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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

ANVISA aprova nova tecnologia para olho seco



Dispositivo usado em exame de rotina faz diagnóstico de olho seco mais preciso. Entenda.


A ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acaba de aprovar uma nova tecnologia que faz o diagnóstico do olho seco em 3D sem nenhum contato com o olho. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier o dispositivo é acoplado  à  lâmpada de fenda utilizada nos exames oftalmológicos de rotina e projeta no computador do médico imagens que permitem avaliar cada camada da lágrima, a estabilidade do filme lacrimal, eficiência da piscada, o reflexo da pálpebra,  funcionamento das glândulas de Meibômio e o diâmetro da pupila. “Este conjunto de informações permite estabelecer um tratamento mais eficaz e proporciona uma leitura muito mais  precisa que o método convencional”, afirma. No método convencional, explica, além do contato com a superfície do olho mascarar o resultado do diagnóstico, o funcionamento da glândula de meibômio e o equilíbrio do filme lacrimal não é aferido e isso dificulta a indicação do tratamento correto. 


Estado se alerta

O oftalmologista afirma que o novo equipamento vem em boa hora. Isso porque a OMS (Organização Mundial da Saúde) preconiza que a umidade relativa do ar abaixo de 60% prejudica a saúde e nesta semana o índice vai estar abaixo disso em praticamente todo o país.  Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) as áreas mais afetadas devem ser a região centro-oeste, estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Tocantins, sul do Pará e sudeste do Amazonas que devem  permanecer em estado de alerta com umidade abaixo de 20% até o fim de semana. 


Riscos

Para Queiroz Neto o olho é o órgão mais afetado pelo tempo seco. Isso porque, resseca a lágrima que tem a função de lubrificar e proteger os olhos aumenta a concentração de poluentes e microrganismos no ar que agridem o globo ocular. No Brasil a estimativa é de que 12% têm a síndrome do olho seco na proporção de 3 mulheres para cada homem.  Os sintomas são vermelhidão, ardência, visão embaçada, coceira, e maior sensibilidade à luz. O oftalmologista adverte que não se trata de um mal menor. Se não for tratado corretamente pode causar cicatrizes ou inflamação na córnea, inviabilizar o uso de lente de contato,  agravar o ceratocone, predispor à blefarite uma inflamação nas pálpebras,  a conjuntivite viral  e à alérgica.


Brasileiro é o segundo povo mais conectado

O especialista ressalta que o envelhecimento aumenta o risco da síndrome do olho seco, principalmente entre mulheres porque após a menopausa a queda dos estrogênios resseca todas as mucosas, inclusive as oculares. Mas a diminuição da lágrima não se restringe aos mais velhos.. Um estudo feito pelo oftalmologista mostra que 30% das crianças que ficam mais de duas horas conectadas têm os sintomas da síndrome. O pior é que uma pesquisa que acaba de ser realizada em Londres mostra que o uso das redes sociais cresceu cerca de 60% nos últimos sete anos entre os 25 países analisados. O Brasil está em segundo lugar no ranking com uma média de 225 minutos/dia, ou seja, quase 4 horas/dia de uso das redes sociais. O médico destaca que a predisposição ao olho seco também pode ser agravada  pelo uso de lentes de contato, ceratocone,  ambientes com ar condicionado,  doenças autoimunes como  síndrome de Sjögren, síndrome de Stevens Johnson, lúpus e alergias.


Luz pulsada ganha terapia coadjuvante 

Queiroz Neto ressalta que a mais nova terapia para tratar olho seco é uma tecnologia de luz pulsada que estimula a glândula de Meibômio a produzir a camada lipídica da lágrima. Relatório da ARVO (Association for Research in Vision and Ophthalmology) revela que a maior causa do olho seco no mundo é justamente uma disfunção nesta glândula que diminui a produção da camada gordurosa do filme lacrimal. “Isso porque, é esta camada da lágrima que regula sua evaporação”, explica. O médico destaca que o tratamento inclui pelo menos 3 sessões, sendo uma por mês.  Ele conta que recentemente o oftalmologista Thiago Queiroz do Instituto Penido Burnier, criou um modelo de óculos/compressa para potencializar o tratamento de blefarite e olho seco. Após a luz pulsada os óculos/compressa devem ser aquecidos por 5 segundo no micro-ondas e aplicados nos olhos por 2 vezes.


Prevenção

O oftalmologista afirma que as principais dicas para prevenir  o olho seco são: Umidificar os ambientes com toalhas  ou vasilhas com água; Evitar a exposição dos olhos ao sol  sem lentes que filtrem 100% da radiação UV;  Não fazer exercícios físicos  em espaços aberto das 10 às 16 horas; Evitar as aglomerações… Só usar colírio com prescrição médica; Manter o corpo hidratado; Incluir na dieta fontes de ômega 3 como semente de linhaça, sardinha, salmão  ou bacalhau.

Ansiedade e Burnout: quando transtornos impactam o gestor


Segundo pesquisa da empresa de recrutamento Robert Half, os profissionais brasileiros são os mais estressados do mundo. A empresa entrevistou quase 1.800 gestores de RH em 13 países e constatou que o profissional brasileiro é o que mais sofre com a pressão e o excesso de trabalho. De acordo com a pesquisa, 52% dos entrevistados reclamaram da alta carga de trabalho, e 44% sentem falta do reconhecimento de seus esforços.

Não é à toa que muitos profissionais acabam desenvolvendo transtornos de ansiedade. Os mais comuns são: transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de pânico, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, fobia social e fobias específicas.

A posição de liderança demanda bastante do gestor e este, se não estiver preparado para lidar com as demandas e conflitos do grupo, tende a se desequilibrar, o que pode ser um dos impulsionadores da ansiedade. No entanto, aspectos emocionais, especialmente a capacidade de lidar com a inteligência emocional, impactam bastante. O gestor deve saber captar, absorver e conduzir a ansiedade e a expectativa do grupo, orientando-os e intervindo quando julgar necessário.

Na realidade, todos esperam que um gestor tenha maturidade emocional (ou “quociente emocional”) e consiga gerenciar e controlar sua própria ansiedade, além de lidar com a ansiedade do grupo que ele lidera. Ele é a referência desse grupo, e uma de suas funções é administrar essa teia de situações potencialmente ansiógenas que permeiam a dinâmica da equipe.

O líder precisa ser capaz de ter autocontrole, autoconhecimento e experiência para transmitir tranquilidade e direção ao grupo, em todo tipo de situação. Muitas vezes, só um trabalho psicoterápico permite que ele se conheça mais a fundo e se desenvolva emocionalmente, de modo a saber lidar com suas próprias ansiedades e as da equipe.

Se o transtorno de ansiedade não for tratado, gestor e a sua equipe podem caminhar para um “naufrágio”. Neste sentido, ele “afunda” sua carreira, pois não terá condições de gerenciar adequadamente as situações de tensão que certamente ocorrem no ambiente corporativo. Daí, além da ansiedade, virá o sentimento de frustração, decorrente de uma expectativa não realizada, de uma sensação de incapacidade ou de percepção de que “não sou tão competente quanto imaginava”.

Para tornar o cenário ainda mais complexo, vale lembrar que a imagem de um profissional não permite tantos “deslizes” como no âmbito social/pessoal. O mercado é competitivo, principalmente no momento em que vivemos agora, e qualquer erro ou demonstração de instabilidade pode acarretar sua substituição por outro profissional que tenha mais equilíbrio emocional. 


Síndrome de Burnout – o mal do século XXI

A síndrome de Burnout vem aparecendo cada vez mais em diversas profissões, sendo consequência do excesso ou sobrecarga de trabalho. Como o próprio nome diz, a pessoa se sente literalmente exausta, esgotada física e psicologicamente, seja por causa do número de horas trabalhadas, seja pelo estresse provocado pelas condições de trabalho.

O uso crescente de recursos tecnológicos e da informática mudou o modo de trabalhar; a aceleração da velocidade de comunicação e a integração global trouxe a demanda por muitas horas de trabalho em geral sob forte pressão de desempenho. Nestas condições surge novamente a exaustão, caracterizada pelo desânimo, dificuldade de raciocínio, ansiedade, preocupação, irritabilidade, sensação de incapacidade ou inferioridade, diminuição da motivação e da criatividade, aparecimento de transtornos mentais e doenças físicas.

Já a privação do sono gera a síndrome de Burnout por vários fatores: quando o profissional não dorme o suficiente para ser produtivo; quando ele faz hora extra até tarde da noite, prejudicando a rotina do sono; quando viaja muito a trabalho para diferentes Países, desregulando seu relógio biológico; ou até mesmo quando muda repentinamente de cargo, e precisa alterar o turno da tarde para o turno da noite, por exemplo. Isso resulta em uma extrema exaustão, pois o organismo, que já está habituado com um determinado padrão de sono, sofre um forte impacto, precisando de tempo e resistência para se readequar à nova rotina do profissional.

Uma consequência frequente é o uso de drogas (álcool, tabaco, além das drogas ilícitas) como forma de alívio. É importante estar alerta a esta situação que agravará ainda mais a condição física e mental do indivíduo. O mesmo pode ser dito da automedicação.

Além das condições adversas e estressantes de trabalho, algumas características da personalidade são consideradas importantes para o aparecimento da síndrome de exaustão. Pessoas muito competitivas, ambiciosas, com dificuldade para delegar, absorvendo tudo para si, fazendo do trabalho sua única atividade tem maior chance de desenvolver exaustão. Por outro lado, pessoas inseguras, necessitadas de reconhecimento pelos outros, com dificuldade de colocar limites e abrindo mão de suas próprias necessidades também estão mais vulneráveis ao Burnout.

E o que fazer para prevenir a síndrome de exaustão? A primeira e óbvia recomendação é descanso físico e mental. O equilíbrio entre o trabalho e as atividades físicas, de lazer, o encontro com os amigos e outras é o primeiro passo. Mudanças de atitudes, de expectativas, de hábitos de vida podem também auxiliar na prevenção.

Nos casos em que a síndrome de Burnout já está instalada, recomenda-se buscar auxílio médico especializado para avaliação do quadro e orientação quanto ao tratamento. Especialmente no caso das pessoas cujas características de personalidade as tornam mais propensas ao Burnout, a psicoterapia é um complemento importante, pois o problema está muitas vezes dentro da pessoa, e não tanto em suas condições de trabalho.


Caso aconteça alguma situação que tenha saído do controle do gestor, será necessário um esforço grande e de longo prazo para que ele tenha nova oportunidade para mostrar que reviu suas posições e aprendeu a lidar com suas próprias ansiedades. Como já dito, às vezes esse amadurecimento emocional só é obtido com um trabalho psicoterápico específico. O importante é buscar ajuda ao menor sinal de que algo não vai bem.





Elaine Di Sarno - psicóloga com especialização em Avaliação Psicológica e Neuropsicológica; e Terapia Cognitivo Comportamental, ambas pelo Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas – FMUSP. É pesquisadora e colaboradora do PROJESQ (Projeto Esquizofrenia) do IPq-HC-FMUSP


Câncer de rim é o segundo que mais acomete sistema urinário de adultos


 Saiba causas, prevenção e sintomas sobre a doença; cura pode chegar a 90% dos casos

Os tumores malignos do rim são conhecidos como câncer de rim ou câncer renal e correspondem a 2% das neoplasias humanas, sendo mais comum nos homens do que nas mulheres. É o segundo câncer que mais acomete o sistema urinário de adultos, pois a descoberta vem aumentando devido aos hábitos e a maior utilização dos métodos de imagem na rotina de check-ups.

Segundo o uro-oncologista, Dr. Marcos Tobias Machado, algumas características podem favorecer o aparecimento da doença. “Existem alguns fatores relacionados ao câncer renal como a hereditariedade, o tabagismo, a obesidade, uso de diuréticos e algumas doenças genéticas”, explica o especialista sobre as causas.

Com sintomas e sinais quase raros em seus estágios iniciais, a grande maioria dos tumores renais hoje são detectados em pacientes por métodos de imagem como, ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética indicada por outros motivos. “Quando existem sintomas os mais frequentes são o sangramento urinário, dor lombar e massa palpável no abdômen (quando o tumor é muito grande)”, explica o especialista.

O tipo histológico que corresponde a 90% dos casos de câncer renal é o carcinoma de células renais, que se origina no tecido epitelial. Para prevenir esse e os outros tipos, Dr. Marcos indica a redução dos fatores causais, mas a principal maneira é a realização dos exames preventivos. “A ultrassonografia, por exemplo, detecta pequenas lesões renais ainda curáveis”, sugere. 

Nesses casos, o tratamento principal é a extração cirúrgica total ou parcial do tumor, que promove a cura entre 80 e 90%, preservando o restante do rim. Essa intervenção cirúrgica pode ser obtida através de videolaparoscopia, cirurgia robótica ou ablação tumoral por fontes de energia, que são algumas das cirurgias minimamente invasivas disponíveis. 

Além da cirurgia, hoje há novos medicamentos que combatem a proliferação de vasos sanguíneos, das células tumorais ou agem na imunidade do paciente. “Essas medicações promovem melhor qualidade de vida e aumento da sobrevida, quando comparada há anos atrás quando esses medicamentos não existiam”, afirma Dr. Marcos.

Já quando a doença se estende além dos limites do órgão, as chances de cura são bem menores e no momento em que existe disseminação para outros órgãos como, pulmão, fígado, ossos e cérebro a cura é pouco frequente.


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