oferece um atendimento humanizado, eficaz e altamente especializado. Ele se formou em Medicina, em 2002, na USP (Universidade de São Paulo, campus de Ribeirão Preto) e, posteriormente, fez a residência médica em Cirurgia Geral no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Em 2005, ingressou na especialidade que exerce até hoje: angiologia e cirurgia vascular. Após o término da especialização, em 2009, quando já atuava como cirurgião vascular em Ribeirão Preto, desenvolveu um modelo experimental inédito de "Aneurisma de Aorta Abdominal" e recebeu um importante reconhecimento durante o "Congresso Brasileiro de Angiologia e Cirurgia Vascular". Junto ao Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, conquistou o primeiro lugar na principal categoria de trabalhos apresentados. Desde 2018, desenvolve um trabalho de extrema importância junto ao SUS em diversas cidades do estado de São Paulo. Esse projeto transforma vidas, devolvendo a saúde, a dignidade e a qualidade de vida a inúmeros pacientes. Bastante reconhecida no meio médico, essa iniciativa vem ganhando cada dia mais visibilidade e já vem sendo realizada em outros estados do Brasil.


Como o calor afeta a pressão arterial?

Altas temperaturas podem provocar desidratação; especialista reforça que é necessário ficar atento aos sinais do corpo
 

Em pleno inverno, as temperaturas têm chegado aos 30 graus facilmente nos últimos dias. Apesar de as ondas de calor estarem se tornando mais comuns devido ao aquecimento global, essa variação causa um efeito negativo na saúde e na pressão arterial, principalmente. 

No frio, por exemplo, os vasos sanguíneos ficam mais estreitos e isso acaba levando ao aumento da pressão, podendo causar quadros hipertensivos até mesmo em quem não sofre com a doença crônica. O calor, por sua vez, tem a fama de provocar desmaios e tonturas por causa da pressão baixa, mas se engana quem pensa que termina por aí. De acordo com o Dr. Celso Amodeo, cardiologista especializado em hipertensão arterial do Hcor, é importante se atentar aos sinais que o corpo dá. 

“O clima quente é muito propenso a levar à desidratação porque você expele mais líquido do que ingere. Quando isso acontece, o sangue fica mais espesso e se torna mais difícil de bombear, causando mal-estar, fraqueza, irritabilidade e aumento da frequência cardíaca. Também é comum ingerirmos mais sal para evitar que a pressão caia, mas isso pode causar o efeito oposto e gerar um pico de hipertensão”, afirma. 

Pessoas com doenças crônicas pulmonares, cardíacas, renais ou de circulação também devem redobrar a atenção no calor. Elas devem ingerir bastante líquido e evitar o sol durante o pico, ao meio-dia. “Se o indivíduo toma medicamentos, ele não deve parar durante as ondas de calor, pois isso ajuda com que ele mantenha a pressão no nível normal e esperado.” 

O especialista reforça ainda que é preciso ficar atento com o local onde o remédio é armazenado, a fim de evitar que o calor e a umidade entrem no recipiente e comprometam a eficácia. A medida ideal é mantê-lo em um ambiente fresco e arejado, sempre prestando atenção no aspecto e possível cheiro que possa exalar. 

“Não há segredo para prevenir os impactos do calor: tomar mais água do que o de costume, usar roupas frescas e arejadas, optar pela alimentação com frutas, legumes e verduras e, a qualquer sinal do corpo de que algo está errado e essa sensação não passar, não deixe de procurar ajuda médica. Os diagnósticos precoces são sempre o melhor caminho para evitar problemas maiores”, aponta o Dr. Celso.

 

Hcor


Teva Brasil lança Pemdia para tratamento do câncer de pulmão em versão pronta para uso

O Pemdia da Teva Brasil chega ao mercado com uma formulação pronta para uso, elevando praticidade, segurança e sustentabilidade no cuidado hospitalar

 

A Teva Brasil, líder global em medicamentos genéricos, anuncia o lançamento do Pemdia, uma nova versão do medicamento Pemetrexede que trata câncer de pulmão, agora disponível em apresentação pronta para uso, nas apresentações 100mg/4ml e 500 mg/20ml.

Segundo o Inca, em termos de mortalidade no Brasil, em 2020 ocorreram 16.009 óbitos por câncer de pulmão em homens e 12.609 em mulheres, esses valores corresponderam a um risco estimado de 15,46 mortes para cada 100 mil homens e de 11,65 para cada 100 mil mulheres1. O lançamento do novo Pemetrexede representa um avanço significativo na área de cuidados especializados da companhia que está constantemente em evolução e focada em ampliar seu portfólio.

O Pemdia se destaca no mercado por sua formulação pronta para uso. Diferentemente dos outros medicamentos à base de Pemetrexede, que são comercializados em pó liofilizado e precisam ser reconstituídos para sua forma líquida, o novo lançamento da Teva elimina essa etapa. Isso traz uma série de benefícios tanto para os hospitais quanto para os pacientes, incluindo:


Praticidade 

A eliminação do trabalho de reconstituição acelera o processo de manipulação da droga, otimizando o tempo e os recursos das farmácias e hospitais.


Segurança para o paciente 

Com menos etapas manuais, há uma redução significativa na exposição do paciente a possíveis erros durante o processo de preparação do medicamento, além de diminuir o risco de contaminação.


Sustentabilidade 

A versão pronta para uso reduz a produção de lixo hospitalar, pois não há necessidade de diluentes e materiais adicionais para a manipulação do pó.

A Teva Brasil mantém seu compromisso de fornecer produtos que não apenas atendem às necessidades clínicas, mas que também melhoram a eficiência operacional dos hospitais e a segurança dos pacientes. “O lançamento reflete nossa dedicação em promover inovações

incrementais que trazem melhorias tangíveis para o sistema de saúde”, comenta a Diretora Médica da Teva Brasil, Arcangela Valle.

 


Teva Brasil
www.tevabrasil.com.br



Referências 1 (BRASIL, 2022; INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA, 2020a)

O que é preciso saber quando o assunto é amamentação?

No agosto Dourado, mês de conscientização da amamentação, a ginecologista Gabriela Mattos, da rede Meu Doutor Novamed, dá dicas sobre o assunto

Quando o assunto é amamentação, a ginecologista Gabriela Mattos, da rede Meu Doutor Novamed, de Recife, é categórica: “O sucesso requer paciência”. Apesar de ser algo teoricamente natural, há uma série de fatores envolvidos para que essa prática ocorra de maneira adequada.

Entre as mulheres que possuem leite para amamentar, algumas podem sentir dor nos primeiros dias. Além disso, alguns bebês podem ter dificuldade de mamar, e a vida urbana, com suas agitações e inúmeros afazeres, pode ser um fator de instabilidade. Há variáveis internas e externas que influenciam na amamentação, mas a especialista traz dicas de como superá-las.

  • Que práticas a mãe pode adotar no pré-natal para se preparar para o período de amamentação?

Ler nunca é demais, há muito conteúdo disponível sobre o assunto. Conversar com quem já amamentou e ouvir seus relatos também pode ajudar. Além disso, aproveitar para tirar dúvidas com um médico e pesquisar sobre consultoria de amamentação com antecedência também são boas alternativas.

  • Muitas mães declaram desistir de amamentar porque inicialmente têm pouco leite. O aumento da quantidade de leite é um processo gradativo? Varia de pessoa para pessoa?

Sim, é gradativo e varia de pessoa para pessoa. No início da mamada, ocorre a liberação da ocitocina e a saída do colostro, que é um leite rico em nutrientes e anticorpos. Além disso, quanto mais o bebê mama, mais sinais são enviados ao cérebro da mãe para produção de mais leite. Alguns hábitos maternos também podem favorecer a produção do leite, como ofertar ambas as mamas e manter uma boa ingestão de água, entre outros.

  • Que práticas devem fazer parte da rotina da mãe para uma boa amamentação (como beber muita água, por exemplo)?

É importante ler, se informar e tirar suas dúvidas. Quanto mais informações se adquire, melhor é o processo. Além disso, é essencial que essa mãe tenha uma alimentação saudável, consumindo frutas, verduras e água. Não existem alimentos nessa fase que sejam contraindicados, mas é importante manter uma rotina e hábitos saudáveis para uma boa amamentação.

  • É preciso alimentação especial neste período?

Não necessariamente, tudo depende de como a criança está evoluindo e das necessidades ou sintomas. Essa decisão sempre deve ser tomada junto do pediatra.

  • O que é comum e quase ninguém divulga em relação à amamentação?

Nem todo mundo tem facilidade para amamentar. É normal ter dificuldade no início, principalmente se for a primeira gestação. A forma como o parto ocorreu e o puerpério inicial podem impactar positiva ou negativamente. O sucesso na amamentação requer paciência.

  • É possível definir uma porcentagem de mulheres que têm problemas com a amamentação? Quais os mais comuns?

Não é possível, porque são inúmeros os problemas. Algumas pessoas têm partos prematuros ou com algum problema de saúde que impedem os bebês de mamar. Outras tiveram gestações de alto risco e um parto árduo e traumatizante. Há também quem não recebeu orientações adequadas e não sabe como amamentar um bebê.

  • Há algumas mães que buscam a ajuda de enfermeiras para a orientação da amamentação. Que profissionais estariam habilitados para este tipo de orientação?

Qualquer profissional que trabalhe com consultoria de amamentação. Sempre recomendo: doulas, enfermeiras obstétricas ou pediátricas, médico obstetra ou pediatra.


Especialista em nutrição explica a relação entre uma boa alimentação e a saúde mental

 

A conexão entre alimentação e saúde mental é um campo de estudo que tem ganhado cada vez mais atenção de especialistas. Pesquisas recentes sugerem que a alimentação tem um impacto significativo não apenas na saúde física, mas também no bem-estar emocional e mental. 

De acordo com a nutricionista Thainara Gottardi, especializada em nutrição esportiva e estética que propõe uma metodologia centrada no paciente, a dieta tem um papel fundamental na regulação do humor e na prevenção de transtornos mentais. "Há uma relação direta entre a qualidade da alimentação e a saúde do cérebro. Alimentos ricos em nutrientes, como vitaminas, minerais e ácidos graxos ômega-3, ajudam a proteger o cérebro e promover uma boa função cognitiva", explica. 

A especialista também traz o destaque para a importância do consumo de frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras. “Esses alimentos podem contribuir para a produção de neurotransmissores essenciais, como a serotonina e a dopamina, que são responsáveis por regular o humor e as emoções. Outro exemplo é o triptofano, que é um aminoácido encontrado em alimentos como peixes, nozes e sementes, que é precursor da serotonina, conhecida como o 'hormônio da felicidade'", afirma Thainara. 

Por outro lado, dietas ricas em alimentos ultraprocessados, açúcar refinado e gorduras saturadas estão associadas a um aumento do risco de depressão e ansiedade. "Esses alimentos podem causar inflamação no corpo e no cérebro, o que afeta negativamente o humor e a capacidade de lidar com o estresse", alerta. 

A nutricionista também cita a importância dos probióticos e das fibras para a saúde mental. "A saúde intestinal está diretamente ligada à saúde mental. O intestino é conhecido como o 'segundo cérebro' porque abriga bilhões de bactérias que influenciam a produção de neurotransmissores. Consumir alimentos ricos em fibras e probióticos, como iogurte natural e vegetais, ajuda a manter um microbioma intestinal saudável, o que, por sua vez, beneficia a saúde mental", explica. 

Além da escolha dos alimentos, Thainara Gottardi reforça que a maneira como as pessoas se alimentam também pode afetar influenciar o bem-estar emocional. "Ter uma alimentação consciente, prestando atenção ao que se come, ao invés de comer de forma automática ou sob estresse, ajuda a promover uma relação mais saudável com a comida e com as próprias emoções", indica. 

Para quem busca melhorar a saúde mental através da alimentação, Thianara Gottardi aconselha adotar uma dieta equilibrada e diversificada. "Investir em uma alimentação rica em nutrientes, evitando o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, pode fazer uma grande diferença no bem-estar emocional e na qualidade de vida. A nutrição é uma ferramenta poderosa não apenas para o corpo, mas também para a mente", conclui a nutricionista.


Nutricionista cita 5 regras para aumentar a energia e disposição

Quer ter mais energia para encarar o resto do ano? Retire os ultraprocessados da dieta; tome sol; descanse e cuide da saúde mental 

 

Já avançamos pelo segundo semestre, entramos no mês de agosto e muita gente já está reclamando de cansaço e de falta de energia para encarar o resto do ano com o mesmo vigor que temos após o recesso das festas e férias de verão. Há quem já acorde cansado e há quem não encontre disposição sequer para enfrentar as tarefas diárias. Se isso está acontecendo com você, a resposta para a melhora pode estar no prato, nos hábitos diários e até mesmo na exposição ao sol. 

O nutricionista funcional e responsável técnico da Growth Supplements, Diogo Cirico, explica que a falta de energia está frequentemente relacionada a uma insuficiência no consumo de nutrientes essenciais. “Dietas excessivamente restritivas, comuns em regimes de emagrecimento, podem levar a uma queda na capacidade motora. A ingestão inadequada de carboidratos, presentes em alimentos como pães, batatas, arroz, frutas, verduras e legumes, também pode resultar em baixa energia”, detalha. 

Cirico explica que uma dieta saudável, composta por frutas, verduras, legumes, carnes magras, leite e derivados, e ovos, fornece ‘o combustível’ necessário para garantir as reservas de energia e disposição que o nosso corpo precisa para funcionar adequadamente. “Ela ampara o sistema imunológico, estimula o metabolismo e garante a produção hormonal adequada, refletindo em mais disposição e ausência de doenças.”

Exposição ao sol incentiva produção de vitamina D 
 
Freepik

Se o combustível correto faz a máquina que é o corpo humano funcionar adequadamente, um combustível adulterado provoca problemas, tal como acontece nos carros, e pode contribuir para reduzir nossa disposição. “O consumo de alimentos ultraprocessados, frituras e ricos em açúcar produz agentes inflamatórios e substâncias tóxicas, como radicais livres, que desequilibram o metabolismo e podem levar a uma variedade de doenças”, detalha o especialista.

 

Coloque a cara no sol

A deficiência de vitaminas e minerais, como ferro e vitamina B, pode causar anemia, impactando a produção de energia e a capacidade de trabalho. Micronutrientes como zinco e vitamina D também desempenham papéis fundamentais na produção de energia. “A deficiência de zinco, encontrado principalmente em alimentos de origem animal, pode reduzir a produção de testosterona, afetando a capacidade de realizar trabalhos físicos e mentais. A vitamina D, produzida em maior quantidade com a exposição à luz solar, é vital para a função muscular e a capacidade de trabalho. A falta de exposição ao sol pode reduzir a disponibilidade desse nutriente, exigindo suplementação ou ajustes na dieta”, detalha o nutricionista.

 

Descanso é imprescindível

A falta de disposição, por outro lado, é frequentemente causada por fatores emocionais como depressão, ansiedade e estresse. Nesses casos, a ajuda de profissionais como psicólogos e psiquiatras é fundamental. Uma dica que vale tanto para quem quer melhorar a saúde mental quanto para quem está se sentindo cansado por causa da falta de nutrientes é o descanso.

Dieta saudável fornece 'combustível’ para garantir
reservas de energia e disposição
Freepik
  
“Noites mal dormidas ou privação de sono podem gerar apatia e indisposição. Durante o sono e o descanso, recuperamos nosso corpo e nossos níveis de energia. Da mesma forma, atletas e desportistas que treinam intensamente sem descanso adequado também podem sofrer de indisposição. É essencial equilibrar a programação de treinos com períodos de descanso para evitar o desgaste físico e mental”, observa Cirico.


Diga adeus ao sedentarismo

O especialista explica que a prática de, pelo menos, 150 minutos semanais de exercícios físicos ajuda a prevenir a indisposição gerada pelo sedentarismo. “Incorporar exercícios regulares na rotina é uma forma eficaz de melhorar a disposição e a energia, assim como manter uma alimentação saudável, cuidar da saúde mental e dormir de forma adequada. Para ter mais vigor e energia, é preciso equilibrar a saúde física e mental", completa o nutricionista.


Você já ouviu falar em Síndrome Metabólica? Entenda a doença pouco conhecida, mas que pode causar sérios danos à saúde

  Síndrome pode causar doenças hepáticas, complicações renais e obstrução dos vasos sanguíneos, revela especialista

 

 

A Síndrome Metabólica consiste em alterações complexas que ocorrem de maneira simultânea no organismo e que podem contribuir de forma significativa para o surgimento de inúmeras patologistas, tais como doenças cardíacas, derrame e diabetes tipo 2. Essas alterações podem desencadear o aumento da pressão arterial, elevação dos níveis de açúcar no sangue, acúmulo de gordura corporal e desequilíbrios nas taxas de colesterol e triglicerídeos.

O Dr. Allan Maia, cirurgião vascular do Centro Médico Elsimar Coutinho Day Hospital (CEPARH), explica que a síndrome metabólica é uma inflamação crônica que atinge vários órgãos e sistemas essenciais do corpo humano. De acordo com o médico, quando não identificada no início, a doença pode evoluir para quadros mais graves e causar sérios riscos à saúde.

Segundo estudo publicado pela Revista Ciência e Saúde Coletiva, em 2020, o Brasil registrou prevalência de síndrome metabólica em 29,6 da população adulta, podendo alcançar mais de 40% nas faixas etárias maiores que 60 anos.

Normalmente, a síndrome metabólica não apresenta sintomas visíveis, mas está associada a uma série de condições de saúde - a exemplo da obesidade abdominal (circunferência da cintura aumentada), hipertensão arterial, glicose elevada em jejus (açúcar no sangue), alteração nos níveis de lipídios (gordura no sangue), entre outros.

Mudanças no estilo de vida, bem como a inclusão de hábitos saudáveis na rotina auxiliam na condução do tratamento da doença. Em algumas situações é recomendável o uso de medicamentos como antiagregantes plaquetários para reduzir o risco de eventos cardiovasculares, remédios para controle da hipertensão, colesterol e níveis de glicose no sangue.

Outro aspecto importante são os cuidados com a saúde mental. “O sono é um pilar muito importante. Dormir bem pode fazer toda a diferença. É possível reduzir os níveis de ansiedade por meio da prática de meditação e exercícios de respiração. Focar em pensamentos positivos e evitar toxidades ligadas às mídias também podem contribuir para a qualidade de vida”, explica o Dr. Allan. 


Mas, quais mudanças devem der adotadas no tratamento da doença?

O Dr. Allan Maia alerta sobre a importância do diagnóstico precoce, pois a síndrome metabólica pode causar doenças hepáticas, complicações renais e obstrução dos vasos sanguíneos.

Dentre as principais mudanças estão:

  • Dieta: evitar o consumo excessivo de carboidratos. Adotar uma dieta equilibrada e saudável, rica em frutas, vegetais, grãos integrais e proteínas magras.
  • Exercícios físico: a prática de atividade física regular é uma condição fundamental para garantir o sucesso do tratamento. É recomendável combinar os exercícios aeróbicos (caminhada, corrida e natação) com os anaeróbicos (musculação), que proporcionam o ganho de resistência localizada.
  • Controle de peso: manter um peso saudável e reduzir a gordura abdominal. Vale ressaltar que, a perda de peso, é uma consequência de medidas ligadas à obtenção da saúde.
  • Tabagismo: parar de fumar, pois o cigarro aumenta o risco de doenças cardiovasculares.
  • Consumo de álcool: evitar o consumo de bebidas alcóolicas.
  • Individualização do atendimento ao paciente: É papel do médico identificar e considerar o perfil genético dos pacientes (polimorfismo genético), a fim de adotar protocolos específicos para cada situação.
  • Vale lembrar que o acompanhamento regular surge como um pilar essencial para o controle e a prevenção das complicações associadas à síndrome metabólica. A importância desse acompanhamento está em identificar precocemente as alterações nos indicadores de saúde e intervir de maneira eficaz para evitar que a condição evolua para quadros mais graves.


CEPARH
https://ceparh.com.br/


Telas sem descanso e abuso do ar condicionado? Conheça os principais inimigos dos olhos saudáveis

Consulta regular ao oftalmologista é indispensável, assim como o cuidado com atitudes rotineiras que podem prejudicar a saúde ocular 

 

A primeira consulta oftalmológica de uma pessoa deve ser realizada ainda nas primeiras 72 horas de vida. Quando o bebê nasce, ele precisa passar pelo teste do olhinho, para avaliar o reflexo vermelho dos olhos. Alterações nesse exame podem indicar catarata, glaucoma, opacidades de córnea ou alterações extensas na retina. O teste do olhinho é obrigatório e feito na rede pública e privada de saúde.

Mas, após essa primeira avaliação, qual deve ser a rotina de acompanhamento da saúde ocular? O médico oftalmologista do Hospital São Marcelino Champagnat, Dhiogo Corrêa, explica: “Infelizmente, muitas pessoas negligenciam a saúde dos olhos e buscam atendimento especializado apenas quando algo não vai bem. A orientação médica é que o acompanhamento ocorra todos os anos para aqueles que não têm queixas específicas. Cuidar dos olhos é fundamental para manter uma boa visão e garantir qualidade de vida”, analisa.


Olhos precisam descansar

Um dos vilões atuais para a saúde dos olhos é o excesso de uso de telas, tanto celular como computador. “Quando estamos expostos a esses aparelhos a tendência é de diminuição no número de piscadas, alterando a lubrificação natural dos olhos. A orientação é fazer intervalos regulares de descanso durante a jornada de trabalho e evitar mexer no celular por muitas horas”, afirma o oftalmologista. Ele também explica a regra do 20/20/20: “A cada 20 minutos, precisamos parar por 20 segundos e olhar para uma distância acima de 20 pés (6 metros). Pode ser através de uma janela, por exemplo. Isso vai fazer a musculatura dos olhos relaxar, reduzindo a fadiga dos olhos.” 

O sono também é muito importante para manter a saúde ocular. Dormir por tempo insuficiente pode causar vermelhidão, vista cansada e até mesmo inchaços na região. 


Não coçar os olhos

Devido à grande exposição ao ambiente, é comum que impurezas, como poeira e pólen, sejam sentidas pelos olhos. O reflexo automático é levar as mãos à região, mas a orientação é para que as pessoas ajam diferente. “Quando sentir algo nos olhos, busque piscar com uma frequência maior. Em grande parte dos casos, esse movimento repetido consegue expelir o corpo estranho. Além disso, coçar os olhos é uma ação perigosa, pois a córnea é extremamente sensível e pode ser danificada com facilidade”, completa o especialista. Se a sensação de corpo estranho, ardência ou coceira se mantiver, o uso de colírios lubrificantes pode ajudar. Se ainda assim não melhorar, deve-se realizar uma visita ao oftalmologista. O ato de coçar os olhos está relacionado a uma doença em que o trauma do prurido na superfície do olho causa uma deformidade potencialmente grave chamada ceratocone.

Além disso, as bactérias, microorganismos e sujeiras presentes nas mãos também podem causar irritação ou mesmo infecções na região dos olhos. Caso seja imprescindível levar as mãos aos olhos, certifique-se de que elas estão limpas. 


Evite ar condicionado

O uso de ar condicionado e de ventilador prejudica os olhos, pois resseca os órgãos de forma rápida. O ideal é evitar o uso, quando possível. Em condições de tempo muito quente e necessidade de utilização dos aparelhos, é indicado utilizar colírios lubrificantes, conhecidos por “lágrimas artificiais”.



Posso usar qualquer colírio?

As lágrimas artificiais são colírios seguros para uso no dia a dia. Elas não devem ser confundidas com os colírios vasoconstrictores (aquele de frascos azuis que tiram a vermelhidão). Vasoconstrictores oferecem risco para saúde ocular e seu uso deve ser evitado.

Existem dois tipos principais de lágrimas artificiais: as com e as sem conservantes. As com conservantes podem ser utilizadas até cinco vezes ao dia com segurança. Já as sem conservantes podem ser utilizadas à vontade conforme o desejo e necessidade de cada pessoa.


Use óculos escuros de qualidade

Óculos que possuem proteção ultravioleta (UV) devem ser utilizados sempre que houver exposição à luz solar. A luz UV prejudica as células da retina, causando envelhecimento precoce delas. Além disso, a incidência de raios UV pode provocar catarata precoce e até doenças degenerativas da retina.


Doenças que impactam a saúde dos olhos

Um importante conselho médico vale para pacientes diagnosticados com algumas doenças que impactam a saúde ocular. Pacientes que têm diabetes podem desenvolver a chamada retinopatia diabética, que é uma causa potencialmente grave de perda visual a longo prazo. Os portadores de hipertensão estão expostos ao risco da chamada retinopatia hipertensiva e também precisam de avaliação oftalmológica frequente. Já pessoas que utilizam antidepressivos, antialérgicos e mulheres pós menopausa apresentam risco aumentado da síndrome do olho seco. E pacientes que fazem uso recorrente de corticoides, como a prednisona ou a dexametasona, apresentam risco de desenvolver glaucoma e catarata.

  


Hospital São Marcelino Champagnat


Vacina que previne o herpes-zóster está no Calendário da Vacinação Idoso 60+

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia ratifica a importância da vacinação para prevenir esta e outras doenças. Calendário traz diferentes informações, como orientações sobre doses, intervalos e efeitos colaterais

 

De acordo com o Ministério da Saúde, internações de pessoas com herpes-zóster está aumentando no Sistema único de Saúde (SUS) nos últimos anos. Para se ter ideia, em 2020 foram 3.517 casos. Já em 2023, 4.202, um aumento de 19%. 

Doença causada pelo vírus varicela-zoster (WZ), o mesmo da catapora, o Zoster causa lesões na pele, são vesículas que coçam e doem. A maior complicação desta doença é a neuralgia pós herpética, uma dor importante que pode durar meses, afetando a qualidade de vida. Há alta prevalência da doença Zoster em idosos, devido a queda da imunidade que ocorre durante o envelhecimento. 

No último mês de abril, a Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em conjunto com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), lançou o Calendário de Vacinação Idoso 60+, um guia completo para garantir a saúde e a proteção a esse grupo tão importante da sociedade. O documento conta com orientações sobre doses, intervalos e aplicação das vacinas necessárias paraíso idosos, bem como informações importantes sobre contraindicações e efeitos colaterais. 

De acordo com as entidades médicas, a imunização é essencial para agregar prevenção à saúde da pessoa idosa e imunizá-la contra doenças potencialmente graves, cujas complicações podem levar a hospitalizações, aumentando, inclusive, o risco de mortalidade. 

A presidente da Comissão de Imunização da SBGG, Dra. Maisa Kairalla, destaca a necessidade da vacinação em pessoas idosas e reforça o empenho da comissão em possuir um calendário moderno e atualizado: “As vacinas são inegavelmente uma das maneiras que temos para promover o envelhecimento melhor às pessoas. Nos dedicamos em ter um calendário moderno atualizado, que engloba diversas vacinas, aquelas que estão no Programa Nacional de Imunização e outras, para que tenhamos um envelhecimento saudável com melhor qualidade de vida".

 

Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG


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