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sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Atraso no desenvolvimento do dente permanente pode causar problemas na arcada dentária da criança




Especialista explica as causas e como obter um diagnóstico precoce do problema


A troca dos dentes é um processo natural na vida das crianças e de seus pais. A partir dos cinco anos, idade média para as primeiras trocas, a criança inicia a mudança da arcada dentária nas partes anteriores e, posteriormente, superiores. Contudo, para algumas, este processo pode ser doloroso. Isso porque, em determinados casos, a erupção do novo dente não ocorre no tempo correto e pode acarretar outros problemas no desenvolvimento da dentição.

O especialista em Saúde Bucal e Estomatologia, Sérgio Kignel, explica que a não erupção do dente pode ocorrer por diversos fatores, entre elas condições ambientais, etnia, gênero e disfunções de origem endócrina e nutricional, genética, doenças sistêmicas e muitas vezes patologias locais. “Nos casos em que o dente permanente sucessor não se encontra pronto e ocorre um retardo de erupção, poderá ocorrer uma migração dos outros dentes para esse local, fechando o espaço adequado para o dente posteriormente”. Nestes casos é confeccionado um mantenedor de espaço de modo a preservar o espaço para o futuro dente.

Ainda segundo o cirurgião-dentista, em outras situações, o dente permanente pode aparecer na cavidade bucal sem que o dente de leite tenha caído devido a uma reabsorção inadequada da raiz, nesses casos, pode se necessária a remoção do dente de leite pelo dentista, para que não comprometa a correta erupção do dente permanente e não prejudicando a arcada dentária. Procedimentos como estes podem ser desconfortáveis para a criança, que poderá ficar receosa com a mudança do próximo dente.
“A infância é um período dinâmico e um exame radiográfico pode ser de grande valia no diagnóstico preventivo dos problemas de desenvolvimento e crescimento. É muito importante que as crianças passem precocemente e de maneira frequente em consulta com um profissional especializado em odontologia para que tenham um correto tratamento, acompanhamento e para que qualquer acontecimento fora da normalidade seja detectado antes de causar algum prejuízo”, recomenda o dentista.




Dr. Sérgio Kignel - especialista em Estomatologia, professor titular de Semiologia da UNIARARAS e Mestre e Doutor em diagnóstico bucal pela FOUSP-SP, sendo considerado uma das mais respeitadas referências em diagnóstico oral no Brasil.   À frente da tradicional Clínica Kignel, em São Paulo, o Dr. Sérgio é uma autoridade em neoplastias bucais, congressista nacional e internacional e autor de livros como “Diagnóstico Bucal” e “Estomatologia, base do diagnóstico para o clinico geral”, única obra de Odontologia a receber o 1º lugar do concurso Jabuti, em ciências da saúde.  



O papel da família na educação infantil



Tão importante quanto o papel do professor na educação das crianças é o papel dos pais, afinal, são eles que estabelecem os primeiros ciclos de aprendizagem em casa. Por isso, é muito importante que exista essa consciência por parte dos responsáveis e que eles saibam qual é o dever da escola e o que compete a eles.

A cada dia que passa, percebe-se certa inversão de papéis, hoje as famílias confiam à educação formal de seus filhos desde muito cedo à escola. É claro que os pais tem consciência do seu papel, mas nem sempre acabam colocando isso em prática, muitas vezes por questão de tempo e a vida agitada que o ser humano vem levando. 

Porém, essa lacuna pode acarretar problemas futuros na educação daquela criança, e, se não foram tratados com a devida atenção podem evoluir com o tempo. Crianças são crianças, elas precisam estabelecer com seus pais, professores e outros adultos, relações equilibradas para o seu desenvolvimento. Elas precisam de um espaço adequado, no qual as aprendizagens primárias sejam vividas e ensinadas. E cabe aos pais ou responsável estabelecer os primeiros limites, os “sins” e “nãos” que essa criança deve obedecer. Esse limite não é papel da escola, e sim da família. 

A escola cabe educar essas crianças para que elas tenham maturidade para pensar em alternativas, nos problemas que as gerações anteriores deixam como herança e nos novos desafios que serão enfrentados e para que isso aconteça, é preciso que família e escola caminhem juntas, cumprindo cada uma o seu papel tendo em vista que pais e professores têm que reconhecer seus papéis na educação das crianças, para que nenhuma instância esteja ausente de seus deveres como tem acontecido atualmente.

A sociedade precisa ter consciência de que o papel da escola não é transmitir conhecimentos da educação básica vinda da educação recebida em casa, isso é responsabilidade dos pais e da família. A instituição de ensino deve ensinar a criança detalhes relacionados à cidadania e os valores éticos, além de ajudar a criança a formar opinião e filosofias de vida. Na instituição se aprende o mundo e suas múltiplas linguagens. Nesta realiza-se uma caminhada acadêmica, a qual media novos caminhos para uma vida profissional.




 Ana Regina Caminha Braga (anaregina_braga@hotmail.com) - escritora, psicopedagoga e especialista em educação especial e em gestão escolar.






Privação materna no início da vida altera crescimento e metabolismo



 
Estudo conduzido por Deborah Suchecki, docente e pesquisadora da Unifesp, revela que a privação materna no início da vida pode levar ao baixo peso na fase adulta.


Pesquisa conduzida por Deborah Suchecki, Docente Associada, Livre Docente e coordenadora do Grupo de Estudos da Neurobiologia do Estresse e suas Desordens da Universidade Federal de São Paulo (GENED/Unifesp), revela que a privação materna no início da vida pode resultar em baixo peso na fase adulta. O déficit no desenvolvimento físico, observado em ratos adolescentes e adultos, se deve à redução da ingestão de alimentos, uma consequência direta do estresse ao qual foram submetidos durante o estudo.
Deborah analisou 30 ninhadas, divididas em 3 grupos, dois deles separados de suas respectivas mães durante 24 horas, período em que não foram alimentados, mas foram mantidos aquecidos, e comparados ao grupo que permaneceu intacto. Um dos grupos foi separado no terceiro dia de vida e, o outro, no 11o dia. Tal protocolo foi adotado, explica a pesquisadora, pois os ratos jovens respondem distintamente ao estresse em função da idade. “A presença da mãe impede essa resposta, pois esses hormônios prejudicam o desenvolvimento físico e do sistema nervoso central”, explica.
Os ratos permaneceram junto às suas mães até o desmame, no 21o dia de vida, quando foram alojados em duplas (irmãos do mesmo sexo) e alimentados livremente com ração padronizada. Durante 30 dias, foram avaliados o consumo de ração, diariamente, e o peso corporal, semanalmente.

A pesquisadora constatou que, apesar da livre demanda de alimento, os animais privados da mãe apresentavam peso menor em comparação ao grupo controle. “Naturalmente, a privação materna durante as 24 horas produz perda imediata de peso do corpo. Porém, os animais separados da mãe no 3° dia e no 11° dia apresentaram baixo peso na adolescência e na fase adulta mesmo com livre demanda de alimentos. Eles comiam menos, especialmente à noite, período em que são mais ativos”.

Uma investigação mais profunda dos hormônios circulantes no núcleo arqueado do hipotálamo dos ratos revelou a causa do baixo peso. Deborah descobriu que os animais submetidos ao estresse durante as 24 horas apresentavam menor produção do Neuropeptídio Y em comparação ao grupo controle. O neurotransmissor é responsável pela regulação de diversos processos metabólicos, entre eles estimular o comportamento de ingestão de alimentos.

“O NPY, apesar de ser produzido em uma região específica do cérebro, tem sua liberação regulada pelos hormônios Leptina (“hormônio da saciedade”) e Ghrelina (“hormônio da fome”), cujas ações são afetadas pelo estresse da separação maternal. A disponibilidade desses hormônios durante o período neonatal dos ratos pode alterar o ganho de peso corporal, composição e comportamento alimentar”, explica a pesquisadora. Deborah conclui, portanto, que a resposta à privação materna pode ser mediada pelos sinais metabólicos.

Os resultados da pesquisa lançam nova luz sobre os efeitos da perda do cuidado parental para o comportamento e o desenvolvimento neurológico de ratos, mas suas principais conclusões podem ser projetadas para investigações futuras sobre os efeitos em seres humanos. “A redução da ingestão de alimentos pode representar uma resposta adaptativa dos animais a um ambiente que pode ser imprevisível e incerto. Essa premissa pode ser entendida como padrão entre os mamíferos. São necessários estudos conclusivos, mas estamos no caminho para entender essa questão”, comemora a pesquisadora.     

 

Fonte: Unifesp



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