O consumo passa por transformações disruptivas: o sentido de liberdade mudou muito. Ter carro, por exemplo, não é mais aspiracional. Liberdade está agora na experiência e não no que é físico. As empresas que fabricam carros, em breve, se tornarão fornecedoras de mobilidade.
Depois da meia-noite, a carruagem vira abóbora, já ensina o conto de fadas da Cinderela. O novo consumidor não se preocupa mais em ser dono das coisas. Ele quer ter acesso às coisas. E por "coisas" entendamos serviços e produtos. Isso ajuda a simplificar a vida.
Por causa deste novo fator, alguns planos de negócio começam a ficar irrelevantes. As corporações agora precisam reavaliar e começar a alugar, emprestar ou até mesmo presentear consumidores com seus produtos e serviços.
Quadros de artistas locais são alugados por um determinado espaço de tempo, miniaturas de cosméticos de luxo... Isso é uma virada e tanto no comércio, na cultura e no itinerário das empresas.
No Brasil, esta tendência está se solidificando. Mas o País não ficará fora deste cenário que já é uma realidade na Europa. Lá o aluguel de produtos e/ou serviços inusitados é mais comum e ganha cada vez mais força. É possível "alugar", por exemplo, babás para cuidar dos bebês em aviões, objetos de arte e até amigos para servirem de companhia em festas e eventos. Os aluguéis de carros que valem somente pelo uso, pelo percurso do dia, já não são nem novidade. Isto comprova o novo costume do consumidor moderno em não se apegar à durabilidade de produtos e de serviços. Ele deseja uma vida simplificada.
Em tempos de economia colaborativa, vencerão os empreendedores criativos que pensarem em produtos e serviços que possam ser compartilhados, tenham durabilidade e se fortaleçam com as comunidades digitais. O fenômeno veio para ficar, especialmente porque é regido por três grandes forças: social (as pessoas compartilham mais, por exemplo), econômica (escassez de recursos) e tecnológica (ascensão de uma geração que cresceu com a internet e se conecta com outras pessoas em proporções muito maiores do que antes).
A nova realidade é que as marcas não controlam o relacionamento. Os consumidores o fazem. Nós temos que pensar em maneiras completamente diferentes e trabalharmos muito mais duro para nos mantermos únicos e especiais. O comportamento do público-alvo tem mudado rapidamente e isto exige uma visão totalmente nova por nossa parte. Há dois mandamentos: entender microscopicamente o consumidor contemporâneo
Consumidores atuais optam por permanência mas mantêm expectativas por futuras utilidades que chegam como forma de criatividade, inovação e confiança e liderança. Eles querem ser surpreendidos e estão escolhendo uma lista cada vez menor de marcas para depositarem seus dividendos e confiança.
A ruptura continua. As empresas (e você) ainda podem escolher em qual lado da história querem estar. É um caminho sem volta.
Gabriel Rossi - especialista em marketing
Consumidor
Cinderela: o que vale é o prazer da experiência
Depois da meia-noite, a carruagem vira abóbora, já ensina o conto de fadas da Cinderela. O novo consumidor não se preocupa mais em ser dono das coisas. Ele quer ter acesso às coisas. E por "coisas" entendamos serviços e produtos. Isso ajuda a simplificar a vida.
Por causa deste novo fator, alguns planos de negócio começam a ficar irrelevantes. As corporações agora precisam reavaliar e começar a alugar, emprestar ou até mesmo presentear consumidores com seus produtos e serviços.
Quadros de artistas locais são alugados por um determinado espaço de tempo, miniaturas de cosméticos de luxo... Isso é uma virada e tanto no comércio, na cultura e no itinerário das empresas.
No Brasil, esta tendência está se solidificando. Mas o País não ficará fora deste cenário que já é uma realidade na Europa. Lá o aluguel de produtos e/ou serviços inusitados é mais comum e ganha cada vez mais força. É possível "alugar", por exemplo, babás para cuidar dos bebês em aviões, objetos de arte e até amigos para servirem de companhia em festas e eventos. Os aluguéis de carros que valem somente pelo uso, pelo percurso do dia, já não são nem novidade. Isto comprova o novo costume do consumidor moderno em não se apegar à durabilidade de produtos e de serviços. Ele deseja uma vida simplificada.
Em tempos de economia colaborativa, vencerão os empreendedores criativos que pensarem em produtos e serviços que possam ser compartilhados, tenham durabilidade e se fortaleçam com as comunidades digitais. O fenômeno veio para ficar, especialmente porque é regido por três grandes forças: social (as pessoas compartilham mais, por exemplo), econômica (escassez de recursos) e tecnológica (ascensão de uma geração que cresceu com a internet e se conecta com outras pessoas em proporções muito maiores do que antes).
A nova realidade é que as marcas não controlam o relacionamento. Os consumidores o fazem. Nós temos que pensar em maneiras completamente diferentes e trabalharmos muito mais duro para nos mantermos únicos e especiais. O comportamento do público-alvo tem mudado rapidamente e isto exige uma visão totalmente nova por nossa parte. Há dois mandamentos: entender microscopicamente o consumidor contemporâneo e ser criativo, corajoso e vanguardista. Não é mais questão de escolha.
Consumidores atuais optam por permanência mas mantêm expectativas por futuras utilidades que chegam como forma de criatividade, inovação e confiança e liderança. Eles querem ser surpreendidos e estão escolhendo uma lista cada vez menor de marcas para depositarem seus dividendos e confiança.
A ruptura continua. As empresas (e você) ainda podem escolher em qual lado da história querem estar. É um caminho sem volta.
Gabriel Rossi - especialista em marketing, Professor da ESPM e Diretor da Gabriel Rossi Consultoria e Palestrante, Professor da ESPM e Diretor da Gabriel Rossi Consultoria e Palestrante
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