Levantamento da VisualGPS, plataforma de pesquisa da Getty Images, mostra como os padrões de beleza evoluíram dos anos 80 até hoje
Em uma era dominada por filtros, inteligência
artificial e tutoriais de beleza, a Getty Images — uma das maiores plataformas
de criação e pesquisa de conteúdo visual do mundo — apresenta uma nova análise
que traça a evolução da representação da beleza nas últimas quatro décadas. O
levantamento realizado pela plataforma VisualGPS destaca como a estética foi do maximalismo dos
anos 80 até o “Instagram face” dos anos 2010, revelando insights valiosos sobre
como marcas de beleza e cuidados pessoais podem se conectar de forma mais
autêntica com seus consumidores.
O estudo mostra que, à medida que os consumidores
interagem cada vez mais com plataformas visuais, a forma como a beleza é
retratada na publicidade não apenas influencia a construção da identidade, mas
também impacta diretamente nas decisões de compra.
O que as imagens contam sobre
a evolução da beleza
Nos anos 80, a estética era marcada pelo exagero:
maquiagem pesada, cabelos volumosos e visuais ousados — tanto para mulheres
quanto para homens. Foi a década dos mullets, bigodes e da maquiagem masculina
bem evidente. Já nos anos 90, esse excesso deu lugar a um visual mais
minimalista e andrógino, influenciado pelo heroin chic, pelo auge do hip
hop e pela cultura grunge. Pele pálida, traços marcantes e uma aparência
propositalmente despojada dominaram a década.
Enquanto isso, nos anos 2000, a cultura pop e o
culto às celebridades definiram um novo padrão: pele bronzeada, cabelo ultra
liso e sobrancelhas finíssimas se tornaram símbolo de beleza feminina, enquanto
figuras como Brad Pitt e as boy bands moldaram os códigos estéticos masculinos.
Na década de 2010, o contouring transformou o rosto em uma verdadeira
escultura, popularizado por personalidades como Kim Kardashian. Ao mesmo tempo,
o movimento no makeup makeup, que valoriza uma beleza mais natural,
ganhou força, impulsionando o boom do skincare e do “glamour sem esforço”.
Com a virada para 2020, entra em cena o chamado
Instagram face: pele absolutamente lisa, lábios volumosos, maçãs do rosto
marcadas e olhos puxados, moldados por cílios dramáticos. Uma estética
globalizada, impulsionada por filtros, tutoriais e o fácil acesso a
procedimentos estéticos. O resultado? Rostos cada vez mais padronizados, em que
o aspiracional se tornou replicável.
Sinais sutis apontam para uma transição. O snatched
face — rosto extremamente esculpido e tensionado — começa a perder espaço
para o sunken face, que aposta em traços mais naturais, sobrancelhas
descoloridas e menos volume. Nas passarelas internacionais, como Cannes, surgem
tendências como as ghost lashes — maquiagem completa, mas sem rímel —,
indicando que, em um cenário de restrições econômicas globais, a pele deve
assumir cada vez mais o protagonismo.
O que isso significa para as marcas de beleza na
América Latina?
De acordo com Samuel Malavé, pesquisador
criativo da Getty Images para a América Latina, este é o
momento ideal para as marcas se reconectarem com seus públicos por meio de uma
comunicação mais autêntica e baseada na vida real.
Dados da plataforma VisualGPS mostram que 7 em cada
10 latino-americanos — de todas as idades — preferem consumir de marcas que
representem estilos de vida parecidos com os seus nas campanhas. Além disso,
75% afirmam se sentir mais atraídos por produtos de beleza apresentados sem
retoques ou edições. A mensagem é clara: a realidade vende.
No entanto, os estereótipos visuais ainda limitam
essa conexão. O envelhecimento, por exemplo, é retratado de forma extremamente
restrita: 80% das imagens mostram apenas pessoas com mais de 60 anos, ignorando
etapas importantes do processo, como o surgimento dos primeiros fios brancos ou
as mudanças sutis da meia-idade. E quando aparecem, as mulheres maduras seguem
um padrão inalcançável: sempre magras, elegantes, com cabelos grisalhos
perfeitamente alinhados e pele impecável. Já os homens mais velhos, muitas
vezes, sequer são representados.
Os adolescentes do gênero masculino também são
praticamente invisíveis nas narrativas visuais de beleza. Apenas 6% das imagens
e vídeos populares incluem esse grupo, mesmo com o crescimento de tendências
como o mewing — técnica que promove maxilares mais definidos — entre jovens da
geração Z. “Essa baixa representatividade reflete um desafio para as marcas,
que podem estar perdendo oportunidades de criar conexões emocionais reais com
esse público”, alerta Malavé.
“Em um mercado saturado, a capacidade de se conectar visualmente é uma vantagem competitiva. O novo consumidor não quer mais ver uma beleza genérica. Ele quer ver uma beleza que pareça real, específica e, acima de tudo, possível. As marcas que estão na vanguarda dessa conversa são aquelas que entenderam que estética não é só sobre aparência — é sobre identidade, pertencimento e lealdade. Apostar em imagens e vídeos reais não é apenas uma decisão criativa, é uma estratégia de negócio”, finaliza Malavé.
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