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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

Coração: Seconci-SP explica as principais doenças e os seus sintomas


No Brasil, 300 mil pessoas morrem todos os anos em virtude de doenças cardiovasculares


No próximo dia 29 de setembro será celebrado o Dia Mundial do Coração. Instituída por iniciativa da Federação Mundial do Coração, a data tem o objetivo de chamar a atenção das pessoas para a importância de prevenir doenças relacionadas a um dos mais importantes órgãos do corpo humano. E o Seconci-SP (Serviço Social da Construção) aproveita a efeméride para explicar os principais problemas que atingem o coração, os sintomas e as formas de evitar e tratá-las.
Dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 300 mil brasileiros morrem em virtude de doenças cardiovasculares todos os anos. No mundo, segundo levantamento mais recente da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o número de vítimas chega a 17 milhões de pessoas.

O dr. Horácio Cardoso Salles, gerente de Medicina Ambulatorial do Seconci-SP, esclarece que as doenças do coração, ou cardiovasculares, são falhas que na maioria das vezes estão associadas a sobrecargas do órgão, infecções ou alterações musculares. "Os principais motivos para a incidência destes fatores são a predisposição genética, o histórico familiar e o hábito de consumir alimentos ricos em gorduras saturadas", comenta.

O especialista ressalta que existem cerca de dez enfermidades mais recorrentes quando se trata de problemas do coração. As principais são a angina; o aneurisma da aorta abdominal; a arritmia; o ataque cardíaco; a doença cardíaca congênita e vascular periférica; a endocardite; a insuficiência cardíaca; a miocardite e os tumores.


Doença
Descrição e Tratamento
Angina
É caracterizada por uma dor forte ou desconforto localizado bem no centro do peito. Normalmente, surge junto com outros sintomas, como uma sensação de pressão, aperto ou queimação acima do tórax. É causada pela interrupção parcial da passagem do sangue para o coração, impedindo que ele receba oxigênio e nutrientes suficientes para continuar funcionando normalmente. Dependendo da gravidade, pode ser tratada com mudanças no estilo de vida, medicamentos ou cirurgia.
Arritmia
O distúrbio do batimento ou ritmo cardíaco tem como sintoma o batimento muito rápido (taquicardia), muito lento (bradicardia) ou irregular. Geralmente é causada por problemas no sistema elétrico de condução do coração, podendo ser motivada por ataque cardíaco, cardiomiopatia, artérias bloqueadas, hipertensão, diabetes, fumo, alcoolismo, uso de drogas em geral e estresse.
Aneurisma da aorta abdominal
Dilatação anormal do principal vaso sanguíneo que fornece sangue ao corpo, no nível do abdômen. Recorrente em homens idosos e em fumantes, não apresenta sintomas e, com o rompimento da veia, pode levar a uma hemorragia interna.
Ataque Cardíaco
Mais conhecido entre a população, o ataque cardíaco (infarto agudo do miocárdio) é causado pela falta de sangue e oxigênio no músculo cardíaco, em função de uma obstrução da artéria coronária. Os sintomas incluem dor no peito, sudorese, falta de ar e mal-estar súbito. "Ao sentir estes sinais, é recomendável buscar atendimento médico, pois a cada minuto perdido o risco de morte aumenta consideravelmente", recomenda o dr. Salles.
Doença cardíaca congênita
É uma alteração na estrutura do coração presente desde o desenvolvimento do feto, na gestação. Pode ser detectada ainda no útero materno, por exames de ultrassom e ecocardiograma. A cura, a depender do caso, pode ser obtida através de uma cirurgia para correção do defeito, o que dependerá do tipo e da complexidade da cardiopatia.
Doença vascular periférica
Problema gerado pelo acúmulo de gordura e cálcio nas artérias periféricas (braços, pernas), causando a redução ou mesmo obstrução do fluxo sanguíneo. Os principais sintomas são dores nos membros, dormência e queda de temperatura local. A mudança dos hábitos alimentares e a prática de exercícios físicos são os tratamentos mais indicados para estes casos.
Endocardite
Infecção no revestimento interno do coração, causada na maioria dos casos por bactérias ou germes que saem de outra parte do corpo e chegam a áreas já afetadas do coração por meio da corrente sanguínea. Os sintomas variam com base na gravidade da infecção, mas podem incluir febre, calafrios e fadiga. O seu tratamento é feito com antibióticos.
Insuficiência Cardíaca
Caracterizada como uma doença que se desenvolve com o passar do tempo, a insuficiência cardíaca ocorre quando o coração não consegue bombear sangue (sistólica) ou encher-se de sangue (diastólica) adequadamente. Os sintomas incluem falta de ar, fadiga, pernas inchadas e batimentos cardíacos acelerados. Nestes casos, o tratamento inclui a ingestão limitada de sal e de líquidos, bem como o uso de medicamentos com prescrição.
Miocardite
Inflamação de um músculo do coração chamado miocárdio, podendo ser causada principalmente por infecções por vírus, bactérias, protozoários ou fungos, uso de certos medicamentos, doenças autoimunes, e consumo exagerado de álcool ou drogas. Geralmente, apresenta pouco ou mesmo nenhum sintoma. Entre as consequências da doença está a falência da bomba cardíaca (redução de sua capacidade de bombear sangue), além de arritmias cardíacas. O tratamento pode incluir medicamentos para regular o batimento cardíaco e melhorar a função cardíaca.
Tumor no coração
Caracterizado por um crescimento anormal das células, pode ser benigno ou maligno (câncer). Quando sua origem é no próprio coração, chama-se primário ou primitivo, mas este tipo é bem raro. Os mais comuns são os denominados secundários, casos que são originados da metástase de tumores malignos em outras partes do corpo e vão para o coração. A partir de exames e acompanhamento, o médico determinará o tratamento mais adequado, que pode vir a envolver intervenção cirúrgica.


O gerente de Medicina Ambulatorial do Seconci-SP ressalta que a maioria dos problemas do coração pode ser evitada por meio de uma alimentação mais saudável, livre de gorduras saturadas, e a prática regular de atividade física. Além disso, o especialista lembra também que é muito importante que, ao sentir qualquer sintoma ou desconforto, o trabalhador procure orientação médica. "Na maioria dos casos, quando o problema é diagnosticado logo no início, existe uma grande chance de a pessoa se curar e levar uma vida normal", conclui.


Dia Nacional da Doação de Órgãos marca a importância dos transplantes



No Brasil, existem quase 33 mil pessoas que aguardam por uma doação de órgão. Destas, cerca de 22 mil esperam por um rim e 706 são crianças


A estimativa é de que existam 13 milhões de pessoas com algum grau de doença renal, sendo que a imensa maioria não sabe que tem problema nos rins e pode levar a necessidade de transplante tardiamente


Em 27 de setembro é realizada em todo o Brasil a campanha de conscientização para Doação de Órgãos, lembrada também como o “Setembro Verde”. No primeiro semestre deste ano, 1.286 pessoas morreram no Brasil à espera do transplante, sendo 23 crianças. O país ocupa o segundo lugar do mundo na realização de transplantes, conforme informações do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Neste semestre houve recuperação da uma leve queda registrada anteriormente (2,4%) na taxa de doadores efetivos do primeiro trimestre: 17 doadores pmp (por milhão da população) - ainda um pouco distante, mas com possibilidade de aproximação da meta para o ano de 18 pmp.

Apesar de o Brasil ter o maior índice de aprovação do mundo à doação de órgãos e ser considerado referência mundial em transplantes - só fica atrás dos Estados Unidos -, o número de doações efetivos ainda é baixo em relação ao número de pessoas que aguardam em lista.

Isso se dá por causa da recusa das famílias em autorizar a doação. Principalmente, porque a família não fica sabendo do desejo do parente em doar os órgãos e salvar vidas. Segundo dados, a cada dez pessoas abordadas, quatro se negam a doar os órgãos de seus familiares. Este é um dado nacional preocupante para quem espera por uma chance de viver mais e com qualidade de vida

“Por isso é de extrema importância avisar a família ainda em vida o desejo de ser doador de órgãos ”, declara Dr. Marcos, que completa: “Hoje, milhares de vidas dependem da consciência de familiares que perderam entes queridos. É importante ressaltar que para ser doador não precisa deixar nenhum documento expresso. Basta conversar com os familiares, manifestando esse desejo”, enfatiza o médico.





Fundação Pró-Rim


Um em cada dez casos de suicídio tem relação com dores crônicas, diz estudo


Um novo estudo indica que uma em cada dez mortes por suicídio nos Estados Unidos é cometida por pessoas que sofrem de dor crônica.


A dor crônica foi prevalente em quase 9% dos indivíduos que morreram por suicídio, de acordo com pesquisa publicada esta semana na revista Annals of Internal Medicine. Os autores do estudo concluem que a presença de dor crônica é um fator de risco significativo para o suicídio em indivíduos, associados também a maiores índices de abuso de medicamentos derivados da morfina (opióides), depressão e ansiedade.

Embora o estudo não possa provar que a dor crônica contribuiu para as todas as decisões das pessoas de se matarem, "nós percebemos que problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade, eram mais comuns entre aqueles com dor crônica", disse a principal autora, Emiko Petrosk, uma epidemiologista do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA em Atlanta.

Os pesquisadores descobriram que 8,8 por cento dos 123.181 falecimentos por suicídios incluídos no estudo tinham evidência de dor crônica; de 2003 a 2014, esse percentual aumentou de 7,4 para 10,2 por cento. No geral, 53,6 e 16,2 por cento dos suicidas com dor crônica morreram de ferimentos por arma de fogo e overdose de opióides, respectivamente.
Um grande número de dores crônicas experimentadas pelas vítimas de suicídio sofriam de dores nas costas, artrite, enxaqueca ou dor associada ao câncer.

Segundo o Dr. Marcus Yu Bin Pai, médico especialista em Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, "o estudo foi importante para reforçar a importância no tratamento precoce e multidisciplinar das dores crônicas, pois mais de 50% dos pacientes que sofrem destas dores evoluem com depressão, insônia e ansiedade generalizada, o que dificulta sua reabilitação".

De acordo com os autores do estudo, "os profissionais que cuidam de pacientes com dor crônica devem estar cientes do potencial aumento do risco de suicídio, e mais esforço pode ser necessário para diagnosticar, gerenciar e tratar a dor crônica e as condições de saúde mental comórbidas".

"A vigilância contínua e a pesquisa são necessárias para entender melhor o impacto da dor crônica nos Estados Unidos", concluem os autores.

O estudo foi publicado em 11 de setembro de 2018, e está disponível em: http://annals.org/aim/fullarticle/2702061/chronic-pain-among-suicide-decedents-2003-2014-findings-from-national





Fonte:  Dr. Marcus Yu Bin Pai - médico especialista em Dor do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.


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