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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Conheça as diferentes técnicas de cirurgia bariátrica para controle da obesidade


Com aumento de 46,7% em seis anos, cirurgia bariátrica é opção para melhorar qualidade de vida


Em um país que já há 18,9% de obesos entre a população adulta em capitais brasileiras, o excesso de peso passa a ser um problema sério de saúde. A cirurgia bariátrica é uma alternativa para combater a obesidade e outras doenças metabólicas, e o número de cirurgias realizadas entre 2012 e 2017 aumentou 46,7% no Brasil, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica Metabólica (SBCBM).

Há, no entanto, várias técnicas cirúrgicas que atendem a propósitos diferentes. Algumas delas proporcionam maior perda de peso, enquanto outras não atrapalham a absorção de vitaminas, problema enfrentado por quase todos que passam pelo procedimento. 

De acordo com o Dr. Ivan Sandoval de Vasconcellos, quando bem indicada, a cirurgia bariátrica muda para melhor a vida do paciente. “Há ganho de qualidade de vida e redução da ocorrência - muitas vezes até mesmo com resolução total – de outras doenças associadas à obesidade, como diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto e problemas nas articulações, como nos joelhos”. Segundo o especialista, há também aumento da mobilidade, já que a obesidade mórbida impede, muitas vezes, de o paciente praticar alguma atividade física.

Existem hoje vários tipos de técnicas de cirurgias bariátricas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), sendo as mais indicadas:


Bypass gástrico: técnica mais praticada no Brasil, o bypass gástrico corresponde a 60 a 70% das cirurgias bariátricas. Esse número é alto por conta da eficácia e segurança da técnica. “É possível perder de 30% a 40% do peso total, ou 60% a 80% do excesso de peso por meio do bypass gástrico”, explica Vasconcellos.

A técnica consiste em grampear parte do estômago, reduzindo assim o espaço para os alimentos, além de fazer um desvio no início do intestino, intervenção que aumenta os hormônios da saciedade, reduzindo a fome, além de reduzir a absorção de calorias e acelerar o metabolismo. 


Gastrectomia vertical (Sleeve): Dr. Vasconcellos explica que essa técnica consiste em grampear apenas o estômago, reduzindo a capacidade normal para 80 ou 100ml. “Por não mexer no intestino, a perda de peso é um pouco menor do que no by-pass gástrico, mas continua sendo totalmente satisfatório em casos selecionados, já sendo um procedimento consolidado, já que é feito há pelo menos 20 anos”, diz. "E tem algumas vantagens, principalmente quando se trata da absorção de vitaminas, que é menos comprometida nesta técnica".  


Duodenal switch: nessa cirurgia, que corresponde a 5% dos procedimentos realizados no país, é retirado 60% do estômago. A técnica é uma associação entre o desvio intestinal mais longo e a gastrectomia vertical. Com ela, é possível perder até 85% do excesso de peso. Essa técnica pode ser usada em casos de obesidade e diabetes mais graves, porém deve se pesar o risco e benefício, pois é uma técnica que perde muitas vitaminas e nutrientes, exigindo reposição mais intensa do que todas as outras técnicas.  


Banda gástrica ajustável: essa técnica é usada em 1% dos procedimentos cirúrgicos no Brasil. Em desuso, consiste em instalar um anel de silicone inflável ao redor do estômago. Por ser um corpo estranho dentro do organismo, esse tipo de cirurgia pode eventualmente apresentar algumas complicações, por isso é pouco praticada no Brasil. 


Não é para todo mundo 
É importante saber, no entanto, que a cirurgia bariátrica não pode ser feita indiscriminadamente. Há pessoas, por exemplo, que acabam ganhando peso propositalmente apenas para se encaixar nos padrões necessários que indicam a realização da cirurgia, o que é prejudicial à saúde. 

Dra. Raquel Resende Silva, endocrinologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, explica que em pacientes com síndrome metabólica, caracterizada por obesidade ou sobrepeso – e quando a mulher tem circunferência abdominal acima de 88cm e o homem acima de 102cm – associado à hipertensão, aumento de triglicérides e diabetes (ou pré-diabetes), a cirurgia pode ser indicada. 

No entanto, ela ressalta que é preciso ter passado por um período de dois anos de acompanhamento regular com endocrinologista, com foco na perda de peso. Quando as tentativas não funcionam, a cirurgia bariátrica pode ser indicada. “A cirurgia tem suas indicações, principalmente para aquele paciente refratário ao tratamento ou que tem diabetes de difícil controle associado à obesidade”, diz. 
Um acompanhamento psicológico é também importante para que essa mudança de estilo de vida seja feita com sucesso. 






Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo


Cientistas dinamarqueses desenvolvem 'ovário artificial'


Técnica poderá ajudar mulheres a engravidar após tratamentos de quimioterapia e radioterapia


Ao passar por tratamentos contra o câncer, muitas mulheres acabam se tornando inférteis e impossibilitadas de terem filhos por meio de uma gestação de forma natural. Para ajudá-las, pesquisadores de Copenhague, na Dinamarca, estão desenvolvendo um 'ovário artificial' – construído com tecidos e óvulos humanos – para ser implantado em mulheres logo após o término da quimioterapia ou radioterapia e, assim, tornar possível a gravidez. Além das sobreviventes de canceres, a técnica – ainda em estágio inicial – pode ajudar também mulheres com esclerose múltipla e talassemia, doenças que em seus tratamentos a fertilidade também é afetada.

De acordo com a pesquisa, em casos de tumores no ovário e leucemia, quando o tecido é descongelado e colocado de volta, existe o risco de a doença aparecer novamente. Por esse motivo, o congelamento de tecido ovariano raramente é recomendado às pacientes de alto risco.

Diante desse cenário, a equipe em Copenhague mostrou que um ovário desenvolvido em laboratório pode manter os óvulos humanos vivos por semanas, aumentando as esperanças de que essa iniciativa possa ser a solução usada no futuro para ajudar as mulheres a terem famílias após tratamentos severos contra o câncer.

Os pesquisadores acreditam que os ovários artificiais podem ser uma opção mais segura. Para fazer um deles, a equipe usou substâncias químicas para remover todas as células do tecido ovariano doado, incluindo qualquer célula cancerígena. Isso deixou um pedaço de tecido nu feito em grande parte de colágeno – a proteína que dá força à pele. Os médicos então semearam este pedaço com centenas de folículos humanos. Em seguida, no laboratório, os pesquisadores implantaram um dos 'ovários artificiais' com 20 folículos em um camundongo fêmea e, após três semanas, vasos sanguíneos começaram a crescer em torno do ovário para mantê-lo nutrido no animal.

Ainda que a criação dos 'ovários artificiais' tenha sido inédita, os pesquisadores afirmaram que pode levar de cinco a dez anos de trabalho para que os ovários criados em laboratório estejam prontos para testes em humanos.

Segundo o Dr. Maurício Chehin, ginecologista e médico especialista em reprodução humana da Huntington Medicina Reprodutiva, o congelamento do tecido ovariano para preservar a fertilidade antes do tratamento de quimio ou radioterapia é uma alternativa ao de congelamento dos óvulos, principalmente quando a mulher não possui tempo suficiente para aguardar a coleta dos folículos ou tem contraindicação para receber estimulação ovariana com hormônios, também é indicado no caso das meninas pré púberes.

No Brasil, o procedimento cirúrgico para a retirada de parte ou de um dos ovários leva até dois dias e possibilita um início mais rápido do tratamento oncológico. Os fragmentos do ovário são congelados por tempo indeterminado e, posteriormente, reimplantados no ovário remanescente da paciente quando for liberada pelo oncologista para tentar a gravidez. O tecido pode levar de três a quatro meses para recuperar suas funções hormonais e, depois, é possível ovular e tentar a concepção.

"Os avanços das pesquisas e técnicas para os tratamentos de oncofertilidade ampliam as possibilidades em todos os âmbitos, incluindo o da reprodução humana. O risco de infertilidade para uma paciente com câncer deve ser apresentado pelos médicos antes do início do tratamento, pois mesmo em um momento delicado, as pacientes devem ter conhecimento que podem escolher seu futuro reprodutivo, de ter ou não filhos", finaliza.





 

Huntington Medicina Reprodutiva


Saiba diferenciar os tipos mais comuns de dor de cabeça


 Conheça os sintomas dos principais tipos do mal-estar que atinge mais de 70% dos brasileiros



As dores de cabeça atingem mais de 70% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), que estima existirem mais de 200 tipos da dor, entre enxaqueca e cefaleias.

O desconforto causado pelas dores afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas, por isso é importante saber identificar seus tipos e sintomas. Pensando nisso, a rede de farmácias Extrafarma preparou um guia para orientar sobre as diferenças entre as dores de cabeça mais comuns.

“Além de conhecer as características de cada dor, é importante seguir as orientações de um farmacêutico ou médico para combatê-las de forma eficaz e segura. Na Extrafarma, há uma seção de farmácia em casa, com diversas opções de medicamentos isentos de prescrição para dor de cabeça. O recomendado é consultar um médico para identificar as causas e saber qual é o tratamento mais adequado para tratar o problema”, afirma Adriano Heleno Ribeiro, farmacêutico da Extrafarma.  

 
Enxaqueca

Caracterizada por dores que geralmente acometem um dos lados da cabeça e podem durar de quatro até 72 horas. As dores são crônicas (ocorrem mais de 15 vezes em um mês), e as crises podem ser desencadeadas por alterações hormonais, alimentação desequilibrada ou ingestão de um determinado tipo de bebida ou alimento, entre outros fatores. O distúrbio ocorre em pessoas geneticamente suscetíveis e, eventualmente, as dores são associadas a náusea, tontura, vômito, fotofobia (intolerância à luz) e fonofobia (intolerância a ruídos). 


Cefaleia Tensional

Esse tipo de desconforto é caracterizado por uma sensação de aperto ou pressão, como se a cabeça estivesse envolvida por uma faixa compressora. Pode ser desencadeada por episódios de estresse ou ansiedade ou ocorrer por alterações na atividade química cerebral, nos nervos ou vasos sanguíneos do crânio, ou tensões nos músculos do pescoço. 


Cefaleia em Salvas 

Diferentemente da cefaleia tensional, a cefaleia em salvas é caracterizada por dor intensa e unilateral, geralmente em torno da órbita ocular. Pode ser acompanhada por vermelhidão nos olhos, lacrimejamento, congestão nasal e queda da pálpebra no mesmo lado da dor. As crises duram entre 15 e 180 minutos e podem ocorrer mais de uma vez por dia, geralmente se repetindo por períodos de quatro a seis semanas. 


Cefaleia Hípnica

São crises de dor de cabeça que ocorrem no meio do sono, despertando a pessoa. Costuma ocorrer pela primeira vez após os 50 anos. Esse tipo de mal-estar geralmente é caracterizado por dores de intensidade fraca a moderada, mas um a cada cinco pacientes relata a ocorrência de dores fortes. Na maior parte dos casos, a dor atinge os dois lados da cabeça, e a crise dura de 15 a 180 minutos.


Cefaleia Primária em Facada

Caracteriza-se por dores de curta duração (cerca de três segundos), sentidas em pontadas. Sua ocorrência é comum em pacientes que sofrem de enxaqueca ou cefaleia em salvas.



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