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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Ministério da Saúde lança campanha de combate ao Aedes aegypti


Foto: Pedro Paulo Souza / ASCOM MS
Medida tem como objetivo conscientizar a população a fazer a sua parte, destinando 10 minutos do dia para verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa



Para mobilizar a população e garantir que não apareça novos focos do Aedes aegypti, o Ministério da Saúde lança a campanha publicitária de combate ao mosquito e convida você a se juntar nesta grande ação. O objetivo é conscientizar os gestores estaduais e municipais de saúde e toda a sociedade sobre a importância de se organizarem antes da chegada do período chuvoso no combate ao surgimento de novos criadouros do mosquito. Com o slogan "E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa por você”, a campanha, que inicia nesta quinta-feira (12), reforça a necessidade de cada um tomar a iniciativa de proteger a sua casa e de seus familiares contra o Aedes, responsável pela transmissão de três doenças: dengue, zika e chikungunya.

 “Ao invés de lançar a campanha no mês de novembro, como era feito nos outros anos, nós antecipamos para setembro para dar tempo, antes do período da chuva, para as pessoas e os gestores locais organizarem grandes mutirões de combate ao mosquito e não esperar depois que o ciclo da doença já está instalado para começar a agir”, destacou o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, durante coletiva de imprensa de lançamento da campanha publicitária realizada hoje, em Brasília.

A ação, que teve seu período de veiculação adiantado neste ano para setembro, reforça a necessidade de manter a mobilização nacional durante todo o ano, e não apenas nos períodos críticos, de chuva e calor. A medida traz mais tempo aos gestores locais e a população para desenvolverem ações estratégicas no combate ao Aedes aegypti, de acordo com a realidade de cada região. Geralmente, as campanhas ocorriam a partir de novembro, período de maior incidência de chuva e calor em quase todo o país, portanto, aumentando o risco de circulação das doenças.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Kleber, reforçou que este é o momento de fazer diferente e evitar o nascimento dos mosquitos no período de chuvas. “Se cada um tirar 10 minutos por semana, dentro da sua rotina, checar os locais onde o mosquito pode ter depositado ovos e que no contato com água possa nascer mosquitos. Olhar ralos, calhas, caixas d’agua, garrafas e suas tampas, pneus, e outros objetos pequenos que o mosquito tenha capacidade de colocar os ovos e ser um criadouro. Além de evitar a proliferação do mosquito também teremos um ambiente muito mais higiênico”, informou o secretário, ressaltando que os benefícios são diversos. “Desta forma a gente não protege somente a nossa casa, mas protegemos toda a nossa comunidade da circulação do mosquito”, finalizou o secretário.




PROJETO WOLBACHIA

Outra novidade anunciada foi a terceira etapa do projeto Wolbachia que conta com a parceria do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e que vai ofertar linhas de financiamento específico para implantação do projeto em outros municípios. Na nova etapa, o Ministério da Saúde e o BID vão visitar cidades com potencial interesse e situação epidemiológica compatível para implantação do projeto para avaliar a possibilidade de linhas de financiamento para desenvolvimento do projeto.

A metodologia Wolbachia é inovadora, autossustentável e complementar às demais ações de prevenção ao mosquito. Consiste na liberação do Aedes com o microrganismo Wolbachia na natureza, reduzindo sua capacidade de transmissão de doenças. O projeto já está presente em 6 cidades: Campo Grande/MS, Belo Horizonte/MG, Petrolina/PE, Fortaleza/CE, Foz do Iguaçu/PR e Manaus/AM. Somente em 2019, o Ministério da Saúde investiu R$ 21,7 milhões na tecnologia.


DADOS DAS DOENÇAS 

Em 2019 (até 24 de agosto), foram registrados 1.439.471 de casos de dengue em todo o país, com crescimento de 599,5% em relação ao mesmo período de 2018 (205.791). A taxa de incidência, que considera a proporção de casos por habitantes, é de 690,4 casos/100 mil habitantes. Entre os estados com casos, destacam-se Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal. Com relação ao número de óbitos, foram confirmadas 591 mortes.

Este aumento pode ser explicado por uma associação de fatores, como condições ambientais fora do comum (alto volume de chuvas e altas temperaturas); grande número de pessoas suscetíveis, uma vez que nos dois últimos anos houve baixa ocorrência de dengue em toda a região das Américas; mudança no sorotipo predominante, entre outros.

Os casos da febre chikungunya chegaram a 110.627 em relação ao mesmo período do ano passado, 76.742, ou seja 44,2% de aumento este ano. A taxa de incidência foi de 53,1 casos/100 mil habitantes. Entre os estados com casos, destacam-se Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Neste ano, foram confirmados laboratorialmente 57 óbitos.

Já os casos de zika apresentaram aumento de 47,1%, este ano, quando foram registrados 9.813 casos, enquanto em 2018 foram 6.669 o que representa uma taxa de incidência de 4,7 casos/100 mil habitantes. Entre os estados com casos, destacam-se Tocantins, Rio Grande do Norte, Alagoas e Espírito Santo. Neste ano, foram confirmados 2 óbitos por zika.


AÇÕES DE COMBATE AO AEDES AEGYPTI

As ações de prevenção e combate ao mosquito, realizadas pelo Ministério da Saúde em conjunto com estados e municípios, são permanentes e tratadas como prioridade pelo Governo Federal. A execução das ações de prevenção, como visitas dos agentes de endemia para eliminação dos criadouros, é de responsabilidade dos gestores locais.

O Ministério da Saúde também oferece, continuamente aos estados e municípios, apoio técnico e insumos para o combate ao vetor. Para estas ações, o Governo Federal tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, cresceram nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões, em 2010, para R$ 1,9 bilhão em 2018. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya e é repassado mensalmente a estados e municípios.


PREVENÇÃO

Durante o período de seca, a população pode realizar ações de prevenção, basta tirar 10 minutos do dia para verificar se existe algum tipo de depósito de água no quintal ou dentro de casa, por exemplo. Uma vez por semana, lavar com água, sabão e esfregar com escova os pequenos depósitos móveis, como vasilha de água do animal de estimação e vasos de plantas.

Além disso, é preciso descartar o lixo em local adequado, não acumular no quintal ou jogar em praças e terrenos baldios. Limpar as calhas, retirando as folhas que se acumularam no inverno também é importante para evitar pequenas poças de água. Cada pessoa pode ser um vigilante permanente de atenção à saúde, com isso não teremos dengue, zika e chikungunya.




Jéssica Cerilo
Agência Saúde


Três passos para reduzir o lixo de casa em 90%


Sacolas de supermercado, sachês de molhos, embalagem de produtos de limpeza, restos de comida, cada um tem seu espaço; O ambientalista Caio Queiroz lista três dicas de como descartar apenas 10% desse lixo no dia em o que “lixeiro passa”

Sabia que sua casa é um lugar que acumula bastante lixo? Em média, cada pessoa produz 1kg de lixo por dia. Para se ter uma ideia, 60% desse material é possível reciclar, 20% a 30% são orgânicos e apenas 10% é inservível.  Essa questão também é um problema mundial. Recentemente, a humanidade passou a viver em crédito por ter consumido todos os recursos naturais, isso foi revelado em um cálculo da organização não governamental (ONG) Global Footprint Network. Ainda de acordo com a apuração, neste ano, estabelecemos um novo recorde negativo, pois já foram utilizados mais recursos de terra e mar do que o Planeta pode regenerar em um período de 12 meses.
De acordo com Caio Queiroz, sócio fundador da Mídia Sustentável, pioneiro no ramo de coleta seletiva, e que atua há mais de 20 anos no mercado socioambiental, é preciso começar a cuidar do planeta dentro de casa. “A humanidade utiliza atualmente os recursos ecológicos mais rápido do que a capacidade de regeneração dos ecossistemas, em menos de seis meses já consumimos o que deveria ter sido utilizado durante todo o ano. Por isso, é preciso reciclar, para aumentar a vida útil dos aterros sanitários, reduzir o alto custo de impostos pagos para as concessionárias, além de evitar que matérias primas cheguem para um aterro. Reciclar gera um mercado novo, gera emprego”, orienta Queiroz.

Confira abaixo três dicas para ter uma casa mais sustentável:

1- Abuse do Consumo Consciente
Compre apenas o que você vai consumir, seja no mercado, na feira, farmácia ou em qualquer tipo de estabelecimento. Isso porque devemos evitar desperdícios de alimentos, embalagens e até objetos. De acordo com Caio, o primeiro passo é prestar atenção na redução de consumo.
“Muita gente compra alimentos em grande quantidade, não consomem todos os ingredientes e eles acabam estragando, além disso, muito desses alimentos estão em embalagens de plástico que devem ser reutilizadas ou higienizadas para a reciclagem”, alerta o especialista em sustentabilidade.

2- Os três “R” da sustentabilidade:
O próximo passo é saber reduzir reutilizar e reciclar o que você trouxe para casa. O pote de requeijão, por exemplo, pode ser utilizado como uma louça ou um porta alfinete/parafuso. Caio também orienta sobre a questão da importância da reciclagem. “Com essa atitude, estamos pegando a matéria prima e reintroduzindo no mercado. Hoje, as pessoas estão acostumadas com a economia linear, em que compramos o material, consumimos, jogamos a embalagem no lixo, e o objeto vai direto para os lixões, sendo que ainda pode ser reutilizado. Já a reciclagem, proporciona uma economia circular, que é justamente reutilizar os objetos que não precisam ser jogados fora, sem prejudicar o meio ambiente”, revela o especialista.
Essa atitude também ajuda a não faltar matéria prima no mercado, evita a poluição, aumenta a vida útil dos aterros sanitários, gera uma renda para as pessoas que trabalham em cooperativa, sem deixar de lado a questão social.

3- Faça a Coleta Seletiva      
Você pode começar essa atitude com três lixeiras: uma para materiais recicláveis como plástico, embalagens entre outros, outra para os chamados inservíveis - resíduos que não são recicláveis e nem orgânicos, como o lixo de banheiro - e uma terceira para compostagem, em que é possível descartar os restos de comida. “Atualmente no mercado já existem composteiras elétricas, com o processo rápido, que fazem todo o tratamento em 24h, mas também existe a opção de composteiras caseiras, como o minhocário, que apresenta um processo um pouco mais demorado, mas também leva ao mesmo resultado”, orienta Ca Queiroz. Ainda de acordo com o especialista, a compostagem é um processo natural que transforma resíduos orgânicos em adubo.
Caso a pessoa more em casa e tenha espaço também é possível realizar a coleta seletiva em um jardim, por meio das leiras. “Você pode ir montando com serragem e resto de comida, assim a compostagem é realizada de forma natural,”, aconselha.
Para ajudar nessa tarefa, Queiroz indica utilizar o app Cataki, que conecta catadores com  quem deseja jogar a reciclagem fora. “Funciona da seguinte maneira: os catadores se cadastram, ou são cadastrados por alguém no app e quando você tiver um número de reciclados na sua casa, você chama a pessoa mais próxima a você. Outra dica para quem gosta do assunto sustentabilidade é ficar atento às notícias divulgadas pelo Instituto Ethos”, finaliza.



Caio Pereira de Queiroz  - atua há mais de 20 anos no mercado socioambiental. Pioneiro no ramo de coleta seletiva, é especialista em implantação de Sistemas de Gestão de resíduos, e no desenvolvimento de programas de Marketing Ambiental. Possui expertise em programas corporativos e municipais de resíduos, publicidade e propaganda. Também é sócio da Mídia Sustentável, empresa que constrói e gere plataformas de sustentabilidade que aliam gestão ambiental, marketing socioambiental e mídia OOH, que sejam efetivas para a marca e amigáveis ao meio ambiente, deixando um legado positivo para a sociedade.

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