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segunda-feira, 28 de agosto de 2017

29 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Fumo. Oncologista fala sobre doenças causadas pelo cigarro e como parar de fumar



Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco


            O consumo dos derivados do tabaco é responsável por quase 200 mil mortes por ano no Brasil e seis milhões de mortes no mundo, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).
            De acordo com a instituição, em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao uso desses produtos. No Brasil, foi responsável por 22.424 mortes em 2011 (último registro).

            Segundo o Ministério da Saúde, os homens são os que mais fazem uso do tabaco (12,8%), enquanto as mulheres fumantes são 8,3% dentro do total da população feminina das capitais. Há dez anos, esse número era de 20,3% entre os homens e 12,8% nas mulheres.

            De acordo com o oncologista Tiago Kenji Takahashi, médico especialista em câncer de pulmão no Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula (IOSP), desde o fim do século 20, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis. “Ele é o mais comum entre os tumores malignos e a principal doença relacionada ao cigarro. O tratamento é feito com cirurgia, radioterapia e quimioterapia”, explica o médico.

            Ainda segundo o especialista, a evolução no tratamento oncológico tem sido consistente, porém a medida mais eficaz para a prevenção das neoplasias relacionadas ao cigarro é evitar seu uso.

            Para o Inca, o aumento dos impostos e preços dos cigarros é a medida mais efetiva para reduzir o consumo, especialmente entre jovens e populações de camadas mais pobres. Estudos indicam que um aumento de preços na ordem 10% é capaz de reduzir o consumo de produtos derivados do tabaco em cerca de 8% em países de baixa e média renda, como o Brasil.


Consequências

            O tabaco é um fator importante no desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares. O cigarro pode causar cerca de 50 outras doenças, especialmente problemas ligados ao coração e à circulação. Cada tragada é responsável pela inalação de aproximadamente 4.700 substâncias tóxicas. As principais são a nicotina, associada aos problemas cardíacos e vasculares (de circulação sanguínea), o monóxido de carbono (CO), que reduz a oxigenação sanguínea no corpo, e o alcatrão, que reúne vários produtos cancerígenos, como polônio, chumbo e arsênio.

Segundo Tiago, os principais malefícios para o corpo são:


Boca: mau hálito, irritação da gengiva, aparecimento de cáries, alteração nas papilas gustativas (que afeta o paladar) e aumento do risco de câncer de boca.


Cérebro: a dificuldade de circulação sanguínea pode comprimir os vasos e aumentar a pressão arterial, resultando em um derrame cerebral.


Coração: aumento do colesterol total, da pressão arterial e da frequência cardíaca, que pode subir até 30% durante as tragadas. Além disso, todo fumante é mais propenso a ter infarto.


Corrente sanguínea: o fumante está mais sujeito a problemas relacionados à circulação como aneurisma, trombose, varizes e tromboangeíte obliterante, que afeta as extremidades do corpo, podendo levar à amputação de membros.


Estômago: náuseas e irritação das paredes do estômago. As substâncias tóxicas do cigarro também podem gerar gastrite, úlcera e câncer no estômago.


Fígado: a nicotina é metabolizada no fígado e, consequentemente, aumenta a chance de desenvolver câncer no órgão.


Pulmão: os tecidos dos pulmões perdem a elasticidade e são destruídos aos poucos. A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) manifesta-se de duas maneiras: enfisema pulmonar e bronquite crônica. Das mortes provocadas por esses problemas, 85% estão associadas ao cigarro. Ela geralmente se desenvolve depois de muitos anos de agressão aos tecidos do pulmão por causa das toxinas do cigarro. 


Como largar o cigarro?


Veja abaixo as dicas do oncologista:


1 - No Brasil, o tratamento farmacológico é o mais conhecido e inclui o uso de adesivos e goma de mascar.

2 - Existem vários grupos de apoio antitabagistas para orientar os pacientes que desejam parar de fumar. As pessoas se reúnem em grupos de autoajuda no mínimo uma vez por semana. Em alguns casos essa frequência pode ser ajustada para mais dias por semana.

3 - A abstinência é normal e dura somente alguns minutos. Neste momento, é aconselhável beber água, mascar chiclete ou comer algum doce.

4 - O indivíduo deve evitar bebidas alcoólicas e café, pois essas bebidas estimulam a vontade de fumar.

5 - A prática de exercício físico contribui muito na melhora respiratória. As atividades mais indicadas são natação, caminhada, corrida e ciclismo.

6 - Evite ao máximo o contato com outro fumante, estipulando a área externa como o único ambiente possível para quem quiser fumar, de preferência longe de você.

7 - O apoio dos familiares é fundamental para o sucesso da recuperação do ex-fumante. Se o tabagista está em tratamento, é importante que a família e amigos saibam lidar com as possíveis recaídas. Em média, é na terceira tentativa que a interrupção definitiva é alcançada pelo paciente.

Queda no consumo
Um estudo divulgado pelo Ministério da Saúde em junho deste ano constatou que 1,8 milhão de adolescentes entre 12 e 17 anos já experimentou cigarro ao menos uma vez, o que representa 18,5% dos jovens nessa faixa etária em todo o País. Em 2009, este número era 24%.
Entre os adultos, houve redução de 33,8% no número de fumantes nos últimos dez anos: 10,4% da população das capitais brasileiras ainda mantêm o hábito de fumar. Em 2006, esse percentual era de 15,7% para o conjunto das capitais.





Sobre o Instituto de Oncologia Santa Paula (IOSP)
O Hospital Santa Paula (HSP), referência no atendimento à saúde, inaugurou em 2013 em parceria com o Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês, o Instituto de Oncologia Santa Paula (IOSP), espaço dedicado ao tratamento de pacientes oncológicos. O objetivo do Instituto, que faz parte do complexo hospitalar Santa Paula, é oferecer atendimento multidisciplinar por meio de tratamentos modernos aos pacientes acometidos pela doença. O HSP atua na área da oncologia há 13 anos e passou a contar em 2013 com um edifício exclusivo para esta especialidade. O IOSP está alinhado com o conceito de humanização hospitalar, oferecendo atendimento multidisciplinar em ambientes inspirados no modelo de instituições de saúde internacionais dedicadas ao tratamento integrado do câncer. O corpo clínico do IOSP é formado por oncologistas clínicos, onco-hematologistas, radioterapeutas, especialistas em saúde bucal e cirurgiões oncológicos – todos dedicados ao planejamento do tratamento aos diversos tipos de câncer. Os pacientes contam ainda com enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e esteticistas durante todo o período de tratamento.
Av. Santo Amaro, nº 2382 - Vila Olímpia - (11) 3040-8200
www.santapaula.com.br

sábado, 26 de agosto de 2017

OUTROS NAUFRÁGIOS



Não achei palavra melhor para definir como tenho me sentido, por uma série de motivos: jururu. Jururu da vidica. Por motivos pessoais que não vêm ao caso, mas também e muito por todo dia ver por aí o país andando para trás, ou ancorado, ou naufragando.


O meu jururu é estar acabrunhada. Não chego a considerar-me macambúzia, que seria uma espécie de 100% jururu (ei, isso dá camiseta, hein?). Só não estou entendendo como é que as coisas podem acontecer tão sorrateiramente que quando percebemos já nos empurram porta afora, nos impõem limites, censuram, combatem. Proíbem; e proíbem com todo o peso que esse verbo carrega, sempre parecendo estar armado para impor sua ordem, seu veto.



O avanço do ranço disfarçado de patriotismo, que se esgueira ligeiro, como piada por estradas serpentuosas, deve ser percebido e interceptado a tempo. Não é para rir ouvir o barulho de coturnos, falar em marchas, já não mais em caminhadas. Marchas são solenes – é preciso diferenciar uns passos de outros. Não tem graça.



Bolsonaro e os bolsonarinhos não têm graça nenhuma.



Ficar patrulhando se o Caetano segurou uma faixa com vírgula ou sem, ou se o Chico, sim, ele envelheceu, nós também – mas a arte não. Se os Tribalistas voltaram mais discursivos é porque acham que o recado agora deve ser assim, já que a sensibilidade não tem mesmo mais tempo para poesia.



A caretice grassa. E quando se tenta falar sobre um assunto mais humano, vem guerra com um monte de gente que nem ouve – quer bordoar. De outro, uma turma que pode até ter razão, mas fica batendo numa teclinha, chatinhos, repetindo termos insuportáveis e que acabam ainda mais distanciando e justificando uma luta insana de opiniões. Enquanto lados se debatem, tal qual na fábula, os fatos vão acontecendo na vida real: mulheres assassinadas por seus parceiros, milhares de abortos clandestinos, adolescentes grávidas, travestis, trans e homossexuais espancados e mortos, tráfico de gente apanhada na rede dos pescadores do mal.



Não é a novela que faz mal, que ensina ninguém a nada. É a falta de escola, a falta de saúde, de saneamento básico, de lógica nas decisões  prioritárias que ensina que parece que a população não vale nada.



Não bastasse assistir, também perplexa, diante do silêncio geral da Nação, a tantas aleivosias, tantos tiros, tantas mortes, tantos acidentes, tantos ataques à nossa inteligência e sentimentos. Só nessa semana duas dezenas de mortos em águas doces e salgadas jogados de embarcações inseguras. E empresários combinando – e nós ouvimos as gravações – como economizar em segurança, como roubar, além de dinheiro, as nossas vidas, quando percorremos as estradas em pandarecos.



São perturbadores cúmulos da caminhada retrógrada. Um evento aberto ao público, no tropical Rio de Janeiro, um concerto musical, traz escrito no convite um imbecil dress code: proibido usar saias dez centímetros acima dos joelhos, transparências, decotes, bermudas. Ah, por quê? Por que o evento será na Vila Militar.



- Estás boa, santa? – perguntaríamos anos atrás. Agora parece que estamos com medo. Parece, não. Estamos. Andam muito preocupados com o que vestimos, com quem transamos, quem beijamos. Se ocupam em impor regras pelas réguas deles. Mas não estão medindo o mal que fazem para o futuro que bloqueiam.



Não é normal.


Marli Gonçalves - jornalista - Tomam muito de nosso tempo quando nos tomam como submissos.

XÔ, AGOSTO!

marligo@uol.com.br 
marli@brickmann.com.br 
www.brickmann.com.br                                                                                www.chumbogordo.com.br


EU GOSTARIA DE...



Eu gostaria de entender a extensão da arrogância de Floyd Mayweather e Conor McGregor. Ambos extraordinários atletas e ambos homens de extraordinários egos inflados, porém dentro de algumas horas um deles será derrotado, numa arena de Los Angeles. Arena onde dinheiro é mercadoria de barganha, e as pessoas são objeto de uso e prazer. De antemão aviso que Mcgregor irá apanhar como cachorro sem dono, e que ambos são grandes perdedores porque são cheios de si mesmos. Então, seja diferente... Diminua-se!

Eu gostaria de entender a cabeça daqueles que acreditam que o dinheiro torna as pessoas inteligentes.

Eu gostaria de entender como algumas pessoas bebem vodka, cachaça e whiskye, como se fosse água mineral.

Eu gostaria de entender como algumas pessoas agem como santos no altar, e como agem de forma miserável no seu cotidiano.

Eu gostaria de entender as pessoas que se deixam manipular pelos outros.  Acho que não há nada mais vil do que deixar-se usar, por quem quer que seja.

Eu gostaria e entender porque tantos insanos não assumem seus erros e continuam falando mentiras.
Eu gostaria de entender porque as pessoas vendem tão caro aquilo que sabem fazer.

Eu gostaria de entender porque algumas pessoas não respeitam seus pais e as manipulam de maneira sórdida.

Eu gostaria de entender porque existem tantos homens e mulheres que se lançam na política, sem saber nada de coisa nenhuma.

Eu gostaria de entender o amor entre Marcela e Temer.

Eu gostaria de entender a cabeça dos comunistas depois de tanta malvadeza que o sistema já fez. Eu gostaria de entender a senadora Gleisy Hofman que defende um assassino presidente da Venezuela. Eu gostaria de entender qualquer petista.

Eu gostaria que a meritocracia fosse a balança para qualquer concurso.

Eu gostaria que no Brasil se cumprisse a CONSTITUIÇÃO.

Eu gostaria que servidores poúblicos trabalhassem para servir o povo que paga seus salários. Isso vale também para Gilmar Mendes.

Eu gostaria de entender  como Lula consegue ser tão mendaz, charlatão e incoerente. E ainda tem seguidores... Misericórdia!

Eu gostaria de viver um mundo onde todos se amassem e não houvesse preconceitos.

Eu gostaria um mundo onde aqueles que não tivessem competência, não se estabelecessem.
Eu gostaria que o ser humano aquilatasse a sua pequenez.

Principalmente porque há um tempo para tudo acontecer debaixo do sol.

Eu gostaria de agradecer a Deus, por ser tão bom e tão paciente com todos nós. Obrigado!


Curitiba, 27 de agosto de 2017


João Antonio Pagliosa
Engenheiro Agrônomo

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