Enfermeiro explica que ter as informações corretas é essencial para a prevenção
A campanha Novembro Azul reforça a importância do
cuidado com a saúde do homem, especialmente na prevenção e no diagnóstico
precoce do câncer de próstata. Embora o tema seja cada vez mais discutido,
muitos mitos ainda atrapalham o entendimento da população e acabam afastando o
público-alvo dos exames de rotina. O enfermeiro e coordenador do curso de
Enfermagem da UNINASSAU Rio de Janeiro, Antônio Ribeiro, listou algumas dúvidas
mais comuns e o que é verdade sobre cada uma delas.
1. “Câncer de próstata só acomete idosos”
O risco realmente aumenta com a idade, mas não é
exclusivo dos mais velhos. Segundo o professor, cerca de 35% dos casos
acontecem entre homens de 40 a 65 anos e muitos não apresentam sintomas nas
fases iniciais. “É por isso que os exames preventivos são tão importantes.
Identificar precocemente aumenta muito as chances de cura”, explica.
2. “O exame de toque é extremamente doloroso”
Essa ideia ainda afasta muitos homens do consultório,
mas não corresponde à realidade. “O toque retal pode causar apenas um leve
desconforto e dura poucos segundos. Não é doloroso e continua sendo um exame
essencial para o diagnóstico”, destaca o enfermeiro. Associado ao PSA, ele
aumenta a precisão na avaliação da saúde da próstata.
3. “Disfunção erétil é só psicológica”
Embora questões emocionais possam ser responsáveis
por parte dos casos, não é a principal causa. “Entre 10% e 20% têm origem
psicológica, mas a disfunção também pode estar ligada a fatores físicos, como
doenças circulatórias, diabetes, hipertensão e alterações hormonais”, afirma
Antônio. Por isso, o acompanhamento médico também é importante.
4. “Se não há sintomas, não há risco”
Essa é uma das crenças mais perigosas. “Muitas
doenças da próstata não apresentam sintomas nas fases iniciais. O câncer,
principalmente, pode evoluir silenciosamente. Por isso, exames como o PSA e a
ultrassonografia devem ser realizados mesmo quando não há queixas”, orienta.
5. “Beber muita água previne problemas na próstata”
A hidratação é importante para o organismo como um
todo, mas não evita doenças da próstata. “Não há evidências sobre o consumo
excessivo de água previnir alterações prostáticas. O que realmente ajuda é o
acompanhamento médico, hábitos saudáveis e exames regulares”, explica o
coordenador do curso de Enfermagem da UNINASSAU.
Mais do que uma campanha, o movimento quer quebrar
estigmas e incentivar o cuidado contínuo com a saúde masculina. Sendo assim,
buscar informação, fazer exames e manter consultas em dia são passos simples e
podem salvar vidas.

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