De acordo com o Censo 2010, do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 45 milhões de brasileiros
possuem algum tipo de deficiência. Para assegurar os direitos dessas pessoas, a
Lei de Acessibilidade (Lei 10.098/2000) estabelece normas
gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade,
mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos,
no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de
transporte e de comunicação.
Na arquitetura, a acessibilidade
é aplicada no momento em que um espaço é projetado e através de dispositivos de
suporte, sinalização ou no revestimento dos materiais escolhidos. Para que o
local seja inclusivo, são os elementos que devem se adaptar aos usuários, e não
o contrário.
A acessibilidade
predial tem como objetivo disponibilizar o acesso fácil para que pessoas
portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida possam usufruir de todos
os espaços disponíveis, com segurança e autonomia total ou assistida. Quando
pensamos em meios de deixar um espaço acessível, temos sempre em mente
cadeirantes e idosos. Porém, para seguir as diretrizes de acessibilidade,
devemos levar em conta também pessoas com deficiências visuais, auditivas, além
de situações provisórias, como fraturas.
Para os empreendedores, o grande desafio é
adequar suas empresas para que sejam acessíveis a todos. Na construção de um
negócio, é necessário refletir sobre como ele irá impactar a vida de todos os
que estão envolvidos. Identificar-se com a marca e se sentir acolhido por ela é
o desejo de todos os clientes. As pessoas com deficiência física não são
diferentes. Elas anseiam que as empresas invistam em acessibilidade
(para deficientes) e lhes proporcionem, cada vez mais, uma boa e nova
experiência enquanto consumidores.
Por isso, o espaço físico deve comportar pessoas com deficiência, sejam
elas clientes ou colaboradores, pensando não só no crescimento da sua
organização, mas também de todos enquanto seres humanos e cidadãos. O
investimento em adaptações deve ser enxergado como um passo em direção à
melhoria coletiva.
Fabio Rivero - proprietário do escritório de arquitetura Casa
da Árvore
Nenhum comentário:
Postar um comentário