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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Idade das artérias pode refletir em doenças cardiovasculares


 Artérias mais rígidas, ou idosas, aumentam riscos de doenças do coração; saiba como prevenir

Todos os seres humanos estão sujeitos ao envelhecimento e, por lógica, seus órgãos, veias e artérias também. Assim, quanto mais idoso o indivíduo, mais rígidas suas artérias ficam, certo? Depende. O cirurgião vascular, Dr. Gilberto Narchi Rabahie, explica como a diferença de idade pode acontecer e dá dicas para prevenir.
“A diferença básica é a capacidade elástica ou complacência do vaso”, afirma. O vaso mais novo possui maior resistência. Já o mais velho, se torna mais rígido, e quanto mais enrijecido for, maior o será o trabalho do coração para “vencer” a pressão, causando desgaste precoce, do coração e, diretamente, dos vasos.

Segundo o especialista, a falta de controle de diabetes e a hipertensão arterial podem apresentar o enrijecimento precoce das artérias. “Sedentarismo, tabagismo e a ausência de manutenção de peso adequado também contribuem para a diferença de idade”, acrescenta Dr. Gilberto. “Não se prevenir e não tratar a rigidez pode ocasionar, precocemente, doenças cardiovasculares como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outros”, completa. 

Para medir a capacidade da parede arterial, o VOP (Velocidade da Onda de Pulso) é um método que apresenta, de forma não invasiva, a rigidez da parede arterial. “Com este exame podemos fazer um diagnóstico precoce e com o tratamento adequado, retardarmos a rigidez dos vasos, igualando, por assim dizer, as idades para evitarmos suas complicações”, afirma o cirurgião vascular.

A dica do Dr. Gilberto para evitar a grande diferença entre a idade cronológica e a das artérias é estar atento aos resultados de, principalmente, diabete e hipertensão, nos exames de rotina, e praticar atividades físicas.

Dr. Gilberto Narchi Rabahie - Formado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC, Dr. Gilberto Narchi possui Pós Graduação em Pesquisa pela Universidade da Califórnia, em San Francisco – UCSF, além de ser especialista em Cirurgia Vascular pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Endovascular. Também é membro da Sociedade Americana de Cirurgia Vascular e da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e Endovascular. Atualmente, é cirurgião vascular do Hospital do Coração em São Paulo.


Tratamento para fertilidade não aumenta risco de câncer de ovário, aponta estudo


Mais de seis mil casos são estimados ao ano no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). É o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres


O tratamento hormonal usado na Fertilização In Vitro (FIV) para mulheres com problemas de fertilidade não aumenta o risco de tumores no ovário, segundo um estudo desenvolvido pelo Instituto Holandês do Câncer e apresentado no Congresso Europeu de Reprodução Assistida e Embriologia (ESHRE), realizado na cidade de Viena, na Áustria. Ao longo de duas décadas, pesquisadores acompanharam casos e dados de mais de dez mil holandesas e concluíram que não há risco de câncer de ovário.

“Os resultados tranquilizam as pacientes que se submetem a essa técnica. Os estudos apontam ainda que não há risco oncológico nos bebês nascidos após tratamento médico de infertilidade”, afirma o diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA), César Barbosa.

Hoje, as mulheres que se submetem à FIV são submetidas à estimulação ovariana para chegar à uma super ovulação. Os óvulos são aspirados por uma agulha guiada por ultrassom transvaginal. Nos homens, a coleta do sêmen acontece por meio da masturbação. Após seleção dos melhores espermatozóides e dos óvulos maduros, procede-se à FIV e depois de 2 a 5 dias, o óvulo fertilizado passa a ser considerado um embrião e é transferido para o útero da paciente na tentativa de gerar uma gravidez.  

O nível elevado de estrogênio na paciente durante os dez dias de ovulação poderia ser um fator essencial para o desenvolvimento de tumor no ovários. No entanto, conforme explica o especialista da SBRA, não existe comprovação científica de risco oncológico desse tipo de câncer em mulheres submetidas a tratamentos de infertilidade. “Esse esclarecimento é muito importante para que as mulheres sujeitas a estes procedimentos, com o intuito de constituir família, fiquem tranquilas”, reforça Barbosa. 


Recomendações – A FIV é uma das formas de tratamento quando o casal tem pelo menos um ano de tentativas de engravidar, sem sucesso. Mas, se houver alguma causa de infertilidade identificada, como baixa produção/qualidade dos espermatozoides ou trompas obstruídas, que limitam a utilização de outras técnicas, a indicação pode ser com menor tempo.

Caso a mulher tenha uma reserva de óvulos comprometida, como ocorre em faixas etárias mais avançadas, a indicação pode ser antecipada. É também indicada aos homens com baixa produção de espermatozoides e àquelas mulheres com trompas obstruídas ou com idade superior a 38 anos. 


Câncer do ovário -  Mais de seis mil casos são estimados ao ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). É o segundo tipo de câncer mais comum entre as mulheres. A maior parte de incidências são de células epiteliais (que revestem o ovário) e, a minoria, são de células germinativas (que formam os óvulos) e células estromais (que produzem a maior parte dos hormônios femininos). O risco de câncer de ovário é maior em mulheres com infertilidade, que menstruaram antes dos 12 anos e ou com menopausa tardia. Mulheres que tomam contraceptivos ou que tiveram vários filhos têm menos chances de incidência.


Síndrome de Burnout afeta 32% dos brasileiros que sofrem de stress


Compulsão em demonstrar seu próprio valor, incapacidade de se desligar do trabalho e ansiedade, são alguns dos sintomas apontados pelo psicoterapeuta Carlos Florêncio


No último mês de maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou não reconhecer a Síndrome de Burnout como doença, mas sim como um stress  crônico ligado ao trabalho. Um “esgotamento profissional”. Apesar de não ser reconhecido oficialmente como doença, de acordo com a pesquisa da Internacional Stress Maganagement Association (ISMA), instituição internacional voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e do tratamento de stress no planeta, em 2018, o Brasil era o segundo país com o maior número de pessoas com stress no mundo, ficando atrás somente do Japão.

De acordo com a pesquisa, 72% da população brasileira  sofre alguma sequela vinda do stress, e desses, 32%, tem a Síndrome de Burnout.

Os número também são comprovados pelo psicoterapeuta Carlos Florêncio. Com mais de 30 anos de profissão, o mesmo tem notado um aumento cada vez maior de pessoas que relatam os sintomas do distúrbio emocional.

“Em português, a palavra ‘burn’, significa queimar. Uma pessoa com Síndrome de Burnout, faz exatamente isso consigo mesma, ou seja, ela se ‘queima por completo’. No empenho diário por um melhor desempenho no trabalho, deixa todas suas vontades próprias e se sacrifica para demonstrar um melhor resultado. É um esgotamento físico, uma estafa completa. Na maioria dos casos, a pessoa finge que nada aconteceu, mas o corpo não aguenta, e por meio da Síndrome de Burnout, implora por socorro”, comenta Carlos Florêncio, que ao longo de sua carreira já ajudou mais de trinta mil pessoas no Brasil e no exterior, e esse ano lança o livro “Tudo certo!”, que trata sobre esses e outros assuntos ligados à psique e espiritualidade humana.

Confira abaixo alguns dos sintomas da Síndrome de Burnout explicados pelo psicoterapeuta:


Trabalho excessivo 

Atualmente, a falta de tempo é considerada um problema comum na vida da maioria das pessoas. Segundo Carlos Florêncio, um dos primeiros pontos para ficar atento a Síndrome de Burnout, é quando o trabalho excessivo consome a vida pessoal do profissional, ou seja, ele se exclui por completo, não tendo mais tempo para compartilhar momentos com a família, amigos ou praticar atividades de lazer. A vida pessoal é anulada pela incapacidade de se desligar do trabalho.


Compulsão pela aprovação 

Mais do que a demonstração por bons resultados, há uma obsessão em demonstrar o próprio valor profissional e ser reconhecido. Mesmo sendo o melhor funcionário da empresa, profissionais com a Síndrome de Burnout, possuem uma compulsão pela aprovação das pessoas ao seu redor, sejam elas superiores ou abaixo de seu cargo. Normalmente, não comemoram as grandes vitórias profissionais, mas têm uma tendência a ter um sofrimento interno interminável, tanto pelas grandes falhas, como também as pequenas ações corriqueiras do dia a dia.


Mudanças comportamentais 

O esgotamento profissional é acompanhado de mudanças comportamentais. Intolerância, stress, falta ou perda total de humor, são alguns dos sintomas aplicados nesse estágio. Com foco no trabalho, a pessoa deixa as necessidades pessoais de lado. Não possuem tempo nem para ficarem consigo mesmas. Atos como dormir pouco e sempre estarem trabalhando com o celular, inclusive nas horas das refeições, indicam uma possível Síndrome de Burnout a caminho.


Distanciamento da vida social

O foco de alguém que sofre de Síndrome de Burnout, muda radicalmente. A pessoa não trabalha para viver, mas sim, vive para trabalhar. O trabalho em si é a única coisa que importa, deixando de lado família e amigos. Nesse estágio, muitas vezes o distanciamento social leva a outros meios de fuga, como o álcool e as drogas.


Ansiedade

Movida por uma tensão constante, a pessoa começa a buscar a solução para problemas que talvez nunca existam. A insônia, medo frequente, dificuldade de esquecer do trabalho por um segundo que seja, entre outros sintomas de ansiedade, contribuem com a o aumento da Síndrome de Burnout na pessoa. Normalmente, esse transtorno psicológico, reflete no corpo de maneira psicossomática, em forma de dores de cabeça, tensões musculares, tremores na mão e até mesmo ataques de pânico.

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