Cirurgiã plástica
Dra. Chreichi L. Oliveira explica técnicas, riscos e cuidados fundamentais
antes de aderir ao procedimento
Nos últimos dias, a harmonização glútea se tornou
um dos procedimentos mais comentados nas redes sociais, especialmente após
Bianca Andrade, a Boca Rosa, exibir os resultados do procedimento em suas
redes, que despertaram curiosidade e debates. Mas, afinal, do que se trata essa
técnica, quais são suas indicações e até que ponto ela é realmente segura?
Segundo a cirurgiã plástica Dra. Chreichi L.
Oliveira, a harmonização glútea consiste em um conjunto de técnicas —
minimamente invasivas ou cirúrgicas — voltadas para melhorar a forma, o volume,
a proporção e a simetria dos glúteos. “A ideia é semelhante à harmonização
facial: buscar equilíbrio estético, mas aplicado à região glútea”, explica.
O procedimento pode ter diferentes finalidades,
como definir o contorno dos glúteos, melhorar a proporção em relação à cintura
e quadris, corrigir assimetrias, suavizar flacidez leve e, principalmente,
aumentar a autoestima.
Entre as técnicas mais comuns
estão:
- Ácido
hialurônico, indicado para pequenas correções e projeções localizadas, com
resultados imediatos;
- Enxerto
de gordura (lipofilling ou lipoenxertia), que utiliza a gordura do próprio
paciente e é considerado o método mais natural;
- Bioestimuladores,
como ácido polilático e hidroxiapatita de cálcio, que estimulam colágeno e
melhoram a firmeza;
- Fios
de sustentação, menos frequentes, com efeito lifting temporário;
- Próteses
de silicone, opção cirúrgica para pacientes que buscam maior volume.
Riscos, resultados e
manutenção
Como em qualquer procedimento estético, há riscos
que variam de hematomas e infecções a complicações mais sérias, como a embolia
gordurosa em casos de enxerto mal-executado. Por isso, a especialista reforça:
a harmonização glútea deve ser feita apenas por médicos habilitados em ambiente
seguro.
Os resultados variam de acordo com a técnica. O
ácido hialurônico dura em média 12 a 18 meses, os bioestimuladores podem chegar
a dois anos e, no caso do enxerto de gordura, parte do resultado pode ser
definitivo. Já as próteses exigem maior tempo de recuperação, mas oferecem
projeção significativa e estável.
Como é a recuperação e retorno
à rotina
Procedimentos injetáveis costumam ter recuperação
rápida, de alguns dias. O enxerto de gordura exige repouso relativo e uso de
malha compressiva, enquanto cirurgias com prótese demandam até oito semanas de
afastamento de atividades físicas.
Resultados naturais x exagerados
Na visão da Dra. Chreichi, o grande segredo de um
resultado harmônico é respeitar o biotipo da paciente. “Curvas suaves,
proporcionais entre quadris e coxas, sem excessos ou volume artificial,
caracterizam um procedimento bem-feito. O exagero, por outro lado, deixa
aspecto rígido e desproporcional, com efeito de ‘bola colada’”, alerta.
Quais os cuidados no pré e
pós-procedimento?
A médica destaca ainda a importância dos cuidados
em todas as etapas. Antes do procedimento, é necessária uma avaliação clínica,
exames laboratoriais e suspensão de medicamentos específicos. Já nos pós,
recomenda-se boa alimentação, hidratação, drenagem linfática e evitar pressão
direta sobre os glúteos, dependendo da técnica aplicada.
Versátil e cada vez mais procurada, a harmonização
glútea pode trazer resultados temporários ou permanentes, mas exige
responsabilidade. “Mais do que seguir modismos, é essencial escolher um
profissional qualificado e priorizar a segurança. A verdadeira beleza está no
equilíbrio, não no exagero”, conclui a Dra. Chreichi L. Oliveira.
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