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terça-feira, 22 de setembro de 2020

SEPARAR MENOS DE 1 HORA POR DIA, PODE SER DECISIVO PARA AFASTAR CRISES DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO



Posturas de Yoga ajudam a regular ação hormonal responsável pelo quadro de inquietude.

 

Um estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro mostrou o crescimento do número de casos de depressão em quase 50% e de ansiedade em 80% desde o início da quarentena no Brasil. A boa notícia é que nas últimas décadas, diversos estudos médicos e científicos sobre o Yoga comprovaram sua grande utilidade no tratamento destas questões. De acordo Priscilla Leite, professora de Yoga e criadora do Canal Pri Leite Yoga no Youtube, a prática do Yoga é uma ciência milenar que ajuda a criar uma conexão com o momento presente, silenciando medos e preocupações. “A atividade combina mindfulness e meditação com movimentos suaves capazes de estimular hormônios que agem diretamente no sistema nervoso, trabalhando para acalmar e aquietar a mente e relaxar o corpo” – resume.

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o Yoga não é apenas alongamento e execução de posturas estranhas. No entanto, essas posturas podem colocar pressão sobre as diferentes glândulas e órgãos do corpo, ajudando-os a aumentar a produção de substâncias químicas que fazem com que o praticante se sinta melhor e até mais feliz. Assim, as tensões, o aperto no peito e os pensamentos negativos, frequentes em quem possui síndrome do pânico e ansiedade, podem ser reduzidos pela prática regular de Yoga, que também ajuda a liberar a tensão muscular acumulada e a rigidez do corpo.  “A prática não promete resolver todos os nossos problemas, mas sem dúvidas nos ajuda a ter a calma necessária e discernimento para resolvê-los” diz Priscilla.

A Yogini, pioneira em ministrar aulas gratuitas de Yoga pela Internet, focou o conteúdo do seu canal em aulas exclusivas para este novo momento  e uma delas, é destinada para quem sofre com a ansiedade e quer encontrar nas posturas do Yoga os benefícios, https://prileiteyoga.com.br/?s=yoga+para+ansiedade Abaixo, algumas destas posturas para você começar a praticar hoje mesmo:

 

POSTURA DA CRIANÇA:


A postura da criança é ideal para todos, pois ela ajuda a desacelerar e a relaxar, fortalecendo o sistema imunológico.

Em um tapete de yoga, sente-se sobre os joelhos e os separe em uma distância maior que a dos quadris. Devagar caminhe o corpo para frente até encostar a testa no tapete. Você irá sentir um alongamento nas costas e possivelmente nos quadris. A Intenção é que o aluno relaxe profundamente e se conecte com sua respiração, pois ela é aliada no equilíbrio do sistema nervoso.

 

POSTURA DO GATO E DA VACA:

 


       

Espalhe os dedos das mãos e as posicione na mesma distância dos punhos e o quadril na mesma distância dos os calcanhares. Ao inalar, leve o peito para frente e para cima, com a barriga sendo empurrada para baixo. Relaxe os ombros esticando a garganta e alongando o pescoço. Na exalação, empurre o chão com as mãos arredondando a coluna. Leve o queixo em direção ao peito e o osso púbico em direção ao umbigo. Repita por quatro vezes as duas posturas. É importante focar na inspiração. Essa postura auxiliará no alívio de dores na coluna e também no sistema digestivo, além de promover relaxamento.

 

POSTURA DO CACHORRO OLHANDO PRA BAIXO:


Para realizar a postura do cachorro olhando para baixo, no tapete de yoga fique em uma posição de quatro apoios e posicione as bolas dos pés no chão, espalhe bem os dedos das mãos e eleve os glúteos para cima e para trás, mantendo os joelhos dobrados para alongar a coluna. Essa postura auxilia o sistema nervoso, circulação sanguínea e no processo de aumento da imunidade.

E se você se interessou, que tal uma aula relaxante sobre como aprender a respirar conscientemente? É através da respiração que mantemos nosso sistema nervoso saudável, evitando sentimentos de estresse e ansiedade. Neste vídeo a Yogini ensina como fazer: https://prileiteyoga.com.br/yoga-para-respiracao-pri-leite/

 




Priscilla Leite, vive em Los Angeles com o seu esposo Darren, fillho Oliver e cachorrinha Sky. Professora de yoga com formação em Vinyasa Flow, Hatha Yoga, Yoga para gestantes começou a ministrar aulas online em 2013 para uma plataforma de yoga americana. Pouco tempo depois, a empreendedora criou o canal Pri Leite Yoga, no You Tube, com aulas gratuitas, em português. Pioneira no segmento, suas aulas são divididas em categorias e semanalmente vídeos inéditos são postados. Todas as aulas são pensadas de acordo com as necessidades e feedback da comunidade do canal. Existe uma conexão real entre professora e as pessoas que praticam com ela. Para saber mais, acesse: www.prileiteyoga.com.br


Movimento Divabética lança Campanha de Conscientização do Dia Mundial da Contracepção para Mulheres com Diabetes

O objetivo é desmitificar o uso do contraceptivo para essa população e motivá-las a buscar orientação profissional ainda mais nesse momento de pandemia

 

Com o intuito de desmitificar o uso do contraceptivo para mulheres com diabetes e estimulá-las a se conscientizarem de forma segura em relação ao planejamento familiar, fatos estes muito importantes para que essas mulheres garantam uma gravidez saudável, o Movimento Divabética promove a Campanha de Conscientização do Dia Mundial da Contracepção, 26 de setembro. A iniciativa começará nesta data, envolvendo este público em uma campanha totalmente digital.

Fabiana Couto, fundadora do Movimento, que realiza educação em diabetes através de conteúdo digital, campanhas e eventos para pessoas com diabetes, aponta que “as mulheres com a condição geralmente são desencorajadas a utilizar o contraceptivo, pois o ginecologista pode ter receio de que o hormônio do medicamento possa interferir na saúde delas e levá-las a desenvolver as complicações do diabetes mais cedo, porém, é preciso informar que hoje em dia temos opções de contraceptivos mais seguros para a mulher com diabetes e que possibilitam o planejamento familiar. O Movimento Divabética sempre busca desmitificar a condição e apontar caminhos para a informação de qualidade e o empoderamento da pessoa com a condição para que ela se sinta capacitada a tomar, juntamente com sua equipe de saúde, as melhores decisões para sua vida, e é disso que essa campanha se trata”.

Dados do estudo 'Nascer no Brasil: Inquérito sobre Parto e Nascimento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), com uma amostra de 24 mil mulheres, de 191 municípios, publicados em 2012, indicam que 55% das brasileiras, que dão à luz não planejam a gravidez, dado ainda mais agravado dentre a população de mulheres com diabetes.

Outro estudo publicado em 2018 mostrou que somente 37,6% das mulheres com diabetes usam métodos contraceptivos altamente eficazes, contra 28,8% que não usam. (Britton LE. J Mid Womens Health. 2018;00:1-10).

Sabe-se que gravidez não planejada e gestações repetidas subsequentes resultam em maiores taxas de depressão materna, baixo peso ao nascer do recém-nascido, baixas taxas de amamentação, além de complicações durante a gravidez, entre outras questões.

Para as mulheres com diabetes, as complicações são ainda mais presentes pela necessidade de um controle das taxas glicêmicas ainda mais assertivo. Se não houver este controle, há outros riscos adicionais em uma gravidez não planejada, como problemas cardíacos congênitos e mielomeningocele e de má-formações com dificuldades na espinha bífida, o fechamento incompleto do canal da coluna vertebral ou até mesmo o aborto e excesso de peso do bebê. Para elas, se houver uma variabilidade glicêmica, poderá trazer complicações do diabetes como cardiopatias e retinopatia diabética, que pode em casos mais graves levar à cegueira.

Por isso, o Movimento Divabética fará a Campanha de Conscientização do Dia Mundial da Contracepção, que começa no dia 26 de setembro. A iniciativa terá uma live num formato diferenciado com a participação do público através de perguntas e respostas, no dia 28 de setembro, às 19h, no Facebook do Movimento Divabetica, em que terá a presença da Fabiana Couto, fundadora do Movimento que convive com o diabetes há 27 anos, da Dra. Thais Emy Ushikusa,  Ginecologista e gerente médica da Saúde Feminina da Bayer e da Alexandra Ruppel, que tem diabetes há mais de 30 anos e teve um AVC isquêmico devido ao tempo de diabetes e à utilização de um tipo de contraceptivo que não era indicado no seu caso.

Referindo-se a esta temática, a live interativa também abordará o descontrole da glicemia em mulheres com diabetes, e que estas podem piorar ainda mais o controle da taxa de açúcar no sangue, se não usarem o contraceptivo correto. Dra. Thais Ushikusa, durante a live, falará sobre este assunto, mostrando a importância de se escolher um método anticoncepcional que melhor se adapte à vida de cada uma das mulheres com diabetes.

Após a live, haverá ainda depoimentos e posts no Facebook do Movimento Diavabética para chamar a atenção de todas as mulheres com diabetes a respeito da temática. “Vamos esclarecer dúvidas recorrentes e mitos em relação a contracepção e que antes de escolher o método, é necessário que elas conversem com seus ginecologistas e endocrinologistas a fim de que possam prescrever a metodologia correta para se sentirem seguras”, afirma Fabiana.

Ela inclusive faz um convite às mulheres que tem diabetes: “Participem da campanha e sejam agentes na transformação da sua vida e do seu tratamento”. A iniciativa tem apoio da Bayer.

 

Mais informações em: Facebook do Movimento Divabetica

 

Sobre o Movimento Divabética

 O Movimento Divabética foi criado em 2017, através da página e blog nas mídias sociais, bem como palestras, campanhas e eventos por todo o Brasil, com o objetivo de empoderar as pessoas com diabetes a serem agentes transformadoras do próprio tratamento, apoiando-as e oferecendo recursos para que elas desenvolvam habilidades de gestão emocional e de educação em diabetes e assim conquistem mais aceitação da condição e autocuidado, evitando complicações e vivendo uma vida mais plena e feliz. 


ADJ Diabetes Brasil realiza Campanha Online para Conscientização pelo Dia Mundial do Coração

Doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no mundo, chegando a 17,5 milhões de pessoas, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, o número de óbitos por ano chega 350 mil. Pessoas com diabetes têm de 2x a 3x mais risco de desenvolver as mesmas em comparação com pessoas sem a condição. Outro dado chocante é que uma vez estabelecida, as doenças cardiovasculares aumentam a mortalidade nas pessoas com diabetes. 

Em 29 de setembro é celebrado o Dia Mundial do Coração. Aproveitando esta data, a ADJ Diabetes Brasil promoverá uma campanha online, para chamar atenção das pessoas, a fim de conscientizá-las e orientá-las sobre diabetes, a relação das doenças cardiovasculares, seus sintomas, formas de prevenção e tratamento. 

Serão duas lives, uma no dia 24 de setembro, das 18h às 19h30. Bate Coração, nome oficial da live, contará com a participação de Dra. Priscila Raupp, cardiologista e doutora em Insuficiência Cardíaca pela UFRGS, experiência em pesquisa clínica e projetos de saúde populacional e telemedicina no Ministério da Saúde, e Ana Paula de Miranda, farmacêutica e educadora em diabetes da ADJ Diabetes Brasil. Para as pessoas assistirem, é necessário somente fazer a inscrição pelo telefone (11) 97148-0465 ou no Sympla: https://www.sympla.com.br/dia-mundial-do-coracao---bate-coracao-bate-papo-com-o-cardiologista__982348.

A outra live ocorrerá no próprio Dia Mundial do Coração, 29 de setembro, às 19h. O nome oficial é Colesterol elevado, pressão alta, diabetes e obesidade, seu coração pode estar em risco. Terá a participação de Dr. Marco Antônio de Melo Alves, cardiologista, com especialização em Cardiologia pela Fundação para o Incentivo ao Ensino e Pesquisa da Cardiologia (Funcordis). É membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e da Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial Sistêmica. Especialista em Cessação de Tabagismo pelo American College of Chest Physicians, e no Manejo do Paciente Diabético pela Sociedade Brasileira de Diabetes. Atualmente, é chefe do setor de Cardiologia do Hospital Esperança – Recife, da rede D'Or/São Luiz; e de Dr. Pedro Saddi, endocrinologista e diretor da ADJ Diabetes Brasil.

Ambas serão transmitidas pelo Facebooke YouTubeda ADJ Diabetes Brasil. Também terão um sorteio de um aparelho de pressão em cada um dos eventos.

Esta ação tem o intuito também de motivar as pessoas a consultarem o médico regularmente e realizar os exames necessários para prevenção e qualidade de vida.

Para a realização destas ações, a ADJ Diabetes Brasil conta com o apoio das empresas AstraZeneca, Boehringer e Novartis. 

Mais informações podem ser acessadas no www.adj.org.br

 

Sobre o Dia Mundial do Coração:

É comemorado em 29 de setembro. O coração é um dos órgãos vitais do corpo humano, formado por tecido muscular, sendo o responsável por bombear o sangue por todo o corpo. A data tem como objetivo lembrar a importância desse órgão e dos cuidados que são necessários para ter um coração saudável, conscientizando a população sobre os riscos das doenças do coração, que podem ocorrer em qualquer idade.

 

Sobre a ADJ Diabetes Brasil:

Fundada em 10 de março de 1980, a ADJ Diabetes Brasil é uma entidade não governamental, sem fins lucrativos, legalmente registrada no Registro Civil de Pessoas Jurídicas. Seu objetivo é promover educação nesse campo para pessoas com diabetes, familiares, profissionais de saúde e comunidade. 

Atende gratuitamente as pessoas com todos os tipos de diabetes, de qualquer faixa etária e classe socioeconômica. Oferece um trabalho integrado realizado por uma equipe multidisciplinar.


Ministério da Saúde amplia serviços de saúde mental no SUS

Reforço na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) contempla novos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e Serviços de Residência Terapêutica (SRT)

 

O Ministério da Saúde tem reforçado os serviços de atendimento à saúde mental no Sistema Único de Saúde (SUS), a partir do incentivo à ampliação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) que oferta atendimento às pessoas com transtornos mentais de forma integral e gratuita. Neste mês, em que se comemora o Setembro Amarelo, foram habilitados mais seis Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e três Serviços de Residência Terapêutica (SRT). As unidades habilitadas foram publicadas em duas portarias e os serviços constarão em seis estados.

A portaria de Nº 2.452, habilita municípios dos estados da Bahia, Maranhão, Paraná e São Paulo a receberem incentivos para a implantação de CAPS. Os Centros têm caráter aberto e comunitário, e são constituídos por equipe multiprofissional, atuando de maneira interdisciplinar. As unidades são montadas para atender uma área territorial determinada, seja em situações de crise ou nos processos de reabilitação psicossocial. Os CAPS, em suas diferentes modalidades, são pontos de atenção estratégicos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). As unidades habilitadas têm gestão municipal. Neste âmbito, o Ministério destinou um aporte financeiro de R$ 260 mil aos seis municípios, são eles:

UF

Município

Tipo CAPS

Valor (parcela única)

BA

Nova Canaã

CAPS I

R$ 20.000,00

MA

Cidelândia

CAPS I

R$ 20.000,00

PR

Cornélio Procópio

CAPS AD III

R$ 150.000,00

SP

Caçapava

CAPS Infanto-juvenil

R$ 30.000,00

SP

Aguaí

CAPS I

R$ 20.000,00

SP

Riolândia

CAPS I

R$ 20.000,00

Já a portaria Nº 2.451 estabelece a implantação de Serviço Residencial Terapêutico (SRT) a três municípios dos estados de Roraima, Rio de Janeiro e São Paulo. A Residência Terapêutica tem o objetivo de responder à necessidade de moradia de pessoas em situação de vulnerabilidade que ficaram longo período internadas em Hospitais Psiquiátricos ou Hospitais de Custódia. Neste sentido, os SRTs garantem residência e ajudam na reinserção dos moradores na rede social existente (trabalho, lazer e educação). Para este serviço, o Ministério da Saúde fez um investimento de R$ 60 mil, destinados aos seguintes municípios:

UF

Município

Estabelecimento

Valor (parcela única)

RO

Ji-Paraná

SRT I

R$ 20.000,00

RJ

Vassouras

SRT II

R$ 20.000,00

SP

Ibiúna

SRT II

R$ 20.000,00

Ambas as portarias levam em conta a necessidade de aperfeiçoamento e adequação do modelo de atenção oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) aos usuários de álcool e outras drogas, além de estruturação e fortalecimento de uma rede de assistência centrada na atenção comunitária, associada à rede de serviços de saúde e sociais, com ênfase na reabilitação e reinserção social.

REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL

Atualmente, a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS conta com 691 Residências Terapêuticas (SRT); 66 Unidades de Acolhimento (UA adulto e infantojuvenil); 1.641 leitos de saúde mental em hospitais gerais; 13.877 leitos em hospitais psiquiátricos e 50 equipes multiprofissionais de atenção especializada em saúde mental, e 144 Consultórios na Rua. O SUS também dispõe de, cerca de 42 mil Unidades Básica de Saúde (UBS), na Atenção Primária, que atendem 63% da população, e 2.657 Centros de Atenção Psicossocial (Caps) que ofertam acolhimento e tratamento à pessoa em sofrimento e/ou com transtorno mental e seus familiares. Nesses serviços, o cidadão é atendido e, caso seja necessário, é encaminhado para outro serviço especializado RAPS.

Até o momento, foi investido R$ 1,1 milhão para implantação de 76 novos serviços de saúde mental em 2020, como CAPS, Residências Terapêuticas, Unidades de acolhimento e leitos especializados. Além disso, foram habilitadas 21 novas Equipes Multiprofissionais que atuam no cuidado e atendimento multiprofissional de pessoas que apresentam transtornos mentais, por meio de atendimento e cuidado com psiquiatra, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e outros profissionais, representando um investimento de R$ 10,4 milhões.

 



Karina Borges
Ministério da Saúde


Enxaqueca: como as mulheres lidam com a doença e equilibram vida pessoal e profissional?

Além de enfrentarem a desigualdade de gênero, as mulheres trabalham mais, recebem menos e muitas delas ainda precisam lidar com crises de enxaqueca, ainda estigmatizada como "frescura" por muitos

 

A nova realidade do trabalho para muitos, em tempos de pandemia, é o home office, que ganhou um capítulo inteiro na CLT em última atualização da Reforma Trabalhista ( Lei 13.467/2017 )[1]. As vantagens são para os dois lados, empregador e empregado, mas esse período de trabalho 100% remoto também trouxe à tona diversos desafios: imagine ter que cuidar de si, da carreira, sem mencionar os desafios da maternidade ou a carga de ser responsável por outras pessoas e, de quebra, ter que fazer tudo isso com enxaqueca?!

Esse é o caso da Karla Spósito, advogada e mãe de dois filhos: "tive receio de ir trabalhar, de me expor e correr o risco de ser contaminada e contaminar quem vive comigo, mas além do isolamento social por conta da pandemia, também tenho que me isolar quando tenho as crises. É uma pressão, tanto física, por conta das dores, somada à pressão social/psicológica que estamos vivendo, o que torna as crises ainda maisinsuportáveis. O medo do desconhecido acabou me levando à exaustão, e, consequentemente, tive novas crises de enxaqueca. Foi então que retomei meu tratamento e já comecei a notar que os episódios têm sido menos intensos, agora espero chegar ao final do tratamento livre das dores de cabeça que me acompanham há tantos anos", relata Karla.

A enxaqueca é uma doença neurológica e crônica - a terceira em maior prevalência no mundo[5] - e quase sempre impacta pessoas em idade produtiva, entre 35 e 45 anos[6]. No Brasil, cerca de 30 milhões de pessoas sofrem com a doença, que acomete três mulheres para cada homem[2].

O estresse é um dos principais gatilhos para uma pessoa que convive com a enfermidade[3] e somado aos acontecimentos dos últimos meses, o distanciamento social e mudanças bruscas dos hábitos de trabalho e em casa, as crises podem se intensificar, tornando esse período cheio de altos e baixos. Não à toa, o estresse emocional tem grande responsabilidade no início dessas crises[4].


Empoderamento feminino e enxaqueca

O tema ‘empoderamento feminino’ tem ganhado força. Segundo a ONU Mulheres[11], "empoderar mulheres e promover a equidade de gênero em todas as atividades sociais e da economia são garantias para o efetivo fortalecimento das economias, o impulsionamento dos negócios, a melhoria da qualidade de vida de mulheres, homens e crianças e para o desenvolvimento sustentável". Porém, ainda há muito a ser feito para que esses objetivos sejam alcançados.

No Brasil, o estudo de Estatísticas de Gênero do IBGE[12] mostra que, enquanto as mulheres trabalham, em média, 54,4 horas semanais entre cuidados com outras pessoas, afazeres domésticos e jornada fora de casa, os homens trabalham 51,4 horas por semana. Apesar da jornada mais longa e do nível de estudo superior ao dos homens, as mulheres ainda enfrentam a discrepância salarial, pois recebem, em média, 20% menos que a dos colegas do sexo oposto[7].

O cenário apresentado acima não leva em consideração fatores que as profissionais precisam enfrentar todos os dias, se quiserem avançar em suas carreiras. No caso das pacientes com enxaqueca, por exemplo, existe o receio de perder um dia de trabalho devido uma crise ou ainda de ser menos produtiva, o chamado "presenteísmo"[13]. Além de ter que aprender a lidar com as crises, muitas mulheres se sentem, frequentemente, culpadas, com receio de como serão vistas e das possíveis oportunidades de carreira que serão perdidas para a enxaqueca. Isso se deve ao estigma e à negligência que a migrânea, como pode ser chamada a enxaqueca, carrega na percepção de outras pessoas, que a consideram apenas uma dor de cabeça.

Eliana Melhado, neurologista e especialista em Cefaleia, Membro da International Headache Society, Coordenadora do Comitê de Cefaleia na Mulher da Sociedade Brasileira de Cefaleia e professora universitária, ressalta que "grande parte das pessoas enfrenta dores de cabeça durante suas vidas[8], mas a enxaqueca é muito mais intensa e elaborada. Além de ser uma doença sistêmica, ela pode vir acompanhada de vômitos, náuseas, sensibilidade à luz, sons e cheiros9". A neurologista também alerta que a enxaqueca pode ser incapacitante se não tratada corretamente. "Dores frequentes, mais de três ou quatro episódios por mês, são um sinal de que algo está errado, inclusive porque a frequência aumenta, se tornando crônica. Por isso, é sempre importante consultar um médico.".

No caso da enxaqueca, o neurologista é o profissional especializado em diagnosticar e tratar esse tipo de distúrbio, para que ele não progrida para uma doença mais grave.


Rede de apoio

Sabemos que enxaqueca é coisa séria, deve ser diagnosticada e receber o tratamento correto o quanto antes para que as crises e seus sintomas sejam evitados. Empoderar-se e ter conhecimento sobre a doença é importante. Assim como informar outras pessoas sobre os efeitos da migrânea pode significar a libertação de um estigma.

Existem diversos formatos de conteúdo de fontes confiáveis sobre a doença. Os podcasts, por exemplo, se tornaram uma poderosa fonte de informação. Eles abordam diversas temáticas como saúde e bem-estar, lazer, games, notícias, entre muitas outras. No caso da enxaqueca em mulheres, o "Xô, enxaqueca" é um deles. Comandado por Daniela Miguel, o podcast aborda diversos assuntos e conta com a ajuda de profissionais que desmistificam a doença e dão dicas de como as mulheres podem lidar com ela.

Além desse, outros podcasts surgiram com o objetivo de empoderar mulheres para que elas sejam protagonistas das suas próprias histórias, alguns deles são: Mamilos, Histórias de Ninar Para Garotas Rebeldes, Pretas na Rede, Imagina Juntas, Olhares Podcast, Projeto Piloto, Chá com Rapadura e Coffea.

Cuidar da casa, ser mãe, trabalhar fora, são muitos os desafios e pressões sociais. Porém, a enxaqueca não pode ser mais um obstáculo na vida da mulher. A Dra. Eliana reitera que é possível tratar a doença de maneira eficaz. "Nenhum paciente com enxaqueca precisa viver com crises frequentes e incapacitantes, pois, hoje em dia, já temos no Brasil medicamentos para o tratamento não só dos sintomas, mas da doença em si, que melhoram muito a qualidade de vida da pessoa", diz a médica.

A médica reforça que é importante fazer um acompanhamento com um profissional e seguir o tratamento prescrito. "Além do medicamento, os pacientes devem manter os horários de sono regulares e preservar hábitos saudáveis, como a alimentação, por exemplo, para diminuir a frequência de crises[10]. Estes podem ser fatores desencadeantes (não causais, pois a causa é genética) que devem ser evitados na medida do possível, uma vez que o tratamento preventivo adequado leva a uma redução do impacto de gatilhos no indivíduo. A mulher tem como gatilho a menstruação em 50-60%[14] das vezes, e essa forma de enxaqueca também tem tratamento. A mulher merece estar em sua plena forma para exercer seus papeis. Sempre é importante lembrar que atividade física reduz a frequência e intensidade das crises de enxaqueca", completa.

Se por algum outro motivo você sente que precisa de ajuda, ou conhece alguém que precise, veja os telefones abaixo e guarde-os em algum lugar que possa acessá-los facilmente.



Disque Saúde - 136

Centro de Valorização da Vida - 188

Central de Atendimento à Mulher - 180

Novartis

http://www.novartis.com

 

 

Referências

1 Justiça do Trabalho. "Especial Teletrabalho: o trabalho onde você estiver" Disponível em: http://www.tst.jus.br/teletrabalho#:~:text=O%20empregado%20contratado%20para%20trabalhar,de%20transi%C3%A7%C3%A3o%20de%2015%20dias.. Acesso em 24 de julho de 2020.

2 Migraine Research Foundation. "Migraine is a women’s health issue". Disponível em: http://migraineresearchfoundation.org/about-migraine/migraine-in-women/ Acesso em 24 de julho de 2020.

3 Galego, J. C. B. (2006). Cefaléia crônica diária: Classificação, estresse e impacto sobre a qualidade de vida. (Unpublished doctoral dissertation). Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, São José do Rio Preto.

4 Lipp, M. E. N., & Malagris, L. E. N. (2001). Stress: Aspectos históricos, teóricos e clínicos. In B. Rangé (Ed.), Psicoterapia cognitivo-comportamentais: Um diálogo com a psiquiatria

5 Migraine Research Foundation. Migraine Fact Sheet. 2015. http://www.migraineresearchfoundation.org/fact-sheet.html. Acessado em 27 de julho de 2020.

6 World Health Organization. Online Q&A: How common are headaches?. Disponível em: http://www.who.int/features/qa/25/en. Acessado em 27 de julho de 2020

7 Nações Unidas Brasil. Mulheres ainda tem dificuldade para encontrar emprego e subir na carreira. Disponível em: http://nacoesunidas.org/mulheres-ainda-tem-dificuldades-para-encontrar-emprego-e-subir-na-carreira/. Acessado em 27 de julho de 2020.

8 Migraine Research Foundation. What is migraine? Disponível em: http://migraineresearchfoundation.org/about-migraine/what-is-migraine/. Acesso em 27 de julho de 2020.

9 National Institute for Neurological Disorders and Stroke. http://www.ninds.nih.gov/Disorders/All-Disorders/Migraine-Information-Page (link is external). Acessado em 27 de julho de 2020.

10 Site Sociedade Brasileira de Cefaleia. Disponível em http://www.sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=469. Acesso em maio de 2020.

11 ONU Mulheres. Disponível em: http://www.onumulheres.org.br/referencias/principios-de-empoderamento-das-mulheres/. Acesso em 28/07/2020.

12 Agência IBGE Notícias. Disponível em: http://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/20234-mulher-estuda-mais-trabalha-mais-e-ganha-menos-do-que-o-homem. Acesso em 28/07/2020.

13 Shimabuku, Rose Helen, Helenides Mendonça, and Ariana Fidelis. "Presenteísmo." Cadernos de Psicologia Social do Trabalho 20.1 (2017): 65-78.

14 The migraine trust. Disponível em: http://www.migrainetrust.org/about-migraine/trigger-factors/menstruation/. Acesso em 11/08/2020


Lixar os dentes? Novo desafio das redes sociais pode levar a problemas bucais sérios, inclusive quebrar os dentes

Jovens têm postado vídeos no Tik Tok mostrando um antes/depois de lixar os dentes. Verdade ou mais uma pegadinha? De acordo com a cirurgiã dentista, Bruna Conde, pós-graduada em Periodontia, Cirurgia Plástica Periodontal e Disfunção Temporomandibular, isso não deve ser feito nem de brincadeira. 


"Lixar os dentes para deixá-los simétricos causa sensibilidade, pode expor a dentina e desgasta o esmalte. Se o dente já tiver uma trinca de apertamento, por exemplo, pode fraturar mais ainda. Agora, se for restauração ou lente de contato, pode soltar todo o pedaço e ainda manchar o dente ou trabalho realizado", explica a especialista, que é membro da ABHA (Associação Brasileira de Halitose).



Dente não cresce 


Lixar o dente é algo irreversível. "O dente não cresce. Se desgastou pode ter que fazer canal, reconstrução em resina, colocar lentes e/ou coroa. Ou seja, uma brincadeira pode levar a um grande prejuízo", alerta Bruna Conde. 



A lixa é suja 


Ela serve para acertar o formato das unhas e não dos dentes. E mesmo assim deve ser trocada com frequência. E mais: estamos no meio de uma pandemia e não é nada higiênico colocar uma lixa na boca. "E se a lixa pegar no local errado, além de danificar o dente, machuca a gengiva e pode levar a uma inflamação ou infecção", argumenta a cirurgiã dentista. 



Alinhamento só com o dentista 


Após análise clínica e estética, o dentista pode sugerir formas de alinhamento. Mas nem sempre diminuir o tamanho do dente é a solução. "Avaliamos o tamanho e a forma do dente, como ele está em relação aos outros e a mordida. Por isso, a pessoa que faz esse desgaste terá problemas", avisa Bruna Conde. "E mais: o acabamento e polimento são materiais descartáveis e esterilizados, próprios para o fim", sentencia.

 


Saiba como o laser, e a radiofrequência, podem trata a Flacidez vaginal

A flacidez vaginal é nada mais do que o processo natural do tempo. Assim como rosto, braços, pescoço, a região íntima também sofre com os efeitos do envelhecimento. A boa notícia? Há tratamento.

A pele é o maior órgão do corpo e, assim como todos os outros, sofre com o envelhecimento. As áreas mais expostas, como o rosto, deixam os sinais mais evidentes, porém as áreas cobertas, como a vulva, também apresentam os efeitos do tempo. O principal deles? A flacidez.

Não é somente a pele que fica flácida, mas também os chamados tecidos de sustentação. E isso, exatamente como no rosto, braços, pescoço, acontece também na região íntima. É o que chamamos flacidez vaginal.

À medida que as mulheres chegam mais próximo da menopausa, ocorre uma queda hormonal significativa. Com essa baixa de hormônios, esse tecido da pelve que mantém os órgãos pélvicos firmes e suspensos, perde fibras de colágeno, levando à flacidez.

Mas não podemos culpar somente o tempo pela flacidez vaginal. Outro fator muito importante é a falta de exercícios focados na musculatura pélvica. Para não ter coxas, abdome e até o famoso “tchauzinho” flácidos, você precisa fazer exercícios, certo? Com a estrutura de sustentação da região íntima funciona da mesma maneira.

A gravidez também é outro fator que pode contribuir para a flacidez vaginal, pelo parto, mas também pelo trauma ocasionado pelo peso do útero com o bebê. Sim! Mesmo com uma cesárea, só a gestação já pode ser um fator de risco.

Por fim, temos o tabagismo como um velho amigo do envelhecimento precoce, mas não custa lembrar dele.

Vale lembrar que o problema da flacidez vaginal não é necessariamente estético, mas o déficit na qualidade de vida que ela traz, por diminuição na saúde sexual. A Organização Mundial da Saúde já estabeleceu que a saúde sexual faz parte da saúde integral do indivíduo. Com essa flacidez, algumas mulheres acreditam que não são capazes de sentir prazer durante a relação ou têm esse prazer reduzido.

Mas temos uma boa notícia. Graças ao avanço da tecnologia, é possível usar alguns aparelhos para tratar esses casos, como laser e radiofrequência. Eles emitem ondas eletromagnéticas que, como consequência, elevam a produção de colágeno, melhorando a flacidez vaginal. É um tratamento rápido, indolor, sem necessidade de repouso e com respostas rápidas. Com poucas sessões, já é possível restabelecer a qualidade de vida perdida.

 

Dr. Rodrigo Ferrarese - O especialista é formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. Atua em cirurgias ginecológicas, cirurgias vaginais, uroginecologia, videocirurgias; (cistos, endometriose), histeroscopias; ( pólipos, miomas), doenças do trato genital inferior (HPV), estética genital (laser, radiofrequência, peeling, ninfoplastia), uroginecologia (bexiga caída, prolapso genital, incontinência urinaria) e hormonal (implantes hormonais, chip de beleza, menstruação, pílulas, Diu...).  Mais informações podem ser obtidas pelo site https://drrodrigoferrarese.com.br/

 

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