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terça-feira, 28 de agosto de 2018

Lei em pó é tão nutritivo quanto o pasteurizado e não tem conservantes


Além de facilitar a logística e a estocagem, produto tem
durabilidade que varia de seis meses a três anos


Engana-se quem pensa que o leite em pó é menos nutritivo ou saudável do que o leite pasteurizado, aquele que é vendido refrigerado. O engenheiro químico Jorge Gut, pesquisador do FoRC e professor do Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), afirma que o processo de produção do leite em pó não afeta o valor nutricional do produto, uma vez que é feito a partir da desidratação do leite pasteurizado, com controle da qualidade da matéria-prima.

“Trata-se de um produto de alto valor agregado e de custos de produção elevados, dada a sofisticação do processo”, afirma. A indústria, explica ele, utiliza nesse processo um equipamento chamado de spray dryer, ou secador por atomização. Formado por uma torre oca com um atomizador instalado na parte superior interna, o leite é bombeado através de um bico pressurizado (ou por um disco rotativo), que gera uma névoa de gotículas bem pequenas do líquido. Correntes de ar quente se encarregam do processo de evaporação da água. 


Processo complexo – “Em poucos segundos, as gotículas de leite secam e formam um pó fino. O ar quente carrega estas partículas do spray dryer para um ciclone. Neste equipamento o ar gira como em um furacão. Como as partículas de leite são mais pesadas do que o ar, elas são deslocadas para a parede do equipamento e escorregam para a parte debaixo do ciclone, onde se coleta o leite em pó, enquanto o ar quente sai pela parte de cima do ciclone”, descreve Gut. Um filtro é instalado para não deixar partículas escaparem para o ambiente.

Por serem muitas finas, as partículas do leite passam por outro processo, chamado de aglomeração, para garantir que o produto final seja facilmente solúvel em água. “Neste processo, as partículas se espalham em uma ‘cama’, chamada de leito fluidizado. Depois, são movimentadas até formar uma nuvem suspensa do pó, sobre a qual se aplica vapor de água. Isso possibilita reumidificar as partículas e aumentar seu tamanho. Como resultado, a dissolução em água pelo consumidor é mais rápida”, explica a vice-diretora e coordenadora de Transferência de Tecnologia do FoRC, Carmen Tadini, que é professora titular do Departamento de Engenharia Química da Poli-USP. 

Segundo ela, a introdução do leito fluidizado resolveu um problema para as indústrias. “Antes, para melhorar a solubilidade do leite em pó na água, adicionava-se um emulsificante. O mais comum era a lecitina de soja, mas começaram a surgir casos de alergia. Esse novo processo, desenvolvido na Alemanha, eliminou a necessidade do emulsificante”, conta.

Vida de prateleira – O processo de oxidação dos lipídios, caso da gordura do leite, é o principal responsável pela deterioração do leite em pó, podendo causar alterações indesejáveis de cor, sabor e aroma. Trata-se de uma série complexa de reações químicas, que ocorrem em presença do oxigênio e os ácidos graxos insaturados dos lipídios.

Por isso, a presença ou ausência de gordura no leite em pó, assim como o tipo de embalagem, definem a durabilidade do produto. O leite em pó desnatado, armazenado em lata, tem validade de até três anos, já que praticamente não tem gordura. Já o leite integral pode ter validade de até seis meses.

As embalagens, por sua vez, não permitem que o oxigênio do ar penetre e isolam o produto da ação da luz. Além disso, antes de fechar a embalagem na fábrica, seja lata ou saco plástico aluminizado, retira-se de dentro o ar (que contém oxigênio) e coloca-se o nitrogênio, que é um gás inerte. Sem a presença de oxigênio dentro da embalagem, são retardadas as reações de oxidação, aumentando o período de validade do produto. Tudo isso sem a adição de conservantes.






Sobre o FoRC - Criado em 2013, o FoRC é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Reúne equipes multidisciplinares de diferentes instituições de pesquisa do Estado de São Paulo: USP, UNICAMP, UNESP, Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) e Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Suas linhas de pesquisa estão estruturadas em quatro pilares: Carboidratos, Alimentos e Saúde; Biodiversidade Alimentar, Compostos Bioativos e Saúde; Micróbios nos Alimentos: riscos e benefícios; e Tabela Brasileira de Composição Alimentar. Além de realizar pesquisas e promover a transferência de tecnologias e novos conhecimentos para a sociedade, o FoRC também realiza atividade de difusão do conhecimento científico.


Antioxidantes: conheça os melhores ativos naturais para combater os radicais livres


Além dos cuidados alimentares, os cosméticos orgânicos são grandes aliados nesse processo e ainda ajudam a reparar os danos causados


Os sinais do tempo chegam para todos, mas algumas pessoas são mais afetadas do que outras. Seja por questões genéticas ou por agentes externos, o fato é que muitos podem aparentar, até mesmo, ter mais idade do que realmente têm. Diversos fatores influenciam sobre o envelhecimento, mas existem alguns cuidados que ajudam a minimizar a ação do tempo e deixar os ponteiros do relógio a nosso favor. E, entre eles, há um em especial que consegue impedir que os anos corram fora do ritmo: o uso de antioxidantes. Essas substâncias são compostas por vitaminas, minerais e outros elementos que evitam a oxidação da estrutura celular. Além disso, eles também são fundamentais para proteger células saudáveis de danos no DNA.

Nosso organismo é capaz de produzir alguns antioxidantes, mas outros, como as vitaminas C, E e o betacaroteno, devem ser supridos através da alimentação ou produtos cosméticos. Há uma grande variedade de ingredientes ricos nessas substâncias, como vegetais, frutas, legumes, hortaliças e cereais. E, já é cientificamente provado que, além de combater os efeitos nocivos do envelhecimento, alguns antioxidantes ainda atuam diretamente na prevenção contra doenças cardíacas e derrames. Mas, para aproveitar ao máximo todos os seus benefícios é preciso investir no combo: alimentação e uso tópico.

Radicais livres X Antioxidantes

A oxidação é um processo químico natural do corpo que acontece frequentemente, resultando em moléculas instáveis chamadas de radicais livres. Eles contêm um ou mais elétrons não pareados, que são altamente reativos. Em quantidades pequenas, os radicais livres se tornam úteis à saúde, pois desempenham um papel importante em algumas atividades, como transferência de elétrons para atingir a estabilidade. Porém, em excesso, eles podem ser tóxicos ao nosso organismo e atacar alvos em nossas células para conseguir estabilizar sua estrutura. Esse "ataque" fica mais evidente na pele, que sofre com alterações, como descoloração, ressecamento, perda de elasticidade e formação acelerada de rugas.

Além disso, esse processo, conhecido como "estresse oxidativo", prejudica o funcionamento celular e gera diversos problemas, levando ao desenvolvimento de patologias crônicas, como a aterosclerose, obesidade, diabetes e hipertensão, ou doenças degenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson, além de promover o envelhecimento das células mais rápido. Mas e qual o papel do antioxidante nessa história? Segundo a médica Maria Clara Couto, consultora do portal Use Orgânico, é aí que entra a ação dos antioxidantes: “Eles conseguem proteger nossas células, pois são capazes de neutralizar a ação dos radicais livres através da doação de um elétron” – explica Couto – especialista em dermatologia.

Fatores agravantes

Para evitar um excesso prejudicial ao organismo, o corpo produz compostos que regulam o nível dos radicais livres. No entanto, quando a dieta está desequilibrada, rica em produtos industrializados, carboidratos simples, gorduras saturadas e trans, essa produção se torna ineficiente e não consegue inibir a ação de todas as moléculas. Além disso, a carência de nutrientes também promove o aumento de radicais livres que atuam na pele, diminuindo assim a proliferação celular e aumentando o envelhecimento cutâneo. Mas, além da alimentação, há outros fatores que podem agravar esse quadro. Segundo Couto, há agentes externos, como a poluição e exposição aos raios solares, e internos, como o hábito de fumar ou, até mesmo, o estresse. Isso sem falar da genética, que também contribui para elevar ou reduzir os níveis de radicais livres.

O antídoto

Uma dieta rica em frutas, vegetais e grãos integrais, especialmente crus, pode fornecer ao corpo o aporte necessário para que o organismo tenha uma absorção eficaz dos antioxidantes que ele precisa para funcionar corretamente. Além disso, a ingestão adequada de água também é fundamental para combater a retenção de líquidos e eliminar as toxinas. Segundo Couto, essa prática contribui para fortalecer o sistema imunológico e minimiza os riscos de doenças. Mas é aí que muitas pessoas pecam. “Com a correria do dia a dia, muitas vezes, o cardápio deixa a desejar e a ingestão de água passa longe do recomendado, que é de 2 litros ao dia. Além disso a poluição, cigarro, estresse e outros fatores podem agravar o estresse oxidativo. Tudo isso faz com que o organismo sinta os efeitos negativos dos radicais livres, que aparecem, especialmente, na pele. Para reverter esse quadro os cosméticos são grandes aliados, pois auxiliam no processo de recuperação e prevenção de novos danos”. 

Cosméticos orgânicos se destacam

Felizmente, nos últimos tempos, as pessoas vêm demonstrando uma consciência maior sobre o assunto. De acordo com uma pesquisa especializada, realizada pelo portal Use Orgânico, 82,5% dos consumidores afirmam que se preocupam com a qualidade dos produtos usados na pele, unhas e cabelos tanto quanto a dos alimentos ingeridos. Para a maioria (64%), os produtos orgânicos têm qualidade superior aos convencionais e, quando se trata da escolha dos cosméticos, 48% deles se interessam mais pelos itens com apelo natural, ou com menos aditivos químicos (26%).

Segundo Couto, essa crença não está errada: “O uso de cosméticos orgânicos e naturais reduz os riscos de processos alérgicos devido ao baixo percentual ou, até mesmo, inexistência de ativos sintéticos na composição do produto. Além disso, tais itens são formulados para valorizar a maior concentração dos ativos naturais, preservando ao máximo suas propriedades benéficas e garantindo o melhor resultado. Por isso a linha orgânica vem se destacando cada vez mais. Isso sem falar no engajamento social, que atrai uma boa parcela de consumidores, promovendo o incentivo ao desenvolvimento de pequenos produtores e consumo sustentável” – explica Couto.

Como identificar no rótulo

Confira a seguir os antioxidantes mais usados em cosméticos:

Vitaminas do complexo B: Elas contribuem para o funcionamento de enzimas antioxidantes e também atuam na produção do colágeno;

Vitamina C: Esse nutriente, além de ser um poderoso antioxidante, é importante para a síntese de colágeno e ainda tem a função de uniformizar o tom da pele;

Vitamina E: Possui efeito emoliente e anti-inflamatório, que combate a ação nociva dos radicais livres e previne contra o envelhecimento precoce;

Betacaroteno: Essa substância é convertida em vitamina A no organismo e ajuda a proteger a pele contra os danos causados pelos raios ultravioletas. Além disso, também atua na produção de colágeno e elastina, proteínas que dão sustentação e firmeza para pele;

Chá verde: Com ação anti-inflamatória, adstringente e bactericida, ele reduz o processo oxidativo, e preserva o DNA das células, ajudando na formação do colágeno;

Ômega-3: Esse ácido graxo é altamente anti-inflamatório e ajuda a manter a hidratação da pele, além da ação antioxidante;  

Niacinamida: É amplamente utilizada nos tratamentos de acne, devido à sua ação anti-inflamatória. Além disso é despigmentante e efetiva no sistema imunológico cutâneo;

Polifenóis e flavonóiides: Além da ação antioxidante, eles também combatem os radicais livres e reparam seus efeitos nocivos à pele, como manchas e rugas.

Retinol: Esse ácido, derivado da vitamina A, trabalha na síntese do DNA, estimulando a produção do colágeno e promovendo a renovação celular.

Licopeno: Estimula o sistema imunológico do corpo e, consequentemente combate os radicais livres, devido à sua ação antioxidante.

Resveratrol: Essa substância combate o envelhecimento precoce ajudando a melhorar a circulação e auxiliando na eliminação de toxinas do organismo.

Alguns estudos mostram que estes antioxidantes possuem um poderoso efeito antienvelhecimento, capaz de amenizar as rugas faciais e estimular a renovação celular, ajudando a melhorar a saúde da cútis e dos cabelos. “É importante ressaltar que para conseguir extrair todos os efeitos benéficos dos antioxidantes, além de adotar o uso tópico regular de produtos ricos nessas substâncias, é preciso adotar um cardápio equilibrado, que favoreça todo o conjunto, ao invés de um ou outro isoladamente. Assim, é possível alcançar os resultados desejados contra os efeitos nocivos dos radicais livres e manter a saúde da pele em dia” – finaliza a especialista.





Fonte: Use Orgânico


Uveíte pode causar lesões irreversíveis no globo ocular


·         Doença caracteriza-se pela inflamação na úvea

·         Em alguns casos, pode levar à cegueira


Olho vermelho associado à dor, sensibilidade à luz, pequenos pontos escuros que se movimentam (moscas volantes) e visão turva são alguns dos sintomas de inflamação na úvea – conjunto formado pela íris, corpo ciliar e coroide (membrana com muitos vasos sanguíneos, responsáveis por levar nutrientes e oxigênio para a retina). Conhecido como uveíte, o problema tem como principais causas as doenças infecciosas provocadas por vírus, bactérias e fungos, tais como toxoplasmose, sífilis, tuberculose, aids, entre outras. Patologias não infecciosas também podem ocasionar a inflamação na úvea, como as doenças reumáticas (artrite e espondilite anquilosante), doenças tumorais (leucemia, linfoma e metástases) e até traumas oculares.


Categorias

A uveíte pode afetar um ou os dois olhos, em qualquer idade, desde o nascimento até a velhice. Anatomicamente, classifica-se em três categorias, de acordo com a região acometida:
  • Anterior: inflamação da íris e do corpo ciliar;  
  • Posterior: inflamação da retina e da coroide; e
  • Intermédia: inflamação na parte anterior da coroide e vítreo (substância incolor e gelatinosa que preenche a cavidade interna do globo ocular).
Segundo a Dra. Renata Esteves Hirata, especialista em uveíte do H.Olhos – Hospital de Olhos, a doença deve ser tratada logo no início, pois sua evolução pode causar lesões irreversíveis no globo ocular. “Após a realização de exames, o oftalmologista irá decidir o melhor tratamento. Normalmente, é indicado o uso de colírios anti-inflamatórios e medicação específica para cada situação. Em  casos mais severos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.”

Dentre as recomendações, a principal é não se automedicar e procurar um oftalmologista se os olhos estiverem vermelhos e doloridos. “Em se tratando de crianças, o quadro das uveítes pode apresentar poucos sinais e sintomas, dificultando aos pais reconhecerem a doença. Por isso, a consulta de rotina com um especialista é fundamental”, ressalta a Dra. Renata Esteves Hirata.





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