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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Osteoporose: a doença silenciosa que ataca os ossos


Envelhecer é um fenômeno natural que acarreta diversas transformações e exige cuidados redobrados com a saúde. Entre essas mudanças, é comum ocorrer uma perda da massa óssea. A estrutura esquelética do corpo humano se renova constantemente até os 20 anos, porém, após os 40, esse ciclo termina e a perdemos com maior velocidade.  

Em alguns casos, os ossos se tornam porosos pela carência de renovação do material ósseo, aumentando sua fragilidade e o risco de fratura. Dessa maneira, é diagnosticada a osteoporose, uma doença totalmente assintomática causada pela deficiência de cálcio no organismo.  Porém, normalmente, só é descoberta quando está mais avançada e ocorrem rupturas características.  

Conhecida como silenciosa, ela atinge tanto o público masculino, como o feminino. Entretanto, as mulheres estão mais propensas a apresentarem esse desequilíbrio, principalmente após a menopausa. Essa situação é decorrente das mudanças hormonais características desse período, quando acontece uma queda acentuada do estrogênio, hormônio fundamental para a fixação do cálcio no osso.  

O médico geriatra e presidente do Departamento de Geriatria da Associação Paulista de Medicina (APM), Maurício Ventura, explica que, até os 30 anos, o corpo humano consegue criar uma reserva de cálcio por meio de atividade física e dieta, fortalecendo os ossos. Essa fase é seguida de uma estabilização, ou seja, não há ganho e nem perda óssea. Após os 50 anos em mulheres e, os 70 em homens, há mais eliminação do que obtenção do mineral.  

De acordo com o geriatra, além do envelhecimento e a perda de cálcio, há outros fatores determinantes para o surgimento da osteoporose. “O tabagismo, o consumo excessivo de álcool, origem asiática e o sedentarismo são fatores de risco que aumentam a chance da doença. A baixa ingestão de leite e derivados também, já que é a maior fonte de cálcio na dieta humana”, ressalta Ventura.  

A presença de cálcio na alimentação diária é essencial para a renovação óssea. Recomenda-se o consumo de 1000 miligramas por dia, o que equivale a quatro porções lácteas. Mesmo estando em maior abundância no leite, ele também está presente em legumes, como brócolis, e em folhas verde-escuras. Além disso, a Vitamina D auxilia na absorção desse mineral. O ideal é realizar um banho de sol diário, com duração de 15 minutos, para ajudar na incorporação do mineral no organismo.  
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Em geral, é somente após as fraturas, normalmente no fêmur, na bacia ou na costela, que as pessoas começam a se preocupar. Por essa e outras razões, a realização de exames para prevenção é fundamental “A recomendação é que, nas mulheres próximas à menopausa, e nos homens após os 70 anos, seja feita a chamada densitometria óssea, exame de rastreio rápido e indolor que, diferente da ressonância e do raio-x, é aberto e com baixa radiação”, comentou.  

A osteoporose dificilmente tem cura, mas é perfeitamente possível conviver com ela.  Através do diagnóstico, prevenção e reabilitação dos ossos, é viável evitar novas ou futuras fraturas. Segundo Maurício, a prevenção e o tratamento andam lado a lado “Tanto para prevenir, como para tratar, é importante a ingestão de leite diariamente, atividade física regular, tomar sol e, caso necessário, medicamentos em situações mais graves para recuperar a massa de cálcio”.   

O uso medicinal do canabidiol e seu papel no tratamento de doenças


O Canabidiol (CBD) é uma substância extraída da Cannabis sativa, que tem aplicações medicinais registradas ao longo da história. Em 2.700 a. C., na China, utilizava-se a planta para terapia de constipação intestinal, dores, malária, epilepsia, tuberculose e outras doenças. Depois, por volta de 1.000 a. C., na Índia, foi administrada no tratamento de ansiedade, manias e histeria. No início do século XX, seus extratos foram comercializados na Europa para tratar desordens mentais. Porém, o desconhecimento sobre a Cannabis e suas propriedades, e até mesmo por preconceito, seu uso terapêutico diminuiu.

Apenas na década 60, com o avanço da tecnologia e da medicina, o professor da Universidade Hebraica de Jerusalém, Raphael Mechoulam, isolou os componentes da planta e descobriu o canabidiol. E, na ocasião, ele verificou que a substância não tem propriedade psicoativa, ou seja, o CBD não causa efeitos sobre a atividade psíquica ou comportamental. Essa informação foi reafirmada em 2017, no relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). No documento foi registrado, que “o canabidiol (CBD), molécula não psicoativa da planta Cannabis Sativa L., não é uma substância perigosa, pelo contrário, apresenta um potencial terapêutico alto”.

O que é respaldado por um estudo sobre o efeito do CBD em oito pessoas epiléticas, realizado em 1980, por Raphael Mechoulam e investigadores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Os cientistas administraram 300 miligramas da substância por quatro meses nos pacientes. Desses, em quatro, as convulsões sessaram completamente e em outros três a frequência dos ataques diminuíram consideravelmente. Infelizmente, apesar dos resultados positivos, as pesquisas, na época, não motivaram mais investigações sobre o tema.

Entretanto, o CBD continuou a ser estudado. Em 1988, Allynn Howlett e William Devabe descobriram a existência de receptores celulares para substâncias da cannabis no organismo de ratos. Posteriormente, essa presença também foi evidenciada em outros animais, incluindo o homem. Junto a essa descoberta, substâncias semelhantes às encontradas na planta foram identificadas, os endocanabinoides – produzidas pelo próprio corpo. O responsável pela fabricação e degradação foi denominado de Sistema Endocanabinoide (SEC). Ele está envolvido na regulação de diversas funções orgânicas como: apetite, digestão, dor, humor, inflamação, memória, metabolismo, proteção e desenvolvimento dos neurônios, imunidade e outras.

Tendo em vista a gama de atuações dos canabinoides e seu passado como planta medicinal, hoje, o CBD vem sendo pesquisado e aplicado no tratamento de diversas doenças neurológicas, psiquiátricas, inflamações, dores e bem-estar.
Em países onde a Cannabis Sativa é legalizada para fins medicinais, como a Argentina, Austrália, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Israel, Uruguai e em quase toda a Europa, óleos à base de CBD são receitados para: epilepsia, esclerose múltipla, mal de Alzheimer, mal de Parkinson, ansiedade, dor crônica, fibromialgia, depressão, obesidade, glaucoma, inflamações intestinais, artrite e estresse pós-traumático.

No Brasil, o Hospital Sírio-Libanês divulgou, em junho de 2019, um estudo, no qual dois pacientes com tumores malignos de difícil controle foram tratados com canabidiol, além da radioterapia e da quimioterapia padrão. Um mês após o tratamento, um deles apresentou uma ‘remissão completa’ – termo da Medicina para caracterizar quando não há sinais de atividade da doença, apesar de não ser possível identificar como cura. E, o outro teve uma pseudoprogressão, que segundo os pesquisadores mostrava que o tratamento estava funcionando. Os pacientes relataram que o CBD amenizou os sintomas de dor, náusea, vômito e fadiga, possibilitando uma condição clínica favorável e a prática de atividades físicas.

            Com tantos benefícios, o acesso aos medicamentos à base de CBD é cada vez mais importante. Atualmente, no país, é preciso uma autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para importar medicamentos à base de substâncias da Cannabis Sativa. E, a produção e o estoque interno são proibidos. Com a regulamentação da Cannabis medicinal, que está em consulta pública até 19 de agosto, tratamentos serão mais democráticos, seguros e baratos. Mais de 4,5 milhões de brasileiros, que sofrem com doenças que podem ser tratadas com CBD, poderão ser beneficiados. Hoje, apenas 6.530 pacientes estão cadastradas na Anvisa para importar os medicamentos.




Gustavo de Lima Palhares - CEO da Ease Labs

PRIMEIRA CONSULTA COM GINECOLOGISTA DEVE SER ANTES DA PUBERDADE


Muitas vezes, por medo ou vergonha, algumas meninas adiam a primeira consulta com o  ginecologista. Orlando Costa Filho, ginecologista da Santa Casa de Mauá, explica que a visita deve ser feita assim que aparecerem os primeiros sinais da puberdade. O encontro permitirá que a adolescente compreenda as mudanças e funcionamento de seu corpo, esclareça dúvidas, receba orientações e previna problemas com a saúde.

“Para melhores resultados, a jovem precisa se sentir à vontade na presença do médico para conversar e esclarecer questões sobre o seu corpo. O médico ajudará a resolver o problema pelo qual foi procurado e aproveitará para discutir assuntos ligados ao seu crescimento”, explica.

Normalmente, a conversa é conduzida pelo médico que fará perguntas básicas sobre a saúde e hábitos para entender o histórico da paciente. É importante que o profissional também chame sua atenção para as tomada de decisões que envolvem a saúde e hábitos saudáveis, principalmente, relacionados com a alimentação e com a prática de exercícios físicos. Outro ponto importante são os cuidados com drogas e com a prática sexual, que deve ocorrer de forma responsável e com o uso de preservativos e contraceptivos de modo obrigatório.

Na primeira consulta, é comum também a requisição de exames - físico a fim de avaliar se o desenvolvimento está de acordo com a idade e outros de laboratório. “De forma preventiva,  também é aconselhado rastrear possíveis infecções que podem ser transmitidas sexualmente, inclusive para HIV, quando sugerimos as imunizações possíveis”, acrescenta o médico. 

Na Santa Casa de Mauá, a consulta de uma adolescente é sempre realizada com a presença de um acompanhante, pois os pais devem se envolver e acompanhar os problemas. A ideia é que a garota compreenda a necessidade de consultar um ginecologista regularmente, pois ajuda a diagnosticar doenças e evitar consequências futuras mais graves.

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