Pesquisar no Blog

quarta-feira, 30 de março de 2022

Após o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras, 45% dos brasileiros ainda preferem usar o acessório em locais abertos e fechados, revela pesquisa

Créditos: Alin Luna | Unsplash
26% dos brasileiros nesta nova fase usam máscaras apenas em ambientes fechados; 14% optam pelo uso apenas em ambientes fechados com muita gente; 7% usam apenas no transporte público e/ou aéreo; 7% já não usam mais a máscara 

O fim da pandemia e retorno às atividades cotidianas está na mira de todos os brasileiros, mas para 41% das pessoas, novas ondas acontecerão com aumento de casos


15% da população ainda mantém uma rotina rígida, saindo de casa apenas quando necessário


 “Tira casaco, coloca casaco” é uma expressão do filme Karate Kid, de 2010. Agora, a frase pode ser atualizada para “Tira máscara, coloca máscara”, uma vez que vários Estados brasileiros flexibilizaram o uso. Para saber como a população está se sentindo em relação à essa nova fase, a Hibou - empresa especializada em pesquisa e monitoramento de mercado e consumo - realizou o levantamento “Pandemia - Uso da Máscara 2022”, em que 1280 pessoas responderam sobre suas expectativas e comportamentos. 

As adaptações têm sido diferentes, pois nem todas as cidades liberaram o uso das máscaras. 52% afirmam que onde moram, a não obrigatoriedade de uso vale para qualquer ambiente, aberto ou fechado, com exceção de transporte público e áreas de saúde; 22% dizem que o não uso está liberado em qualquer ambiente fechado ou aberto; 18% afirmam que o uso das máscaras está liberado apenas em ambientes abertos e 5% apontam que ainda há obrigatoriedade para vários locais abertos e para todos os fechados. 2% não estão acompanhando as notícias sobre o assunto 

“O uso da máscara foi imposto como uma solução para combater o contágio em massa. Para alguns, representa uma medida protetiva contra o vírus e, para outros, um incômodo. De qualquer forma, no estudo, percebemos que ainda há uma boa parcela da população que tem mantido uso da máscara por não se sentir seguro”, afirma Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou. 

De acordo com o estudo, nessa nova fase em que se pode decidir pelo uso ou não do acessório, 45% da população afirma permanecer usando tanto em ambientes abertos quanto fechados; 26% usam apenas em ambientes fechados; 14% optam pelo uso apenas em ambientes fechados com muita gente; 7% usam apenas no transporte público e/ou aéreo; 7% já não usam mais a máscara e 0,9% afirmam que nunca usaram o acessório. 

Embora a não obrigatoriedade do uso da máscara seja uma realidade, 26% dos brasileiros ainda não se sentem confortáveis ao ficarem sem o acessório em público. Porém há lugares em que as pessoas declaram ser mais confiáveis para não usá-la, como a rua, enquanto andam (63%); parques (55%); restaurantes (20%); feira livre (18%); shopping (15%); teatros/cinemas (10%); avião (6%); metrô (5%). 

Com maior flexibilização de eventos, abertura de estabelecimentos e retorno à rotina, o passaporte da vacina tem sido requisitado em diversos lugares e 28% da população acredita que não deve existir a obrigatoriedade de apresentá-lo em local algum. Já os shows (67%); voos (63%); teatros (62%); jogos de futebol (62%); cinema (55%); eventos corporativos (51%); bares e baladas (50%); shoppings (42%); restaurantes (40%), foram citados como locais em que os brasileiros concordam que deva ser exigida a apresentação do comprovante.


Expectativas para o fim da pandemia

Após praticamente dois anos de pandemia, a descoberta de novas variantes do Covid-19 também são temas constantes. Quanto a isso, 43% dos brasileiros revelam sensação de conformismo e que os cuidados são necessários sempre. Já 22% têm esperança de que a disseminação do vírus vai acabar em breve. 15% estão cansados e não aguentam mais o que estamos vivendo. O sentimento é de angústia por não saber como será o futuro é compartilhado por 11%, já 8% pararam de se preocupar com o Covid-19 e estão levando uma vida como era antes da pandemia.

Os eventos fora de casa, por exemplo, foram retomados por 28% dos brasileiros, que já estão saindo normalmente. Para 40%, as saídas têm acontecido, porém com algum cuidado e mais flexibilidade do que em 2020 e 2021. Mas ainda há 16% que saem pouco e tomam todos os cuidados possíveis e 15% só saem quando necessário e continuam mantendo o distanciamento social.

O fim da pandemia e retorno às atividades cotidianas está na mira de todos os brasileiros, embora 41% ainda acreditem em novas ondas com aumento de casos. Já 33% acreditam que o período pandêmico está com os dias contados; e 32% pensam que estamos longe do final da pandemia. 

“A esperança está voltando na vida do brasileiro, mesmo com algumas ressalvas, as pessoas estão apostando em um novo formato de rotina e acreditando que aos poucos podem criar opções de atividades e lazer”, conclui Ligia.
 

Metodologia

A pesquisa “Pandemia - Uso da Máscara 2022” foi feita pela Hibou por abordagem digital com 1280 pessoas, de todo o País, no período de 23 a 24 de Março de 2022. O resultado apresenta 2,74% de margem de erro e 95% de significância.


 

Hibou - empresa especializada em pesquisa e monitoramento de mercado e consumo.


Recuperação de crédito: como criar uma abordagem eficiente sem constranger o consumidor?

Ter clientes inadimplentes nunca é saudável para um negócio. Evitando tal situação, a recuperação de crédito se tornou uma ação corriqueira em diversas empresas – afinal, atrasos corriqueiros em pagamentos geram um efeito cascata preocupante para a saúde financeira de qualquer empresa, impedindo investimentos que alavanquem seu destaque.

Praticamente, ela se torna imprescindível para evitar danos irreversíveis ao fluxo de caixa – mas, necessita de uma abordagem humanizada para garantir a liquidação das dívidas, sem o constrangimento ao consumidor por mensagens excessivas e abusivas.

Com o propósito de ajudar o inadimplente a encontrar alternativas viáveis para sanar os valores devidos, esta comunicação mais próxima se tornou vital para muitos negócios durante a pandemia. Afinal, com a massiva onda de desempregos, muitos se tornaram incapazes de pagar determinadas contas, que acabaram se acumulando.


Inadimplência na pandemia

Os efeitos da crise econômica foram incontestáveis, resultando em um salto de 61,4 milhões para 64 milhões de inadimplentes no Brasil, entre 2020 e 2021, segundo dados do Serasa. Resolver esse problema não é algo fácil, principalmente levando em consideração o acúmulo de dívidas pela grande maioria dos consumidores.

Mas, mesmo em um cenário claramente preocupante, as chances do seu negócio ter êxito na recuperação de amontes significativos de crédito serão consideravelmente elevadas, se for adotada uma abordagem mais humanizada.

Ninguém aprecia ser coagido a tomar uma decisão – especialmente, se tratando de questões que afetem nosso bolso. Mensagens rudes, insistentes e que tendem à ameaça, apenas trazem conflitos entre a marca e o usuário, com baixa possibilidade de sucesso no pagamento do dinheiro devido. Mas, quando nos sentimos valorizados com diferentes ofertas de ajuda, a probabilidade de encontrarem um termo em comum benéfico é exponencialmente maior.

Uma comunicação empática é o grande capitão da recuperação de crédito. A companhia precisa se mostrar disposta a ajudá-los a encontrar a solução que se enquadre em suas necessidades, sempre utilizando termos amistosos durante a conversa. Quanto mais confortável o cliente se sentir, melhor.


Quais as melhores ferramentas para a recuperação de crédito?

Com os avanços tecnológicos e o aprimoramento da inteligência artificial, muitos canais e ferramentas foram criados para auxiliar as organizações nesse atendimento. Dentre eles, o RCS (Rich Communication Service), é um dos melhores e mais recomendados.

Ele possui completa capacidade de comandar uma negociação amigável e próxima aos consumidores inadimplentes, mostrando a quantia total devida e, oferecendo ainda uma gama de possibilidades de pagamento com base nas necessidades individuais. Com os chatbots acoplados a esse canal, o processo é significativamente otimizado, dispensando a necessidade de um atendente humano.

Em conjunto, muitos agentes de voz também são altamente utilizados para comandarem a recuperação, sendo capazes de interpretar uma ampla gama de expressões de respostas e oferecer soluções em uma comunicação extremamente similar à humana.

Caso o cliente deseje realizar o pagamento em outra plataforma digital ou presencialmente, o agente pode redirecioná-lo tranquilamente para seu canal predileto. Temos consumidores omnichannel, que anseiam por comodidade em sua jornada.

Diante de constantes mudanças no comportamento do cliente, se adaptar à tais preferências e perfis é inevitável para o sucesso da recuperação de crédito. A vergonha em dever que, antes era um sentimento comum dentre os inadimplentes, hoje se tornou um estado corriqueiro para muitos, em meio às enormes crises econômicas e filas de desemprego.

Por isso, evite ao máximo insistências e conflitos ao iniciar essa comunicação. Busque sempre se colocar no lugar do cliente, entender seu problema e oferecer o maior leque de opções para arcar com suas dívidas. Assim, sua empresa certamente terá maior êxito nas cobranças, satisfação do consumidor, além de uma boa reputação no mercado. 

 

 

Marcos Guerra - Revenue Director na Pontaltech, empresa de tecnologia especializada em comunicação omnichannel. 

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/


O que investidores-anjo buscam em uma empresa para investir?

Saiba se seu negócio se encaixa na modalidade de investimento anjo e quais principais requisitos para atrair os investidores

 

No ano passado, startups brasileiras receberam 9,4 bilhões de dólares em investimentos, segundo dados da Associação Brasileira de Startups, a Abstartups. Neste ano o montante investido deve ser ainda maior. Nestas rodadas de investimentos, o chamado ‘’investimento anjo’’ é um tipo de aporte em crescimento no país e tem levado investidores a lucrarem milhões de reais e até mesmo dólares através de startups com alto potencial de crescimento.  

 Investidores anjo são geralmente profissionais que detectam oportunidades de empresas emergentes, investem com recursos próprios e tornam-se sócios. O número de investidores em startups em 2021 foi o maior desde 2007, efeito da ascensão dos ‘’unicórnios’’ brasileiros como Mercado Livre, MadeiraMadeira, PagSeguro, iFood e especialmente o Nubank, que em 2021 chamou atenção global com a abertura de capital na bolsa de Nova York.  

 Embora o número de investidores esteja crescendo e o mercado esteja em alta, conquistar um investidor anjo não é uma tarefa tão fácil. Tratam-se de profissionais com experiência em negócios e que têm requisitos rígidos para aprovar investimentos.  

 Entre as principais características de negócios aprovados pelos investidores anjo estão a inovação de produtos e serviços e o plano de expansão.  

Para despertar o interesse do investidor anjo, uma ideia genial não basta. É necessário demonstrar capacidade de execução e amplo conhecimento na área de atuação. Eles esperam um plano bem estruturado dos recursos que irão precisar, resultados que podem obter com os mesmos e como tudo irá acontecer. Você precisa mostrar ao futuro investidor que o negócio gera interesse de compra junto a potenciais clientes. 

 No Brasil, alguns dos investidores anjo mais famosos são a Camila Farani, João Kepler, Benício Filho e Jonathas Freitas. Todos são empreendedores em série e investem em diversas frentes diferentes, além de atuarem também em palestras para capacitar outros investidores a detectarem oportunidades em startups. São empresários com recursos próprios e que já investiram em diversas empresas inovadoras que tornaram-se valiosas a partir de seus aportes.  

 Além dos investidores anjo famosos, existem diversos outros espalhados pelo país e pelo mundo e existem até mesmo empresas e organizações especializadas em conectar estes investidores para gerar novos negócios e impulsionar ideias que valem a pena. 

 Nós fizemos uma lista com os principais requisitos para conquistar um investidor anjo para seu negócio, veja:  

• O investimento anjo é para empresas no estágio de faturamento abaixo de R$ 1 milhão por ano. 

• Os investimentos anjos são indicados para empresas que precisam de aportes entre R$ 300 mil e R$ 2 milhões. 

• A empresa deve apresentar algum tipo de inovação: pode ser no produto, serviço, no processo de fabricação, no modelo de negócio ou na forma de comercialização. 

• É esperado que as empresas tenham alto potencial de crescimento e que o negócio seja "escalável". Ou seja, que tenha capacidade de crescimento sem um aumento significativo dos custos. 

• O tamanho do mercado-alvo, isto é, aquele em que seu negócio pode efetivamente gerar receitas, deve ser significativo (maior que R$ 500 milhões/ano). Negócios locais ou regionais normalmente não se enquadram para receber investimento anjo, devendo-se procurar outras fontes de financiamento. 

• Barreira de entrada: é importante que o negócio não seja facilmente copiável pelos concorrentes. 

• O investimento anjo é exclusivamente para aporte da empresa. Não deverá ser usado para comprar participação de outros investidores ou sócios, nem para pagamento de dívidas existentes. 

 

Fonte: Anjos do Brasil

 

EUA agilizam vistos para imigrantes com habilidades excepcionais e aprofundam fuga de cérebros brasileiros

  

Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (29) medidas para reduzir o alto volume de pedidos pendentes de decisão no Serviço de Cidadania e Imigração do país (USCIS, na sigla em inglês). Em fevereiro, já eram mais de 9,5 milhões de solicitações aguardando análise do órgão – uma quantidade 18% superior às 8 milhões registradas em outubro, ao término do ano fiscal americano de 2021.

 

Uma das principais medidas anunciadas pelos EUA foi a expansão do chamado “processamento premium” para vistos como o EB-2 NIW – hoje, a principal porta de entrada que brasileiros com mestrado e doutorado usam para conseguir o green card, documento que garante a residência permanente nos EUA.

 

Por ser um visto destinado a pessoas com “habilidades excepcionais” – que têm algum tipo de reconhecimento nacional e internacional, que já publicaram trabalhos em veículos de relevância em sua área ou que tiveram conquistas significativas na carreira –, o EB-2 NIW dispensa o candidato de ter uma oferta de emprego. Com isso, qualquer pessoa que seja elegível para o visto pode, ela mesma, solicitar o documento, que automaticamente lhe concederá o green card.

 

O objetivo do governo americano com isso é acelerar a atração de mentes e talentos nas áreas de ciência, esportes, negócios e artes, para que contribuam com o desenvolvimento científico, econômico e tecnológico do país. A medida também ajuda a economia estadunidense a atrair mão de obra: em fevereiro, o país registrou 11,3 milhões de vagas abertas no mercado de trabalho. Contudo, com uma taxa de desemprego de apenas 3,8%, não existem trabalhadores suficientes para preencher todas essas oportunidades. O jeito é recorrer aos imigrantes.

 

Antes da nova regra publicada nesta terça-feira, candidatos ao EB-2 NIW esperavam, em média, de cinco meses a dois anos para ter o pedido avaliado pelo USCIS. Agora, no entanto, este prazo poderá cair para apenas 45 dias, caso a pessoa pague a taxa de US$ 2,5 mil para o processamento premium.

“É algo que vai revolucionar o fluxo de imigração para esse público. Com certeza, uma grande quantidade de mentes brilhantes, dos mais variados países, vai ficar mais empolgada para conseguir o green card, dada a rapidez do serviço pelo processamento premium”, explica o advogado de imigração e sócio-fundador da AG Immigration, Felipe Alexandre.

 

Ele salienta que a nova regra do processamento premium para o EB-2 NIW entrará em vigor em até 60 dias e também se estenderá para outros tipos de petição, como solicitações de permissão de trabalho e pedidos de extensão de status. “Cada requerimento tem uma taxa e tempo de análise específicos”. A nova medida também se aplica ao visto EB-1 para gerentes e executivos de multinacionais.

 

O Brasil é o quarto país que mais solicita vistos EB nos Estados Unidos, atrás apenas de Índia, China, Filipinas e Coreia do Sul, sendo que mais da metade está dentro da categoria EB-2.

 

 


Dr. Felipe Alexandre - fundador da AG Immigration é referência internacional em assuntos ligados a imigração, vistos e green cards. Figura há 5 anos como um dos 10 melhores advogados de imigração do Estado de Nova York, prêmio concedido pelo “American Institute of Legal Counsel”. Considerado, em 2021, um dos 10 principais advogados da Califórnia, em votação da revista jurídica “Attorney & Practice Magazine”, e reconhecido pela “Super Lawyers (Thomas Reuters)” como referência no campo das leis imigratórias dos EUA. Nascido no Brasil, mudou-se para os Estados Unidos ainda criança. Tem dedicado sua carreira à comunidade estrangeira que busca viver legalmente no país. 

 

 

AG Immigration 

 www.agimmigration.law


Geração Z - Empodere uma futura líder: 8 executivas dão dicas para jovens que sonham em chegar a cargos de liderança

Inspirar, engajar, dialogar, facilitar, respeitar, apoiar, dar feedbacks, serão algumas das ações das lideranças do futuro. Preocupados com diversidade, equidade e inclusão, aprendizados e experiências que impactem positivamente suas vidas e o mundo, os novos perfis de gestão mudarão a forma de liderar pessoas no mercado de trabalho. 

Segundo dados do estudo "Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil", do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2022, mulheres representam 37,4% dos cargos gerenciais. A pesquisa também aponta que houve uma queda nessa porcentagem, se comparada com a edição anterior, em que a ocupação delas era de 39,1%. Outro ponto trazido pelo IBGE é que mesmo mais qualificadas, as profissionais recebem só 77, 7% do rendimento dos homens. 

Conforme dados do levantamento “Diversidade Ganha”, que abrangeu 15 países e mais de 1.000 grandes empresas, realizado, em 2020, pela consultoria McKinsey e Company - pioneira em estudos sobre diversidade, equidade e inclusão no mercado de trabalho - organizações com mulheres na liderança tem performance de 48% maior e com mais de 25% de possibilidades de um maior faturamento financeiro, do que organizações com mais homens na liderança. 

Dessa forma, ainda há um caminho a ser percorrido pelas empresas para aumentar a inclusão de mulheres na liderança, de forma plural. Algumas executivas, que já atuam seguindo muitos dos propósitos das futuras lideranças, dão algumas dicas para empoderar jovens que querem iniciar a carreira nessa área.

 

Confira:
 

1. “Não tenha medo e, se tiver, vai com ele mesmo. Grande parte da sociedade sempre vai te dizer que a liderança não é um lugar para as mulheres, principalmente as mais jovens. É importante se munir de exemplos de mulheres que chegaram à liderança sendo elas mesmas para poder hackear o sistema. Se aproxime de algumas delas para ter uma rede de apoio, aprendizados e união.” - Fernanda Ribeiro, CCO co-fundadora da Conta Black, empreendedora e Presidenta da Afrobusiness.

2. “Se inspire nas mulheres que você conhece, principalmente as que estão mais próximas a você. A idade não nos define, então, procure sempre ler ou fazer cursos sobre lideranças de diferentes áreas. O interessante é que nesse mergulho de conhecimento você conhecerá novos assuntos e começará a desenvolver uma das principais soft skills das lideranças do futuro: a curiosidade e o aprendizado contínuo, o famoso lifelong learning”. - Lisiane Lemos, Especialista em Transformação Digital e co-fundadora do Conselheira 101

3. “Acredite em você. Nós, mulheres, podemos ser líderes, médicas, empreendedoras, cientistas, desenvolver aplicativos, liderar startups sociais e estar em qualquer espaço. Durante a sua trajetória para chegar nesses locais, não esqueça de olhar ao redor e ajudar mulheres em situação de vulnerabilidade social a chegarem também. Juntas vocês serão mais fortes, construirão redes de apoio, colaboração e oportunidades.” - Adriana Mallet, médica especialista em inovações para o acesso à saúde, CEO e co-fundadora da SAS Brasil

4. “Persista, você é plenamente capaz, mesmo que o mundo masculino ao seu redor diga que não. Digo isso porque é por meio da nossa persistência que ajudaremos outras mulheres a alcançarem seus objetivos. É um caminho longo, mas possível.” - Marcela Flores, diretora executiva da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI)

5. “É importante para uma líder ter conhecimento de temas gerais, então estude diferentes áreas e tendências, sem se limitar ao seu campo de atuação. Também é fundamental investir em autoconhecimento e ferramentas de inteligência emocional e relacionamento interpessoal. Um bom líder tem a combinação da dimensão técnica da sua área e as soft skills, habilidades fundamentais para exercer a liderança em qualquer lugar, que combinam gestão de conflitos e comunicação não violenta.” - Gabriela Mendes Chaves - CEO e Fundadora da NoFront Empoderamento Financeiro

6. “A grande mensagem que quero deixar para quem deseja viver uma jornada de liderança é entender de gente. Pessoas interessadas são pessoas interessantes, portanto, sua disposição em conhecer a equipe os aproxima de você. Saber engajar pessoas diversas e potencializar talentos é um grande desafio, e ser capaz de se relacionar com autenticidade é uma competência ímpar para conquistar confiança e formar equipes harmônicas e coesas.” - Lorelay Lopes, head de Negócios do UP Consórcios

7. “Converse com as pessoas e as ouça, tenha trocas de experiências e reflita em todas as colocações e visões distintas durante as conversas. Outro ponto importante é estudar sempre, não há um estágio de estagnação de aprendizado, o mundo é dinâmico e os negócios também, então precisamos muito estar a frente buscando qualificação e aprimoramento. Dê valor ao tempo, tanto o seu quanto o das pessoas. O tempo é o novo petróleo e principalmente seja organizado, tudo é possível com uma boa organização e planejamento.” - Marta Celestino, CEO da Ebony English

8. "A primeira dica que eu daria para uma mulher que quer ser líder, pode parecer clichê, mas é confie no seu potencial e na sua capacidade de realizar, de alçar voos altos, sem ir atrás de corresponder às expectativas a todo momento. Essa busca por provar capacidade é bem comum em líderes jovens e acaba se tornando uma pessoa mais formal do que na verdade é e sendo mais assertiva para conviver em ambientes masculinos. Com o tempo entendi, que eu podia ficar confortável como eu sou, e que as brincadeiras, zoeiras e a maneira que me visto não mudaria minha capacidade de execução. " - Laura Salles, co-fundadora da edtech Plurie br.

 

É possível empreender nos Estados Unidos e seguir morando no Brasil

Daniel Toledo, especialista em Direito Internacional, revela os benefícios de investir no setor imobiliário americano e contar com uma renda passiva em dólar


Empreender nos Estados Unidos e receber em dólar é o sonho de diversos brasileiros, mas muitas vezes, por receio de abandonar o Brasil, é comum que algumas pessoas deixem boas oportunidades passarem. No entanto, é possível ter uma relação comercial nos EUA sem ao menos sair do seu país.

A crise instaurada pela Covid-19, agravada pela situação da política nacional, fez com que diversas pessoas buscassem alternativas de investimento, inclusive fora do Brasil, pelo fato de a pandemia ter trazido um impacto menor nas questões econômicas.

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, a renda passiva se tornou uma solução que agrada a maioria dos investidores. “Embora tenha se popularizado recentemente, eu realizo um serviço de assessoria para renda passiva nos EUA há mais de oito anos, montando todo o esquema de finanças enquanto os proprietários conduzem os negócios”, revela.

O advogado relata que, na maioria dos casos, esse conceito se aplica a investimentos imobiliários. “Essas rendas passivas são baseadas em locação de imóveis comerciais, residenciais ou até mesmo negócios que já estão em funcionamento e podem ser arrendados para terceiros, sendo uma solução viável de investimento”, pontua.

Dados revelam que a procura por esse tipo de aplicação no país americano cresceu 30% desde o início da pandemia, mostrando o real potencial da modalidade e enfatizando a possibilidade de investir nos Estados Unidos, enquanto vive em qualquer lugar do mundo.

Para o especialista em Direito Internacional, essa é apenas uma das maneiras de obter esse tipo de receita no país. “Existem diversas formas de empreender nos Estados Unidos, de estar lá sem a necessidade de estar fisicamente dentro do país. No momento, o investimento imobiliário é o mais popular, mas existem diversas maneiras para aplicar o seu dinheiro nos EUA e garantir o retorno sobre esta aplicação”, finaliza.

 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com quase 150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos.


Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br


Fertilizante: o vilão que se transformou em herói da pátria

Em meio a toda a turbulência gerada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia foi revelado o quanto a agricultura brasileira depende do uso de fertilizantes e, sobretudo, o quanto o fertilizante é um insumo fundamental para a produção de alimentos. Com isso, o tema fertilizante tornou-se protagonista na mídia, bem como é tema em várias lives. O fertilizante sempre foi, equivocadamente, considerado um produto tóxico, muitas vezes confundido com os agrotóxicos, e toma, agora, sua real posição de fornecer nutrientes para as plantas, ou seja, o alimento das plantas. 

O Brasil é um país com vocação agrícola, onde o setor tem constantemente batido recordes de produção. Vale lembrar que o Brasil está entre os maiores produtores mundiais de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, café, laranja, arroz, cacau, entre outras culturas. Além disso, possui o maior rebanho bovino do mundo e é o maior exportador desta carne. Também não podemos esquecer que nosso país é um dos líderes mundiais de produção de carne de frango e de suínos. Aqui, precisamos lembrar que o fertilizante é um dos principais insumos a contribuir com o sucesso agrícola brasileiro.

 

Nossa nação se tornou uma grande potência agrícola mundial utilizando uma área de aproximadamente 8% de seu território. Com essa pequena parcela, a produção agrícola brasileira é responsável por alimentar o equivalente a 800 milhões de pessoas. Em outras palavras, podemos afirmar que o Brasil é seguramente o “celeiro do planeta”, contribuindo de forma significativa pela segurança alimentar de uma população mundial crescente. É dessa forma que o fertilizante se tornou a principal inovação que mais salvou vidas na história da humanidade.

 

A realidade é que, ao mesmo tempo que nossa agricultura é pujante, ela é dependente do uso de fertilizantes. Em função das características dos nossos solos, naturalmente pobres em nutrientes, a aplicação de fertilizantes por meio da adubação é uma necessidade imprescindível. Atualmente, o Brasil importa 85% do seu consumo de fertilizantes, principalmente dos nitrogenados, fosfatados e potássicos, os quais fornecem, respectivamente, o nitrogênio, o fósforo e o potássio. Destes nutrientes, o potássio é aquele com maior dependência de importação, representando uma importação superior a 90% do seu consumo. Dados recentes mostram que, em relação à produção mundial de potássio, nosso país produz 0,8%, mas consome aproximadamente 15% da produção mundial.

 

Analisando a importância dos fertilizantes em âmbito mundial, verifica-se que a aplicação de nitrogênio, fósforo e outros nutrientes usados para promover o crescimento de plantas e animais trouxe enormes benefícios para a produção de energia e, sobretudo, para a alimentação da população mundial. Estimativas mostram que os fertilizantes ajudam metade dos 7 bilhões de seres humanos a se alimentar e a garantir a segurança alimentar no século XXI.

 

A realidade desta crise atual mostra a dependência da agricultura tradicional aos fertilizantes minerais, os quais são diretamente responsáveis pelo aumento dos rendimentos das culturas agrícolas. Neste momento são lançadas alternativas de substituição, particularmente os fertilizantes orgânicos, mas no curto prazo, dificilmente é possível substituir os fertilizantes minerais por orgânicos, principalmente pelos menores teores do fertilizante orgânico e a eficiência não é satisfatória. 

 

Por outro lado, o Brasil procura aumentar a produção de fertilizantes e reduzir a dependência de importações. Com a implantação do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), o objetivo é, até 2050, reduzir a importação dos atuais 85% para 45%. O PNF introduziu novas regras tributárias para os fertilizantes ao mesmo tempo em que busca ajudar as empresas privadas a aumentar a capacidade de produção. Ele foi elaborado para reforçar a competitividade da produção e a distribuição de fertilizantes no Brasil de forma sustentável.

 

A guerra entre Rússia e Ucrânia trouxe uma grande crise no setor de fertilizantes, o que gerou grande insegurança para os produtores agrícolas perante o risco de escassez de fertilizantes. A redução no uso de fertilizantes significa menores rendimentos e, portanto, menor volume de produção. Da mesma forma, interfere na qualidade nutricional dos alimentos. Paralelo aos acontecimentos e a crise, a população pode conhecer a importância que os fertilizantes representam para a produção de seu alimento, ou seja, do seu café da manhã até a sua janta, o fertilizante tem sua participação e responsabilidade. 

 

Valter Casarin - Coordenador Científico da NPV

 

NPV - Nutrientes para a Vida

https://www.nutrientesparaavida.org.br/ 


terça-feira, 29 de março de 2022

MARÇO AZUL: Pandemia derruba quase 1 milhão de exames de prevenção contra o câncer colorretal


Quase 1 milhão de exames de prevenção contra o câncer colorretal (CCR) deixaram de ser realizados nos últimos dois anos. É o que mostra um levantamento da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) e da Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), que realizam em parceria neste mês o Março Azul, de conscientização e prevenção sobre a doença. De acordo com os especialistas, os impactos da pandemia são nítidos e podem trazer consequências irreparáveis a milhares de famílias nos próximos anos. 

Para avaliar os efeitos da pandemia sobre a prevenção do CCR e subsidiar a campanha de sensibilização para a necessidade retomada segura dos atendimentos, foram levantados os registros da última década sobre os exames diagnósticos no Sistema Único de Saúde (SUS) -- colonoscopia e sangue oculto; as internações hospitalares no SUS para tratamento da doença; e os óbitos motivados pela doença. 

Por apresentar poucos sinais em estágios iniciais, o câncer colorretal deve ser rastreado periodicamente em homens e mulheres, a partir dos 50 anos de idade. Essa investigação acontece, basicamente, por meio da realização de dois exames, que podem ser decisivos para salvar a vida do paciente: a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia.

 

Segundo o presidente da SOBED, Ricardo Anuar Dib, apesar de ser um procedimento simples, o exame que investiga a presença de sangue nas fezes ainda é requisitado de forma insuficiente no Brasil. “Embora tenha aumentado o número de solicitações ao longo da última década, o volume ainda está aquém do adequado, se considerada toda a população brasileira dentro da faixa etária elegível ao rastreio”, comenta. De 2011 a 2021, foram realizadas no Brasil 12,5 milhões de exames. 

O cenário se tornou ainda mais crítico desde o início da pandemia de covid-19. A quantidade desse tipo de exame crescia em média 10% ao ano até 2019. Com a pandemia, cerca de 500 mil procedimentos deixaram de ser realizados somente em 2020. No ano seguinte, embora o SUS tenha recuperado parte da produção de exames em relação ao ano anterior, ainda houve déficit de pelo menos 228 mil exames de sangue oculto. 

Em números absolutos, foram realizados aproximadamente 732 mil exames a menos do que o previsto. De todos os pacientes que realizaram o exame de sangue oculto aqui, em torno de 10% apresentaram resultados positivos e precisaram fazer exames complementares. 



Já a colonoscopia, exame indicado aos pacientes em que existe uma suspeita diagnóstica, apresentou uma queda percentual ainda mais significativa no ano da pandemia. Foram menos 263,8 mil procedimentos a menos do que o esperado em 2020 e 2021. Além da inspeção da superfície da mucosa intestinal, a colonoscopia permite a realização de biópsias endoscópicas (retirada de pequenos fragmentos para análise) que podem ser úteis no estabelecimento do diagnóstico das doenças que acometem os cólons e íleo terminal. 

“Cerca de 90% dos casos de câncer colorretal têm origem em um pólipo, que é uma lesão decorrente do crescimento anormal da mucosa do intestino grosso. Inicialmente esse tipo de lesão é benigna, mas pode crescer e se tornar maligna. Por isso enfatizamos a importância da colonoscopia, exame de imagem que permite visualizar o interior do intestino e, caso seja identificado algum pólipo, removê-lo antes que ele se torne um câncer” alerta Eduardo de Paula Vieira, presidente da SBCP.


Doença causa mais de 230 internações no SUS por dia

 

No Brasil, entre 2011 e 2020, foram identificadas 168,7 mil mortes causadas pelo câncer colorretal (CCR). Os registros de internação trazem números ainda mais impressionantes: foram 771 mil hospitalizações só no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento dessa doença em todo o País, entre 2011 e 2021. 

Apesar de pouco discutida, a doença -- que atinge o reto e intestino -- já ocupa o segundo lugar no ranking de neoplasias mais letais para homens e mulheres no Brasil. “O diagnóstico de câncer colorretal não é sentença de morte! No entanto, é um problema de saúde que, se não for bem tratado, pode ter consequências sérias para o bem-estar do paciente”, alerta Marcelo Averbach, presidente da Comissão de Ações Sociais da SOBED e coordenador da Comissão de Prevenção do CCR da SBCP. 

Segundo ele, além de serviços que ofereçam acesso ao atendimento qualificado no diagnóstico e no tratamento, é preciso investir em estratégias de prevenção. “Quanto mais cedo forem descobertos, maiores são as possibilidades de intervenção e cura”. 

A análise dos números oficiais permite identificar o impacto da doença no atendimento hospitalar. A quantidade de internações crescia em média 7% ao ano até 2019. Com a pandemia, estima-se que 9.400 mil internações deixaram de ser realizadas somente em 2020 e no ano seguinte o déficit tenha sido de pelo menos 13,3 mil tratamentos. 

Os dados de mortalidade decorrentes desse tipo de neoplasia indicam também que, somente em 2020 (último dado preliminar disponível), foram registrados 18.982 óbitos por câncer do cólon e reto. Os casos aumentam, em média, cerca de 5% a cada ano, tendo sido observado um crescimento de 38% em relação aos casos registrados em 2011 (13.736).

 

Obesidade no país cresce 82,2% em 14 anos . Brasil é o país que mais engordou na pandemia em todo mundo e doença se torna tema de saúde pública

 

  • Vista pela sociedade ainda como um problema individual e até estético, a doença, multifatorial e crônica avança em todas as faixas etárias. ­­­­­­­­­­­­­ 
  • 1 a cada 10 crianças de até 5 anos no Brasil está acima do peso[1]. 13,2% das crianças com idade de 5 a 9 anos estão com sobrepeso ou obesidade. Entre os adolescentes, a prevalência de obesidade é de cerca de 18%[2]. 
  • Segundo a OMS, 1 em cada 5 adultos no mundo terá obesidade em 2025 e por isso a organização fala em epidemia quando se refere à obesidade. O Brasil está entre os cinco países que respondem por dos casos de obesidade em adultos no mundo[3]. 21,5% dos brasileiros têm obesidade atualmente1. 
  • Mais idosos estão acima do peso no país. De 2006 a 2019 a prevalência de obesidade aumentou de 16,1% para 23%, representando elevação nos riscos de problemas como acidente vascular cerebral (AVC) e infarto, além de limitar - ainda mais - a locomoção deste grupo[4]. 
  • A obesidade é uma questão de saúde. Individual e pública. O acúmulo excessivo de gordura corporal está associado com o aumento no risco de mais de 30 DCNT (Doenças Crônicas não Transmissíveis), em maior ou menor grau[5]. 
  • Somente em 2019 o gasto direto com DCNTs no país atingiu R 6,8 bilhões. Estima-se que 22% desse valor (R 1,5 bilhão) podem ser atribuídos ao excesso de peso e à obesidade7. 
  • O mesmo estudo mostrou que foram 128,71 mil mortes, 495,99 mil hospitalizações e 31,72 milhões procedimentos ambulatoriais realizados pelo SUS, atribuíveis ao excesso de peso e obesidade7. 
  • Em 2020, mais de 2,3 bilhões de pessoas (30% da população mundial) não tiveram acesso à alimentação saudável[6].

 

O Brasil há alguns anos tem se destacado como um dos países com o crescimento mais acentuado da obesidade em sua população. Em 14 anos, de 2006 a 2020, a obesidade no país cresceu 82,2%[7]. País que mais engordou na pandemia em todo mundo[8], o Brasil está entre os cinco países que respondem por dos casos de obesidade em adultos no mundo[9] e 21,5% dos brasileiros têm obesidade atualmente1. Embora sempre em pauta, a pergunta que fica é? A obesidade tem sido abordada e enfrentada com a complexidade e abrangência que os dados apontam que ela demanda? 

Existe uma profusão de informações sobre o tema. Narrativas que vão desde questões comportamentais e estéticas até questões de saúde, bem-estar, científicas, fake news, mitos, sustentabilidade dos sistemas de saúde, e o que sobra é muita desinformação para quem precisa lidar com o assunto: a sociedade.

Multifatorial e crônica, a obesidade é uma doença que está presente em todas as faixas etárias. Tem correlação com questões genéticas, econômicas e comportamentais. E por ser metabólica atinge o corpo humano de forma sistêmica, ocasionando as DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) e aumentando o risco para uma série de doenças, levando os indivíduos a uma considerável redução de sua qualidade de vida. 

“Não se trata de falar de padrões e medidas. Estamos falando de saúde. Obesidade não tem a ver com formas e peso. Tem a ver com o metabolismo, com o funcionamento do corpo para que a pessoa viva com saúde. Temos que olhar questões como nutrição, colesterol, diabetes, a biomecânica das articulações”, introduz Maurício Azevedo, gerente médico da Johnson & Johnson Medtech. Azevedo é médico desde 2004, PHD em Cirurgia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e especializado em Nutrologia, também pela Santa Casa de SP.

 

Ganho médio de peso durante a pandemia foi de 6,5 kg 

Considerada uma das condições mundiais de saúde mais prevalentes e preocupantes, a obesidade cresceu durante a pandemia de Covid-19. De acordo com a pesquisa Diet & Healt Under Covid 19 realizada pela Ipsos2 com respondentes de 30 nações em todo o mundo, os brasileiros foram os que mais engordaram. 52% declararam ter aumentado de peso desde o início da disseminação da Covid-19 no país. Na média global, 31% dos entrevistados engordaram durante o período. “Este estudo revelou que além de sermos o país que mais engordou no mundo, este número está bem acima da média mundial, o que é preocupante”, analisa o Dr. Maurício Azevedo. 

Na pesquisa, os entrevistados do Brasil declararam terem engordado em média 6,5 kg.

 

Aumento de peso nas capitais

Segundo dados do Vigitel 20201 em todas as capitais brasileiras, a frequência de adultos obesos foi de 21,5%, dado semelhante entre as mulheres (22,6%) e os homens (20,3%). A obesidade aumentou entre homens com idade até os 64 anos e entre mulheres até os 54. O levantamento foi realizado nas capitais dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, contando com a participação de adultos acima de 18 anos. 

A frequência de adultos com excesso de peso variou entre 51,3%, em São Luís, e 62,7% em Cuiabá.

Entre homens, as maiores frequências no aumento de peso foram observadas, em Cuiabá (68,6%), Maceió (65,7%) e Porto Velho (64,6%); e, entre mulheres, no Rio de Janeiro e em São Paulo (60,1%), Recife (59%) e Fortaleza (58%). Já as menores frequências de excesso de peso, entre homens, ocorreram em Salvador (54%), São Luís (54,2%) e Curitiba (54,6%); e, entre mulheres, em Palmas (46,7%), Goiânia (47,7%) e São Luís (49%).

O IEPS[10] (Instituto de Estudos para Políticas de Saúde), divulgou em nota técnica a seguinte análise sobre os dados do Vigitel 2020: “As tendências de obesidade chamam atenção, especialmente porque, até 2011, nenhuma capital tinha uma prevalência de obesidade acima de 20%, enquanto em 2020 o Vigitel levantou 16 capitais acima dessa marca”. O estudo apontou ainda uma correlação socioeconômica para os dados. “Há uma associação entre nível de escolaridade e a prevalência de doenças, fatores e comportamentos de risco. O percentual de diabéticos e hipertensos entre os menos escolarizados (até 8 anos de estudo) é quase três vezes maior que o percentual do grupo mais escolarizado, com 12 anos de estudo ou mais.”

 

Mudança de hábitos e comportamentos

Na pesquisa da Ipsos, 29% dos brasileiros relataram uma diminuição na prática de exercícios físicos durante a pandemia, enquanto 23% disseram que estão se exercitando mais. Em relação a hábitos de consumo, 14% afirmaram estar bebendo mais, e 11% estão bebendo menos; 3% largaram o cigarro, 2% adquiriram o hábito de fumar. 

Durante a pandemia, as academias foram fechadas e as atividades físicas, reduzidas. Muitas pessoas passaram a trabalhar em casa e não se movimentavam tanto quanto antes. Combinado a tudo isso, a dieta mudou: come-se mais e de forma menos saudável. 

“O excesso de peso e a obesidade vêm aumentando no mundo não só por causas individuais. As causas populacionais da obesidade vêm mudando e estão acelerando seu crescimento de forma considerável. Como apontou o estudo coordenado pelo Dr. Leandro Fornéas Machado de Rezende da UNIFESP, as causas populacionais que ocorreram a partir dos anos 70 e 80, leia-se a combinação de mudanças no processamento dos alimentos, no marketing, nas leis agrícolas, entre outros pontos estruturais, influenciaram muito a forma como as pessoas se alimentam hoje e isso está impactando consideravelmente o quadro que temos da obesidade hoje no Brasil”, explica o Dr. Maurício Azevedo.

 

Movimento “Obesidade, Precisamos Conversar” 

O movimento “Obesidade, Precisamos Conversar” é uma iniciativa da Johnson & Johnson Medtech que propõe a abertura do diálogo sobre a obesidade. Busca romper os preconceitos e a discriminação com informação de qualidade, fatos e dados, além de conscientizar a população sobre a complexidade da obesidade, as formas de tratamento e seus benefícios para a saúde. 

O movimento busca conexão com o público-alvo, mas também o engajamento da sociedade. Traz para o debate a jornada real (visível e invisível) das pessoas com obesidade e sobrepeso. Aborda os desafios vivenciados, muitas vezes, de forma solitária, tratando os temas de maneira leve e empática. 

Esse movimento também visa o empoderamento, por meio do conceito "Decido por mim", porque todo mundo tem o direito a informações de qualidade, que capacitam à tomada das melhores decisões para a saúde e o bem-estar. 

“Nós, como médicos, temos essa missão de fazer chegar às pessoas essas mensagens. Temos que esclarecer as dúvidas, transmitir conteúdo de qualidade, oferecer atualizações, informar as famílias desde cedo”, finaliza o Dr. Maurício Azevedo.



 Johnson & Johnson MedTech

 

[1] Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (ENANI -- 2019), Consulta em 16/03/2022

[2] SISVAN 2019. Consulta em 16/03/2022.

[3] All countries significantly off track to meet 2025 WHO targets on Obesity. Consulta em: 16/03/2022.

[4] UFMG. Consulta em: 16/03/2022

[5] A Epidemia de Obesidade e as DCNT -- Causas, custos e sobrecarga no SUS. Consulta em 16/03/ 2022.

[6] SOFI 2021, UN. Consulta em 16/03/2022

[7] Vigitel 2020, DataSUS 2020.Consulta em 16/03/2022.

[8] Diet & Health Under Covid-19, Ipsos. Consulta em 16/03/2022.

[9] All countries significantly off track to meet 2025 WHO targets on Obesity. Consulta em: 16/03/2022.

[10] IEPS 2022, Nota Técnica 25. Consulta em: 16/03/2022


Posts mais acessados