Hospital
Veterinário AmarVet's reforça importância do check-up e quebra o mito de que a
castração previne o problema
O Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre a saúde masculina,
também vem ganhando destaque entre os cuidados com os animais de estimação. A
campanha Novembro Azul em pets tem como objetivo alertar os tutores sobre o
câncer de próstata em cães e gatos, uma doença pouco comum, mas que merece
atenção, especialmente em animais mais velhos.
De acordo com estudos do Conselho Federal de Medicina Veterinária
(CFMV), o câncer de próstata em pets é significativamente mais frequente em
cães do que em gatos. Cães idosos, especialmente os de raças de grande porte,
são mais suscetíveis à doença, o que reforça a importância de avaliações
periódicas e acompanhamento veterinário ao longo do envelhecimento.
Segundo a Dra. Vanessa Perrotta, especializada em oncologia do AmarVet’s
Hospital Veterinário, embora o câncer de próstata em animais de estimação não
seja frequente, ele merece atenção, especialmente em pets mais velhos. “A
doença não é comum nos cães, mas pode acontecer. Nos gatos é mais raro. Ainda
que a incidência seja baixa, o diagnóstico geralmente ocorre em estágios
avançados, o que torna fundamental a realização de exames preventivos”, afirma
a especialista.
A doença é observada com maior frequência em animais de idade avançada e
em raças grandes, como Dobermann e Pastor Alemão, sendo os processos
inflamatórios crônicos da próstata também considerados fatores de risco. “Em
cães, diferente dos humanos, não parece existir relação clara com a
testosterona”, destaca a Dra Vanessa.
Um dos pontos de maior alerta, segundo a médica-veterinária, é a crença
de que a castração previne o câncer de próstata. “A castração não previne
câncer de próstata em cães, e pode até aumentar o risco de tumores mais
agressivos.”
Os sinais clínicos variam, mas os tutores devem ficar atentos a
alterações urinárias ou evacuatórias, como dificuldade para urinar ou defecar,
fezes achatadas, presença de sangue na urina, perda de peso e dor abdominal ou
lombar. Em casos mais avançados, quando há metástase, pode haver dor ao andar e
dificuldade de locomoção, especialmente quando o tumor se espalha para os ossos
da pelve ou da coluna.
O diagnóstico envolve exames de imagem, como ultrassonografia abdominal,
radiografias e tomografia, além de procedimentos complementares como toque
retal, citologia e biópsia. O tratamento depende do estágio da doença e pode
incluir cirurgia, quimioterapia, uso de anti-inflamatórios não esteroidais,
como piroxicam e firocoxib, e quando disponível, radioterapia. “É um tumor
muitas vezes agressivo e metastático, então o tratamento geralmente é
paliativo, visando qualidade de vida”, explica a veterinária.
Embora não exista uma forma totalmente eficaz de prevenção é importante
a atenção redobrada à saúde prostática de cães idosos. Manter o peso ideal,
tratar precocemente infecções e inflamações da próstata e realizar avaliações
periódicas são medidas que podem ajudar na detecção precoce da doença. Em
gatos, a ocorrência é tão rara que não há dados consistentes que permitam
estabelecer fatores de risco claros.
“Campanhas como o Novembro Azul em pets têm papel essencial na
conscientização dos tutores. “Essas ações incentivam o check-up anual em cães
idosos, reforçam a importância do ultrassom de rotina e ajudam a detectar
doenças mais cedo”, conclui a Dra. Vanessa.
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