Eles são os melhores aliados no período
de isolamento social, mas é preciso cuidados especiais com a alimentação e
saúde dos animais domésticos
Não é de agora que
estudos comprovam o quanto a companhia de animais de estimação pode ser
benéfica para o ser humano. Levantamento realizado ainda em 2009 pela
Universidade de Azabu, no Japão, mostra que quando donos de animais olham nos
olhos dos seus pets, eles recebem picos de ocitocina.
Considerado o hormônio da
felicidade, é responsável por sensações de prazer e bem-estar. Aliás, esse é um
dos motivos pelos quais a companhia de cães e gatos têm sido recomendada em
meio a um cenário de pandemia, uma vez que especialistas garantem que os pets
podem ser verdadeiros aliados no combate à ansiedade, estresse e solidão.
Esse impacto positivo na
saúde decorrente do laço emocional com os animais domésticos pode ir muito além
ainda. Pesquisa da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostra que
se uma pessoa acariciar um gato ou cachorro por pelo menos 10 minutos terá
redução do nível de cortisol – hormônio ligado ao estresse. “Eles oferecem
suporte emocional e psicológico, e esse tipo de vínculo afetivo é terapêutico,
tem peso ainda maior nos relacionamentos com pessoas idosas, solteiras,
crianças e portadores de necessidades especiais, como autistas ou no caso de
quem vive sozinho”, reforça Hugo Villalva Leça Fonseca, CEO da Mon Petit Chéri.
No país, segundo o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), cerca de 44% dos domicílios
têm cães. Por sua vez, segundo o censo do Instituto Pet Brasil, o país
contabiliza mais de 139 milhões de animais domésticos. Quando falamos
especificamente no caso da Covid-19, os donos de cães e gatos podem ficar
tranquilos porque o vírus não é transmissível de humanos para animais e
vice-versa, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Mundial
dos Veterinários de Pequenos Animais (WSAVA).
Mas diante da pandemia
da COVID-19, é natural que as pessoas tenham dúvidas sobre a possibilidade dos
pets serem infectados ou transmitirem esse vírus. “Os ‘coronavírus’ são de uma
família que se divide em dois gêneros, o Alphacoronavirus e o BetaCoronavirus.
O Alphacoronavirus possui duas espécies, que causam gastroenterite em cães e a
peritonite em gatos, sendo que ambas as doenças não afetam humanos. Já os
‘BetaCoronavírus’ possuem três espécies que acometem os humanos, sendo a
Mers-Cov, a Sars-Cov e a Sars-Cov 2, esse último justamente a espécie que está
afligindo a humanidade atualmente”, afirma Hugo.
Embora tenha sido relatado
o caso de um cão que foi infectado e testou positivo para esse vírus na China,
a OMS (Organização Mundial da Saúde) e a Associação Mundial dos Veterinários de
Pequenos Animais (WSAVA) afirmam que até o momento não há evidências de que os
pets possam adoecer e transmitir a Covid-19. Portanto, conforme orientação das
autoridades de saúde em quase todo o mundo, apesar da necessidade de
isolamento, os passeios com os animais e o funcionamento dos pet shops estão
autorizados. “As autoridades de saúde compreendem a necessidade de acesso a
alimentos saudáveis e balanceados e medicamentos como algo importante para a
saúde e bem estar dos pets. Como já dizia Mahatma Gandhi, ‘a grandeza de um
país e seu progresso, pode ser medido pela forma como trata seus animais”,
destaca o CEO da Mon Petit Chéri.
CUIDADOS
ESSENCIAIS PARA A SAÚDE DOS PETS
Para as recomendações
essenciais, Luciana D. Oliveira, veterinária com PhD em nutrição da Mon Petit
Chéri, orienta a seguir quais são os principais cuidados com os animaizinhos.
Vamos ao checklist?
-
Passeios: para garantir a saúde
de todos, em casa, somente uma pessoa deve passear com o cão e evitar locais
com aglomeração, mantendo sempre uma distância mínima de um metro de outras
pessoas e dos pets. O passeio deve ser de no máximo 15 minutos e ninguém deve
tocar no cão. Ao retornar para casa, lavar as patas do cão/gato com água, sabão
e secar. Não use álcool em gel nos pets. Lavar muito bem as mãos antes de sair
de casa e imediatamente quando voltar;
-
Banhos: é preciso dar banhos
mais frequentes, lavar bem os bebedouros e comedouros diariamente e adiar
consultas e cirurgias que não sejam de urgência e emergência, como exemplo as
vacinas e a castração. Caso seja necessário levar o animal ao veterinário,
ligar antes para que o horário seja agendado e não tenha fila de espera. Só um
membro da família deve levar o animal ao veterinário, não sendo pessoa do grupo
de risco para a COVID-19;
-
Internação: em caso de internação,
apenas um membro da família deve visitar o animal, devendo agendar um horário
para isso, de forma que não haja outras pessoas no mesmo horário. O tempo da
visita aos animais internados deve ser reduzido a 15 minutos e pessoas com
sinais de gripe, suspeitos ou diagnosticados com COVID-19 não devem acompanhar
os pets ao veterinário ou passeios;
-
Atividade física: Os
passeios devem ser feitos, se possível, sob a luz do sol, evitando os horários
mais quentes, que são prejudiciais a saúde dos humanos e dos pets. O asfalto
quente pode queimar as almofadas plantares das patas dos pets. O hábito do
passeio é uma atividade física que deve ter intensidade moderada para fazer bem
tanto a saúde do humano quanto a do seu animal, diminuindo o stress e,
consequentemente, aumentando a resposta do seu sistema imunológico;
-
Alimentação: mesmo no universo
humano, temos a concentração de alimentos de algumas poucas fontes. Ao
consumirmos os mesmos alimentos sempre, corremos riscos de ficarmos carentes de
determinados nutrientes, em particular determinadas vitaminas e minerais. No universo
pet ocorre o mesmo, porém, alguns alimentos de melhor qualidade são elaborados
tendo em vista estudos técnicos de veterinários nutrólogos, que buscam
balancear os ingredientes e os complementam com premix vitamínico mineral. As
rações pets de ótima qualidade são saudáveis para os animais de estimação, mas
por não oferecem muitas opções de sabores, podem deixá-los enfadonhos, e dessa
forma recusarem a se alimentar de modo completo, e apenas nessa situação, como
um efeito colateral, prejudicar a saúde dos pets.
Está em dúvida sobre
como escolher a ração completa para o seu pet? Então, anote aí, pois ela deve
conter:
- 10 aminoácidos para cães e 11 para gatos (formam as proteínas do corpo)
- 1 Ácido graxo para cães e 2 para gatos (fazem parte da gordura)
- 12 minerais, entre eles cálcio, fósforo, iodo, zinco, selênio
- 11 vitaminas para cães e 12 para gatos, entre elas as vitaminas do complexo B e vitaminas A, D e E
“Quando dizemos que um alimento
é completo e balanceado, isso quer dizer que possui todos os nutrientes
essenciais em quantidade igual ou maior que a necessidade mínima para aquela
espécie animal. O uso regular de um alimento completo e balanceado é o que traz
saúde ao animal, pois quando há falta de um ou mais nutrientes ou quando esses
nutrientes não estão presentes em quantidades mínimas, invariavelmente o animal
vai apresentar sinais de deficiências nutricionais, contribuindo para o
aparecimento de enfermidades a pequeno, médio e longo prazo. Importante
ressaltar que as quantidades de cada nutriente essencial é diferente para cães
e para gatos”, esclarece Hugo.
Outro detalhe importante
na alimentação é a possibilidade de oferecer mais sabores aos pets para quebrar
a monotonia alimentar. Segundo Hugo, o sabor de um alimento é uma soma de
estímulos sensoriais, como o paladar, odor e textura. Para cada espécie animal
esses estímulos se somam de forma diferente. O executivo explica ainda que os
cães possuem muito mais células olfativas do que os gatos, por exemplo, estes
que, por sua vez, não sentem o sabor doce dos alimentos e preferem alimentos de
textura mais crocante.
“Quando reunimos rações que tenham equilíbrio na
composição nutricional com opções de sachês e molhos exclusivos para pets, em
diversos sabores, por exemplo, tornamos a experiência gastrômica dos nossos
pets muito mais prazerosa e interessante”, conclui Hugo Villalva Leça Fonseca,
CEO da Mon Petit Chéri.
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