Pesquisar no Blog

quinta-feira, 20 de junho de 2024

84% das mulheres afirmam sentir falta de produtos pensados para elas e suas motos

Levantamento feito pela Suhai mostra que, apesar do crescente reconhecimento das motociclistas pelas marcas, ainda há grandes oportunidades no mercado


Tendo como objetivo dar visibilidade às mulheres motociclistas, a Suhai Seguradora, empresa brasileira especializada em seguros automotivos, em parceria com a Scopo Consumer Insights, acaba de lançar a pesquisa Elas & as Motos: universo invisível das motociclistas brasileiras. Segundo apurado, 84% acreditam que faltam produtos pensados para mulheres e suas motos. “Esse recorte é um sinal de que as marcas precisam olhar mais para o público feminino. Nós queremos ouvir as mulheres e melhorar a experiência delas com suas paixões, que são as motos. Esse estudo é uma prova disso”, diz Janaína Iziquiel, diretora de marketing da seguradora. “Muitas mulheres sentem falta de produtos específicos que atendam às suas necessidades, destacando a importância de soluções e itens mais inclusivos e personalizados.”

Apesar de sentirem que ainda falta representatividade de gênero, elas vêem que muitas marcas estão se adaptando e começando a enxergar nas mulheres um potencial público-alvo. Por isso, 63% das participantes dizem que, nos últimos anos, as marcas passaram a enxergar as mulheres que pilotam. As empresas passaram a ver as mulheres e suas motos. Isso vai de encontro com um dado público da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) que diz que ao longo dos últimos 10 anos o número de mulheres pilotando motocicletas cresceu 77%.

Com essa crescente, as mulheres foram ganhando apoio e representatividade em diversas frente do universo das motos. Um exemplo disso é o Movimento Aceleradas, que também participou do estudo. Liderado por Eliana Malizia, uma das maiores comunidades de mulheres motociclistas e garupas do país, reforça que a presença feminina no universo das motos já é uma realidade nos dias de hoje. “Nós ainda buscamos espaço e reconhecimento no mercado, principalmente em produtos e soluções pensadas para nós, mulheres. Como roupas projetadas para o feminino, com opções que atendam diversos gostos e corpos, que são naturalmente diferentes do masculino. Além de calçados e acessórios que atendam à crescente demanda da mulher que anda de moto diariamente”, comenta Eliana.

“Essa constante falta de representatividade não só reflete, mas reforça a ideia de que os homens são o público-alvo do setor, segregando as mulheres. Acreditamos que ouvir e potencializar a voz do público feminino é de extrema importância, tanto para nós quanto para o mercado. Historicamente, as empresas desse segmento têm priorizado a imagem masculina, apresentando-os como protagonistas de sucesso, poder e liderança; enquanto as mulheres são, muitas vezes, retratadas de forma padronizada e associadas principalmente à beleza física. Vejo que o cenário já está passando por um processo de mudança e evolução, e isso é necessário”, comenta Janaína.

A pesquisa foi realizada com 2.410 mulheres habilitadas entre 18 e 65 anos e apresenta um panorama completo sobre o setor do ponto de vista feminino, com frente quantitativa e qualitativa, abordando as motivações que as levaram a ter e se apaixonar por motos, visões, opiniões, entre outros temas.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Posts mais acessados