Expedicionários vão realizar consultas
e fazer pequenas cirurgias à população que vive às margens do Rio Amazonas
A quarta edição do Projeto Humanika (@projetohumanika) está
confirmada para 8 de novembro. Nesta data, uma equipe de 6 médicos, 24
estudantes de medicina do Centro Universitário Integrado
de Campo Mourão (PR) e mais 7 missionários da ONG Amazônia Canaã viajam ao
município de Aveiro (PA) – distante 2.860 km - para prestar serviços de saúde
aos moradores que vivem em situação de vulnerabilidade social.
Parte dos expedicionários vão
embarcar do aeroporto de Maringá no próximo dia 08, às 15h30. Eles fazem escala
em São Paulo e continuam de avião até o aeroporto de Santarém (PA). Depois,
seguem de barco até os vilarejos de Santa Cruz, Brasília Legal, Fordlandia,
Aveiro, Alter do Chão, entre outras localidades que ficam às margens do Rio
Amazonas.
A viagem dura cerca de 32 horas.
Cada um dos voluntários paga suas despesas com passagens, traslados, alimentação e
ainda precisa levar os insumos clínicos – devidamente embalados - que vão
utilizar nessas atividades. O grupo ficará nas
comunidades ribeirinhas até o dia 16 de novembro, quando retornam ao
Paraná.
Previsão de consultas e cirurgias
Ao longo desses dias, a equipe pretende realizar 1.200 consultas ambulatoriais, 60 pequenos procedimentos cirúrgicos (vasectomias, retiradas de hérnias, lipomas e drenagem de cistos sebáceos), distribuir medicamentos e materiais para atendimentos emergenciais.
“Como a região fica às margens do Rio
Amazonas, é de difícil acesso e desprovida de recursos, grande parte dos
ribeirinhos não têm saneamento básico e muitos deles
nunca fizeram uma consulta médica”, explica o urologista Eufânio Saqueti,
professor do curso de medicina do Centro Universitário Integrado e que viaja
pelo quinto ano seguido.
Voluntariado e
propósito
O Projeto Humanika (@projetohumanika) foi idealizado pela ONG Amazônia Canaã, que atua na região Norte do Brasil há aproximadamente 25 anos e leva atendimento clínico e odontológico de maneira gratuita aos ribeirinhos. Depois que o doutor Saqueti participou pela primeira vez, ele convidou os estudantes de medicina do Integrado, que abraçaram a causa.
“Essa atividade representa uma imersão
singular na essência da medicina. Nossos acadêmicos aprendem, na prática, a
enfrentar desafios reais da atenção básica em comunidades ribeirinhas,
desenvolvem habilidades clínicas, empatia e sensibilidade social. Trata-se de
uma experiência que transcende o aprendizado técnico e reafirma o compromisso
ético de cuidar do outro com respeito, solidariedade e propósito”, explica o
diretor do curso de medicina do Integrado, Heber Amilcar Martins.
Melhoria da saúde
Graças a esses trabalhos anuais, as lideranças das comunidades atendidas relatam que o projeto trouxe esperança e contribuiu para um novo ciclo de cuidado e cidadania na região. Também foi observado melhora nos índices de vacinação, controle de doenças crônicas e acesso a orientações básicas de prevenção.
Desde a primeira
expedição em 2022, cerca de 150 pessoas do Centro Universitário Integrado,
entre médicos
e acadêmicos de medicina, participaram das ações.
Eles já realizaram mais de 3,5 atendimentos, fizeram mais de 700 pequenos
procedimentos cirúrgicos e distribuíram mais de 13 mil caixas de medicamentos.
Responsabilidade social e apoio
O Centro Universitário Integrado contribui
para a formação prática dos estudantes, que podem viajar sem ter prejuízo na
grade curricular.
A instituição de ensino superior também
patrocina a compra de medicamentos, materiais cirúrgicos, equipamentos e ainda
envia um profissional para documentar os trabalhos da equipe.
Transformações
“Tive muitos aprendizados. Conheci uma
realidade bem diferente e foi preciso respeitar a cultura local, trabalhar em
equipe e ser resolutiva com o que temos disponível no momento”, relata a
acadêmica Laura Aplevicz Gomes, que está no 6º ano de medicina no Integrado e
vai participar da expedição pela segunda vez.
Além de contribuir com a melhoria do quadro
de saúde nas comunidades, os estudantes também retornam profundamente
transformados, com um olhar mais humano, atento e consciente sobre o papel
social do médico.
“As vivências intensas em campo despertam um
senso de pertencimento e responsabilidade com o cuidado integral das pessoas.
Muitos relatam que o projeto redefine o sentido de ser médico, fortalecendo
valores como humildade, escuta ativa e compaixão. Isso traduz nosso propósito,
que é formar profissionais competentes, humanos e comprometidos com a
transformação social do Brasil”, complementa Heber Amilcar Martins.
A quarta edição do Projeto Humanika (@projetohumanika) tem o apoio da comunidade médica mourãoense, da Apsen Farmacêutica e do Sicredi.
Centro Universitário Integrado
Campo Mourão–PR
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