Levantamento feito pela Suhai mostra que, apesar do crescente reconhecimento das motociclistas pelas marcas, ainda há grandes oportunidades no mercado
Tendo como objetivo dar visibilidade às mulheres
motociclistas, a Suhai Seguradora, empresa brasileira
especializada em seguros automotivos, em parceria com a Scopo Consumer
Insights, acaba de lançar a pesquisa Elas & as Motos: universo invisível
das motociclistas brasileiras. Segundo apurado, 84% acreditam que faltam produtos pensados para mulheres e suas motos.
“Esse recorte é um sinal de que as marcas precisam olhar mais para o público
feminino. Nós queremos ouvir as mulheres e melhorar a experiência delas com
suas paixões, que são as motos. Esse estudo é uma prova disso”, diz Janaína Iziquiel,
diretora de marketing da seguradora. “Muitas mulheres sentem falta de produtos
específicos que atendam às suas necessidades, destacando a importância de
soluções e itens mais inclusivos e personalizados.”
Apesar de sentirem que ainda falta representatividade
de gênero, elas vêem que muitas marcas estão se adaptando e começando a
enxergar nas mulheres um potencial público-alvo. Por isso, 63% das
participantes dizem que, nos últimos anos, as marcas passaram a enxergar as
mulheres que pilotam. As empresas passaram a ver
as mulheres e suas motos. Isso vai de encontro com um dado público da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) que
diz que ao longo dos últimos 10 anos o número de
mulheres pilotando motocicletas cresceu 77%.
Com essa crescente, as mulheres
foram ganhando apoio e representatividade em diversas frente do universo das
motos. Um exemplo disso é o Movimento Aceleradas, que também participou do
estudo. Liderado por Eliana Malizia, uma das
maiores comunidades de mulheres motociclistas e garupas do país, reforça que a
presença feminina no universo das motos já é uma realidade nos dias de hoje.
“Nós ainda buscamos espaço e reconhecimento no mercado, principalmente em
produtos e soluções pensadas para nós, mulheres. Como roupas projetadas para o
feminino, com opções que atendam diversos gostos e corpos, que são naturalmente
diferentes do masculino. Além de calçados e acessórios que atendam à crescente
demanda da mulher que anda de moto diariamente”, comenta Eliana.
“Essa constante falta de representatividade não só
reflete, mas reforça a ideia de que os homens são o público-alvo do setor,
segregando as mulheres. Acreditamos que ouvir e potencializar a voz do público
feminino é de extrema importância, tanto para nós quanto para o mercado. Historicamente,
as empresas desse segmento têm priorizado a imagem masculina, apresentando-os
como protagonistas de sucesso, poder e liderança; enquanto as mulheres são,
muitas vezes, retratadas de forma padronizada e associadas principalmente à
beleza física. Vejo que o cenário já está passando por um processo de mudança e
evolução, e isso é necessário”, comenta Janaína.
A pesquisa foi realizada com 2.410
mulheres habilitadas entre 18 e 65 anos e apresenta um panorama completo sobre
o setor do ponto de vista feminino, com frente quantitativa e qualitativa,
abordando as motivações que as levaram a ter e se apaixonar por motos, visões,
opiniões, entre outros temas.
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