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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

43% dos homens não realiza exames cardiológicos


 Durante o Setembro Vermelho, mês de conscientização para a saúde do coração, Instituto Lado a Lado pela Vida divulga números de pesquisa realizada com 2405 brasileiros de todos os Estados do País


Percepções e hábitos de saúde desconectados são os maiores entraves para que os homens brasileiros incluam na sua lista de prioridades a prevenção das doenças cardiovasculares. Isso é o que apontou uma pesquisa realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) em julho deste ano, quando foram entrevistados 2405 homens de todos os Estados do País.

Ainda que o público demonstre conhecimento sobre hábitos saudáveis, existe uma nítida dificuldade em fazer sua transposição para a rotina. Isso é significativo em relação à atividade física, já que apenas 35% deles declararam se exercitar pelo menos três vezes por semana, e à alimentação: quase 80% relatam se exceder em açúcar, gordura, sal ou industrializados. O desafio também é significativo quando o assunto é controle da obesidade, já que metade da amostra se considera acima ou muito acima do peso e parcela expressiva não visualiza os quilos a mais na balança como um problema sério.

Ao serem perguntados sobre a frequência com que costumam fazer exames cardiológicos, 43% deles disseram não realiza-los. “Eles têm a ilusão de que não há necessidade ir ao médico porque se sentem bem. Porém, as doenças do coração são silenciosas e não ter sintomas não é sinal de saúde”, afirma Dr. Marcelo Sampaio, cardiologista e membro do comitê científico do Instituto Lado a Lado pela Vida.

Reforçando as palavras do cardiologista, entre os motivos que os impedem de ir ao médico com maior regularidade, 32% dos pesquisados disseram que não havia razão para ir ao médico justamente porque se sentiam bem; 42% apontaram  o alto preço das consultas e 36% apontaram a falta de agenda disponível no SUS, entre outras razões.

“Ao contrário das mulheres, que tem a essência do cuidar dentro delas, a maioria dos homens ainda não internalizaram tal atitude. Dificilmente eles procuram os médicos para fazer prevenção e, quando isso ocorre, a doença já está em estágio avançado. É preciso que haja uma mudança cultural e de comportamento, principalmente porque as doenças cardíacas representam 31% dos óbitos no planeta, sendo a primeira causa de morte no Brasil e no mundo”, afirma Dr. Sampaio. Ele lembra que a conscientização e criação de um ambiente propício a um estilo de vida equilibrado são cruciais para reverter achados como esses, da pesquisa.


Campanha Siga seu Coração busca alertar a população durante o Setembro Vermelho

Em sua 5ª edição, a campanha Siga seu Coração realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida realiza uma extensa programação por todo o Brasil, durante o Setembro Vermelho – mês de conscientização para as doenças cardiovasculares. A campanha busca estimular a população a adotar de um estilo de vida mais saudável. “A cada ano, intensificamos as ações e ampliamos o alcance do movimento Siga Seu Coração no intuito de estimulr as pessoas a incluírem bons hábitos em suas rotinas”, conta Marlene Oliveira, presidente do LAL.

Segundo ela, este é o segredo para melhorar sua qualidade de vida e a longevidade. “Entretanto, muitas pessoas hesitam em reconhecer que possuem uma doença crônica e não tomam uma atitude para melhorar seu estilo de vida. É isso que queremos mudar”, finaliza a empreendedora social.





Instituto Lado a Lado pela Vida 


Idade das artérias pode refletir em doenças cardiovasculares


 Artérias mais rígidas, ou idosas, aumentam riscos de doenças do coração; saiba como prevenir

Todos os seres humanos estão sujeitos ao envelhecimento e, por lógica, seus órgãos, veias e artérias também. Assim, quanto mais idoso o indivíduo, mais rígidas suas artérias ficam, certo? Depende. O cirurgião vascular, Dr. Gilberto Narchi Rabahie, explica como a diferença de idade pode acontecer e dá dicas para prevenir.
“A diferença básica é a capacidade elástica ou complacência do vaso”, afirma. O vaso mais novo possui maior resistência. Já o mais velho, se torna mais rígido, e quanto mais enrijecido for, maior o será o trabalho do coração para “vencer” a pressão, causando desgaste precoce, do coração e, diretamente, dos vasos.

Segundo o especialista, a falta de controle de diabetes e a hipertensão arterial podem apresentar o enrijecimento precoce das artérias. “Sedentarismo, tabagismo e a ausência de manutenção de peso adequado também contribuem para a diferença de idade”, acrescenta Dr. Gilberto. “Não se prevenir e não tratar a rigidez pode ocasionar, precocemente, doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros”, completa. 

Para medir a capacidade da parede arterial, o VOP (Velocidade da Onda de Pulso) é um método que apresenta, de forma não invasiva, a rigidez da parede arterial. “Com este exame podemos fazer um diagnóstico precoce e com o tratamento adequado, retardarmos a rigidez dos vasos, igualando, por assim dizer, as idades para evitarmos suas complicações”, afirma o cirurgião vascular.

A dica do Dr. Gilberto para evitar a grande diferença entre a idade cronológica e a das artérias é estar atento aos resultados de, principalmente, diabete e hipertensão, nos exames de rotina, e praticar atividades físicas.

Dr. Gilberto Narchi Rabahie - Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Gilberto Narchi possui Pós Graduação em Pesquisa pela Universidade da Califórnia, em San Francisco – UCSF, além de ser especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Endovascular. Também é membro da Sociedade Americana de Cirurgia Vascular e da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Endovascular. Atualmente, é cirurgião vascular do Hospital do Coração em São Paulo.


Tratamento para fertilidade não aumenta risco de câncer de ovário, aponta estudo


Mais de seis mil casos são estimados ao ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). É o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres


O tratamento hormonal usado na Fertilização In Vitro (FIV) para mulheres com problemas de fertilidade não aumenta o risco de tumores no ovário, segundo um estudo desenvolvido pelo Instituto Holandês do Câncer e apresentado no Congresso Europeu de Reprodução Assistida e Embriologia (ESHRE), realizado na cidade de Viena, na Áustria. Ao longo de duas décadas, pesquisadores acompanharam casos e dados de mais de dez mil holandesas e concluíram que não há risco de câncer de ovário.

“Os resultados tranquilizam as pacientes que se submetem a essa técnica. Os estudos apontam ainda que não há risco oncológico nos bebês nascidos após tratamento médico de infertilidade”, afirma o diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), César Barbosa.

Hoje, as mulheres que se submetem à FIV são submetidas à estimulação ovariana para chegar à uma super ovulação. Os óvulos são aspirados por uma agulha guiada por ultrassom transvaginal. Nos homens, a coleta do sêmen acontece por meio da masturbação. Após seleção dos melhores espermatozóides e dos óvulos maduros, procede-se à FIV e depois de 2 a 5 dias, o óvulo fertilizado passa a ser considerado um embrião e é transferido para o útero da paciente na tentativa de gerar uma gravidez.  

O nível elevado de estrogênio na paciente durante os dez dias de ovulação poderia ser um fator essencial para o desenvolvimento de tumor no ovários. No entanto, conforme explica o especialista da SBRA, não existe comprovação científica de risco oncológico desse tipo de câncer em mulheres submetidas a tratamentos de infertilidade. “Esse esclarecimento é muito importante para que as mulheres sujeitas a estes procedimentos, com o intuito de constituir família, fiquem tranquilas”, reforça Barbosa. 


Recomendações – A FIV é uma das formas de tratamento quando o casal tem pelo menos um ano de tentativas de engravidar, sem sucesso. Mas, se houver alguma causa de infertilidade identificada, como baixa produção/qualidade dos espermatozoides ou trompas obstruídas, que limitam a utilização de outras técnicas, a indicação pode ser com menor tempo.

Caso a mulher tenha uma reserva de óvulos comprometida, como ocorre em faixas etárias mais avançadas, a indicação pode ser antecipada. É também indicada aos homens com baixa produção de espermatozoides e àquelas mulheres com trompas obstruídas ou com idade superior a 38 anos. 


Câncer do ovário -  Mais de seis mil casos são estimados ao ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). É o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres. A maior parte de incidências são de células epiteliais (que revestem o ovário) e, a minoria, são de células germinativas (que formam os óvulos) e células estromais (que produzem a maior parte dos hormônios femininos). O risco de câncer de ovário é maior em mulheres com infertilidade, que menstruaram antes dos 12 anos e ou com menopausa tardia. Mulheres que tomam contraceptivos ou que tiveram vários filhos têm menos chances de incidência.


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