Práticas
erradas durante a escovação podem prejudicar sua saúde bucal sem que você
perceba 
Divulgação
Idealmente ensinado desde cedo, o hábito de cuidar da higiene bucal pode parecer
muito natural e intuitivo, mas, assim como corremos riscos ao simplesmente
caminharmos de forma incorreta, higienizar a boca sem os devidos cuidados,
técnicas e seguindo apenas o senso comum pode causar diversos malefícios e
danos permanentes.
A maioria das pessoas escova os dentes de forma intuitiva, seguindo orientações
que costumam ser passadas por parentes que, muitas vezes, também não receberam
instruções de um profissional. Isso perpetua hábitos incorretos de escovação,
que podem levar a diversos problemas — dos mais simples aos mais graves — como
cárie, gengivite, periodontite, sensibilidade dentária e até retração
gengival”, explica a especialista Bruna Bastos, da GUM®, mestre e
cirurgiã-dentista pela Faculdade de Odontologia da USP.
Por isso, é importante se atentar a esses 5 erros comuns – mas muito perigosos
– na higiene bucal.
Escovação: tempo ou força?
Diferente do que muitas pessoas pensam, não basta passar a escova pelos dentes
rapidamente – nem com força.
Com a escovação é possível eliminar a placa bacteriana e remover resíduos de
alimentos e acredita-se que, para isso, é necessário escovar com força, o que
está incorreto.
Segundo Brunna, o ideal é que se escove os dentes por 2 a 4 minutos, com
produtos pouco abrasivos e sem aplicar muita força. Prolongar a escovação não
causará danos, mas realizá-la com força e com uma escova inadequada é
prejudicial aos dentes e gengiva.
Técnica correta
Outro ponto muito negligenciado são os itens e movimentos que devemos executar
na escovação.
Muitos acreditam que uma escova mais dura facilitará a remoção dos resíduos,
mas, na realidade, escovas duras podem machucar a gengiva e até mesmo causar
retração gengival e podem causar retração gengival. São os movimentos que
realmente removem as sujeiras – e, por isso, devem ser feitos com a técnica
correta em cada área da boca.
“Repetir o movimento adequado várias vezes, como ao tentar limpar um espelho ou
vidro, quando se quer polir, mas não arranhar, é a alusão ideal a como queremos
limpar os dentes. Não queremos ‘arranhá-los’ ou desgastá-los, apenas limpar.”
Não utilizar o fio dental
Item muito ignorado pelas pessoas, o fio dental é tão essencial quanto a escovação. “O fio dental alcança onde a escova não é capaz. O fio dental alcança onde a escova não é capaz, como os espaços entre os dentes ou próximo à gengiva, locais de difícil acesso para as cerdas da escova , precisando do fio para alcançá-los”.
Pular a limpeza da língua
Todos os alimentos passam pela língua, gerando um acúmulo natural de resíduos. A sujeira da língua é chamada de saburra e leva à coloração esbranquiçada, além de causar mau hálito e indicar a presença de bactérias.
“Utilizar o raspador, o momento ideal é após a escovação, quando a saburra
estará amolecida e mais fácil de ser removida.”
Referências
1 ADDY, M. Tooth wear and sensitivity: clinical advances in restorative dentistry. Clinical Oral Investigations, v. 9, n. 1, p. 1-7, 2005.
2 VAN DER WEIJDEN, G. A.; HIOE, K. P. K. A systematic review of the effectiveness of self-performed mechanical plaque removal in adults with gingivitis using a manual toothbrush. Journal of Clinical Periodontology, v. 32, supl. 6, p. 214-228, 2005.
3 DÖRFER, C. E. et al. The effect of different toothbrush types on gingival abrasion. Journal of Clinical Periodontology, v. 27, n. 9, p. 701-705, 2000.
4 HUJOEL, P. P.; CUNHA-CRUZ, J.; NINEMEIER, D.; MACLEAN, L. H. Flossing for the management of periodontal diseases and dental caries in adults: a systematic review. Journal of Periodontology, v. 77, n. 9, p. 1390-1401, 2006.
5 PEDRAZZI, V. et al. Halitosis: a review of associated factors and therapeutic approach. Brazilian Oral Research, v. 18, n. 1, p. 48-54, 2004.
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