Entenda
melhor as variações da doença e os principais sintomas para detectar o problema
Com a chegada
do verão, aumenta a necessidade de falar sobre a importância de se proteger dos
riscos da exposição solar. A radiação ultravioleta, proveniente da exposição
solar excessiva e do uso de câmeras de bronzeamento artificial, é o principal
fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele.
A campanha do
dezembro Laranja, uma iniciativa da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD),
pretende levantar um movimento de conscientização para alertar a população
sobre o problema. Segundo a associação, a doença responde por 33% de todos os
casos de câncer no Brasil.
O câncer de
pele caracteriza-se por uma proliferação celular anormal e descontrolada, que
apresenta diferentes variações: carcinoma basocelular (CBC) – que acomete as
células da camada mais profunda da epiderme –, carcinoma espinocelular (CEC) –
que se manifesta nas camadas mais superiores da pele – e melanoma – que
tem origem nas células produtoras de melanina.
“Os tipos
mais comuns são o CBC e o CEC, sendo que o primeiro responde por 70-75% dos
casos e o segundo por 15-20% dos casos. A incidência de ambos se deve sobretudo
à exposição crônica aos raios solares e, portanto, acometem as partes mais
expostas do corpo – como face, orelhas, couro cabeludo, pescoço, ombros e
dorso”, explica a dermatologista da Cia. da Consulta Amanda Vieira.
A
médica comenta que o CBC possui baixa letalidade e menor probabilidade de se
espalhar para outros pontos do corpo, enquanto o CEC pode fazer com que as
células migrem mais facilmente e existe maior risco da doença atingir outras
regiões.
“O melanoma é o menos frequente, mas o
tipo de câncer de pele de pior prognóstico e com o maior índice de mortalidade.
Geralmente se inicia como uma pinta, acastanhada ou enegrecida, que pode mudar
o tamanho, a cor e o formato, às vezes causa sangramento”, alerta Vieira.
Quanto mais cedo for realizado o
diagnóstico, maiores serão as chances de cura. Alguns indícios que merecem
atenção e podem ser sintomas da doença:
·
Uma
lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada,
castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
•
Uma
pinta preta ou castanha, que muda sua cor ou textura, torna-se irregular nas
bordas e cresce de tamanho;
•
Uma
mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer, apresentando
coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Indivíduos com histórico da doença na
família ou com presença de grande número de pintas no corpo devem ter cuidado
redobrado, pois possuem maior probabilidade de desenvolver o câncer de pele.
Ela ainda explica que alguns casos podem estar associados a cicatrizes
crônicas, além de exposição ao tabagismo e radiação.
É importante lembrar que somente um
dermatologista é capaz de fazer o diagnóstico preciso. Além de visitar um
especialista anualmente para um exame completo, existem medidas essenciais para
prevenir o surgimento do câncer de pele. Fugir do horário de pico do sol (entre
10 e 16 horas), utilizar proteção diariamente – e não somente nos momentos de
lazer – e escolher protetores solares (FPS) 30 que protejam contra a radiação
UVA e UVA são algumas das maneiras de aproveitar a estação e manter a saúde em
dia nesse verão.
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