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terça-feira, 11 de novembro de 2025

Dados demonstram que agir no pré-diabetes pode evitar mais de 50% das mortes cardiovasculares ou hospitalizações por insuficiência cardíaca1

 

  • Estudo apresentado no Congresso Europeu EASD 2025, em Viena, revela que a remissão do pré-diabetes pode reduzir em mais de 50% o risco de morte cardiovascular ou hospitalizações por insuficiência cardíaca e, em mais de 40%, mortalidade por todas as causas1
  • Alcançar a remissão do pré-diabetes para os valores glicêmicos normais representa uma abordagem pioneira em prevenção primária1, além de reverter em 58% a progressão para o diabetes tipo 22
  • Consulta pública para reavaliação do PCDT, aberta até 11 de novembro, avalia tirar o pré-diabetes como fator de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 23

     

A Merck Brasil reuniu imprensa e especialistas em São Paulo para a apresentação inédita no Brasil dos dados recentemente apresentados no Congresso da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD) 2025. Pela primeira vez, estudos demonstraram que normalizar a glicemia em pacientes com pré-diabetes, alcançando a remissão desta condição (normoglicemia), pode reduzir em mais de 50% o risco de morte cardiovascular ou hospitalização por Insuficiência Cardíaca (IC) e em mais de 40% o risco de mortalidade por todas as causas1. 

“Essas evidências comprovam que reverter o pré-diabetes para valores glicêmicos normais não está apenas associada à menor incidência de diabetes tipo 2, mas também representa uma abordagem pioneira para a prevenção primária nos indivíduos com pré-diabetes”1, comenta Dra. Denise Franco (CRM-SP 54481|RQE 18096), endocrinologista e especialista em tecnologia no tratamento do diabetes, membro da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). 

De acordo com dados da SBD, cerca de 30 milhões de brasileiros vivem com pré-diabetes no país4. A doença, apesar de silenciosa, aumenta em 15% o risco de alguns tipos de câncer, 20% o risco cardiovascular e 67% o risco de complicações renais5-7. 

“Nosso papel é mostrar que o pré-diabetes é uma doença que ainda pode ser revertida, um convite à ação imediata”, reforça Roberta Brito, gerente médica da Merck para diabetes e obesidade. “A iniciativa reforça nosso compromisso com a prevenção e educação em saúde, estabelecendo estratégias de controle, não somente em relação à evolução para o diabetes tipo 2 (DM2), mas também na redução do risco cardiovascular e na melhoria da qualidade de vida da população”1,2, reforça. 

O evento foi mediado pela Dra. Thelma Assis (CRM-SP CRM 149800), médica e apresentadora. “É importante que a população saiba que o rastreio do pré-diabetes é simples, e que, na maioria dos casos, a mudança de hábitos alimentares e a incorporação de atividades físicas intensas são capazes de evitar o desenvolvimento do diabetes tipo 2, uma doença crônica, irreversível e progressiva”, explica Thelminha. Em casos determinados ou quando a mudança de estilo de vida não é adotada adequadamente, o uso de medicação pode ser necessário para a normalização da glicemia8,9.
 

Consulta Pública para Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de Diabetes Tipo 2 

Até o dia 11 de novembro, está aberta a Consulta Pública de número 82, para atualização do PCDT de diabetes. No documento, entre outras alterações, houve a recomendação da retirada do pré-diabetes como um fator de risco para o diabetes tipo 23. 

“A retirada do pré-diabetes como fator de risco para diabetes tipo 2 nos surpreendeu, pois, inicialmente, essa avaliação sequer fazia parte do escopo da revisão do PCDT, e está desalinhado às diretrizes nacionais e internacionais, como a europeia e americana10-12. Assim, queremos chamar a atenção para a importância da manutenção do pré-diabetes como fator de risco – principalmente, em posse desses dados recentemente apresentados no EASD sobre redução de mortalidade e internação”, comenta Franco.
  
 


Merck
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 Referências 

  1. ELSA VAZQUEZ ARREOLA, ROBERT L. HANSON, ARVID SANDFORTH, LEONTINE SANDFORTH, SARAH KATZENSTEIN, NORBERT STEFAN, HUBERT PREISSL, NIKOLAUS MARX, REINER JUMPERTZ VON SCHWARTZENBERG, ANDREAS L. BIRKENFELD; 161-OR: Prediabetes Remission and Cardiovascular Mortality and Morbidity. Diabetes 20 June 2025; 74 (Supplement_1): 161–OR. Link
  2. Aroda VR, Knowler WC, Crandall JP, et al. Metformin for diabetes prevention: insights gained from the Diabetes Prevention Program/Diabetes Prevention Program Outcomes Study. Diabetologia. 2017;60(9):1601-1611.
  3. CONITEC. Disponível em: Relatório preliminar - Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Diabete Melito tipo 2. Acesso em novembro de 2025.
  4. IDF Diabetes Atlas 11th Edition (adults 18-79 years old).
  5. Scappaticcio L, Maiorino MI, Bellastella G, Giugliano D, Esposito K. Insights into the relationships between diabetes, prediabetes, and cancer. Endocrine. 2017 May;56(2):231-239. doi: 10.1007/s12020-016-1216-y. Epub 2016 Dec 31.PMID: 28040833
  6. Grundy SM. Pre-diabetes, metabolic syndrome, and cardiovascular risk. J Am Coll Cardiol. 2012;59(7):635-643. doi:10.1016/j.jacc.2011.08.080
  7. Plantinga LC, Crews DC, Coresh J, et al. Prevalence of chronic kidney disease in US adults with undiagnosed diabetes or prediabetes. Clin J Am Soc Nephrol. 2010;5(4):673-682.
  8. Ismail L, Materwala H, Al Kaabi J. Association of risk factors with type 2 diabetes: A systematic review. Comput Struct Biotechnol J. 2021 Mar 10;19:1759-1785. doi: 10.1016/j.csbj.2021.03.003. PMID: 33897980; PMCID: PMC8050730.
  9. Associação Paulista de Medicina (APM). Idade inicial para rastrear diabetes tipo 2 muda para 35 anos, de acordo com nova diretriz de sociedade médica. Disponível em Idade inicial para rastrear diabetes tipo 2 muda para 35 anos, de acordo com nova diretriz de sociedade médica - APM. Último acesso em 12/08/2025 às 14 horas.
  10. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2025. 11th Edition | 2025 IDF Diabetes Atlas
  11. EASD 2026, Guideline Report: Diabetes Distress
  12. American Diabetes Association Professional Practice Committee; 2. Diagnosis and Classification of Diabetes: Standards of Care in Diabetes—2025. Diabetes Care 1 January 2025; 48 (Supplement_1): S27–S49. https://doi.org/10.2337/dc25-S002



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