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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Você usa aplicativos de namoro?


A maioria dos jovens prefere os meios tradicionais para conhecer um parceiro

Os avanços tecnológicos trouxeram várias facilidades para o dia a dia das pessoas, inclusive no lado emocional. Hoje, a paquera se tornou viável com apenas um toque, revolucionando a forma de se relacionar. Pensando nisso, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez um levantamento com a seguinte questão: “Você usa aplicativos de namoro?”. Contrariando a expectativa, apenas 17% dos jovens conta já ter recorrido a esse tipo de recurso e a grande maioria ainda prefere o olho no olho.

A pesquisa ocorreu de 26 de março a 6 de abril e contou com a participação de 34.911 pessoas de todo o Brasil, com idade entre 15 e 26 anos. Ao todo, 82,05% revelou não utilizar essas plataformas para conhecer um parceiro. Desses, 65,99%, ou 23.037 votantes, disseram: “prefiro os meios tradicionais” e outros 16,06% (5.608) ainda complementaram: “as pessoas querem apenas se exibir e colecionar listas de ficantes”.

Para a analista de treinamento do Nube, Nicole Tavares, a qualidade das relações e o prazer de estar na companhia de alguém fazem a diferença. “Se envolver com o outro é de grande importância para todos nós seres humanos. Afinal, por meio desse contato, é possível fazer parte de um universo rico em diversidade e complexidades”, explica.  Quanto ao exibicionismo, ela acrescenta: “é melhor praticar a cautela, para não se tornar refém por estar exposto a pessoas mal-intencionadas e com objetivos pouco claros”.

Na sequência, 9,65% (3.368) contaram: “já utilizei muito, mas nunca encontrei ninguém interessante”. Algumas questões são fundamentais para um romance acontecer, como: as partes envolvidas serem capazes de flexibilizar quando necessário, ter objetivos em comum, admiração pelo outro e parceria. “A tecnologia facilita encontrar pessoas com os mesmos gostos e interesses, mas é necessário se conhecer mais profundamente e entender a individualidade de cada um”, enfatiza.

Na contramão, 3,66% (1.279) comemoraram: “conheci alguém e estou apaixonado” e 4,64% (1.619) admitiram: “os apps ajudam a ficar por dentro do mercado”. Para esses, fica sempre a dica de checar se informações de quem está do outro lado da tela são verídicas, para não se decepcionar. “Muito cuidado ao expor informações confidenciais, como local de residência, endereço do trabalho, número de documentos, detalhes sobre situação financeira e fotos íntimas ou constrangedoras”, analisa Nicole.

No mais, é importante ser verdadeiro, não contar mentiras e histórias falsas sobre a vida e ter cuidado com a imagem pessoal!





Fonte: Nicole Tavares - analista de treinamento do Nube

www.nube.com.br


Suicídio: entenda e ajude a combatê-lo


"Quem fala sobre suicídio não se mata, só quer chamar a atenção". Esse é um dos pensamentos mais errados que já ouvi e, infelizmente, por muitas vezes. Quem fala sobre tirar a própria vida já está há alguns passos de consumar o fato, por isso é essencial que todos prestem atenção no comportamento das pessoas ao seu redor e até em si mesmos, pois os fatores que levam à tal ação podem surgir em qualquer indivíduo, independentemente do sexo, classe social ou faixa-etária.

Para entender a gravidade do tema, a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). O resultado são 800 mil mortes por ano. No Brasil, o suicídio é a segunda causa de morte de jovens entre 15 e 29 anos, mais um motivo para que as "ameaças" de suicídio sejam levadas a sério, pois elas atingem pessoas cada vez mais novas.

Falar sobre suicídio não estimula mais pessoas a cometerem. O diálogo, esclarecimentos e tratamento de doenças consideradas fatores de risco são a melhor forma de prevenir o problema. Quanto mais falamos (e ouvimos, principalmente), mais promovemos uma rede de apoio às pessoas que passam por algum tipo de sofrimento.


Mas por que as pessoas cometem suicídio?

Existe um conjunto de fatores envolvidos. Os transtornos mentais estão relacionados em 90% dos casos. Catástrofes, perda de entes queridos, grandes desfalques financeiros, abuso sexual, bullying, solidão e antecedentes familiares de suicídio são algumas das causas associadas, mas é importante ressaltar que todo ser humano passa por adversidades como essas e que a exclusão da própria vida não é a solução.

É preciso dar atenção e ouvir a pessoa que fala sobre suicídio. Frases como: "você tem tudo", "pensa na sua família" e "não fala besteira", definitivamente não ajudam, pelo contrário, faz com que o indivíduo se sinta cada vez mais culpado. Se entendermos que na mente da pessoa vulnerável não está o encerramento da vida, mas o encerramento da dor, teremos mais condições de ajudá-la.

Ao se deparar com alguém propenso a se suicidar, procure compreender o que motiva essa pessoa a pensar sobre suicídio, ouça as suas justificativas e então mostre que existem alternativas para lidar com os problemas. Indique buscar imediatamente a ajuda de profissionais especializados como psicólogos e psiquiatras. Hoje esses especialistas estão também nas clínicas médicas populares, onde os preços são bastante acessíveis, justamente para que pessoas necessitadas tenham um acompanhamento médico adequado e ao seu alcance.

O apoio da família, das amizades sólidas, das crenças que amparam e dão esperança também é importante para que o indivíduo restabeleça a sua mente. Outra medida de combate ao suicídio é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que disponibiliza atendimento gratuito 24 horas para dar apoio emocional e prevenir o pensamento suicida.

Numa era em que o conveniente é enviar mensagens instantâneas e com respostas rápidas, o olho no olho ainda é insubstituível. Se conhecer alguém com fatores de risco ou se você mesmo sentir dificuldade de conversar com o próximo, busque auxílio especializado o quanto antes. Dê valor à vida!





Danielle de Paula Santos - psicóloga da Doktor's, clínica médica popular localizada em São Paulo. Mais informações: www.doktors.com.br


Importância do elogio: fuja do excesso de críticas e desencorajamento


Entenda o valor de reconhecer os feitos dos outros, principalmente nas relações entre cônjuges, pais e filhos e professores e alunos


Em muitas situações da vida, seja no trabalho, entre a família ou até com nós mesmos, parece muito mais fácil enxergar falhas e apontar erros, e com frequência estamos pontuando aquilo que deve ser mudado e melhorado. De fato, todos têm pontos a serem aprimorados, mas, segundo o Professor e Doutor Rabino Samy Pinto, as críticas em excesso geram desencorajamento e outros sentimentos negativos. “Nós, seres humanos, somos motivados pelo que ouvimos. Assim, um elogio pode gerar entusiasmo, porém, ao receber uma crítica, o resultado é o desânimo”, afirma.

O incentivo em forma de elogio pode mudar a vida de uma pessoa, como determinar quais caminhos ela se sente mais segura em seguir para realizar suas aptidões no mundo. “O elogio é como uma mágica. Quando os pais elogiam seus filhos, estes podem se sentir confiantes para se tornarem o que realmente desejam. O elogio de um desenho pode transformar alguém em um pintor, por exemplo. Já o excesso de críticas surte um efeito tão negativo que costuma levar pais jovens e crianças em busca de terapia”, comenta.

O Prof. Dr. Rabino Samy comenta que há, basicamente, três motivos pelos quais a comunicação entre as pessoas gera frustração e desânimo. Vamos a eles:


EXCESSO DE CRÍTICAS

Pesquisas feitas nos EUA revelam que mais de 90% das comunicações conjugais seguem um tom mais crítico e de reprovação. Este dado alerta para um padrão de comportamento prejudicial aos relacionamentos. “Praticamente, há críticas em quase todas as conversas dos casais. O ambiente familiar não tem como se beneficiar de tantos diálogos desencorajadores, que geram mágoas e ressentimentos. É como estar frequentemente ativando o que há de pior um no outro”, revela.  

Isso não quer dizer que, em uma conversa, os casais não possam demonstrar desacordo com os atos do outro. “Reflita antes de apontar um erro. Não é preciso assumir uma postura agressiva e de ataque para ser sincero e dizer o que pensa. Procure falar o que aquele ato do outro provoca em você, como se sente e que gostaria que isso fosse levado em consideração na próxima vez”, explica Samy.


CULPABILIDADE

“Na relação entre pais e filhos é comum que a conduta diária seja de culpabilização, ao invés de responsabilização pelos atos cometidos. Porém, o sentimento de culpa incita sofrimento e traz consequências negativas para a autoestima”, diz Samy. Ainda segundo o rabino, a culpa por si só não corrige erros e os próximos atos só podem ser diferentes se houver uma atitude positiva diante do feito, tanto por parte dos pais como dos filhos. “É preciso ensinar como é importante se responsabilizar pelo ocorrido e se comprometer a mudar, transformando assim a situação em um aprendizado, sem dramas”, afirma.  

Transformar a culpa em responsabilidade pode fazer toda a diferença diante de um erro a ser corrigido. Para o rabino Samy, “a responsabilidade é capaz de empoderar uma pessoa, mesmo que ela tenha cometido um erro. Ela se sente dona dos seus atos, colocando-se como aquele que pode errar, já que todo mundo erra, mas também como aquele que pode reparar suas ações e acertar. ‘Eu sou responsável’ soa muito melhor do que ‘Eu sou culpado’”.


DESENCORAJAMENTO

Elogios, assim como a falta deles, também geram consequências significativas na relação entre professores e alunos. “Muitas grandes ideias dos nossos filhos são desencorajadas e classificadas como fantasiosas e utópicas nas escolas. Essa situação pode talhar grandes sonhos ao minar a autoestima do jovem”, afirma o Prof. Dr. Rabino Samy Pinto.

Assim, a comunicação nas escolas precisa ser de encorajamento, reconhecendo e reforçando a qualidade dos alunos, mostrando que é possível trabalhar em conjunto e vencer as adversidades.  É importante elogiar o bom desempenho e manter um exemplo positivo diante de erros e dificuldades para, assim, criar um ambiente de apoio. As pessoas devem acreditar em seus sonhos e, se houver erros no caminho, eles valerão como aprendizado”.

No final das contas, a força de um elogio é imensa e traz resultados extraordinários tanto para as relações matrimoniais como para as parentais, para as relações de trabalho e também entre professores e alunos. “Todos nós erramos e, muitas vezes, são os erros que nos ajudam a adquirir experiência na vida”, finaliza Samy.





Rabino Samy Pinto - formado em Ciências Econômicas, se especializou em educação em Israel, na Universidade Bar-llan, mas foi no Brasil que concluiu seu mestrado e doutorado em Letras e Filosofia, pela Universidade de São Paulo (USP). O Rav. Samy Pinto ainda é diplomado Rabino pelo Rabinato chefe de Israel, em Jerusalém, e hoje é o responsável pela sinagoga Ohel Yaacov, situada no Jardins também conhecida como sinagoga da Abolição.


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