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segunda-feira, 28 de março de 2022

Dia Mundial de Conscientização do Autismo é celebrado neste sábado

Entenda melhor o transtorno que afeta 70 milhões de pessoas

 

Dia 2 de abril é celebrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, uma data que tem como objetivo levar informações para a população, além de combater a discriminação e o preconceito que afetam as pessoas que sofrem com o transtorno. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 70 milhões de pessoas no mundo possuem o Transtorno do Espectro Autista, uma condição que compromete, de alguma forma, a linguagem, a comunicação e a socialização. 

“O autismo está ligado à dificuldade parcial ou total nas áreas da comunicação e na interação social. Vale ressaltar que ele não é uma doença, mas um transtorno mental do desenvolvimento, que já nasce com a criança e não tem cura”, explica Roseli Miranda, psicóloga especialista em Análise do Comportamento Aplicada (ABA) e atendimento em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). 

Como as principais características da síndrome estão relacionadas ao desenvolvimento de habilidades sociais, comunicação e linguagem, interesses, comportamentos repetitivos e um processamento sensorial diferenciado, a percepção e a interpretação dos acontecimentos podem ser totalmente diferentes em autistas, o que pode causar reações desproporcionais, incomuns e indiferentes. 

Uma criança típica (sem o transtorno), por exemplo, consegue ficar sentada na sala de aula das 7 horas ao meio-dia. Já uma criança atípica, como o autista, consegue frequentar normalmente uma sala de aula, mas com algumas particularidades: nesse período, faz de duas a três lições adaptadas para ela e depois vai ao banheiro, bebe água, dá uma volta pelo pátio, para respeitar sua individualidade e seu processo de aprendizagem. 

Para Roseli, é sempre importante frisar que nenhum autista é igual ao outro, cada um vai reagir de uma forma diferente em determinadas ocasiões, mas um ponto bastante comum é a sensibilidade auditiva. 

“A audição do autista é muito mais aguçada, então algumas situações podem ser gatilho para crises, por exemplo, pessoas cantando parabéns e batendo palma em uma festa de aniversário, sinal da escola, despertador para acordar, relógio contando os segundos, entre outros”, comenta a especialista. 

O diagnóstico do TEA é feito por meio de uma equipe multidisciplinar e o tratamento deve agir para promover bem-estar e qualidade de vida. A psicóloga explica que antes de iniciar o tratamento é preciso entender em qual área o paciente autista precisa de atenção naquele momento. 

“Se ele apresenta dificuldades na fala, será necessário trabalhar com uma fonoaudióloga; se apresenta dificuldades na interação social, teremos que trabalhar com terapia em grupo e individual, sessões de arteterapia, educação física. O tratamento é multiprofissional baseado na demanda de cada um”, esclarece Roseli. 

Uma característica importante da síndrome é a necessidade de receber estímulos e ter uma rotina, por isso, uma metodologia bastante utilizada é a Análise do Comportamento Aplicada (ABA). Essa intervenção consiste em apresentar várias vezes um comportamento para o paciente até ele ser absorvido; até o paciente entender a demanda que está sendo estimulado a fazer. 

A psicóloga também fala sobre a importância da inclusão social da criança com TEA, que deve sempre ser estimulada, respeitando suas condições. “A inclusão social do autista é muito importante por diversos motivos, mas um ponto muito interessante é: eles podem aprender por imitação. Ou seja, se eles estão em uma sala de aula onde as outras crianças escrevem com lápis, pegam o tubo de cola, ficam em silêncio durante a aula; se estão em contato com a família que se senta à mesa para as refeições, que conversa e respeita uns aos outros, eles vão internalizando essas ações e adquirindo esses novos comportamentos”, conclui.


Veja dicas de como prevenir e o que fazer em casos de acidentes com animais peçonhentos em crianças

Escorpião
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Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS) alerta sobre a alta incidência desses acidentes no Estado


Acidentes com animais peçonhentos são a segunda causa de atendimento toxicológico no Rio Grande do Sul, atrás apenas das intoxicações medicamentosas. Em 2019, o Centro de Informação Toxicológica (CIT-RS) registrou 7.922 casos envolvendo esses acidentes com seres humanos no Estado, sendo que 1.335 estavam relacionados com crianças de 0 a 14 anos.

“O animal peçonhento é aquele que possui veneno e apresenta uma estrutura para inocular veneno. No Rio Grande do Sul, os acidentes com esses animais são mais frequentes no verão”, explica a médica pediatra Luciana Barcellos, responsável técnica da UTI de Trauma Pediátrico do Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre.

De acordo com ela, os acidentes mais comuns no estado envolvem os seguintes animais: água-viva, caravela, aranha marrom, aranha armadeira, aranha de jardim, escorpião-preto, lagarta (gênero lonomia), serpente (jararaca), cruzeira, coral verdadeira e cascavel.

Em caso de acidente, a médica orienta que a vítima seja levada de imediato para atendimento médico, onde o máximo de informações possíveis sobre o animal devem ser passadas ao profissional da saúde. Se possível e com segurança, é indicado coletar o animal peçonhento e levar ao serviço de saúde para ser identificado. 

Outras medidas são: lavar o local da picada com água e sabão (sem atrasar a ida ao atendimento médico), manter a vítima sentada ou deitada para não favorecer a circulação do veneno e manter perna ou braço picado em elevação. Além disso, é aconselhável comunicar o CIT-RS pelo telefone 0800 721 3000.

Cobra
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Luciana reforça também o que não se deve fazer em caso de acidentes com animais peçonhentos:

- Não amarrar o local da picada (garrote).
- Não cortar o local da ferida.
- Não aplicar pomadas, folhas, etc.
- Não dar bebida alcoólica ou cigarro para a vítima.

Como prevenir:

- Uso de botas e perneiras ao andar no campo ou mata.
- Luvas de raspa de couro com mangas longas quando estiver trabalhando em jardins.
- Evitar plantas densas em paredes próximas das casas.
- Rebocar paredes (evitar frestas).
- Vedar soleira das portas.
- Usar tela em janelas.
- Evitar contato com lagartas (observar folhas roídas).


Julian Schumacher


Especialistas em comportamento alimentar apontam como manter uma rotina de alimentação saudável

 No dia 31 de março é celebrado o Dia da Saúde e Nutrição; nutricionistas da Eurekka, apontam como o comportamento influencia em uma melhor relação com os alimentos

 

No mês da Saúde e Nutrição, a Eurekka, uma das maiores redes de saúde mental do Brasil, reuniu especialistas em comportamento alimentar para ajudar aqueles que buscam uma vida mais saudável e melhor relação com os alimentos. Para eles, é importante entender os momentos que levam a hábitos alimentares ruins, uma vez que o emagrecimento é decorrência do comportamento das pessoas. 

Os especialistas atuam com comportamento alimentar, que trabalha com uma abordagem que permite processos mais constantes para aqueles que querem, ou precisam, estabelecer uma rotina de alimentação mais saudável. Essa atuação não se baseia apenas no plano alimentar que, embora possa ser efetivo, muitas vezes causa frustrações. Segundo os profissionais, entender a relação que temos com a comida e ter um comportamento saudável, permite reduzir a ansiedade e o imediatismo dos pacientes no processo de emagrecimento.

Para a nutricionista e estudante de psicologia, Ana Paula Portela, que atua com equilíbrio alimentar com ênfase nas terapias comportamentais contextuais, existe um mito em relação a consultas ao nutricionista de que o profissional indicará dietas e restrições e fará um milagre. “A saúde não é relativa e o paciente precisa entender e priorizar a sua saúde tanto física quanto psíquica", pontua. 

De acordo com a nutricionista Paola Prunzel, o comportamento e transtornos alimentares precisam ser tratados com cuidado, pois muitas vezes esse comportamento disfuncional é desencadeado por um processo de restrição alimentar muito severa. "Nosso papel é desconstruir que chocolate faz mal e não só frutas que fazem bem. Buscamos trazer equilíbrio, leveza e comer sem culpa", afirma a profissional. 

Recentemente, um estudo da Universidade de Minnesota constatou que, durante a pandemia, houve um aumento nos distúrbios alimentares. A pesquisa conduzida pela universidade apontou que as doenças relacionadas à alimentação atingem 9% da população mundial e, por consequência, podem gerar uma repercussão negativa para a saúde psiquiátrica. Cerca de 26% das pessoas com transtornos alimentares tentam o suicídio. "O cuidado está em não gerar gatilhos para um comportamento inadequado e sim promover a saúde das pessoas", pontua Prunzel. 

Já para Gabriel Brunelli, nutricionista com foco em nutrição esportiva e comportamento alimentar, é um grande erro ter os alimentos como vilões na alimentação. “A meu ver, o papel do nutricionista é muito mal interpretado. Hoje vivemos uma mudança de entender o impacto da comida no emocional das pessoas. No caso dos atletas, olhamos a performance mas também a relação deles com os alimentos”, destaca.


Eurekka


Entenda a doença Alopecia

  QUAIS SÃO OS TIPOS DE ALOPECIA EXISTENTES?  


Perder os cabelos pode ser paralisante. Por isso, pesquisadores, industriais e profissionais da saúde, diretamente envolvidos com o atendimento dos pacientes, devem estar sempre em busca de novas alternativas para o tratamento das alopecias.

 

 

Mas, afinal, o que seria esta nomenclatura tão assustadora para alguns e que ainda leva uma série de indivíduos aos consultórios ao redor do mundo? 

Conheça agora o seu conceito, descubra os tipos mais comuns desta patologia e aproveite também para ler outros artigos do nosso site quando terminar este. 

 

O que é a alopecia? 

Alopecia corresponde à redução da densidade capilar em um indivíduo. Ou seja, à perda de cabelo ou pelos em uma parte específica do corpo ou da cabeça, sendo esta última a região mais afetada na maioria dos casos. 

Em geral, quando o paciente busca auxílio de um profissional especializado, a alopecia só consegue se tornar perceptível à observação clínica quando é responsável por comprometer ao menos 25% a 30% da quantidade normal de cabelos que o sujeito possui. 

Dessa maneira, pode-se conjecturar que, ao menos, 1/4 dessa densidade total possa ter sido perdida ou prejudicada de alguma forma pela ação dessa doença. 

 

Alopecias cicatriciais 

Você sabia que as alopecias podem ser classificadas, conforme a sua reversibilidade, em cicatriciais e não cicatriciais? 

Alopecias cicatriciais são aquelas em que a área acometida não apresenta folículos ou foram destruídos por processos inflamatórios ou agressões importantes, como tração excessiva, queimaduras e cortes. 

Elas costumam ser mais preocupantes e requerem urgência no diagnóstico correto e no tratamento, uma vez que sua perda capilar pode ser irreversível. Sim, isso mesmo que você leu. 

Isso se deve ao fato de que as células-tronco presentes no folículo, responsáveis por reiniciar o ciclo de crescimento capilar, foram destruídas, resultando em uma redução permanente da densidade de folículos pilosos na região acometida. 

Casos como estes são muito comuns, e este tipo de alopecia está relacionado a: 

– Lúpus eritematoso cutâneo; 

– Líquen plano pilar; 

– Foliculite decalvante;

 –  Alopecia fibrosante frontal.

  

Alopecias não cicatriciais

Alopecias do tipo não cicatricial podem ser acompanhadas de inflamações que são,normalmente, mais brandas. Dessa forma, isso não provoca danos permanentes a quem está lidando com este tipo de problema. 

Elas podem ser tratadas e, por esse motivo, permitem que o acometido mantenha seus cabelos em quantidade e qualidade normais ou muito próximo a isso. 

Essa perda de fios surge de distúrbios capilares que não resultam em aspecto cicatricial do couro cabeludo, como: 

– Alopecia areata; 

– Eflúvios; 

– Alopecia androgenética. 

 

Você está sofrendo com a alopecia? 

Distúrbios capilares não representam ameaça direta à vida, embora possam ser sinal de uma doença mais séria, como tumores secretantes e lúpus eritematoso sistêmico, por exemplo. 

Ainda assim, é importante ter em mente que eles afetam significativamente a qualidade de vida dos acometidos e, por isso, merecem nossa atenção. Portanto, se você está passando por este problema, busque já a ajuda de um especialista. 

Além disso, se você conhece alguém que também lida com isso, envie este artigo para que o indivíduo possa ter conhecimento.

   

Dr. Ademir C. Leite Jr. – CRM 92.693
https://www.instagram.com/drademircleitejr/?hl=pt-br
http://www.otricologista.com/


Dia Nacional da Saúde e Nutrição

Confira dicas de como ter uma vida mais saudável

 

O Dia Nacional da Saúde e Nutrição é comemorado no dia 31 de março e foi criado em 2004 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A data tem o intuito de conscientizar a população sobre a importância da saúde e da boa alimentação.

Uma nutrição adequada reflete na qualidade de vida e no bem-estar de qualquer pessoa. A OMS recomenda que os governos formulem diretrizes nacionais sobre alimentação e nutrição, promovendo bons hábitos alimentares, boas condições de saúde e o progresso científico. 

Mas, individualmente, também devemos cuidar da nossa saúde no dia a dia. A data serve como um momento de reflexão e ponto de partida para adotarmos novos hábitos. Por isso, abaixo listamos algumas dicas para te ajudar a ter uma vida mais saudável:

 

  • Opte por uma alimentação natural e equilibrada

Boa parte de nossos problemas de saúde está relacionada à má alimentação. Para viver com mais qualidade, dê sempre preferência a alimentos frescos, integrais e pratos coloridos, que são capazes de oferecer vitaminas e minerais necessários para o nosso corpo. Consuma mais frutas, verduras e legumes no cotidiano, de preferência, orgânicos e naturais, que são livres de agrotóxicos. Evite alimentos processados, produtos industrializados, frituras, açúcares e sódio em excesso.

 

  • Beba bastante água diariamente

Aproximadamente dois terços de nosso corpo são compostos por água. Ela é fundamental para o transporte de nutrientes e oxigênio e auxilia na produção de energia. Além disso, ela ajuda a se sentir mais disposto e faz bem para a voz. Por isso, o consumo ideal para uma pessoa saudável fica entre 1,5 a 2 litros de água por dia.

 

  • Reduza ou evite o consumo de bebidas alcoólicas e o uso do cigarro

O alcoolismo e o tabagismo são fatores de risco para o desenvolvimento de câncer e diversas outras enfermidades, assim como complicações no pulmão, coração e fígado, em pessoas acima de 60 anos. O excesso de álcool e cigarro interfere na nutrição, já que os elementos presentes podem diminuir a defesa imunológica e, até mesmo, promover um aproveitamento nutricional dos alimentos menor. 

A redução do consumo de álcool e do cigarro melhora a saúde emocional, fortalece a função cardíaca e reduz o risco de doenças crônicas.

 

  • Faça exercícios físicos regulares

A atividade física, quando feita regularmente, ajuda a manter o corpo saudável e ajuda na prevenção de várias doenças. Além disso, controla a pressão arterial, aumenta a força muscular, melhora a qualidade do sono, controla o peso, melhora a qualidade da respiração, melhora a flexibilidade e aumenta a sensação de felicidade e bem-estar. 

Existem vários tipos de exercícios físicos para todos os gostos e que podem ser facilmente inseridos na rotina, então é só escolher o que mais agrada.

 

  • Durma pelo menos 8h por dia

O sono é o momento em que o organismo exerce suas principais funções restauradoras do corpo, como reparo de tecidos, crescimento muscular e síntese de proteínas. Esse é o momento de regular o metabolismo e repor as energias, o que é necessário para manter o corpo e a mente saudáveis. Dormir poucas horas pode aumentar o nível de estresse e promover falta de memória, atenção e concentração. 

Para que a pessoa acorde descansada e com bastante energia, o ideal são entre 6 a 8 horas de sono por dia. 

 

  • Faça exames preventivos e consulte sempre o seu médico

O acompanhamento preventivo da saúde é importante para o envelhecimento com qualidade e longevidade. É fundamental um check up anual capaz de identificar, prevenir e tratar doenças assintomáticas ou com leves sintomas, junto com médicos de confiança. 

Outra forma de prevenir doenças é por meio de testes genéticos, como o meuDNA Saúde, que identifica predisposição genética que pode aumentar o risco ao desenvolvimento de doenças, como câncer de mama, ovário, próstata, colorretal, pele (melanoma) e endométrio, além de doenças como triglicerídeos altos, colesterol alto, doença de Wilson, diabetes monogênica e deficiência de alfa-1-antitripsina. Com ele, é possível pensar em formas de melhorar a saúde e a rotina, antes mesmo de a doença se desenvolver. 

 

  • Dedique tempo para fazer o que gosta

Fazer o que gosta, dedicar tempo a hobbies, socializar, rir, namorar, conhecer novos lugares são algumas das coisas que liberam ocitocina, que é um hormônio que promove bons sentimentos para o corpo, porque reduz a tensão arterial e o estresse e ajuda a regular as emoções. A ocitocina é a chave para a felicidade, melhora a qualidade de vida e o bem-estar físico e emocional.

 


meuDNA Saúde


Chuvas impulsionam casos de dengue e leptospirose

Limpeza com água sanitária é trunfo contra proliferação de doenças

 

Em 2021, o estado do Rio de Janeiro contabilizou 2.879 casos de dengue, 58 registros de zika e 552 casos de chikungunya. Neste início de ano, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) já alertou para o aumento no número de casos de todas essas doenças -- além da leptospirose, em razão das enchentes. Na opinião do secretário Alexandre Chieppe, com ações aparentemente simples, a população pode reforçar a prevenção das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e de tantas outras, como leptospirose, febre amarela urbana e variantes de covid-19. 

“Dez minutos por semana é tempo suficiente para que uma pessoa confira todos os possíveis focos do mosquito na sua residência. A vistoria deve acontecer em caixas d’água, tonéis, vasos de plantas, calhas, garrafas vazias, lixeiras e bandejas de ar-condicionado, diz Chieppe -- ressaltando a importância de se higienizar todos esses recipientes regularmente para evitar que os mosquitos depositem suas larvas. 

Estudo conduzido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), revelou que o uso de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) é 100% eficaz na eliminação de larvas do mosquito Aedes aegypti. Basta diluir 10 ml de água sanitária em um litro de água corrente e passar no chão e em superfícies que atraem moscas e mosquitos para acabar com todas as larvas depositadas em 24 horas, evitando sua propagação. 

Para João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas, uma das maiores produtoras de hipoclorito de sódio no país, o uso da água sanitária é um importante trunfo na prevenção de doenças que se intensificam com as chuvas de verão -- com destaque para a leptospirose -- e deveria ser amplamente divulgado, principalmente em comunidades com alta densidade populacional -- em que um único mosquito pode fazer várias vítimas. 

“Essa solução de uma tampinha de água sanitária para um litro de água deveria ser utilizada constantemente na limpeza de cozinhas e banheiros, na rega de plantas (já que nessa proporção é inofensiva ao meio ambiente), bancadas, mesas de bar etc. É igualmente importante inspecionar tudo o que pode acumular água nesta época de chuvas intensas, como pneus velhos, terrenos baldios, superfícies desniveladas em quintais, e até piscinas com água parada e não tratada devidamente com cloro”, alerta Freitas. 

Com relação à dengue, dados da organização Médicos Sem Fronteira indicam quatro tipos diferentes da doença. Atualmente, todos circulam no Brasil. Os primeiros sintomas aparecem entre quatro e dez dias depois da picada do mosquito infectado. A doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal grave, com febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações. Sinais clínicos que podem indicar dengue hemorrágica incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, desmaios, aumento de tamanho do fígado, sangramento na gengiva e no nariz, além de desconforto respiratório. Tão logo dois ou mais sintomas sejam identificados, e fundamental recorrer a um pronto-atendimento. 

 

Fonte: João César de Freitas - diretor comercial da Katrium Ind. Químicas 



Estudo avança no tratamento do câncer de próstata e amplia sobrevida em estágio metastático

Darolutamida, associada ao tratamento convencional, reduz em 32,5% o risco de morte de pacientes com a doença

 

Contemplando um dos principais desafios da comunidade científica, o Núcleo de Pesquisa Clínica do Hospital São Camilo de São Paulo participou de um estudo com o objetivo de testar um novo medicamento que possibilita o aumento da sobrevida de pacientes com câncer de próstata metastático.

A pesquisa Arasens, patrocinada pela Bayer e publicada no renomado periódico científico internacional New England Journal of Medicine, avaliou a associação da darolutamida, um potente inibidor de receptores androgênicos, ao tratamento convencional de quimioterapia e bloqueio hormonal.

Conforme o co-investigador e coordenador médico do Núcleo, Dr. Felipe Cruz, a substância é objeto de pesquisa há alguns anos. “Estudos anteriores já comprovaram sua eficácia no tratamento de pacientes que tiveram recidiva bioquímica. Agora, estamos animados com os bons resultados no estágio metastático.”

A análise primária foi realizada com 1.306 pacientes com câncer de próstata resistente à castração, sendo que, destes, 86,1% apresentavam metástase no momento do diagnóstico inicial. Segundo o especialista, o estudo revelou uma redução do risco de morte em 32,5% dos pacientes participantes.

Além disso, o medicamento foi associado a benefícios consistentes em relação aos desfechos secundários da doença. “Além de aumentar a sobrevida, a darolutamida melhorou o tempo até a progressão da doença, diminuiu a necessidade do uso de opioides e aumentou o tempo necessário para uso de outros tratamentos, sem ocasionar a piora da qualidade de vida dos pacientes”, destaca Dr. Felipe.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, a cada ano, sejam diagnosticados 65.840 novos casos de câncer de próstata no Brasil. Considerado o segundo tipo mais comum entre os brasileiros (depois do câncer de pele não melanoma), a doença é a segunda principal causa de morte por câncer entre os homens, atrás apenas do câncer de pulmão.

O urologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Álvaro Bosco explica que, quando o câncer de próstata é resistente à castração, a doença continua progredindo mesmo com a terapia padrão de privação hormonal.

“Uma vez que inserimos a darolutamida no tratamento do paciente com este quadro, ela age impedindo que o hormônio responsável por estimular as células do câncer de próstata seja recebido pelas células do tumor. Dessa forma, retardamos o seu avanço”, comemora.

Os pesquisadores ainda acrescentam que, durante o estudo, não foram registrados efeitos adversos adicionais àqueles que já são comuns no tratamento convencional.


 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Estudo constata maiores taxas de mortalidade em idosos com comprometimento cognitivo durante a pandemia

 

Os resultados de um novo estudo, liderado por pesquisadores da Geisel School of Medicine de Dartmouth e publicado no JAMA Neurology, mostram que taxas de mortalidade mais altas foram associadas à pandemia de Covid-19 entre idosos com comprometimento cognitivo -- especialmente em populações de minorias raciais, étnicas e os que vivem em asilos. 

Em 2020, a Covid-19 alterou abruptamente a prestação de cuidados de saúde e as operações diárias das instituições de longa permanência para idosos (Ilpis) nos EUA. 

"Quando você pensa em populações adultas que estão potencialmente em maior risco de maus resultados quando as coisas mudam drasticamente e abruptamente na área da saúde, os idosos com problemas cognitivos, como a doença de Alzheimer e demências relacionadas, estão no topo ou perto do topo da lista”, diz Lauren Gilstrap, professora assistente do Instituto Dartmouth para Políticas de Saúde e Práticas Clínicas e de Medicina na Escola de Medicina Geisel de Dartmouth, que atuou como principal autora do estudo. 

“Durante a pandemia, as taxas de mortalidade aumentaram na maioria, se não em todos os segmentos da sociedade -- sabíamos disso ao entrar no estudo”, continua ela. “Nossa principal questão era se o aumento da mortalidade entre essas populações mais vulneráveis ​​era proporcional ou desproporcional. 

Os pesquisadores descobriram que a mortalidade foi 24% maior entre indivíduos com déficits cognitivos em 2020, em comparação com 2019, e 14% maior para pessoas sem déficits cognitivos. Entre os residentes de casas de repouso com demência, a mortalidade foi 36% maior em 2020 em comparação com 2019, versus 25% maior para aqueles sem demência. 

Segundo Lauren Gilstrap, no geral, as descobertas também destacam que, como sistema de saúde, realmente temos que pensar nas pessoas com limitações cognitivas de maneira diferente e que são necessárias soluções mais criativas para atender melhor a esse segmento altamente vulnerável da sociedade.


 

Rubens de Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Lauren Gilstrap et al, Trends in Mortality Rates Among Medicare Enrollees With Alzheimer Disease and Related Dementias Before and During the Early Phase of the COVID-19 Pandemic, JAMA Neurology (2022). DOI: 10.1001/jamaneurol.2022.0010


Dia da Nutrição: 5 dicas para uma alimentação saudável

Nutricionista cadastrada no GetNinjas elenca práticas para ter refeições mais balanceadas

 

No dia 31 de março é comemorado o Dia Nacional da Saúde e da Nutrição, data que enfatiza a relação entre longevidade e alimentação. Como a mudança de hábitos e a adoção de refeições saudáveis pode ser um grande desafio, sobretudo nas grandes cidades e com a correria do dia a dia a nutricionista Bárbara Ramires, que atende pelo GetNinjas, maior plataforma de contratação de serviços do país, elencou cinco dicas que ajudam a implementar uma rotina mais saudável. Confira: 

  • Evite o consumo de fast food, comidas congeladas ou alimentos pré-prontos. “Essas comidas são altamente calóricas e gordurosas e não contém nenhum nutriente, nem vitaminas e tampouco minerais”, explica Bárbara; 
  • Reduza o consumo de sal, açúcar e de carnes processadas; 
  • Nem toda gordura é ruim. Produtos como azeite, óleo de coco e gordura de porco, por exemplo, são opções de gordura boa e ótimas para manter um bom funcionamento dos hormônios e das vitaminas lipossolúveis que são solúveis em gorduras; 
  • Não faça dietas sem acompanhamento. “Não existe a dieta ideal, mas aquela que melhor se adequa à realidade do seu organismo e àquilo que você busca”, orienta a nutricionista. Para não prejudicar a saúde, procure ajuda de um profissional. 
  • Inclua frutas, legumes, verduras, sementes e grãos na sua dieta diária. “Além destes alimentos serem bem mais baratos que os alimentos prontos ou congelados, eles possuem os nutrientes necessários para te ajudar a manter uma alimentação mais saudável e equilibrada”, afirma.  

Pseudotumor cerebral é mais incidente em mulheres jovens e adolescentes com excesso de peso

 Doença possui os mesmos indícios de um câncer no cérebro, mas não há tumor. Sintomas vão de dores de cabeça recorrentes a perda de visão 

 

A hipertensão intracraniana idiopática benigna, mais conhecida como pseudotumor cerebral, é uma doença que ocorre quando há uma maior pressão do sistema de líquidos de dentro do crânio, sem haver um tumor. O principal sintoma é a dor de cabeça frequente, podendo ocorrer náuseas e vômitos. A visão também pode ser afetada, podendo progredir para cegueira. A condição é muito frequente em adolescentes com excesso de peso e em mulheres jovens, atingindo uma taxa de 19 a 21 por 100 mil pessoas deste grupo. A principal condição associada à doença é a obesidade e uma das causas frequentes de pseudotumor cerebral é a trombose venosa cerebral, quando se forma um coágulo em uma veia do cérebro. Medicações como o excesso de vitamina A, tratamento com hormônio do crescimento (GH) e tetraciclina estão associadas à maior incidência da doença.  

Para monitorar o nível de pressão intracraniana, esses pacientes costumam realizar um método invasivo de punção medular que pode causar sequelas e dores permanentes na região lombar. A boa notícia é que uma tecnologia 100% brasileira e pioneira no monitoramento não invasivo de variações de volume/pressão intracraniana, a brain4care, pode auxiliar para que essas punções não sejam necessárias, a depender da situação, além de auxiliar no diagnóstico e decisão de conduta do neurologista.   

Uma pesquisa publicada no final de 2021 no periódico científico Surgical Neurology International realizou o monitoramento com a tecnologia brain4care em uma paciente de 7 anos com a doença e indicou que o método poderia reduzir a necessidade de abordagens invasivas, melhorando os resultados de saúde da paciente. De acordo com Gustavo Frigieri, diretor científico da brain4care e um dos autores do estudo, a expectativa é que essa tecnologia seja um novo sinal vital para a humanidade, se tornando tão comum como medir a pressão arterial nas triagens dos hospitais.   

Outro desfecho positivo se deu com uma adolescente de 17 anos. A jovem tinha uma vida comum até sentir dores de cabeça incapacitantes, chegando a sofrer perda de visão temporária. Após inúmeros procedimentos invasivos e diagnósticos anteriores equivocados de rinite e sinusite, ela foi diagnosticada com pseudotumor cerebral. A tecnologia brain4care foi essencial, em associação com outros exames, para que o neurocirurgião Fernando Gomes Pinto pudesse decidir pela cirurgia no cérebro para inserir uma válvula que drena o líquor dentro do crânio, diminuindo assim a pressão e devolvendo a qualidade de vida à paciente.  

Segundo a adolescente, o fato de não precisar da punção lombar para monitoramento do nível de hipertensão intracraniana já lhe trouxe grande alívio, pois as punções frequentes causaram sequelas e dores permanentes da região lombar. Ela continuará realizando os monitoramentos não invasivos, o que antes do sensor brasileiro, único no mundo, era impossível.  

 

 

brain4care 

  

Referência bibliográfica 

Thomas MD et al. Non-invasive intracranial pressure monitoring in idiopathic intracranial hypertension and lumbar puncture in pediatric patient: Case report. Sirurgical Neurology International, 2021. Disponível em: https://surgicalneurologyint.com/surgicalint-articles/non-invasive-intracranial-pressure-monitoring-in-idiopathic-intracranial-hypertension-and-lumbar-puncture-in-pediatric-patient-case-report/  


Ortopedista pediátrica explica se mochila pode causar escoliose

Pais e cuidadores devem ficar de olho no peso do acessório para não prejudicar a saúde da criança ou adolescente

 

A volta às aulas presenciais ou no sistema híbrido se aproxima e, junto da preocupação com as medidas sanitárias vem uma dúvida constante de pais e cuidadores: a mochila pode causar escoliose? 

Segundo a Dra. Natasha Vogel, ortopedista pediátrica do Hospital do Servidor Público Municipal (HSPM/SP), não, embora o uso incorreto do acessório possa desencadear outros problemas, como alterações posturais e lesões musculares e articulares que evoluem com dor. 

“As crianças e, principalmente os adolescentes, teimam em usar a mochila em um ombro só, mesmo superpesadas. Com isso, acabam se queixando de dores nos ombros, coluna cervical, torácica e lombar. Como muitas demoram a se queixar de dor, ao sinal da primeira reclamação é interessante consultar um ortopedista pediátrico especializado em coluna para investigar o motivo do desconforto”, orienta. 

A médica lembra que sintomas: dor, dormência, desconforto e formigamento são sinais importantes que precisam ser averiguados. Crianças mais tímidas, segundo a médica, são as que menos tendem a reclamar e por isso cabe aos pais e cuidadores observar o momento em que colocam ou retiram a mochila, já que são momentos em que podem demonstrar dificuldade ou dor. 

O peso da mochila também merece atenção, já que não deve ser superior a 15% do peso da criança. “É importante conversar com a criança para que ela entenda que o bom uso da mochila é importante para a sua saúde”, diz a médica, que cita que é o acessório deve ter alças largas e acolchoadas que devem ser usadas ao mesmo tempo e estarem firmes contra o corpo. 

“A criança deve levar apenas o imprescindível para o dia e, ao pegar a mochila do chão, não deve esquecer de sobrar os joelhos para distribuir melhor a carga”, orienta Dra. Natasha. A criança deve participar da escolha da mochila, que deve seguir algumas regras importantes: 

- Ela deve ser adequada para o tamanho da criança;

- As alças devem ser largas e acolchoadas;

- Duas alças de ombro e outra na cintura;

- Costas acolchoadas;

- Vários compartimentos podem ajudar a distribuir melhor o peso;

- Mochila leve e, quando for possível, com rodinhas.

 

 

Dra. Natasha Vogel - Médica Assistente em Ortopedia e Traumatologia do HSPM-SP São Paulo, Brasil; Mestrado em Ciências do Sistema Muscoesquelético. Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil; Especialização -- Residência Médica Universidade de São Paulo, USP São Paulo, Brasil - Título: Ortopedia Pediátrica; Especialização -- Residência Médica Hospital do Servidor Público Municipal, HSPM/SP São Paulo, Brasil - Título: Ortopedia e Traumatologia; Graduação em Medicina Faculdade de Medicina de Jundiaí, FMJ Jundiai/SP, Brasil.


Hérnias: o que você precisa saber!

Hospital Albert Sabin HAS
Divulgação
O Dr. Carlos de Almeida Obregon, Cirurgião Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Albert Sabin, explica sobre esse distúrbio

 

As hérnias de parede abdominal são defeitos na musculatura do abdômen que permitem a passagem de estruturas, como vísceras e gordura, do interior para a parte subcutânea.

“O problema pode ser de nascença ou adquirido através de questões nutricionais, emagrecimento, obesidade, ou trauma”, explica o Dr. Carlos de Almeida Obegron, Cirurgião Geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Albert Sabin (HAS).

O tipo de hérnia mais comum é a inguinal, que consiste na protrusão de parte do intestino ou outro órgão ligado ao abdômen através de uma abertura na parede abdominal na virilha. São mais frequentes em homens e a cirurgia pode ser realizada por dois métodos, ou seja, via aberta ou laparoscópica. A recuperação é muito simples e, geralmente, o paciente recebe alta no mesmo dia ou no posterior.

“A prática de atividades físicas, alimentação saudável, prevenção da obesidade e boas horas de sono ajudam no fortalecimento muscular e, portanto, evitam a formação de hérnias”, diz o Dr. Obregon.

Hábitos como o tabagismo e o alcoolismo também aumentam a fragilidade da musculatura e, consequentemente, devem ser evitados e considerados como ações preventivas.

“Em regiões onde as hérnias são prevalecentes, como o abdômen e virilhas, toda e qualquer mudança percebida, por exemplo o aparecimento de uma protuberância, o indivíduo deve procurar um médico, pois, como em outras doenças, o rápido diagnóstico torna o tratamento mais simples”, finaliza o cirurgião do HAS.

  

Escute o Dr: https://youtu.be/cRdYzgpqP7g

 


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Março Azul-Marinho: como detectar, prevenir e tratar o câncer colorretal

Oncologista do Hospital IGESP, Dra. Tânia Moredo alerta sobre a detecção dos sintomas e a busca pelo tratamento correto podem impedir o desenvolvimento da doença

 

Parte do calendário da saúde que liga os meses do ano a cores, a campanha Março Azul-Marinho tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção e dos cuidados com o câncer colorretal. Segundo o Conselho Federal de Medicina (CFM), a doença atinge 40 mil pessoas por ano no Brasil. Entretanto, uma pesquisa feita em 2021, pela farmacêutica Bayer em parceria com a consultoria IQVIA, com 80 médicos oncologistas e 401 pessoas, evidencia que ainda há muita falta de conhecimento por parte da população sobre essa neoplasia. 

A oncologista do Hospital IGESP, Dra. Tânia Moredo, explica que esse tipo de câncer atinge as células do intestino grosso e pode ser especificado também como câncer de cólon ou de reto. “Essa doença atinge mulheres e homens na mesma proporção, sendo a segunda causa de neoplasia maligna em ambos os grupos no Brasil. Em crianças, é uma doença rara, sendo presente apenas em casos de síndromes hereditárias, como a polipose adenomatosa familiar, por exemplo”, pontua.

 

Sintomas

No início, a doença pode ser silenciosa e não apresentar sinais. Porém, há casos em que os seguintes sintomas são frequentes, persistentes e sem causa aparente: alteração do hábito intestinal, como diarreia, constipação ou estreitamento das fezes; sensação de nunca estar com o intestino vazio e sempre necessitando evacuar mais; sangramento nas fezes, com sangue vermelho brilhante; fezes muito escuras ou pretas; cólicas ou dor abdominal persistente; fraqueza e fadiga; perda de peso; e anemia.

 

Diagnóstico

O câncer colorretal costuma formar ulceração no intestino que sangra. Esse sangue pode ser detectado em um exame chamado pesquisa de sangue oculto nas fezes, que pode identificar sangramento no intestino e sugerir uma doença inflamatória ou uma neoplasia maligna. “Entretanto, esse exame não é específico para diagnóstico de câncer de intestino, pois, mesmo durante uma disenteria, pode haver sangue nas fezes”, esclarece. 

Para confirmar a doença, são feitos em conjunto o exame físico, a colonoscopia e a biópsia. Como parte do exame físico, o médico apalpa o abdômen em busca de massas ou órgãos aumentados e, se necessário, realiza o exame de toque retal. Já a colonoscopia é o exame do intestino grosso. “Nesse exame, é usado um instrumento chamado de colonoscópio, que possui o formato de um tubo fino. Com luz, câmera, lentes e pinças, ele é capaz de visualizar a parte interna do intestino, permitindo realizar procedimentos como biópsia e cauterização de lesões”. 

Por fim, a biópsia é o exame definitivo para diagnóstico do câncer colorretal. “Durante esse procedimento, o médico remove um pequeno pedaço do intestino com lesão suspeita e o envia para um laboratório de anatomia patológica, onde o patologista firma o diagnóstico de câncer ou o exclui”, acrescenta a oncologista.

 

Fatores de risco e prevenção

Existem fatores de risco modificáveis e não modificáveis. Os modificáveis são: tabagismo, obesidade e sobrepeso, inatividade física, dieta pobre em fibra e grãos e com muita gordura, carnes vermelhas e processadas (como salsicha e salame, por exemplo), além de ingestão de bebidas alcoólicas. 

Os não modificáveis são: histórico familiar de câncer colorretal, alguma síndrome genética com predisposição a doença (como Síndrome de Lynch e polipose adenomatosa familiar), pólipos adenomatosos no intestino, idade acima dos 50 anos (e quanto mais velho, maior o risco) e doença inflamatória intestinal (como retocolite ulcerativa e Doença de Crohn). 

A Dra. Tânia Moredo aponta que “quase sempre o câncer colorretal se inicia com um pequeno pólipo no intestino. Por isso, como medida preventiva é importante realizar a consulta médica periódica”.

 

Tratamento

O planejamento do tratamento depende de quão avançada está a doença. Após o diagnóstico, o médico pede exames complementares para saber o estadiamento da doença. Com isso, o especialista classifica de zero (0) a 4 (IV), sendo zero uma doença inicial e quatro quando está disseminada em outros órgãos. 

Em casos de doença inicial, o tratamento pode ser feito pela remoção cirúrgica do segmento intestinal comprometido e, algumas vezes, com a própria colonoscopia, sem a necessidade de cirurgia. Nos demais estágios, sempre que possível, será realizada a cirurgia. “A quimioterapia será indicada de acordo com critérios mais complexos: algumas vezes para prevenir a volta da doença, e em outros casos para tratar a doença disseminada. No câncer de reto, é frequente o uso da radioterapia, antes ou após a cirurgia, além da quimioterapia”, finaliza a médica do Hospital IGESP.

 

 Hospital IGESP


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