Relações de trabalho, de consumo e principalmente eventos corporativos, devem ganhar novos ares e objetivos nos próximos anos
A covid-19 mudou a forma como nos relacionamos e mostrou que existe a possibilidade de termos mais “flexibilização” no que diz respeito à cadeia marca-fornecedor-cliente. Ainda não é possível saber os impactos disso no mundo como o conhecemos em uma era pós-pandemia, mas a verdade é que está por vir um novo tipo de criação de conteúdo: o que traz valor no dia a dia do seu cliente, consumidor ou colaborador. Muitas organizações, no entanto, relutam, e querem voltar aos modelos antigos de padrão de trabalho e consumo.
De
acordo com um estudo publicado pela Fundação Dom Cabral em parceria com o
Talenses Group, com 676 funcionários de diversas áreas e gerações, apenas 5%
deles gostariam de voltar ao trabalho presencial como antes da pandemia, e
70% relataram estarem mais produtivos. Com o passar do tempo, em quase
dois anos de covid e distanciamento, as pessoas aprenderam a gerir seu tempo, e
consequentemente, avaliar e reavaliar o que for preciso. “O comportamento de
consumo de experiência mudou. As pessoas estão animadas para a volta do
presencial, porém sendo mais seletivas e priorizando oportunidades de interação
mais curtas e intensas", explica Gabrielle Teco, CEO da Qura, hub
especializada em curadoria de conteúdos para empresas e executivos.
Na
pesquisa de 2020, 34,5% relataram dificuldades de concentração, enquanto no
novo estudo, apenas 9,3% dos entrevistados apontaram a mesma coisa, o que
significa que tivemos uma virada de chave nesse obstáculo. Além disso, as
pessoas estão mais atentas ao bem estar e saúde mental, o que também impacta a
forma de se fazer negócios e na forma sobre como estreitar relacionamento com o
cliente final. Nesse contexto, a estratégia de conteúdo de marcas nunca foi tão
relevante. “A forma como o patrocinador está vendo os eventos presenciais mudou
porque as relações sociais mudaram. Nossa recomendação é que as marcas estejam
atentas a sua rede de fornecedores e que se certifiquem que todos os cuidados
sanitários estão sendo tomados. A pandemia ainda não acabou e, além de risco
para a saúde das pessoas, também estamos falando de risco para a imagem das
marcas", explica Gabrielle.
Ela
conta a experiência de uma organização que sempre investiu em grandes eventos
mas que esse ano resolveu experimentar um modelo de mesa-redonda, reunindo
pequenos grupos de executivos para discutirem temas relevantes. "Sai de
cena os congressos para milhares de pessoas, com viés comercial e muito risco
de contágio em tempos de pandemia, e ganham destaque experiências
personalizadas, com o cliente no centro da ação e muito foco em conteúdo",
complementa Gabrielle.
“As
pessoas aprenderam a gerir o tempo, a se importarem mais com o bem estar e a
saúde mental, e principalmente, estar com a família e se dedicar também aos
projetos pessoais. Por isso, as marcas precisam levar em conta essa nova
realidade, promovendo experiências que agreguem ao dia a dia das pessoas, algo
que traga valor mas que respeite esses novos hábitos e costumes”,
finaliza.
Qura - hub especializada em criar
conteúdos relevantes e de qualidade para empresas, executivos, empreendedores e
interessados por negócios e comunicação, com o objetivo de aproximar marcas e
pessoas.