De
acordo com a Sociedade Americana de Câncer (ACS), o câncer de mama
responde por quase 25% de todos os diagnósticos de câncer em mulheres do mundo
todo. A maioria dos novos casos e das mortes, entretanto, ainda acontece em
países em desenvolvimento. Diante desse fato, fazer mamografia anualmente depois
dos 40 anos de idade é um importante recurso para diagnosticar e tratar a
doença ainda num estágio inicial, permitindo que a paciente tenha mais
qualidade de vida nessa fase. Mas vez ou outra surgem estudos internacionais
que desabonam o papel da mamografia na prevenção da doença. De acordo com a
médica radiologista Vivian Schivartche, do CDB Medicina Diagnóstica,
“sempre que sai na imprensa um artigo contra mamografia, muitas mulheres deixam
de fazer exame”. Neste caso, todo o esforço mundial em campanhas como o Outubro
Rosa é desperdiçado.
A
especialista defende o diagnóstico precoce do câncer de mama, principalmente
porque um tumor tratado em estágio inicial aumenta muito as chances de cura da
paciente e ainda evita que ela passe por um tratamento agressivo, que
certamente compromete sua qualidade de vida e a impede de ter uma vida normal.
“Além de fazer mamografia todos os anos, mulheres com mais de 40 anos têm de
prestar muita atenção nas mamas, a fim de perceber a existência de nódulos,
alterações na pele, inchaço e dor incomuns, além de alterações e secreções no
mamilo. Vale a pena ressaltar, também, que mulheres com mais de 55 anos, mamas
densas, e que têm histórico de câncer de mama na família são mais suscetíveis à
doença”.
Totalmente
contra os artigos que desabonam o papel da mamografia no rastreamento do câncer
de mama, Vivian Schivartche relembra as disposições da Sociedade
Norte-americana de Radiologia (RSNA). “A mamografia não é um exame
perfeito, já que tem algumas limitações – principalmente em pacientes com mamas
densas. Por isso, em alguns casos, realizamos exames adicionais, como o
ultrassom e a ressonância magnética. De todo modo, ela ainda é considerada o
padrão-ouro em termos de diagnóstico precoce do câncer de mama. Em anos recentes,
a tomossíntese mamária se mostrou um avanço no diagnóstico da doença, já que
aumentou em 15% a detecção de tumores bem pequenos, em relação à mamografia
convencional. De todo modo, como ainda não é um exame acessível a grande parte
da população, temos de incentivar cada vez mais que as mulheres façam
mamografia. Afinal, se pudermos contribuir para que as pacientes vivam mais e
com mais qualidade de vida, missão cumprida”.
Fontes:
Dra. Vivian Schivartche - médica radiologista, especialista no
diagnóstico de câncer de mama do CDB Premium / CDB Medicina Diagnóstica
– www.cdb.com.br
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