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segunda-feira, 10 de julho de 2023

Disfagia: quando engolir se torna um desafio



Engasgos frequentes pode ser disfagia
Freepik 



 

Especialista explica o que é a condição, a importância do diagnóstico precoce e as complicações do transtorno


Dor ao engolir (Odinofagia), engasgos constantes, tosse e sensação de comida parada na garganta ou no esôfago. Esses são sinais de um transtorno chamado “disfagia”, um distúrbio relacionado ao transporte de alimento, saliva, líquido e medicação da boca para o estômago, que pode acometer pessoas de qualquer idade, de bebês a idosos. O desenvolvimento da alteração pode ter inúmeras causas e o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações.

De acordo com a fonoaudióloga, professora do Centro Universitário IBMR, Marcely lengruber, as causas mais comuns estão ligadas doenças neurológicas, causas neurológicas, infecções e fungos – consideradas transitórias, ou psicogênicas – que possuem origem emocional. “Em bebês, a disfagia pode ter origem no mecanismo protetivo de via respiratória, podendo ser também uma falta de coordenação quando o bebê está sugando o leite materno. É como uma dificuldade de fazer o movimento de sucção e manter a respiração ao mesmo tempo. Já em adultos, a principal causa de desenvolvimento são doenças como Parkinson, Alzheimer e miastenia gravis ou sequelas neurológicas causadas por AVC (Acidente Vascular Cerebral) e traumatismo craniano”, explica.

Além dos impactos na saúde física, a disfagia pode comprometer a qualidade de vida dos acometidos, levando-os ao isolamento social, devido ao constrangimento motivado pelo excesso de engasgos, provocando danos à saúde mental. “Imagine que você vai a um restaurante com amigos ou com a família e se engasga. Essa situação, por si, já é desagradável. Quem tem disfagia apresenta engasgos constantes e eles são potencializados. Por isso, o paciente muitas vezes deixa de frequentar lugares públicos”, analisa lengruber.

A deglutição é uma função complexa, controlada pelo cérebro em um mecanismo refinado, que envolve cerca de 35 músculos, que fazem parte da estrutura de respiração, mastigação, articulação e pronúncia das palavras. A adoção de hábitos saudáveis, cuidar da saúde bucal e da preservação da dentição natural ou usar prótese dentárias bem adaptadas é estratégia de prevenção do distúrbio, que apresenta complicações consideradas graves. Dentre as consequências do problema, estão a desidratação e desnutrição, sufocamento, broncoaspiração e, consequentemente, pneumonia aspirativa, que é uma condição considerada grave em crianças e idosos, podendo levar o paciente a óbito. “Preservar a estrutura muscular envolvida na deglutição e cuidar da saúde respiratória e pulmonar é essencial para minimizar os riscos. Uma pessoa que já apresenta diagnóstico de alguma doença neurológica, neurodegenerativa ou doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) precisa estar atenta às alterações de deglutição e, principalmente, evitar bebida alcoólica e cigarros, contribuindo para a reabilitação motricidade orofacial”, explica a fonoaudióloga.

Apesar de ser uma disfunção séria, a disfagia possui tratamento. Atualmente, o uso de novas tecnologias como laser, eletroestimulação e até mesmo toxina botulínica têm amenizado o problema. Mas, Marcely lengruber revela que, ainda não existem muitas publicações científicas sobre a eficácia desse tipo de tratamento. “De uma forma empírica, a gente consegue observar que alguns pacientes apresentam uma grande melhora; outros nem tanto. Contudo, essas tecnologias ainda estão em análise, aguardando comprovação científica. O que é possível mensurar hoje é a reabilitação motora dessa função, com exercícios de coordenação motora, e respiratória, de funcionalidade e a reabilitação das estruturas que estão comprometidas nesse processo”, ressalta.

Para as pessoas que estão em tratamento, a profissional dá dicas de como familiares e cuidadores podem proporcionar mais conforto ao paciente. “A consistência da alimentação pode influenciar na deglutição do paciente. As dietas semi-líquidas, pastosas, sem fiapos e sem farelos são as ideais. Dependendo do grau da disfagia, é recomendado, se necessário, o uso de espessante específico para a água e para os líquidos, que auxiliam no manejo da deglutição.  Além disso, quando a disfagia é muito severa, pode haver dificuldade para deglutição da própria saliva e também existem substâncias químicas que auxiliam nesse processo”, afirma a fonoaudióloga.

A disfagia é um distúrbio comum, mas que ainda é pouco discutida. Conhecer e disseminar informações sobre o tema é a principal ferramenta para prevenção e diagnóstico precoce. Assim, com tratamentos adequados, as complicações também são reduzidas consideravelmente.

 

Julho Amarelo chama atenção para hepatites virais que em duas décadas resultou em mais de 700 mil casos

Hepatologista ressalta doença é silenciosa, mas que teste rápido, vacinas, cuidados higiênicos e uso de preservativos são as principais formas de prevenção


De acordo com o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais de 2022, divulgado recentemente pelo Ministério da Saúde, de 2000 a 2021, foram confirmados 718.651 casos do tipo no Brasil. Do total, 279.872 (38,9%) foram referentes a casos da hepatite tipo C, 264.640 (36,8%) de hepatite B, 168.175 (23,4%) hepatite A e 4.259 (0,6%) ocorrências de hepatite D. Ainda segundo o boletim, a hepatite C responde pela grande maioria dos óbitos por hepatites virais, sendo que entre 2000 a 2020, foram 62.611 mortes associadas à doença, 76,2% do total.

Esses e outros dados chamam a atenção para o Julho Amarelo, campanha que busca conscientizar as pessoas em relação às ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais, sendo que o 28 deste mês marca também o Dia Mundial de Luta Contra tais doenças. As hepatites B e C são as principais causas de cirrose hepática e carcinoma hepatocelular (câncer de fígado).

O grande problema, segundo explica o hepatologista Rafael Ximenes, especialista que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, é que a grande maioria dos casos não apresenta sintomas até que a doença esteja em estágio mais avançado, o que pode levar décadas para acontecer. Por isso ele chama atenção para a realização de exames regulares, como principal forma de prevenção. “Por se tratar de doença com possibilidade de um período muito longo sem sintomas, a recomendação é de que toda pessoa com algum fator de risco para hepatites virais faça o teste para descobrir se tem esta enfermidade. O exame é muito simples e está disponível nas redes pública e particular de saúde. É um teste rápido que pode ser feito com uma pequena gota de sangue ou o exame laboratorial tradicional”, esclarece o médico.

O especialista também explica quais são os indivíduos com maior predisposição a desenvolver as hepatites B e C. “Os principais grupos de risco são pessoas acima de 40 anos, quem possui múltiplos parceiros sexuais, indivíduos que já receberam transfusão de derivados do sangue (em especial antes de 1.993), quem faz hemodiálise ou já foi submetido a transplante de órgãos. Também entram nesse grupo usuários de drogas e pessoas que já fizeram tatuagens ou colocação de piercing”, afirma.


Sinais
Apesar de uma evolução silenciosa, Rafael Ximenes lembra que as hepatites virais podem sim apresentar alguns sintomas que podem chamar a atenção. “Existem duas situações em que as hepatites virais podem dar sinais. Uma é quando há um quadro mais agudo e a pessoa contraiu a infecção há pouco tempo. Nesse caso, a pessoa pode apresentar sinais como febre, náuseas, desconforto abdominal, falta de disposição, icterícia (olhos e pele amarelados) e escurecimento da urina. Ou então os sintomas aparecem após vários anos, ou até mesmo décadas, mas aí temos um quadro avançado da doença em que há a cirrose descompensada e/ou câncer de fígado, e os sinais são aumento da barriga por acúmulo de líquido (ascite), sonolência e confusão mental (encefalopatia hepática), vômito com sangue, sangramento nas fezes, icterícia e perda de peso”, detalha o médico.

Em relação às formas de se evitar a enfermidade, o hepatologista destaca que varia de acordo com sua forma de transmissão. “As principais hepatites virais (A, B e C) têm formas de transmissão diferentes e, com isso, as estratégias de prevenção também mudam. No caso da hepatite A, a transmissão se dá pelo consumo de água e alimentos contaminados ou de pessoa para pessoa. A prevenção pode ser feita com melhoria das condições sanitárias da população, como mais acesso à água tratada e rede de esgoto e cuidados na higienização das mãos e dos alimentos”, orienta.

No caso da hepatite tipo B, conforme explica o especialista, pode ser transmitida por via sexual, parenteral (através do sangue ou material contaminado com sangue) ou vertical (de mãe para filho). Para essa última forma de contaminação, Rafael Ximenes explica que a melhor maneira de prevenção é a realização de um pré-natal bem conduzido. “Já para a prevenção em outras situações, as orientações são o uso de preservativos nas relações sexuais, não compartilhamento de materiais que possam ter contato com sangue (como lâminas de barbear, material de manicure, agulhas e seringas), cuidados adequados em procedimentos médicos e estéticos, em especial cirurgias, transfusão de sangue ou outros hemocomponentes e na realização de hemodiálise. Merecem também atenção especial os procedimentos para tatuagens e colocação de piercings”, esclarece.


Vacinas
Sobre a hepatite C, ele também esclarece que a principal via de transmissão é a parenteral, com a prevenção podendo ser feita com o não compartilhamento de materiais que possam ter contato com sangue. “O rastreamento e tratamento dos indivíduos infectados por este vírus também ajuda na prevenção da infecção para outras pessoas. Hoje temos disponibilidade no Sistema Único de Saúde (SUS) de tratamentos oferecidos gratuitamente, com alta eficácia (mais de 90% de chance de cura), usado por tempo limitado (8 a 24 semanas) e com poucos efeitos colaterais”, informa o médico.

Além disso, a vacinação pode ser feita de forma gratuita na rede pública de saúde. “Hoje temos disponíveis as vacinas contra as hepatites A e B. Toda pessoa que não foi imunizada contra essas infecções pode e deve ser vacinada, exceto em caso de contraindicação (que são raras)”, comenta o hepatologista Rafael Ximenes.


Casos frequentes de acidentes e mortes acendem sinal de alerta em casos de procedimentos estéticos feitos por não médicos

Qualquer procedimento invasivo ou estético deve ser realizado por médicos especializados, como dermatologistas ou cirurgiões plásticos, que possuem o conhecimento e treinamento adequados

 

Casos de complicações graves, infecções, lesões e até mesmo mortes relacionadas a esses procedimentos são relatados com frequência. A Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS) reforça que apenas médicos possuem a formação necessária para avaliar individualmente cada paciente, considerar suas condições de saúde, histórico médico e indicar os tratamentos mais seguros e adequados para cada caso. Além disso, também possuem o conhecimento necessário para lidar com qualquer complicação que possa surgir durante ou após um procedimento estético.


Exercício Ilegal

O caso mais recente ocorreu na cidade de Palmas, onde uma empresária, dona de uma clínica de estética, foi indiciada por exercício ilegal da medicina. Ela mantinha um estabelecimento no qual realizava a aplicação de botox. A funcionária também foi indiciada pelo mesmo crime. Isso porque era ela quem realizava os procedimentos nas clientes e não possuía graduação na área médica. A Polícia descobriu o crime por meio da funcionária que divulgava, em seu Instagram, as aplicações de toxina botulínica (Botox) que eram realizadas no estabelecimento.


Alerta

Dados de um trabalho realizado em 2022 pelo professor da Helio Miot, médico dermatologista e professor da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), embasam a preocupação. O material foi publicado na Plastic and Reconstructive Surgery, revista científica de referência na área de cirurgia plástica e que costuma reunir artigos que tratam de questões plásticas, cosméticas e estéticas.

Chamou a atenção dos pesquisadores o fato de que 550 episódios de complicação estavam ligados à atividade de não médicos. Esse número correspondeu a mais da metade do total de complicações.

Por fim, é essencial realizar uma pesquisa minuciosa sobre as credenciais do profissional antes de se submeter a qualquer procedimento estético. O corpo humano é extremamente complexo e requer um profundo conhecimento científico e anatômico, tanto para alcançar resultados satisfatórios quanto para garantir a segurança a longo prazo dos procedimentos realizados.

 

Marcelo Matusiak

SOBOPE alerta para o retinoblastoma, tipo de câncer ocular que mais afeta crianças

 Sintomas são discretos no início, razão pela qual profissionais devem estar atentos; diagnóstico precoce eleva chances de cura para mais de 90%

 

Nesta segunda-feira, 10 de julho, é celebrado o Dia da Saúde Ocular e traz à pauta a importância de cuidar da visão desde a infância. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça que muitas doenças possuem seu primeiro sinal nos olhos, incluindo o retinoblastoma, tumor maligno ocular mais frequente durante a infância. 

O retinoblastoma é originário das células da retina, localizada na parte posterior do olho, e pode comprometer um ou ambos os olhos, afetando principalmente crianças menores de 5 anos de idade. Segundo dados da literatura médica, trata-se do câncer ocular mais comum no público infantil, correspondendo de 2 a 3% dos cânceres infantis. 

Segundo Neviçolino Carvalho, presidente da SOBOPE, o paciente apresenta poucos sinais ou sintomas nos estágios iniciais da doença: "É um grande desafio para os profissionais de saúde da atenção básica fazer a suspeita do diagnóstico. Portanto, quanto mais informação sobre a doença, mais eles podem ficar alerta e valorizar queixas trazidas pelos pais nas consultas de rotina ou em serviços de urgência”. 

O principal sinal de retinoblastoma é o reflexo do olho de gato, que é o aspecto esbranquiçado que se vê através da pupila, chamado leucocoria. Em fotos com flash pode-se notar a leucocoria em um ou ambos os olhos. O segundo sinal é o estrabismo, quando a criança tem um desvio no olhar. “Na maioria dos casos, quando os sinais são notados, o tumor já tem um tamanho considerável”, alerta Dr. Neviçolino. 

Caso a criança apresente estes indicativos, é fundamental direcioná-la para centros especializados, nos quais ela poderá ser avaliada por oftalmologistas e oncologistas pediátricos. As chances de cura são superiores a 90% quando o diagnóstico ocorre precocemente. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este índice cai para 30% quando a doença é descoberta tardiamente e a lesão já está avançada. 

"O diagnóstico precoce é um desafio no mundo inteiro, não só no Brasil. O exame 'Teste do Reflexo Vermelho', que é feito na maternidade e depois nas consultas com o pediatra até os 5 anos, representa um diferencial na avaliação de rotina e não deve ser negligenciado. Há também recomendações de que essas crianças passem por consultas com oftalmologistas de forma regular", afirma o presidente da SOBOPE.

 

Tratamento dinâmico

Neviçolino Carvalho pontua que, primordialmente, garantir a vida é o mais importante no tratamento do retinoblastoma, ainda que em alguns casos a enucleação (remoção cirúrgica) seja a melhor conduta, diminuindo assim o risco de disseminação da doença para sítios extraoculares, como ossos, medula óssea, fígado e sistema nervoso central. Além da cura, preservar a visão e o globo ocular da criança são objetivos nobres. 

“Para isso, o mais recomendado, atualmente, é a quimioterapia intra-arterial associada a outras modalidades de procedimento local (laser, crioterapia e outros), orientada pelo trabalho conjunto do oncologista pediátrico e oftalmologista. O tratamento do retinoblastoma é complexo e dinâmico, deve ser realizado em centros especializados devidamente equipados e com profissionais com expertise no manejo terapêutico e de suas complicações", conclui o presidente da SOBOPE.

 

A lentidão da Justiça e a saga da Midas Trend: uma ameaça renovada

O universo dos investimentos é frequentemente palco de histórias de ascensão meteórica. No entanto, nem todas essas histórias possuem finais felizes, especialmente quando envolvem esquemas fraudulentos, como o caso da Midas Trend. Esta empresa, sob a liderança dos irmãos Devanir e Devaney Vieira dos Santos, está atualmente sob investigação por sua suposta participação em um esquema de pirâmide financeira que afetou milhares de famílias. Nesse caso estima-se que sejam cerca de 60 mil vítimas. 

O Ministério Público do Estado da Bahia (MPBA) já iniciou uma ação civil pública contra a empresa e seus gestores, o que pode ser considerado um passo positivo na direção correta. Contudo, a lentidão do progresso dessa investigação tem sido alarmante. Enquanto o processo se arrasta, os supostos infratores estão, aparentemente, se envolvendo em novos esquemas. 

Recentemente, Devanir Santos iniciou novas operações, conhecidas como METWAY e ProfitWay, que parecem seguir o mesmo padrão observado na Midas Trend, incluindo, lamentavelmente, o não pagamento de seus investidores. De maneira ainda mais audaz, Santos solicitou recentemente, durante uma transmissão ao vivo, que as vítimas fizessem um novo aporte de R$ 100,00 para recuperarem seus investimentos. 

Considerando as 60 mil vítimas do esquema original, se cada uma delas atender ao pedido de Santos, ele poderá arrecadar até R$ 6 milhões. Esse é um número chocante, que reforça a urgência de uma ação eficaz das autoridades. 

Diante dessa situação preocupante, é essencial que haja uma resposta urgente das autoridades. Afinal, a falta de ação neste momento poderia permitir que milhares de pessoas sejam novamente prejudicadas. 

Recomendamos fortemente que os investidores se mantenham alertas e bem-informados. Qualquer plano de recuperação ou nova operação anunciada por Santos deve ser tratada com extrema cautela, a menos que haja comprovação de participação e aprovação das autoridades competentes. 

A busca por justiça para todos os investidores prejudicados pela Midas Trend deve continuar a todo vapor. 

Não se pode permitir que esquemas como este persistam impunemente, prejudicando inúmeras famílias e desestabilizando a confiança no sistema financeiro. O compromisso com a verdade e a justiça deve prevalecer, garantindo que os responsáveis por tais esquemas sejam devidamente responsabilizados e que a integridade do setor financeiro seja protegida. 

Em tempos de crise e incerteza, a transparência e a responsabilidade devem ser a bússola orientadora, tanto para as autoridades quanto para os investidores. As ações de hoje determinarão o panorama de confiança no sistema financeiro de amanhã. E contamos com o braço forte (e mais ágil) da Justiça para renovar a esperança de milhões de investidores no Brasil que são vítimas diárias de fraudes e golpes financeiros.

 

Jorge Calazans - advogado criminalista, sócio do escritório Calazans e Vieira Dias e especialista na defesa de investidores vítimas de fraudes financeiras.

 

 

Secretaria da Justiça e Cidadania leva serviços e orientação para população de Mogi das Cruzes

Ação terá mutirão do programa "Meu Emprego - Trabalho Inclusivo", que oferece perícia médica e emissão de laudos PcD


Entre os dias 11 e 13 de julho, das 10h às 16h, a Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), em parceria com a prefeitura de Mogi das Cruzes, promove um mutirão com serviços de documentação, saúde e orientação sobre os direitos dos consumidores à população do município, na escola municipal Professor Hélio dos Santos Neves, no bairro Residencial Novo Horizonte.

Durante os três dias, serão oferecidos, por meio da unidade móvel do projeto Cidadania Itinerante, serviços de agendamento para 2.ª via do RG e CNH, emissão da 2.ª via das certidões de nascimento, casamento e óbito; 1.ª e 2.ª vias do CPF; título eleitoral, atestado de antecedentes criminais, registro de boletim de ocorrência, entrada no seguro-desemprego, elaboração de currículo, recebimento de denúncias de discriminação étnico-racial, em razão de orientação sexual e/ou identidade de gênero e de intolerância religiosa, entre outros. 

Na quinta-feira (13/7), o Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo (Imesc) promove um mutirão do programa “Meu Emprego – Trabalho Inclusivo”, com a realização de perícia médica e emissão do laudo caracterizador de deficiência visando a inclusão das PcD no mercado de trabalho. Na ocasião, uma unidade do Procon Móvel e equipe do Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo (Ipem-SP) também orientam a população sobre os seus direitos nas relações de consumo e a importância dos instrumentos de medição e a avaliação da qualidade para segurança dos produtos e serviços.

Na ação, serão disponibilizados pela prefeitura de Mogi das Cruzes serviços voltados à saúde, orientação sobre benefícios sociais (CadÚnico), atendimento psicossocial com profissionais do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), além de oportunidades de empregos com Mogi Conecta.

 

Serviço

Datas: 11 a 13 de julho

Horário: 10h às 16h

Local:  R. Sérgio Gonzales Novoa, 174

Localização: https://goo.gl/maps/KvyBDewYqRXCQiVH6

 

Quem é e como conquistar o novo consumidor?

Que o mundo vem mudando, que as pessoas estão mudando e que as relações de consumo também mudaram, não é novidade para ninguém. Por isso, é fundamental acompanhar essas transformações e se adaptar à essa nova realidade.

Para conseguir crescer nesse novo cenário é importante conhecer os personagens e como eles podem determinar o sucesso do seu negócio, afinal, hoje as empresas estão enfrentando vários desafios para vender seus produtos e serviços porque, além das mudanças no mercado, elas também precisam oferecer, junto com seus produtos ou serviços, uma experiência capaz de conquistar e fidelizar o novo consumidor.

Assim, existem duas questões importantes que precisam ser respondidas antes de oferecer algo para ele. A primeira é: Como é esse consumidor e o que é preciso fazer para atendê-lo?

Hoje, os consumidores mudaram seus valores e sua forma de comprar e estão mais conscientes da necessidade real de se comprar algo. A pandemia trouxe reflexões sobre como investir melhor o dinheiro e a oportunidade de as pessoas ficarem em casa e observarem o quanto elas realmente precisam de algo. O que era luxo mudou. Antes, o desejo era comprar uma bolsa famosa, hoje, pode ser passar mais tempo com a família, e isso trouxe muito mais consciência na hora da pessoa fazer as suas compras. Tudo isso aliado à preocupação com o meio ambiente e às questões de sustentabilidade, questões fundamentais principalmente para as gerações z e alpha, ou seja, clientes entre 15 a 30 anos.

Hoje o novo cliente está muito mais informado do que no passado, afinal, antes os vendedores e empresas eram, na maioria das vezes, a única fonte de informação sobre determinado produto, mas hoje o consumidor pode acessar várias informações, de onde estiver e a qualquer minuto.

Outra característica do novo consumidor é que ele está muito mais emocional que antes. Ele quer marcas coerentes com seu discurso e está mais sensível à tudo, exigente com a qualidade e com a conveniência de comprar em determinada empresa.

O fato das pessoas estarem socialmente conectadas fazem elas interagir, pesquisar e observar os produtos que os outros estão comprando e usando, assim como o comportamento das marcas nas redes sociais e quais bandeiras que elas levantam. Desta forma, é importante para o consumidor se associar à marcas e empresas que não agridem o grupo ao qual ele pertence.

Um ponto importante é a Era da Economia Emocional que estamos vivendo, os clientes querem se relacionar e participar da construção dos produtos junto com as empresas. Querem se sentir ouvidos e se ver nas marcas. Querem se sentir únicos, sentir que fazem parte e pertencem ao processo. Hoje as empresas e vendedores precisam desenvolver a habilidade de tocar o coração das pessoas.

Após saber como esse consumidor pensa e age conseguimos responder à segunda questão:  Como é possível fidelizá-lo?

É aqui que está a grande mudança de chave. As empresas precisam oferecer relacionamento aos seus clientes, além de produtos de qualidade e oportunidade de bons negócios. Afinal, os consumidores estão mais sensíveis ao preço e querem algo mais, algo capaz de surpreendê-los.

Para concluir, é essencial que a marca ou empresa levante as bandeiras que seus clientes levantam e que compartilhem seus valores, para que eles consigam ter a sensação de pertencimento, tão importante nesse momento em que as pessoas estão cada vez mais desconectadas entre si. 



Flávia Mardegan - formada em Design de Interiores, Administração de Empresas e concluiu o Mestrado em Gestão Humana e Social. Possui mais de 27 anos de experiência no setor comercial de decoração, construção e arquitetura. Sua principal expertise é aumentar os resultados das empresas, por meio de programas de desenvolvimento de equipes comerciais e de atendimento ao cliente. Ministra treinamentos e palestras em congressos e feiras, tem artigos publicados em Congressos e Revistas e é coautora do livro “Seja (im)perfeito: Assuma o poder de construir seu futuro e tenha resultados em todas as áreas da vida” e autora de “Aprendizagem nos locais de trabalho: Como os consultores e ministra treinamentos e palestras”.
@flaviamardegan
Instagram: mardegantr



Confiança dos empresários do comércio sofre queda de 6,5% no primeiro semestre de 2023

Cenário é resultado da junção de incertezas econômicas, esmorecimento no ritmo das vendas e alta taxa de juros, aponta FecomercioSP


O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICE) fechou o primeiro semestre de 2023 com variação negativa de 6,5%, em comparação ao mesmo período de 2022. Ao se contrapor aos últimos seis meses do ano passado, a queda é ainda maior (-9,1%). Os outros dois indicadores analisados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), referentes à intenção de expandir os negócios e à situação dos estoques, também apresentaram variações negativas: 8% e 4,7%, respectivamente, na base comparativa do primeiro semestre do ano.

 

De acordo com a Entidade, essa conjuntura pode ser justificada pelas incertezas por parte da classe empresarial quanto ao ambiente macroeconômico, situação que dificulta a projeção de uma situação mais favorável no segundo semestre. O esmorecimento das vendas, de modo geral, e as expectativas econômicas, principalmente em relação à taxa de juros elevada, são os fatores que têm contribuído para que os empresários ajam com mais cautela e segurem os investimentos.

 

No período, dentre as variáveis que integram o ICEC, a que avalia as condições atuais (ICAEC) apontou variação negativa de 7,3%. O IEEC, que mensura as expectativas futuras, registrou -6,7%. A variável do índice de investimento (IIEC) fechou em -5,3%.

 

Expansão e investimento

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) encerrou o primeiro semestre de 2023 com queda de 8%. Retrações também foram observadas nos índices que medem as expectativas para contratação de funcionários e o nível de investimento das empresas: -10% e -5%, respectivamente. Já o Índice de Estoque (IE) caiu 4,7%. A proporção dos empresários que consideram a situação adequada dos estoques também registrou recuo de 2,4% — de 59,2%, entre janeiro e junho do ano passado, para 56,8%, em 2023. Aqueles que relatam a situação inadequada para cima do desejado ficou praticamente estável (0,8%). Os que consideram os estoques inadequados para baixo do desejado apontou aumento de 2,3%. 

 

De acordo com a FecomercioSP, é possível que a demanda mais fraca esteja afetando a programação dos estoques das empresas, indicando níveis maiores de armazenamento e dificuldade para investir em renovação de reservas de produtos. Diante disso, a Federação orienta resiliência aos empresários. A redução de despesas operacionais é importante para poder equilibrar a baixa nas receitas. Além disso, desenvolver uma curva ABC de produtos é uma boa saída para saber quais são ideais para trabalhar com liquidações e melhorar o nível de estocagem. 

 

Notas metodológicas

ICEC O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) contempla a percepção do setor em relação ao seu segmento, à sua empresa e à economia do País. São entrevistas feitas em painel fixo de empresas, com amostragem segmentada por setor (não duráveis, semiduráveis e duráveis) e por porte de empresa (até 50 empregados e mais de 50 empregados). As questões agrupadas formam o ICEC, que, por sua vez, pode ser decomposto em outros subíndices que avaliam as perspectivas futuras, a avaliação presente e as estratégias dos empresários mediante o cenário econômico. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, contudo sua base amostral reflete o cenário da região metropolitana.

 

IEC

O Índice de Expansão do Comércio (IEC) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011, com dados de cerca de 600 empresários. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, desinteresse e interesse absolutos em expansão de seus negócios. A análise dos dados identifica a perspectiva dos empresários do comércio em relação a contratações, compra de máquinas ou equipamentos e abertura de novas lojas. Apesar desta pesquisa também se referir ao município de São Paulo, sua base amostral abarca a região metropolitana.

 

IE

O Índice de Estoque (IE) é apurado todo o mês pela FecomercioSP desde junho de 2011 com dados de cerca de 600 empresários do comércio no município de São Paulo. O indicador vai de 0 a 200 pontos, representando, respectivamente, inadequação total e adequação total. Em análise interna dos números do índice, é possível identificar a percepção dos pesquisados relacionada à inadequação de estoques: “acima” (quando há a sensação de excesso de mercadorias) e “abaixo” (em casos de os empresários avaliarem falta de itens disponíveis para suprir a demanda em curto prazo). Como nos dois índices anteriores, a pesquisa se concentra no município de São Paulo, entretanto sendo a sua base amostral considera a região metropolitana.

 

FecomercioSP


PULANDO DE EMPREGO EM EMPREGO?

TALVEZ VOCÊ SEJA UM JOB-HOPPER!

 

Todo mundo conhece aquela pessoa que não para em emprego nenhum: “sabe o fulano que trabalhava no marketing da Billy Beans? Não está mais lá. Foi para a Marezzo!”, “você viu que o beltrano pediu penico do Banco do Fuzil? Foi dar close lá no Italú!” ou, ainda, “e sicrano, rei dos rumores dos corredores? Passou no “RH” do Magazine Juíza e tchau, tchau, Cacau!

Curioso, não? De acordo com uma pesquisa publicada no jornal norte-americano NBC News, este comportamento atende pelo nome científico de job-hopping e ele chegou para ficar. No levantamento, 64% dos trabalhadores entrevistados disseram que não pensariam duas vezes na hora de trocar um emprego por outro, dado que cresceu 22% no período de 2019 a 2023.

Quando se olha para a geração Y, faixa etnográfica que corresponde aos indivíduos nascidos entre os anos de 1980 e 1996, os indicadores são ainda mais alarmantes. Para eles, caso tivessem recebido a mesma proposta laboral mencionada anteriormente, 75% deixariam imediatamente o cargo em que exercem as suas atividades, saltando para outra posição.

Uma vez que um novo funcionário leva cerca de 6 meses para alcançar a máxima performance dentro de uma empresa, a prática de pular de galho em galho tem sido vista com maus olhos pela área de recursos humanos, afinal, os líderes precisam ter a certeza de que o contratado remará por muitos anos junto à sua equipe antes de deixar o barco organizacional à deriva.

Então, diante do problema, o que fazer? Em primeiro lugar, é preciso entender o que causa o fenômeno, para depois traçar medidas combativas eficazes. Para a psicologia profunda, a insatisfação crônica com a realidade que se apresenta ao sujeito hipermoderno é a raiz desta atitude, levando as pessoas a agirem por um impulso que se sustenta na fuga do desprazer.

Na prática, é como se os trabalhadores não conseguissem suportar a sensação de insatisfação por muito tempo. Assim, quando aquela euforia relacionada à conquista de um novo emprego passa, a mente do job-hopper entra em um estado melancólico, projetando no mundo externo e, principalmente, no atual ofício, todas as suas questões internas ainda pouco resolvidas.

Deste modo, na sentença linguística “esta empresa não reconhece o meu valor”, é o indivíduo que desvaloriza as coisas que faz, não vendo que as funções exercidas por ele são, na verdade, motivo de felicidade ininterrupta. Como consequência, para fugir da responsabilidade pela própria desgraça, ele joga o seu desvalor na firma, que passa a ser a culpada pelo seu fracasso.

E o que dizer da frase “aqui, é sempre assim: não muda”? Típica de um “saltador de emprego” desgostoso e venenoso, ladrar por aí que as coisas não se modificam de acordo com a própria vontade só deflagra uma coisa. É o funcionário que não se disponibiliza à mudança, pois, se quisesse, já teria dado um jeito de mudar a sua atitude: falando menos e fazendo bem mais.

A “nesta empresa, para crescer, só fazendo o teste do sofá” é outra pérola comum aos pula-pula corporativos. Neste exemplo, o que a expressão disfarça é a inveja de quem fala. Uma vez que o dito cujo não corre atrás do que precisa ser feito, nem tem a perseverança para chegar ao topo, melhor mesmo é difamar quem está disposto a ultrapassar a linha de chegada.

Há, ainda, os que apostam em outro tipo de lamúria: “o RH abriu a vaga que eu queria, mas eu aposto que ela será preenchida pelo filho do diretor”. Neste exemplo, o que o cidadão aponta no outro são as suas próprias partes boas, adotando uma espécie de autossabotagem que direciona para si mesmo a raiva que ele não conseguiu descarregar no mundo à sua volta.

Também é preciso cuidado para quem está próximo de quem fala: “se eu estivesse no cargo de Joãozinho, aí, sim, teríamos resultado”. Despido de nenhum disfarce para a sua maldade, esta espécie de ser humano ultrapassou o limite da ética empresarial. Logo, caso a insatisfação não passe rápido, é provável que ele comece a “pular”. Desta vez, para a fila do desemprego.

Por fim, falar de job-hopping é falar de vazio. Por conta disso, compete ao empregado parar e perguntar a si mesmo: “existe um motivo concreto que faça com que eu queira mudar de emprego?”. Se a resposta for sim, vá em frente, pois o mercado está cheio de oportunidades. Agora, se a resposta for não, procure um bom terapeuta e encare de frente as suas verdades.

 

Renan Cola - psicanalista

 

Metrô SP abre processo seletivo para estagiários

As vagas são destinadas a estudantes do ensino técnico e superior de diversos cursos

 

O Centro de Integração Empresa-Escola - CIEE está com inscrições abertas para processo seletivo da Companhia do Metropolitano de São Paulo - METRÔ SP. As vagas são voltadas para estudantes que cursam Ensino Técnico em Nutrição, Eventos, Administração e Tecnologia da Informação ou Ensino Superior nos cursos de Ciências Contábeis, Arquitetura e Urbanismo, Direito, Comunicação Social, Biblioteconomia, Engenharia Eletrônica, Design Gráfico, dentre muitos outros.

 

O processo é formado por duas etapas: inscrição e prova on-line. Os aprovados para vagas receberão bolsa-auxílio nos valores de R$ 7,50 por hora para o Ensino Técnico e R$ 8,50 por hora para o Ensino Superior, com jornada de segunda a sexta e carga horária de 6 horas diárias. Além disso, é oferecido acesso gratuito ao sistema metroferroviário (METRÔ e CPTM, exceto linhas concedidas à iniciativa privada), Auxílio Refeição de R$46,96 por dia e Auxílio Alimentação de R$ 649,36 por mês.

 

Os interessados devem se inscrever até o dia 19/07 no link: https://pp.ciee.org.br/vitrine/10438/detalhe.

 

CIEE

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Maria Fumaça terá horários extras durante as férias escolares de julho

Entre os dias 13 e 30 deste mês, os turistas contarão com mais de 60 viagens para curtir o trem turístico mais antigo em operação no Brasil

 

A Maria Fumaça, administrada pela VLI – companhia de soluções logísticas que opera terminais, ferrovias e portos –, que atrai turistas de todo o Brasil e do mundo para uma travessia de 12 km entre as cidades de São João del-Rei a Tiradentes e vice-versa, no Campo das Vertentes (Minas Gerais), funcionará com quadro de horários especial durante as férias escolares. Ao todo, entre os dias 13 e 30 deste mês, serão realizados 68 passeios por um trajeto que conta com paisagens que ainda preservam a arquitetura do século XIX ao longo da Serra de São José. Para conferir a agenda com os horários do trem turístico, basta clicar aqui. 

A venda de passagens será feita por meio das bilheterias, nas estações de São João del-Rei e Tiradentes, bem como pela internet. Pela web, clique no link do Guichê Virtual, para ser direcionado ao site responsável pela venda de passagens do trem turístico. 

A tarifa inteira para ida é de R$ 70 e a inteira ida e volta custa R$ 140. A entrada é gratuita para crianças de 0 a 5 anos (no colo), mediante apresentação de certidão de nascimento ou carteira de identidade. Têm direito à meia-entrada (50%): crianças de 6 a 12 anos, com a apresentação de certidão de nascimento ou carteira de identidade; estudantes a partir de 13 anos com carteirinha válida no período e identidade com foto; pessoas com deficiência portando carteirinha ou laudo médico; e pessoas a partir de 60 anos, apresentando documento de identidade com foto. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (32) 3371-8485, de quarta-feira a domingo.

 

História 

Inaugurada por Dom Pedro II em 1881, a Maria Fumaça é uma das poucas máquinas a vapor no mundo que ainda roda em trilhos de bitola de 76 cm. A bordo dela, os passageiros passam por um caminho entre o Cerrado e a Mata Atlântica, onde há uma belíssima diversidade ecológica. É possível também conhecer um pouco mais da história e cultura ferroviária de Minas Gerais a partir do Museu Ferroviário e a Rotunda, localizados na Estação de São João del-Rei. 

O Museu Ferroviário foi inaugurado em 28 de agosto de 1981, devido ao centenário da antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, conhecida como EFOM, inaugurada em 1881 por Dom Pedro II. Ele conta a história da EFOM e reúne peças que foram utilizadas nessa ferrovia e em outras da mesma época. Trata-se do maior centro de preservação da história ferroviária do Brasil, que guarda grandes raridades. A visita é gratuita.

Já a Rotunda, que faz parte do Museu Ferroviário, tem uma arquitetura em forma circular e 25 linhas em seu interior convergindo para o girador manual localizado no centro do prédio. O ingresso possui um valor único de R$ 10 por visitante e pode ser adquirido nas bilheterias de São João del-Rei e Tiradentes. A visita guiada ocorre às 9h e às 16h, nos dias de circulação do trem.


A dor e a crise dos opioides nos EUA


Desde que a humanidade existe, o homem sofre com o efeito colateral de viver num corpo no qual as mais variadas reações se dão por conta de diversas doenças, muitas delas incuráveis. Como efeito de sucessivas guerras mundiais e do avanço das drogas anestésicas com a finalidade de realizar cirurgias, a indústria farmacêutica mundial, juntamente com pesquisadores, desenvolveu drogas eficazes no combate à dor que, de forma paralela, acompanha também tratamentos oncológicos e que têm por finalidade amenizar o sofrimento da humanidade.

 

O grande problema, principalmente nos EUA, é que ironicamente essa busca para evitar a dor trouxe um enorme sofrimento para aquele país, uma vez que as mortes por overdose dessas drogas chamadas opioides (potentes analgésicos, geralmente mais potentes que a morfina) quintuplicaram nas últimas duas décadas.

 

Mas qual seria a razão para os médicos americanos se associarem a uma das mais altas taxas de prescrições de opioides? Sabe-se que, no final da década de 1990, a Veterans Health Administration, que administra assistência médica aos veteranos militares, pressionou para que a dor fosse reconhecida como o “quinto sinal vital”. Isso deu à dor o mesmo status da pressão arterial, frequência respiratória e temperatura. Isso passava a ideia clínica de que a dor estava sendo “subtratada”, ideia essa difundida também pelo “núcleo da agenda de marketing das empresas farmacêuticas”.

 

No Brasil também não é diferente. Muito embora as prescrições sejam feitas com maior parcimônia, existe o uso recreativo dessas drogas ou casos de pacientes que vivem na condição de dependentes, que procuram com frequência unidades de pronto atendimento queixando-se de fortes dores para terem acesso aos opiáceos. Para piorar a situação, no Brasil, já se tem notícia de apreensões de lotes irregulares de Fentanil, um opioide 50 vezes mais potente que a heroína e cem vezes mais intenso que a morfina.

 

O Hospital das Clínicas de São Paulo acabou de inaugurar o primeiro ambulatório do país destinado ao tratamento de dependentes de opioides. A proposta é que o local receba tanto pacientes que se tornaram dependentes após tratamentos prescritos por médicos quanto aqueles que fazem uso recreativo dessas substâncias, pois esse já é um problema de Saúde Pública, fruto de dois aspectos, um mais nobre, que é o combate ao sofrimento causado pela dor, e outro que consiste no uso recreativo por jovens induzidos pelo narcotráfico e que são vítimas da abstinência. A dor física avilta a vontade de viver e a qualidade de vida, e o vício alimenta o vazio da alma, que, na sede de procurar abrigo, se socorre no tráfico. Ambas as situações dolorosas merecem respeito, e a iniciativa do HC vem para dar apoio a esse grave problema mundial.

 

Fernando Rizzolo - Advogado, Médico, membro efetivo da Comissão de Direitos Humanos da OABSP.


Maior Motivação Para Trabalhadores Pedirem Demissão Segundo Pesquisa: "Não me Sinto Feliz"


Não se sentir feliz no trabalho é o principal motivo para 44% das pessoas que deixaram voluntariamente seus empregos, segundo levantamento da consultoria de recrutamento Robert Half em parceria com a escola de inteligência emocional The School of Life Brasil. A justificativa é uma mudança nos motivos históricos da pesquisa. A relação ruim com os gestores sempre liderou a lista de causas para um pedido de demissão, como demonstra a pesquisa. O que acontece é que, hoje, os profissionais estão mais conscientes e seguros para detalhar os próprios descontentamentos. 

Dos entrevistados que haviam pedido demissão, outros quatro principais fatores depois de não se sentir feliz foram: a busca por novos desafios (42,65%), a falta de perspectiva de crescimento (33,82%), não se sentir valorizado no trabalho (27,94%) e a relação ruim com antigos gestores (19,12%). 

Os resultados mostram que, para a retenção de talentos, não é suficiente ter um bom pacote de benefícios e remuneração, mas estruturar planos de carreira e de desenvolvimento profissional. As pesquisas mostram que os trabalhadores querem estar em uma empresa em que os valorizem, com um bom ambiente e boas trocas. Mas precisam, também, individualmente, sentir que possuem uma razão para o que fazem. 

A gestora de carreira e CEO Madalena Feliciano destaca que, com o mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a retenção de talentos se tornou um desafio para empresas de todos os tamanhos e setores. Uma pesquisa recente revelou que a principal razão pela qual os trabalhadores pedem demissão é a falta de felicidade no trabalho. Isso indica que os funcionários estão buscando mais do que apenas um salário ou um pacote de benefícios atraente. Eles estão procurando satisfação pessoal e profissional no trabalho. 

Um ambiente de trabalho positivo é fundamental para a satisfação e bem-estar dos funcionários. Afinal, passamos grande parte do nosso dia no trabalho, e é importante que esse tempo seja desfrutado em um ambiente que nos faça sentir realizados e felizes. Mas como criar um ambiente de trabalho positivo?


 Madalena Feliciano traz algumas dicas: 

1. Comunicação aberta e transparente: É importante que os funcionários se sintam à vontade para expressar suas opiniões e ideias sem medo de retaliação. Isso pode ser alcançado por meio de uma comunicação aberta e transparente. 

2. Cultura de respeito e colaboração: Uma cultura corporativa que promova a empatia, a cooperação e o respeito mútuo é um elemento-chave de um ambiente de trabalho positivo. 

3. Liderança inspiradora: Os líderes devem ser capazes de motivar e inspirar seus funcionários, além de fornecer orientação e apoio quando necessário. 

4. Oportunidades de desenvolvimento e crescimento: Oferecer oportunidades de desenvolvimento, como treinamento, mentoria e coaching, pode ajudar a manter os funcionários engajados e motivados. 

5. Reconhecimento e recompensas: É importante reconhecer e recompensar os funcionários pelo seu trabalho árduo e dedicação. 

6. Equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional: Um ambiente de trabalho positivo deve promover um equilíbrio saudável entre vida pessoal e profissional. 

7. Ambiente de trabalho agradável: Um ambiente de trabalho confortável e agradável pode ajudar a melhorar a produtividade e a satisfação dos funcionários. 

Os benefícios de um ambiente de trabalho positivo são inúmeros. Além de melhorar a moral e a satisfação dos funcionários, um ambiente de trabalho positivo pode aumentar a produtividade, reduzir o absenteísmo e a rotatividade, melhorar a reputação da empresa e melhorar a qualidade do trabalho. 

Aqui estão alguns números para ilustrar a importância de um ambiente de trabalho positivo: 

- Segundo a Forbes 88% dos funcionários são mais propensos a permanecer em um emprego que oferece benefícios emocionais, como um ambiente de trabalho positivo 

- A Harvard Business Review cita em pesquisa que funcionários felizes são 12% mais produtivos do que aqueles que são infelizes 

- Empresas com um ambiente de trabalho positivo têm 21% menos rotatividade 

- Um ambiente de trabalho positivo pode ajudar a aumentar a lucratividade da empresa em até 21% de acordo com a Gallup 

É importante lembrar que cada empresa é única e, portanto, a criação de um ambiente de trabalho positivo pode exigir diferentes abordagens. No entanto, seguindo as dicas, as empresas podem começar a construir um ambiente de trabalho mais positivo e atraente para manter seus talentos. 

Como gestora de carreira, Madalena Feliciano destaca a importância de trabalhar feliz. "Quando estamos felizes e satisfeitos com o nosso trabalho, somos mais produtivos e engajados. Isso pode levar a um maior sucesso profissional e pessoal", afirma. Por isso, é importante que as empresas se esforcem para criar um ambiente de trabalho positivo e atraente para seus funcionários.

 

Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros

 

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