Sabemos
que a escolha da profissão é um dos momentos mais
importantes na vida de um jovem, já que determina os caminhos que serão
seguidos por longos anos. Trata-se de uma decisão extremamente difícil para ser
tomada aos 18 anos por alguém que, quase nunca, tem a maturidade necessária
para identificar quais são os seus principais talentos e vocações. O resultado
deste cenário: muitos optam pela área errada e, futuramente, ficam insatisfeitos
no trabalho.
O que nem todos sabem, porém, é que os equívocos na hora de
determinar os próximos passos da carreira não ocorrem apenas entre os jovens.
Muitos adultos, com vasta experiência no mercado, também erram bastante ao
tentar mudar de área ou mesmo ao tentar crescer na profissão. De acordo com a
Associação Brasileira de RH (ABRH), quase metade dos brasileiros está infeliz
com o que faz da vida - e esses dados não estão apenas relacionados à profissão
escolhida, mas também à falta de reconhecimento, ao excesso de tarefas e aos
problemas de relacionamento.
No passado, as pessoas costumavam delegar as decisões de suas
carreiras para as organizações, que traçavam quais seriam os próximos passos a
seguir. Hoje, as companhias oferecem as oportunidades, mas a responsabilidade
pelo próprio sucesso está cada vez mais nas mãos dos profissionais. No entanto,
entender o seu perfil e identificar os melhores caminhos e estratégias é uma
tarefa difícil, que necessita de um plano estruturado e muito bem planejado.
Isso pode exigir a ajuda de um profissional especializado, seja para fazer uma
transição de carreira, mudar de profissão, desenvolver as competências
necessárias ou fazer planos para o futuro.
Neste cenário, o primeiro passo a ser tomado é investir no
autoconhecimento. Por se tratar um processo muito complexo, muitas pessoas
optam por contratar um profissional de coaching, que pode ajudá-las a
refletir, a planejar ações de melhoria e a conhecer os próprios desejos e
capacidades, o que é fundamental para identificar onde devem se inserir no
mercado. Saber exatamente o que mais gera incômodo no trabalho atual e o motivo
de isso ocorrer, certamente, trará mais clareza sobre os passos seguintes.
Antes de tomar decisões, é preciso se questionar: o que é mais
importante para mim, ter um bom salário ou trabalhar em um ambiente agradável e
sem pressão? Ter uma rotina fixa ou contar com maior liberdade de horário? A
felicidade profissional tem muito a ver com o que sabemos de nós mesmos, quais
são os nossos principais valores pessoais e como gostaríamos de estar inseridos
no mundo.
Neste processo de autoconhecimento e descoberta, com cerca de 10
encontros semanais e foco em um objetivo especifico, o profissional de coaching
ajuda as pessoas a se entenderem melhor e a descobrirem aonde querem
chegar. Ele não trará respostas, mas ajudará o profissional a encontrá-las
dentro dele. É preciso, porém, estar disposto a se abrir de uma forma bastante
profunda, ter uma atitude ativa e planejar objetivos, já que o processo só
funciona quando há muito comprometimento e um plano de ação com metas
específicas.
Qualquer pessoa pode procurar a ajuda de um coach, desde
que tenha consciência de que a felicidade não depende de mais ninguém além dela
mesma.
Claudia
Santos especialista
em gestão estratégica de pessoas, coach executiva e diretora da Emovere You (www.emovereyou.com.br).
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